JAPÃO - O judoca Daniel Cargnin conquistou, neste domingo, a medalha de bronze na categoria meio-leve (até 66 kg) dos Jogos Olímpicos de Tóquio, ao vencer o israelense Baruch Shmailov por wazari. Com este resultado, o judô brasileiro mantém a tradição de subir ao pódio em todas as edições olímpicas desde Los Angeles/1984. São 23 no total. Essa é a segunda medalha brasileira na Olímpiada.
A luta foi intensa, com o israelense aparentemente mais forte fisicamente, mas o brasileiro foi rápido demais e conseguiu um wazari a 2min29 do final. A 1min31 o combate foi paralisado por causa de um sangramento no nariz de Cargnin. Daí em diante, Shmailov foi ao ataque, mas não teve sucesso.
Na caminhada para o bronze, Daniel Cargnin derrotou o italiano Manuel Lombardo, líder do ranking e atual vice-campeão mundial. O brasileiro despachou ainda o egípcio Mohamed Abdelmawgoud na estreia e o moldávio Denis Mdavieru nas quartas. A derrota que o tirou da disputa pelo ouro foi na semifinal para o japonês Hifume Abe, por ippon.
Após a conquista, Daniel Cargnin se emocionou recordando dificuldades que teve de passar para chegar a essa conquista e valorizou o apoio que sempre teve da mãe, de amigos e companheiros judocas. "Minha mãe me deu todo o suporte, não bateu a ficha ainda. Na Itália em 2018, eu estava muito cansado, apanhando muito. Eu tinha vontade de desistir mas tenho muito suporte. Tenho uma tatuagem que significa família. Saí da casa da minha mãe cedo pra criar uma garra. Não me arrependo. Mas lembro que falei para ela: 'depois da Olimpíada estou pronto para voltar pra casa'", contou o medalhista, em entrevista à Globo.
Natural de Porto Alegre, Daniel Cargnin teve grandes resultados no ciclo olímpico, marcado por sua transição das equipes de base ao time principal. Em 2017, ele conquistou o ouro no Mundial Júnior, e firmou-se como o principal nome da categoria no Brasil. Arrematou dois títulos pan-americanos (2017 e 2020) e teve seu melhor resultado no Grand Slam de Brasília, em 2019, quando foi campeão batendo o italiano Manuel Lombardo. No Pan de Lima, ficou com a prata.
No feminino, Uta Abe, que eliminou a brasileira Larissa Pimenta na segunda luta, ficou com o ouro, ao derrotar a francesa Amandine Buchard no golden score.
Lista de pódios do judô brasileiro em Jogos Olímpicos:
*Por: ESTADÃO
RIO DE JANEIRO/RJ - A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) anunciou a convocação de 18 atletas para o Campeonato Mundial da modalidade, que será realizado entre os dias 6 e 13 de junho, em Budapeste (Hungria). Trata-se do último evento valendo pontos no ranking de classificação para a Olimpíada de Tóquio (Japão).
O destaque é o retorno de Mayra Aguiar, da categoria até 78 quilos. A bicampeã mundial não combate desde setembro de 2020, devido a uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, durante treinamento da seleção em Portugal, na Missão Europa. Ela precisou ser submetida a uma cirurgia e voltou a treinar em março.
"Os resultados mais recentes, como os quatro pódios no Grand Slam de Tbilisi [Geórgia] e os cinco pódios no Grand Slam de Kazan [Rússia], mostram nossa evolução e indicam que o planejamento está no caminho certo. Esperamos alcançar nossos objetivos nesse Mundial. Queremos melhorar o ranking das categorias que ainda estão fora da zona de classificação olímpica e definir as disputas internas pelas vagas do Brasil", afirmou Ney Wilson, gestor de Alto Rendimento da CBJ, ao site oficial da entidade.
Segundo a CBJ, a colocação no ranking mundial foi o critério adotado para definição dos representantes brasileiros em Budapeste. Além do judoca mais bem posicionado de cada categoria (sete no masculino e sete no feminino), foram selecionados os outros quatro melhores atletas, por pontos (dois homens e duas mulheres), na lista da Federação Internacional de Judô (IJF, sigla em inglês): Aléxia Castilhos (até 63 kg), Beatriz Souza (até 78 kg), Leonardo Gonçalves (até 100 kg) e David Moura (acima de 100 kg).
Na Olimpíada, cada país pode ter um judoca por categoria. Neste momento, o Brasil estaria representado em 12 delas. As exceções são os pesos até 57 kg (feminino) e até 73 kg (masculino), onde Ketelyn Nascimento e Eduardo Katshuiro ainda buscam subir no ranking para se credenciarem a um lugar em Tóquio. Um bom desempenho no Mundial é fundamental. O campeão, por exemplo, amealha dois mil pontos, o dobro do que receberia em um Grand Slam.
Para se classificar aos Jogos, os atletas devem estar entre os 18 melhores da categoria, respeitando o limite de um judoca por país. Há, ainda, possibilidade de vaga por meio de uma cota continental, que atualmente, contempla Eduardo Yudy Santos na categoria até 81 kg.
Os convocados
Seleção feminina
48kg - Gabriela Chibana
52kg - Larissa Pimenta
57kg - Ketelyn Nascimento
63kg - Ketleyn Quadros
63kg - Aléxia Castilhos
70kg - Maria Portela
78kg - Mayra Aguiar
Acima de 78kg - Maria Suelen Altheman
Acima de 78kg - Beatriz Souza
Seleção masculina
60kg - Eric Takabatake
66kg - Daniel Cargnin
73kg - Eduardo Katsuhiro
81kg - Eduardo Yudy Santos
90kg - Rafael Macedo
100kg - Rafael Buzacarini
100kg - Leonardo Gonçalves
Acima de 100kg - Rafael Silva
Acima de 100kg - David Moura
*Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional
SÃO PAULO/SP - A seleção brasileira de judô deve chegar hoje (2) à noite ao Uzbequistão onde participará a partir da próxima sexta-feira (5) do Grand Slam de Tashkent. O torneio garante mil pontos no ranking mundial aos atletas que conquistarem a medalha de ouro e, por consequência, eles galgam posições na rankig mundial, condição para garantir uma vaga na Olimpíada de Tóquio. A delegação brasileira conta com 16 atletas (seis mulheres e dez homens). A competição só termina no domingo (7) e as lutas serão transmitidas ao vivo no site da Federação Internacional de Judô (IJF, na sigla em inglês). Confira a programação no final do texto.
De olho em Tóquio, o matogrossense David Moura sabe que o resultado no Uzbequistão pode deixá-lo perto de conquistar a vaga ollímpica. “Essa competição vale mil pontos e a ideia é tentar melhorar o ranking. A ideia é competir bem, porque, tanto eu, quanto o Baby, temos os seis resultados. Então, hoje, para eu melhorar meu ranking, preciso fazer pontos acima de 350. Num Grand Slam, praticamente, só conta para mim, subir no pódio. Eu tenho que dar os tiros certos”, revelou o judoca em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram. Moura é o cabeça de chave número um no peso pesado masculino. Ele disputa a vaga com com Rafael Silva, o Baby, que é cabeça de chave número dois em Tashkent.
?Confira a lista dos convocados e a agenda brasileira no #JudoTelAviv ?https://t.co/9p6VARxt3O
— #SempreJudoca (@noticiascbj) March 1, 2021
O evento deste final de semana ocorre dez dias após o Grand Slam de Tel Aviv (Israel), o primeiro de 2021. Na ocasião, apenas Maria Suelen Altheman (acima de 78 kg), com a medalha de bronze, levou o Brasil ao pódio. A expectativa da Confereção Brasileira de Judô (CBJ) é que o país consiga melhores resultados no Uzbequistão. Para isso, o Brasil terá oito atletas (cinco homens e três mulheres) em posições de cabeças de chave de suas categorias. Entre os homens, Eric Takabatake (60 kg), Eduardo Yudy Santos (81 kg), Rafael Buzacarini (100 kg), Rafael Silva Baby (+100 kg) e David Moura (+100kg). As judocas cabeças de chave são Larissa Pimenta (52 kg), Alexia Castilhos (63 kg) e Beatriz Souza (+78 kg).
@ilias_iliadis and his team are ready for you in #JudoTashkent ?????
— Judo (@Judo) March 1, 2021
? March 5⃣-7⃣
? https://t.co/StJdb8MwQy pic.twitter.com/4RFn2oFgc3
Programação
Sexta-feira (5)
feminino - Gabriela Chibana (48 kg), Ketelyn Nascimento (57 kg), Jéssica Pereia (57 kg) e Ellen FSantana (70 kg),
masculino - Ellen FSantana (70kg), Felipe Kitadai (60kg), Eduardo Katsuhiro Barbosa (73kg), Marcelo Contini (73kg) e Guilherme Schimidt (81kg).
Sábado (6)
feminino - Alexia Castilhos (63kg), Ellen Santana (70kg),
masculino - Eduardo Katsuhiro (73 kg), Marcelo Contini (73 kg), Eduardo Yudy (81 kg) e Guilherme Schimidt (81 kg)
Domingo (7)
feminino - Beatriz Souza (+78 kg)
masculino - Rafael Buzacarini (100 kg), Rafael Silva (+100 kg) e David Moura (+100 kg)
*Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional
A cerimônia de entrega oficial pela Federação Paulista de Judô, será realizada no início de 2021.
SÃO CARLOS/SP - O aluno Emerson Ferreira Mariano da Silva, 22 anos, apelidado de Índio, é o novo faixa preta de judô do Projeto Escola de Esportes da Prefeitura em parceria com a Associação Fábrica de Campeões. Emerson iniciou o Judô no ano de 2010 com o Professor Sebá, atividade que na época era desenvolvida no Ginásio da Redenção.
O atleta que tem uma grande história de superação de vida sempre foi um garoto hiperativo, às vezes com lapsos de indisciplina, porém sempre esforçado se manteve treinando Judô desde o momento que iniciou, fato que fez toda a diferença em sua vida.
Com instinto competitivo nato e com grande talento para modalidade, Índio conseguiu trazer títulos importantes para São Carlos como: Campeão Paulista, Campeão da Copa São Paulo, Campeão dos Jogos Regionais várias vezes, Campeão dos Jogos Abertos, Melhor Atleta de São Carlos no ano de 2018, já disputou vaga para seleção brasileira, entre outras dezenas de títulos.
Depois de cumprir todas as carências obrigatórias da Confederação Brasileira de Judô e realizar todos os cursos exigidos para ser aprovado no exame de graduação, onde teve que demonstrar técnicas de golpes em pé e apresentar o Nage no Kata, Índio é o mais novo Faixa Preta de Judô de São Carlos. A cerimônia de entrega oficial pela Federação Paulista de Judô, será realizada no início de 2021.
Orgulhoso do atleta, o professor e técnico de Judô da Prefeitura, Sebastião Alexandre Cunha (Sebá), comentou sobre a conquista. “A conquista do Índio é resultado do esforço de toda uma equipe que dá suporte aos treinamentos com o apoio da Secretaria Municipal de Esportes e Cultura. Assim como o Emerson, temos dezenas de garotos e garotas com esse potencial, isso mostra que nosso projeto vai além do esperado com um ensino de qualidade que a modalidade oferece. Estamos felizes pelo Índio e atrás dele virão muitos outros.”.
MUNDO - O Brasil fechou a participação no Grand Slam de Budapeste (Hungria), neste último domingo (25), com mais duas medalhas de bronze. Na categoria acima de 78kg, Beatriz Souza e Maria Suelen foram ao pódio e somaram mais 500 pontos, cada uma, no ranking mundial.
Sem essa atualização na listagem dos melhores judocas, Maria Suelen é quinta e Beatriz Souza é a sexta. A diferença entre elas é de apenas 142 pontos. O Brasil tem direito a uma vaga, e a definição da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) deve ocorrer em maio de 2021.
BEATRIZ SOUZA É BRONZE?
— Time Brasil (@timebrasil) October 25, 2020
A segunda medalha do ?? no Grand Slam de judô ?da Hungria veio com a peso-pesado Beatriz Souza!
Ela venceu a atleta Larisa Ceric, da Bósnia, por waza-ari .@noticiascbj pic.twitter.com/KrK8uU1XJB
O caminho das duas atletas brasileiras foi muito parecido. As duas tiveram o mesmo desempenho nas preliminares. Obtiveram duas vitórias por ippon e foram às semifinais como as melhores de suas chaves. Nessa fase, vieram as derrotas. Suelen caiu para a tunisiana Nihel Cheikh Rouhou depois de levar três punições contra duas da adversária. Bia perdeu por ippon para a turca Kayra Sayit. Na disputa do bronze, a primeira a lutar foi Beatriz, que venceu Larisa Ceric, da Bósnia, com um waza-ari. Depois Maria Suelen projetou Rochele Nunes, brasileira naturalizada portuguesa, para vencer por ippon.
MARIA SUELLEN TRAZ O SEGUNDO BRONZE DO DIA
— Time Brasil (@timebrasil) October 25, 2020
A peso-pesado Maria Suelen Altheman fechou a participação brasileira ??no GP de Budapeste de judô ?com mais uma medalha de bronze. Ela venceu Rochele Nunes, de Portugal no golden score? e se junta a Bia Souza no pódio da cat. +78kg. pic.twitter.com/YSL4O1Y173
O Brasil fechou o evento, que marcou a retomada do circuito mundial da modalidade, com três medalhas. Além das duas deste domingo, garantiu um bronze com William Lima.
*Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional
MUNDO - O Grand Slam de Tóquio, um dos principais torneios da temporada do judô - só perde em importância para os Jogos Olímpicos e o Mundial -, que seria disputado entre os dias 11 e 13 de dezembro, foi cancelado devido à pandemia do novo coronavírus. O anúncio da não realização da competição em 2020 foi feito nesta quarta-feira pela Federação Internacional de Judô (IFJ, na sigla em inglês).
"Perante a persistente incerteza sobre a pandemia de covid-19 e pelo fato do Japão ser o país anfitrião dos Jogos Olímpicos (adiados para 2021), a IFJ deve redobrar a prudência", afirmou a entidade em um comunicado oficial. "Decidimos cancelar o Grand Slam e não adiá-lo porque vários eventos da IFJ e competições nacionais serão organizados no início de 2021", completou.
A intenção era realizar o evento antes do final do outono japonês, mas as autoridades voltaram atrás no planejamento. As reações à decisão foram conflitantes entre a All Japan Judo Federation, entidade que comanda a modalidade no país, e o Comitê Olímpico Japonês (JOC, na sigla em inglês).
A competição em Tóquio era uma das três confirmadas pela IJF para o retorno do judô. A primeira é o Grand Slam de Budapeste, na Hungria, no fim de outubro, mas a decisão final será anunciada pelas autoridades húngaras no início do próximo mês. A terceira, que agora é o segundo torneio após a paralisação, é o Masters, que acontecerá no início de 2021 em Doha, no Catar. Os eventos garantem pontos para a corrida olímpica de Tóquio.
A IJF afirma que, a cada evento, vai levar em consideração as medidas de segurança e saúde devido à pandemia. Elas serão divulgadas nas próximas semanas. Já foi publicado um protocolo do reinício das competições. Trata-se de um conjunto de condições compulsórias para a organização dos eventos. Ao mesmo tempo, a entidade vai monitorar a situação mundial e pode fazer alterações nas datas e na qualificação.
*Por: ESTADÃO
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