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SÃO CARLOS/SP - Você já parou para pensar de onde vem a energia que acende a luz da sua casa, carrega o celular ou movimenta o motor de um carro? Tudo isso é possível graças a um fenômeno descoberto no século XIX por Michael Faraday: a chamada Lei de Faraday, que explica como o movimento de campos magnéticos pode gerar eletricidade.

Embora seja a base de tecnologias essenciais, como geradores, motores, transformadores, carregadores sem fio e até fogões de indução, essa lei costuma ser difícil de entender em sala de aula. Afinal, como visualizar algo que não podemos ver a olho nu, como o campo magnético ou a corrente elétrica?

Foi pensando nisso que pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) desenvolveram uma solução criativa e acessível: um aparelho simples, baseado em um pequeno chip chamado ESP32, capaz de mostrar em tempo real como a eletricidade nasce a partir da variação de um campo magnético.

A ciência na tela do computador

No experimento, os alunos acompanham os dados diretamente no Excel, um programa usado no dia a dia de muitas escolas e até mesmo em casa. À medida que o teste acontece, surgem gráficos que mostram como uma bobina (um enrolado de fio condutor) influencia a outra. Assim, fica claro: quando a corrente elétrica de uma bobina muda, o campo magnético também muda — e isso faz com que apareça eletricidade na segunda bobina.

De forma simples, os estudantes podem “ver a lei de Faraday em ação”, algo que antes ficava restrito a fórmulas no quadro e explicações abstratas.

Para os alunos mais novos, essa proposta tem um efeito imediato: desperta curiosidade e motivação. Ao verem a ciência acontecendo diante dos olhos, muitos passam a se interessar mais por física e tecnologia. Isso ajuda a combater a ideia de que essas matérias são difíceis ou inacessíveis.

Além disso, a experiência incentiva a aprendizagem ativa. Em vez de apenas decorar fórmulas, os jovens participam do processo, testam hipóteses, analisam resultados e entendem como a teoria se conecta ao mundo real. Esse tipo de aprendizado fortalece o raciocínio lógico, a criatividade e até a capacidade de resolver problemas no dia a dia.

Benefícios também para as escolas

Para as escolas, o experimento traz vantagens práticas. O sistema é barato, portátil e fácil de implementar, não exige laboratórios sofisticados nem equipamentos caros. Assim, instituições com menos recursos também podem oferecer aos alunos atividades experimentais de qualidade.

Outro ponto positivo é a integração com diferentes disciplinas. Professores de física, matemática e até tecnologia da informação podem usar o mesmo recurso para trabalhar conceitos de forma conjunta, dentro da proposta de ensino conhecida como STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).

Com isso, as escolas conseguem enriquecer suas aulas, modernizar o ensino e preparar melhor os estudantes para os desafios do futuro, incentivando vocações científicas e tecnológicas desde cedo.

Para os professores, a maior conquista está em transformar um conteúdo considerado complicado em algo palpável e intuitivo. Ao invés de apenas decorar conceitos, os alunos interagem com o fenômeno, enxergam os resultados na tela e entendem, de maneira prática, por que a eletricidade funciona daquele jeito.

O projeto, apoiado por agências como CAPES, FAPESP e CNPq, mostra que não é preciso equipamentos caros ou complexos para despertar o interesse dos jovens pela ciência. Com criatividade e ferramentas acessíveis, é possível transformar a forma de ensinar, aproximando a física do cotidiano e ajudando a formar uma nova geração de alunos mais curiosos, críticos e preparados para o mundo.

Assinam este artigo, publicado na revista científica internacional “Physics Education”: Bruno Trebbi, Jéssica F. M. dos Santos, Antenor Petrilli e Luiz Antonio de Oliveira Nunes.

 

Confira o artigo científico relativo a este estudo no link a seguir - https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1361-6552/ae03fe

ESPANHA - Pela primeira vez, a Espanha gerou mais da metade de sua eletricidade através de fontes renováveis, como a solar e a eólica, informou o operador da rede elétrica espanhola na quinta-feira (4).

Segundo dados da Rede Elétrica Espanhola (REE), em 2023 a geração de eletricidade a partir de fontes renováveis alcançou quase 135.000 gigawatts por hora, ou seja, 50,4% do “mix” elétrico nacional.

Este percentual, superior em oito pontos ao de 2022 (42,2%), representa um recorde “histórico” para a Espanha, que superou pela primeira vez a marca de 50% de energia elétrica renovável, informou a REE em um comunicado.

Segundo o grupo espanhol, a energia solar foi a primeira fonte de eletricidade pelo segundo ano consecutivo, produzindo mais de 63.000 gigawatts/hora, ou seja, 23,3% da eletricidade gerada na Espanha.

As instalações fotovoltaicas produziram 37.000 gigawatts/hora, ou 14% do “mix” elétrico nacional. Esta cifra é superior à das usinas hidrelétricas, que geraram 9,5% da eletricidade na Espanha.

Estes dados “são a prova irrefutável de que a transição ecológica avança a passos firmes no nosso país”, explicou, em um comunicado, Beatriz Corredor, presidente de Redeia, matriz da Rede Elétrica.

O governo do socialista Pedro Sánchez se comprometeu a aumentar em até 74% a cota de renováveis na matriz energética espanhola até 2030, graças ao sol abundante e aos ventos abundantes em várias regiões do país.

Consequentemente, multiplicaram-se os megaprojetos de parques solares e eólicos, incentivados por investimentos maciços, sobretudo em áreas pouco povoadas do norte e do centro do país.

 

 

AFP

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