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TAIWAN - Um homem de 23 anos foi preso acusado de amputar as próprias pernas para receber indenização de R$ 6,5 milhões de empresas de seguro, em Taipei, capital de Taiwan. A prisão ocorreu na última quinta-feira (14).

Homem amputou as duas pernas para receber dinheiro do seguro. O estudante, identificado apenas pelo seu sobrenome, Zhang, foi preso por suspeita de fraude ao amputar suas pernas para resgatar cerca de 41 milhões de dólares taiwaneses (cerca de R$ 6,5 milhões de reais) de oito empresas de seguro.

Golpista teria deixado as pernas por horas em gelo seco para sofrer queimaduras por frio. O plano do estudante foi deixar suas pernas por mais de dez horas em um balde de gelo para deixá-las tão queimadas por frio que seria necessária a amputação.

Contradição com clima e ferimento gerou suspeitas. Alguns analistas de seguros desconfiaram da versão de Zhang, já que as temperaturas em Taipei estavam entre 7°C e 17°C no dia em que o homem registrou a lesão. Além disso, médicos observaram que o congelamento era simétrico demais e não havia marcas de meias ou sapatos.

 

 

POR FOLHAPRESS

TAIWAN - Uma delegação não oficial americana chegou a Taipé no domingo (14), segundo a imprensa local, gerando expectativa de uma eventual reação de Pequim. Em mídia social chinesa, tem havido pressão por uma resposta mais forte do país à eleição para presidente de Lai Ching-te, contrário à reunificação de Taiwan com a China.

"Assim como fizemos antes, o governo dos Estados Unidos pediu a ex-altos funcionários que viajassem em caráter privado, para transmitir as felicitações do povo americano pelas eleições e o nosso interesse na paz e estabilidade no estreito de Taiwan", registrou em nota a representação de Washington na ilha.

O ex-assessor de Segurança Nacional Stephen Hadley, ao chegar ao aeroporto da capital taiwanesa às 20h (horário de Taipé), evitou dar declarações. O ex-vice secretário de Estado James Steinberg, vindo de Singapura, chegaria mais tarde. Ambos têm reuniões marcadas para esta segunda com autoridades, possivelmente com Lai.

Quando a informação da viagem vazou, dois dias antes da votação de sábado, a porta-voz do Ministério do Exterior chinês, Hua Chunying, criticou em mídia social "algumas autoridades dos EUA" por essa "falha em honrar compromissos com o governo chinês" e por "distorcer o princípio de uma China".

Hua questionou no domingo, após a eleição, a mensagem enviada a Taipé pelo Departamento de Estado americano, também de congratulação. "Os EUA precisam interromper as interações de natureza oficial com Taiwan", afirmou. De qualquer maneira, as críticas chinesas têm sido vistas como moderadas, até aqui.

A exceção foi o porta-voz do Ministério da Defesa, Zhang Xiaogang, que na véspera da votação afirmou que "o Exército de Libertação do Povo Chinês permanece em alerta máximo e tomará todas as medidas necessárias para esmagar qualquer plano separatista". O ministério ainda não se pronunciou, pós-eleição.

Nas redes sociais do país, parte dos comentários sobre a eleição estão sendo mais incisivos, com usuários defendendo rever a estratégia, diante da recusa crescente à reunificação. De maneira geral, houve contrariedade com o resultado, em que pese a votação dividida, que indica menos poder para o partido de Lai.

No WeChat, sob o enunciado "Ele agora está no poder, mas o que ele pode realmente fazer?", o influente perfil chinês Youlieryoumian, voltado para geopolítica, escreveu: "Nós não podemos, nem iremos, confiar o futuro de Taiwan ao vencedor de uma única eleição".

No Weibo, Hu Xijin, ex-editor-chefe e hoje colunista do Global Times, de Pequim, escreveu que "a reunificação militar é uma decisão de importância fundamental, e todos podemos falar nossas opiniões e dar ideias, mas essa questão não deve ser decidida no campo da opinião pública da internet, através da pressão".

"Não apoio o uso imediato ou precoce da força, como se somente esse apoio fosse patriótico", acrescentou, sobre a pressão online. "Apoiemos o Exército de Libertação Popular e seus preparativos para para uma luta militar no estreito de Taiwan, mantendo simultaneamente uma atitude coletiva firme e calma."

Na plataforma americana Substack, Wang Xiangwei, ex-editor-chefe e hoje colunista do South China Morning Post, buscou se contrapor aos "fogos de artifício retóricos", projetando conflito, que já começaram e devem ir até a posse, em maio. "Na realidade, Pequim e Washington devem manter sua calma", escreveu.

Ele acredita que no curto prazo a China vai continuar com ações de pressão sobre o governo da ilha, mas o que importa de fato é a postura dos EUA –e o único comentário expresso por Joe Biden sobre a eleição em Taiwan foi de que não apoia a independência, o que, segundo Wang, "é tranquilizador aos ouvidos das autoridades chinesas".

 

 

POR FOLHAPRESS

TAIWAN - No dia 13 de janeiro, neste sábado, os eleitores taiwaneses irão às urnas para eleger um novo presidente e um novo Parlamento – o Yuan Legislativo, como é conhecido o parlamento de Taiwan.

Tanto a China quanto os Estados Unidos estão acompanhando de perto as eleições taiwanesas. Os dois países mantêm interesses estratégicos vitais na ilha autogovernada.

O resultado poderá trazer importantes consequências para a natureza das relações da ilha com a China – e, com isso, elevar as tensões na região, afetando toda a economia mundial.

 

Mas por que a eleição em Taiwan é tão importante para o resto do mundo?

A maior parte dos equipamentos eletrônicos usados diariamente em todo o mundo – de telefones celulares a laptops, relógios e consoles de videogame – contém chips de computador fabricados em Taiwan.

Para dar um exemplo, uma única empresa taiwanesa – a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) – detém mais da metade do mercado mundial. Ela é chamada de indústria de "fundição", e produz microchips sob encomenda para empresas ou militares.

Essa indústria é gigantesca - foi avaliada em quase US$ 100 bilhões (cerca de R$ 490 bilhões) em 2021 - e é afetada pelas tensas relações da ilha com a China, que vê Taiwan como parte de seu território.

Embora a ilha se declare soberana, as Nações Unidas não reconhecem Taiwan como um país independente. Apenas 12 dos 196 países da ONU reconhecem Taiwan como país soberano. São 12 países de pouca projeção internacional, em sua maioria, arquipélagos ou ilhas do Pacífico e nações centro-americanas.

Há tempos, Washington vêm tentando, através de controles de exportação e outras medidas, restringir o acesso da China a tecnologia de chips. A intenção é evitar que Pequim alcance os avanços dos EUA e seus aliados, incluindo Taiwan, no setor de microchips.

A eventual tomada de Taiwan pela China poderia oferecer a Pequim maior grau de controle sobre uma das indústrias mais importantes do mundo.

A atual presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, do Partido Progressista Democrático (PPD, considerado separatista pela China), está deixando o poder após dois mandatos consecutivos, seguindo as limitações constitucionais. Três candidatos estão disputando sua sucessão.

Uma coalizão liderada pelo PPD espera manter a maioria entre as 113 cadeiras do Yuan Legislativo, que tem o poder de elaborar as leis, aprovar orçamentos, declarar guerra e resolver outros problemas de Estado.

 

O que desejam os taiwaneses?

Apesar das tensões entre a China e Taiwan, pesquisas de opinião indicam que a questão que mais preocupa os taiwaneses é a economia do país.

Uma pesquisa de 2023, financiado pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (que é um órgão oficial), concluiu que 34,2% dos participantes consideram que a economia é a preocupação mais urgente a ser abordada pelo próximo presidente. As relações entre a China e Taiwan vieram em um distante segundo lugar na pesquisa, com 18,1%.

Muitos taiwaneses estão insatisfeitas com os baixos salários (particularmente entre os jovens e o operariado), o alto custo de vida e o aumento dos custos de moradia.

A presidente Tsai Ing-wen prometeu "um país melhor para a geração mais jovem", durante sua campanha em 2015. Mas muitos eleitores consideram que ela não cumpriu sua promessa.

Os resultados das eleições locais de 2022 foram desfavoráveis para o PPD, levando Tsai a renunciar à liderança do partido. Muitos culpam o mau desempenho do governo para tentar melhorar o dia a dia das pessoas pelo fracasso eleitoral do partido naquele ano.

Cidadãos taiwaneses de pelo menos 20 anos de idade que moram na ilha de forma contínua há pelo menos seis meses são automaticamente qualificados para votar. Ao todo, são cerca de 19 milhões de eleitores; o índice de comparecimento às urnas nas últimas eleições foi de 75%.

 

O que deseja a China? E os Estados Unidos?

A ilha de Taiwan fica a cerca de 161 km do litoral do sudeste da China. Ela é autogovernada desde que o governo do Kuomintang (KMT, o Partido Nacionalista) perdeu a guerra civil contra o Partido Comunista e se retirou do continente para a ilha, em 1949.

Décadas depois, Taiwan se tornou uma democracia, com sua própria Constituição. A maioria da população considera que a ilha é diferente da China continental.

Mas o Partido Comunista da China considera que seu eventual controle sobre Taiwan é uma questão de segurança nacional.

O presidente chinês Xi Jinping declarou mais de uma vez a necessidade da "reunificação" – e não descartou a possibilidade de uso da força para atingir este objetivo.

Os Estados Unidos vêm afirmando repetidamente que estão preparados para impedir eventuais ações militares chinesas.

Taiwan faz parte de um grupo de países geograficamente próximos à China - que inclui aliados como Japão, Filipinas e Coreia do Sul – de grande importância para a política externa americana.

Se a China realmente retomar Taiwan, especialistas ocidentais sugerem que Pequim poderia ter mais liberdade para projetar seu poder na região Oeste do do Pacífico. Poderia até, dizem, ameaçar bases militares americanas em locais mais distantes, como Guam e o Havaí.

Mas Pequim insiste que suas intenções são puramente pacíficas.

Atualmente, as pesquisas de opinião demonstram que o candidato do PPD, Lai Ching-te, está um pouco à frente de Hou Yu-ih, do KMT. O terceiro candidato – Ko Wen-je, do PPT – vem mais atrás nas intenções de voto.

Por outro lado, a pressão chinesa está aumentando ao longo do último ano. Pequim vem frequentemente enviando navios e aviões militares na direção de Taiwan. Eles cruzam quase diariamente a linha intermediária do estreito que separa o continente da ilha.

 

Taiwan conseguiria se defender?

Boa parte do poderio militar chinês está focado em outras tarefas. Mesmo assim, em termos de contingente na ativa, por exemplo, o desequilíbrio entre os dois lados é gigantesco.

Em um eventual confronto militar, as forças armadas chinesas seriam imensamente superiores às de Taiwan. Mas isso não significa que a ilha não esteja bem armada, nem que ela esteja sozinha.

Mesmo depois de 1979, quando os Estados Unidos passaram a reconhecer diplomaticamente a China em vez de Taiwan, os americanos continuaram a vender armas para a ilha, com base na sua Lei de Relações com Taiwan.

Em julho de 2023, os Estados Unidos divulgaram um pacote de ajuda armamentista para Taiwan, que atingiu o valor de US$ 345 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão). E, pouco antes do final do ano, o Departamento de Estado americano aprovou vendas de equipamento militar no valor de US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,47 bilhão), para ajudar a manter os sistemas de informações táticas de Taiwan.

Em maio de 2022, o presidente americano Joe Biden havia sido questionado se os Estados Unidos defenderiam Taiwan militarmente. Sua resposta foi "sim". A Casa Branca declarou posteriormente que Washington não alterou sua "política de uma única China".

Mas os gastos da China no setor de defesa são mais altos que os de qualquer país, exceto os Estados Unidos. E Pequim poderia fazer uso de uma enorme variedade de recursos, incluindo seu poderio naval, tecnologia de mísseis, sua força aérea e ataques cibernéticos.

 

Quem são os candidatos à presidência no momento?

Lai Ching-te, Partido Progressista Democrático (PPD)

Lai é médico e já ocupou quase todos os principais cargos políticos de Taiwan. É o vice-presidente da ilha desde 2020.

Também conhecido como William Lai, o candidato é o líder da coalizão Pan-Verde e apoia uma identidade taiwanesa forte e abrangente. Ele se opõe à reunificação com a China e é a favor de laços mais próximos com os Estados Unidos, em detrimento de Pequim.

A China considera Lai um "divisionista" linha-dura, "muito pior do que Tsai".

Mas, à medida que se aproxima o dia da votação, ele repete a cuidadosa máxima da presidente atual: "Taiwan já é independente e não precisa de mais declarações".

 

Hou You-yi, Kuomintang (KMT)

Hou é ex-policial. Em 2022, ele conquistou com facilidade a reeleição como prefeito de Nova Taipei (um subúrbio da capital taiwanesa). É considerado moderado e sua reputação é de ser eficiente.

Hou libera a coalizão Pan-Azul, que defende laços mais fortes com a China – ou até a sua possível unificação.

Recentemente, ele declarou que sua prioridade agora é manter o status quo, ou seja, não declarar a independência, nem buscar a unificação com a China.

 

Ko Wen-je – Partido do Povo de Taiwan (PPT)

Ko era cirurgião até 2014, quando disputou a prefeitura da capital taiwanesa, Taipei, como candidato independente.

Ele formou o Partido do Povo de Taiwan em 2019, como terceira opção para os eleitores insatisfeitos com o PPD e o KMT. A posição do PPT sobre as relações entre Taiwan e a China é ambígua.

O TPP e o KMT tentaram se aliar para a disputa das eleições, mas suas negociações fracassaram em novembro.

 

 

BBC NEWS

CHINA - A China prometeu, no domingo (13), "medidas firmes e contundentes" ante a viagem do vice-presidente de Taiwan, William Lai, aos Estados Unidos neste fim de semana, em uma escala para assistir à posse do presidente do Paraguai.

Lai - candidato favorito para a eleição presidencial de Taiwan no ano que vem - fará oficialmente apenas uma escala nos Estados Unidos em sua viagem para assistir à posse do presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña.

Mas o líder, que tem uma posição claramente pró-independência, poderá se reunir com políticos americanos durante sua estada em Nova York, onde se encontra no momento.

O governo chinês considera Taiwan, uma ilha que tem governo próprio, parte de seu território e diz que um dia voltará a ficar sob seu controle - à força, se necessário.

"A China está monitorando de perto o desenvolvimento da situação e tomará medidas firmes e contundentes para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, que não foi identificado, em um comunicado divulgado na Internet.

"A China se opõe firmemente a qualquer forma de intercâmbio oficial entre Estados Unidos e Taiwan e se opõe resolutamente a que os separatistas que buscam a 'independência de Taiwan' entrem nos Estados Unidos sob qualquer nome, ou por qualquer motivo, e se opõe, firmemente, a qualquer tipo de contato oficial entre o governo dos Estados Unidos e a parte taiwanesa", disse o porta-voz.

Em abril, a China fez três dias de exercícios militares simulando uma operação de bloqueio em Taiwan, depois que a presidente taiwanesa Tsai Ing-wen se reuniu com o presidente da Câmara de Representantes dos EUA, o republicano Kevin McCarthy, na Califórnia, em seu retorno de uma viagem à Guatemala e a Belize.

 

- Hotel -

Ao desembarcar em Nova York neste domingo, Lai disse na rede social X (antigo Twitter), que foi recebido por membros do American Institute in Taiwan, que atua como representante da ilha nos Estados Unidos.

"Feliz de chegar à 'Big Apple', um símbolo de liberdade, democracia e oportunidades", disse ele.

"Estou ansioso para ver amigos e participar do programa de trânsito em Nova York", completou.

A presidência de Taiwan divulgou um vídeo de Lai, hoje, chegando a um hotel de Nova York, onde foi recebido por simpatizantes que agitavam bandeiras normalmente usadas por apoiadores da independência de Taiwan, junto com bandeiras americanas e taiwanesas.

Depois de Nova York, Lai deve seguir para o Paraguai, um dos poucos países que ainda reconhecem Taipei oficialmente. Na volta, fará uma parada em San Francisco.

Lai publicou hoje no X (ex-Twitter) que deve se reunir com a presidente do American Institute in Taiwan, Laura Rosenberger, durante sua escala na Califórnia.

William Lai é um candidato para suceder o atual presidente Tsai Ing-wen. Ambos são do Partido Democrático Progressista (PDP, pró-independência).

A China vê com desconfiança as reuniões dos últimos anos entre líderes taiwaneses e representantes de alguns países ocidentais, principalmente dos Estados Unidos, porque conferem uma forma de legitimidade às autoridades da ilha.

 

- 'Desordeiro' -

"Os Estados Unidos e Taiwan, em conluio, permitiram que William Lai realizasse atividades políticas nos Estados Unidos sob o pretexto de um 'trânsito'", disse o Ministério chinês das Relações Exteriores neste domingo.

O Ministério manifestou "forte insatisfação" com a visita do "desordeiro" William Lai.

Os Estados Unidos, que concederam reconhecimento diplomático à República Popular da China em 1979, continuam sendo o aliado mais poderoso de Taiwan e seu principal fornecedor de armas.

As relações entre Pequim e Taipei azedaram em 2016 com a chegada de Tsai Ing-wen à presidência. Ao contrário de seu antecessor, ela se nega a considerar que a ilha e a China continental fazem parte da mesma entidade "China". Desde então, o governo chinês aumentou sua pressão diplomática e econômica.

Lai tem se manifestado muito mais abertamente a favor da independência do que a atual presidente.

O candidato se descreveu como um "pragmático a favor da independência de Taiwan" e, nesta semana, em um programa de televisão local, reiterou que a ilha "não faz parte da República Popular da China".

 

 

AFP

EUA - Estados Unidos e Taiwan assinaram, na quinta-feira (1º), um acordo comercial com o objetivo de aprofundar as relações econômicas entre os dois países, uma decisão que provocou uma advertência imediata de Pequim.

A iniciativa assinada entre os dois países visa impulsionar o comércio por meio da harmonização dos controles alfandegários, assim como estabelecer medidas para lutar contra a corrupção nos Estados Unidos e na ilha, que a China considera parte de seu território e que promete retomar no futuro.

Embora Washington e Taipé não tenham relações diplomáticas formais, mantêm laços não oficiais através da embaixada americana na ilha, o Instituto Americano em Taiwan (AIT, sigla em inglês).

O primeiro acordo sob esta iniciativa foi assinado por representantes da AIT e do Escritório Econômico e Cultural de Taipei (TECO, sigla em inglês) nos Estados Unidos, informou o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR, sigla em inglês) nesta quinta-feira.

O pacto "buscar fortalecer e aprofundar a relação econômica e comercial" entre as partes, indicou em um comunicado o porta-voz do USTR, Sam Michel.

Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial da ilha. Washington é um de seus principais aliados e fornece armas, apesar de ter reconhecido Pequim diplomaticamente em 1979.

Para Taiwan, o acordo "não é somente histórico como também indica um novo começo", afirmou, antes da cerimônia, o porta-voz do TECO, Alan Lin, aos jornalistas em Taipé.

A China, porém, teme qualquer reaproximação entre Taiwan e outros governos e enviou uma advertência.

Os Estados Unidos "não devem enviar sinais errados às forças de independência de Taiwan em nome do comércio", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, nesta quinta-feira.

A porta-voz pediu a Washington que evite assinar qualquer acordo "com conotações de soberania ou de natureza oficial com a região chinesa de Taiwan".

Pequim intensificou as ameaças contra a ilha nos últimos anos e aumentou as incursões militares em seu território. Os últimos exercícios ocorreram em abril, quando a China simulou um "cerco" de três dias ao território insular. 

As manobras militares foram uma resposta ao encontro entre a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara de Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, na Califórnia.

 

 

AFP

TAIWAN - O Ministério da Defesa de Taiwan detectou 15 aviões de caça e quatro navios de guerra do exército chinês perto de Taiwan no início da manhã de domingo.

Quatro das aeronaves foram detectadas no perímetro de defesa aérea do sudoeste e sudeste", anunciou o ministério na sua conta do Twitter, e enviou caças, naves da marinha e sistemas de lançamento de mísseis terrestres ativados em resposta à invasão do seu espaço aéreo, continuando ao mesmo tempo a acompanhar de perto a situação.

Os militares chineses conduziram exercícios militares na área no fim-de-semana passado, incluindo o destacamento de um porta-aviões que conduziu "simulações" de um "bloqueio" e "ataques" à volta da ilha de Taiwan.

A escalada das tensões na região começou com a viagem à ilha pela então Presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, em Agosto do ano passado, embora tenham recuperado na sequência do encontro entre Tsai e McCarthy. Taiwan tem um governo independente desde 1949, mas a China considera que o território está sob a sua soberania.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

TAIWAN - O Ministério da Defesa de Taiwan informou na segunda-feira, 26, que detectou 71 aviões chineses e sete navios de guerra nas proximidades da ilha, alegando ao mesmo tempo que os militares chineses atravessaram o Estreito de Taiwan com 47 dos aviões reportados.

Estes números marcam um novo pico no número de voos militares chineses diários na área, coincidindo com exercícios militares no domingo, em resposta à assinatura pelo Presidente dos EUA Joe Biden de uma lei que aumenta a assistência de segurança às autoridades taiwanesas.

As autoridades da ilha disseram que os ataques foram realizados por 42 caças, dois aviões de patrulha marítima, um avião de alerta precoce e drones.

A defesa informou que as suas forças armadas acompanharam a situação e responderam atribuindo aviões de patrulha aérea de combate, navios da marinha e sistemas de mísseis terrestres.

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

Pedro Santos / NEWS 360

CAMBOJA - As divergências a respeito de Taiwan dominaram a reunião desta terça-feira (22) entre o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, e seu homólogo chinês, Wei Fenghe, um encontro que aconteceu no Camboja em um momento em que as duas nações se esforçam para conter as tensões.

A reunião, que ocorreu à margem de uma conferência de ministros da Defesa na cidade cambojana de Siem Reap, foi a primeira entre os dois desde junho.

Pouco depois, em agosto, a visita da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan aumentou a tensão entre as potências.

Desde então, Pequim e Washington tentam acalmar a situação e organizaram vários encontros entre funcionários de alto escalão.

Uma fonte do Departamento de Defesa americano classificou o diálogo entre Austin e Wei como "produtivo e profissional".

"As partes concordaram que é importante que nossos países trabalhem juntos para evitar que a concorrência resulte em conflito", declarou.

Austin buscou "a reabertura de uma série de diálogos e mecanismos militares, além de outros mecanismos para ajudar a administrar a concorrência de forma responsável", acrescentou a mesma fonte.

Estes procedimentos e diálogos foram suspensos depois da visita de Pelosi a Taiwan, que provocou indignação e várias ameaças de Pequim

O funcionário do governo americano informou que Austin e Wei tiveram uma "longa conversa" sobre Taiwan, que durou quase uma hora e meia.

Um porta-voz do ministério da Defesa da China descreveu o encontro como "sincero, profundo, prático e construtivo".

"As duas partes reconheceram que os exércitos devem implementar com seriedade os importantes consensos alcançados pelos chefes de Estado para manter a comunicação e os contatos, além de fortalecer a gestão da crise e trabalhar duro para manter a paz e a estabilidade regional", disse o porta-voz.

A fonte acrescentou que a "China considera importante o desenvolvimento das relações bilaterais, mas que os Estados Unidos devem respeitar os interesses fundamentais chineses". 

 

- Linha vermelha -

A China considera que Taiwan é parte de seu território e busca retomar o controle, inclusive pela força se considerar necessário.

Durante a reunião, Wei disse que para a China a questão de Taiwan é uma linha vermelha.

"Taiwan pertence a China, é um tema que deve ser resolvido pelo povo chinês apenas e nenhuma força externa tem o direito de interferir", disse o porta-voz.

Pequim critica as ações diplomáticas que podem conceder legitimidade a Taiwan e critica as visitas à ilha de autoridades ocidentais.

Após a visita de Pelosi, Pequim organizou manobras militares em larga escala ao redor da ilha.

Austin disse a Wei que a política americana a respeito de Taiwan não mudou e que Washington continua contrário a qualquer mudança unilateral no 'status quo' da ilha.

Na reunião também foram citados outros temas geopolíticos como a invasão russa da Ucrânia e a situação da Coreia do Norte, segundo um comunicado do secretário de imprensa do Pentágono, o general Pat Ryder.

O encontro entre os secretários de Defesa aconteceu uma semana após a reunião do presidente chinês Xi Jinping com o colega americano Joe Biden, à margem da cúpula do G20.

Poucos dias depois, Xi se reuniu com a vice-presidente americana, Kamala Harris, no encontro de cúpula da APEC em Bangcoc.

 

 

AFP

CHINA - A caminho de seu terceiro mandato, Xi Jinping reforçou no domingo (16), dia em que se inicia o 20º Congresso do Partido Comunista Chinês, o discurso que tem adotado em relação a Taiwan e a Hong Kong, duas das áreas mais sensíveis de sua gestão.

Sobre a ex-colônia britânica, na qual Pequim fechou o cerco a movimentos dissidentes desde os amplos protestos registrados em 2019, disse que a China já alcançou o "controle total" sobre a região, "transformando o caos em governança".

Já sobre Taiwan, voltou a afirmar o desejo de promover a reunificação pacífica com a ilha —o que não implicaria, necessariamente, em Pequim abandonar a possibilidade de usar a força.

"Resolver a questão de Taiwan é assunto do próprio povo chinês, e cabe ao povo chinês decidir", disse o dirigente em uma mensagem voltada para a comunidade internacional, notadamente os Estados Unidos. "E reservamos a opção de tomar todas as medidas necessárias para isso."

A ilha, na prática, é independente, mas é considerada uma província rebelde por Pequim. A tensão geopolítica que cerca Taiwan subiu de temperatura no início de agosto, após a presidente da Câmara dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, visitar a região.

O regime de Xi, em reação à visita da americana, realizou uma série de exercícios aéreos ao redor da ilha, no que Taipé descreveu como simulações de ataques a seu território. O governo local rechaça a possibilidade de uma guerra com a vizinha continental, mas também diz que não dará nenhum passo atrás na democracia.

Para Pequim, manter Taiwan sob seu domínio é parte fundamental do plano de "rejuvenescimento da nação", principal objetivo e slogan da gestão de Xi. O termo versa sobre a construção de um país próspero e desenvolvido até 2049, ano do centenário da China comunista —assim, sendo a reunificação um requisito para a tarefa, deduz-se que o prazo para que Taiwan volte à alçada de Pequim também é 2049.

"A reunificação da pátria será alcançada", frisou o dirigente diante da cúpula do partido. "Temos empenhado uma luta contra o separatismo e a interferência [estrangeira] e demonstrado nossa determinação e capacidade de proteger a soberania nacional e a integridade territorial e de nos opor à independência de Taiwan".

Xi falava aos cerca de 2.300 delegados de todo o país reunidos no Grande Salão do Povo, em Pequim, em meio a um forte esquema de segurança, e também aos cidadãos chineses, que puderam assisti-lo em transmissões por telões distribuídos em praças públicas.

Taipé respondeu aos comentários. O gabinete presidencial da ilha reiterou que a região é um país soberano e independente. "A posição de Taiwan é firme: não recuar na soberania nacional e não comprometer a democracia; um encontro no campo de batalha absolutamente não é uma opção para os dois lados", afirmou, em nota.

Mais cedo, falando a jornalistas, o premiê taiwanês, Su Tseng-chang, alvo de sanções de Pequim por ser considerado um separatista, disse que Xi Jinping deveria se concentrar em seu próprio povo. "Ele deveria prestar atenção na fumaça e nas faixas de protesto na ponte Sitong, em Pequim, em vez de pensar em usar a força para lidar com Taiwan."

O premiê se referia a um raro protesto contra Xi e contra as restrições impostas por Pequim para conter o avanço do coronavírus. O episódio foi registrado na quinta-feira (13), quando faixas que chamavam Xi de traidor e ditador foram colocas em uma ponte —e prontamente retiradas pelas forças de segurança.

A Covid-19 também marcou presença no discurso de Xi, mas de modo a reforçar a frustração daqueles que anseiam pelo abandono da rígida estratégia de Pequim contra o vírus. "Aderimos à supremacia do povo e da vida, e com a dinâmica de Covid zero alcançamos grandes resultados na prevenção da epidemia e no desenvolvimento econômico e social."

Como outros países, o gigante asiático também sentiu os efeitos da pandemia e viu sua economia desacelerar. Chegou-se a cogitar se o cenário seria razão para atrapalhar os planos do terceiro mandato de Xi —pelo visto, não foi.

Em Hong Kong, não há expectativas de comentários das autoridades questionando as declarações de Xi. Afinal, John Lee, um aliado de Pequim, foi nomeado líder da ilha em maio após o regime comunista modificar a lei eleitoral honconguesa e ampliar seu controle sobre a ex-colônia britânica. Lee, então candidato único ao cargo, é ex-chefe de segurança e foi responsável por implementar a dura repressão ao movimento pró-democracia local.

Pouco antes de ter início o Congresso do PC Chinês, um porta-voz do partido adotou linha semelhante à de Xi: disse que, enquanto houver chance, Pequim fará o "seu melhor" para resolver pacificamente a questão de Taiwan e que "meios não pacíficos" serão o último recurso.

Também afirmou, segundo o jornal South China Morning Post, que a independência de Taiwan é um beco sem saída, com chances nulas.

Taiwan é considerada uma democracia liberal e um país livre pelos principais institutos internacionais que monitoram o nível de liberdades locais. A americana Freedom House descreve a ilha como um sistema democrático vibrante e competitivo, que permitiu três transferências pacíficas de poder entre partidos rivais desde 2000.

Na contramão, Hong Kong é vista como uma autocracia ou um regime parcialmente livre. As definições vieram após a implementação da Lei de Segurança Nacional em 2020, que ampliou o cerco à oposição.

Ainda durante seu discurso, que durou menos de duas horas, Xi disse que o país deve adotar medidas para aumentar sua taxa de natalidade, desafio que bate à porta diante do temor de declínio iminente da população chinesa. "Vamos buscar uma estratégia nacional proativa em resposta ao envelhecimento da população", afirmou.

Coube à área de segurança liderar os termos mais mencionados pelo chinês ao longo da fala: 89 vezes, segundo contagem da agência Reuters. Xi falou sobre segurança alimentar, energética e da área da informação. Mas frisou, claro, a segurança nacional, que, sob sua batuta, multiplicou sua capacidade bélica.

"Muitas deficiências estavam afetando a modernização da defesa nacional e das Forças Armadas", afirmou. Sob sua liderança, disse ele, o desafio começou e seguirá a ser sanado.

 

 

FOLHA de S. PAULO

TAIWAN - A presidente de Taiwan alertou a China nesta segunda-feira (10) que a ilha nunca desistirá de seu modo de vida e liberdades democráticas, em um discurso que marca o feriado do Dia Nacional.

A governante Tsai Ing-wen comparou a invasão da Ucrânia pela Rússia às ameaças de Pequim de um dia assumir o controle de Taiwan, pela força se necessário.

"Nós absolutamente não podemos ignorar o desafio que essas expansões militares representam para a ordem mundial livre e democrática. Esses eventos estão inextricavelmente ligados a Taiwan", disse ela.

Os 23 milhões de habitantes da ilha vivem sob constante ameaça de uma invasão chinesa, e a guerra da Rússia na Ucrânia alimentou temores de que Pequim possa tentar algo semelhante com Taiwan.

Tsai insistiu que Taiwan não quer se tornar parte da China.

"O consenso mais amplo entre o povo taiwanês e nossos vários partidos políticos é que devemos defender nossa soberania nacional e nosso modo de vida livre e democrático", insistiu. "Neste ponto, não há espaço para ceder", afirmou.

Taiwan e China foram separados após o fim da guerra civil chinesa em 1949.

"Nos últimos 73 anos, o povo de Taiwan viveu e se desenvolveu junto nesta terra e forjou seu próprio senso de identidade e pertencimento", disse Tsai.

O presidente chinês Xi Jinping aumentou a pressão diplomática, econômica e militar contra Taiwan nos últimos anos e é um importante aliado do presidente russo, Vladimir Putin.

Xi, que é o líder chinês mais autoritário em uma geração, está prestes a garantir um terceiro mandato este mês e fez da aquisição de Taiwan um pilar central de seu plano de "rejuvenescimento nacional".

 

 

AFP

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