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CHINA - A possibilidade de o vírus causador da covid-19 ter vazado de um laboratório não deve ser descartada, afirmou à BBC News um ex-cientista que trabalhou no governo chinês.

Como chefe do Centro de Controle de Doenças (CDC) da China, o professor George Gao desempenhou um papel fundamental na resposta à pandemia e nos esforços para rastrear as origens do problema.

O governo da China rejeita qualquer sugestão de que a doença possa ter se originado em um laboratório na cidade de Wuhan.

Mas o professor Gao não descarta essa possibilidade. Em uma entrevista para o podcast Fever: The Hunt for Covid's Origin ("Febre: a Busca pela Origem da Covid", em tradução livre), da BBC Radio 4, o professor Gao disse: "Você sempre pode suspeitar de qualquer coisa. Isso é ciência. Não descarte nada."

Referência mundial em virologia e imunologia, o professor Gao é agora vice-presidente da Fundação Nacional de Ciências Naturais da China, depois de se aposentar do CDC no ano passado.

Em um possível sinal de que o governo chinês pode ter levado a teoria do vazamento de laboratório mais a sério do que as declarações oficiais sugerem, Gao também afirmou à BBC que algum tipo de investigação formal no Instituto de Virologia de Wuhan (IVW) foi realizada.

"O governo organizou algo", afirma o cientista, que acrescenta não estar envolvido nesse projeto.

A reportagem da BBC News pediu que ele esclarecesse se isso significava que outro ramo do governo realizou uma busca formal no IVW — um dos principais laboratórios nacionais da China, conhecido como referência em estudos sobre os coronavírus.

"Sim", ele respondeu. "Aquele laboratório foi verificado duas vezes pelos especialistas da área."

Esse é o primeiro reconhecimento de que algum tipo de investigação oficial ocorreu e, embora o professor Gao diga que não viu o resultado, ele afirma ter ouvido que o laboratório recebeu um atestado sanitário.

"Acho que a conclusão é que eles estão seguindo todos os protocolos. Eles não encontraram [nenhuma] irregularidade."

 

As origens na natureza

É quase consenso que o vírus causador da covid-19 se originou nos morcegos.

Mas como ele passou desses animais para os humanos ainda é uma questão muito controversa — e, desde o início, há duas possibilidades principais.

Uma delas é que o vírus se espalhou naturalmente de morcegos para humanos, talvez por meio de outros animais intermediários. Muitos cientistas dizem que o peso das evidências sugere que esse é o cenário mais provável.

Mas outros pesquisadores dizem que não há elementos suficientes para descartar a principal possibilidade alternativa — a de que o vírus infectou alguém envolvido em uma pesquisa projetada para entender melhor a ameaça de patógenos emergentes da natureza.

Essas duas opções agora se encontram no centro de um impasse geopolítico, uma massa de teorias da conspiração e um dos debates científicos mais politizados e tóxicos de nosso tempo.

O novo podcast da BBC tenta esclarecer essa questão difícil, mas de vital importância, por meio de entrevistas com alguns dos principais cientistas de todos os lados do debate — bem como reportagens em locais importantes para essa história, das ruas de Wuhan ao interior de um laboratório de alta segurança nos Estados Unidos.

Em janeiro de 2020, o cientista Wang Linfa estava visitando o Instituto de Virologia de Wuhan, onde é professor honorário, no momento em que o surto de coronavírus começou.

Ele disse à BBC que uma colega do IVW estava preocupada com a possibilidade de um vazamento no laboratório, mas ela conseguiu manejar esse risco.

Wang é professor de doenças infecciosas emergentes na Duke-NUS Medical School, em Singapura, e colabora regularmente com a professora Shi Zhengli, que estuda o mesmo assunto no IVW.

Amigos de longa data, ambos estão entre os maiores especialistas do mundo em coronavírus de morcego — e até ganharam os apelidos de Batman e Batwoman.

Segundo o relato de Wang, Shi disse a ele que "perdeu o sono por um dia ou dois" porque se preocupava com a possibilidade de existir "uma amostra em seu laboratório que ela não conhecia, mas com um vírus, que contaminou algo e saiu".

Wang acrescenta ter ouvido que Shi verificou as amostras e identificou que não continham evidências do vírus que causa a covid ou de qualquer outro patógeno parecido o suficiente para causar um surto.

Ele também diz que há "chance zero" de que a professora Shi ou qualquer pessoa da equipe dela esteja escondendo o fato de ter encontrado evidências de um vazamento no laboratório porque eles estavam se comportando como se nada tivesse acontecido, incluindo sair para jantar e planejar uma sessão de karaokê.

Os relatórios de inteligência dos Estados Unidos, que foram tornados públicos recentemente, sugerem que vários pesquisadores do IVW ficaram doentes no outono de 2019 com sintomas "consistentes com a covid-19 e outras doenças sazonais comuns".

Mas o professor Wang diz à BBC que sugeriu à professora Shi coletar amostras de sangue da equipe para ver se eles tinham anticorpos contra a covid em janeiro de 2020.

Ele diz que Shi seguiu o conselho e todos os testes deram negativo — um sinal de que a equipe não estava infectada com o coronavírus à época.

O professor Wang faz parte de um grupo de cientistas que acredita nas evidências de que o vírus passou para humanos em um mercado de Wuhan.

O Mercado de Frutos do Mar de Huanan — que vendia muito mais do que o nome sugere, incluindo mamíferos selvagens — está relacionado a muitos dos primeiros casos, que afetaram pessoas que trabalhavam ou faziam compras lá.

Embora a China tenha mostrado uma falta de transparência, esses cientistas dizem que agora há informações suficientes, como os dados sobre os primeiros casos e a amostragem ambiental naquele mercado, para descartar a hipótese de vazamento do laboratório.

Na verdade, tais afirmações existem desde o início, principalmente em um artigo publicado em março de 2020 que se tornou uma das publicações científicas mais lidas e controversas da era da Internet.

Intitulada The Proximal Origin of Sars-Cov-2 ("A Origem Proximal do Sars-Cov-2", em tradução livre), foi escrita por alguns dos cientistas mais eminentes no campo da virologia e concluiu: "Não acreditamos que qualquer tipo de cenário baseado em vazamento de laboratório seja plausível."

O texto ajudou a reforçar a ideia — que rapidamente se tornou predominante em grande parte da cobertura da mídia — de que o vazamento do laboratório era uma teoria da conspiração.

Mas um dos autores do artigo disse ao podcast que agora tem dúvidas sobre a força dessa conclusão anterior.

Ian Lipkin, professor de epidemiologia na Universidade de Columbia, nos EUA, tem uma longa experiência no rastreamento de doenças em todo o mundo, inclusive na China, onde estabeleceu fortes contatos.

Ele também foi o consultor científico do filme Contágio, um blockbuster de Hollywood.

O professor Lipkin agora considera que descartar qualquer cenário baseado em vazamento de laboratório no artigo foi algo muito forte.

Embora ele continue a acreditar que o mercado segue como a explicação mais plausível para a origem da covid e não acredite que o vírus foi deliberadamente projetado, ele não sente que todos os cenários possam ser excluídos.

E ele oferece uma teoria própria, apontando para outro laboratório de Wuhan —administrado pelo Centro de Controle de Doenças da cidade — localizado a apenas algumas centenas de metros do Mercado de Frutos do Mar de Huanan.

Sabia-se que o local estava envolvido na coleta de milhares de amostras de sangue e fezes de morcegos selvagens, um tipo de pesquisa que às vezes era feita sem o uso de equipamento de proteção adequado, segundo reportagens da imprensa chinesa — o que representa um claro risco de infecção.

“As pessoas que trabalham lá podem ter sido infectadas enquanto estavam em uma caverna coletando morcegos”, sugere o professor Lipkin, acrescentando que não conhecia o trabalho deste laboratório quando coescreveu aquele artigo em março de 2020.

Para Lipkin, uma análise mais aprofundada que aponta para o Mercado de Frutos do Mar de Huanan como a origem do vírus — incluindo pesquisas recentes focadas em evidências da presença de cães-guaxinim no mercado — não resolve a questão da origem da pandemia.

O vírus, segundo ele, pode “ter se originado fora do mercado e se amplificado ali”.

 

Controvérsias e repercussões

Superficialmente, os comentários do professor Gao sobre não descartar um vazamento de laboratório parecem seriamente em desacordo com a posição oficial da China.

"O chamado 'vazamento de laboratório' é uma mentira criada pelas forças anti-China. Ela tem motivação política e não possui base científica", diz um comunicado fornecido pela embaixada chinesa no Reino Unido.

Na propaganda, o governo chinês tem promovido uma estranha e infundada terceira teoria própria.

O vírus, diz a comunicação oficial do país, não veio do laboratório ou do mercado, mas pode ter sido trazido em embalagens de alimentos congelados.

A China diz que exclui tanto as hipóteses do laboratório quanto do mercado — e os comentários do professor Gao podem ser vistos simplesmente como a versão mais científica dessa posição, porque ele não descarta nenhuma das duas hipóteses. Afinal, ambas são baseadas na ideia da falta de evidências.

"Realmente não sabemos de onde veio o vírus... A questão ainda está aberta", afirma o professor Gao à BBC.

Alguns cientistas contestam — às vezes, com amargor — se a questão da origem da covid realmente ainda está em aberto.

Mas, pelo menos fora da China, há um amplo consenso sobre uma coisa: o país asiático não fez o suficiente para procurar evidências ou compartilhá-las com a comunidade internacional.

Embora possa parecer uma pergunta simples, ela é bastante complexa: de onde veio a covid?

Para cada vida perdida, para todos os que sofreram, e para aqueles que continuam a sofrer, essa resposta é muito importante.

 

 

História por John Sudworth e Simon Maybin - Da BBC News

PEQUIM - O ministro do Comércio da China, Wang Wentao, pediu ao Japão que interrompa os controles de exportação de semicondutores, chamando a restrição de "infração" que "viola gravemente" as regras econômicas e comerciais internacionais, de acordo com um comunicado de seu ministério publicado na segunda-feira.

A mais recente condenação da China às restrições à exportação foi feita durante as conversas de Wang com o ministro do Comércio do Japão, Yasutoshi Nishimura, em 26 de maio, na conferência de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) em Detroit.

O Japão, juntamente com a Holanda, concordou em janeiro em igualar os controles de exportação dos Estados Unidos que limitarão a venda de algumas ferramentas de fabricação de chips para a China e impôs restrições à exportação de 23 tipos de equipamentos de fabricação de semicondutores para seu vizinho.

O Japão não destacou a China em suas declarações sobre os controles de exportação, dizendo apenas que está cumprindo seu dever de contribuir para a paz e a estabilidade internacionais.

No comunicado, o Ministério do Comércio chinês também disse, no entanto, que a China "está disposta a trabalhar com o Japão para promover a cooperação prática nas principais áreas econômicas e comerciais".

Na sexta-feira, Nishimura se reuniu com a secretária de Comércio norte-americana, Gina Raimondo, e concordaram em aprofundar a cooperação na pesquisa e desenvolvimento de chips e tecnologias avançadas, como computação quântica e inteligência artificial.

Wang também se encontrou com Raimondo e a representante comercial do país, Katherine Tai, durante a cúpula, criticando as políticas econômicas e comerciais norte-americanas em relação à China, incluindo a Estrutura Econômica Indo-Pacífica que exclui a China e visa fornecer uma alternativa centrada à influência norte-americana.

Os Estados Unidos, o Japão e outros membros do Grupo dos Sete (G7) concordaram este mês em "reduzir o risco", mas não se separar da China, reduzindo sua exposição à segunda maior economia do mundo em tudo, de chips a minerais.

 

 

Por Joe Cash e Bernard Orr

DETROIT - Os Estados Unidos "não irão tolerar" a proibição da China sobre compras de chips da Micron Technology e estão trabalhando em colaboração com aliados para lidar com o que classificam como "coerção econômica", disse a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, no sábado.

Raimondo disse em coletiva de imprensa após uma reunião de ministros de comércio no âmbito da chamada Estrutura Econômica Indo-Pacífico, cúpula chefiada pelos EUA, que os Estados Unidos "se opõem firmemente" às ações da China contra a Micron.

Eles "visam uma única empresa dos EUA sem qualquer base factual. Vemos isso como uma coerção econômica pura e simples e não iremos tolerar isso, nem pensamos que a medida será bem sucedida."

O órgão regulador do ciberespaço da China disse no último dia 21 de maio que a Micron, maior fabricante de chips de memória dos EUA, havia falhado em sua revisão de segurança de rede e que isso impediria que operadores de infraestrutura comprassem da empresa, levando-a a prever redução de receitas.

A medida ocorreu um dia depois de os líderes das democracias do G7 concordarem com novas iniciativas para pressionar contra a coerção econômica da China --uma decisão observada por Raimondo.

 

 

Por David Lawder / REUTERS

PEQUIM – A China está se preparando para enfrentar uma nova onda de casos de Covid-19 que, segundo o pneumologista e epidemiologista Zhong Nanshan, deve atingir seu pico no final de junho.  

Considerado o maior especialista chinês em doenças respiratórias, Nanshan declarou que o número de contágios pode chegar a 65 milhões por semana.  

No entanto, o chinês diz que um pequeno pico de infecções já está previsto para acontecer no final de maio, com cerca de 40 milhões de casos por semana.  

Em sua participação em um fórum científico em Guangzhou, o epidemiologista confirmou que novas vacinas para combater a variante XBB estarão disponíveis em breve.  

“No desenvolvimento de vacinas mais eficazes, estamos à frente de outros países”, disse Nanshan.  

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, a taxa de disseminação da XBB aumentou de 0,2% do total de casos em fevereiro para 74,4% no final de abril e depois para 83,6% no início de maio. (ANSA).  

 

 

ISTOÉ

CHINA - O presidente da China, Xi Jinping, estimulou nesta sexta-feira (19) os países vizinhos da Ásia Central a "aproveitar plenamente" o potencial de colaboração econômica com Pequim, durante uma reunião de cúpula com chefes de Estado da região vital para os interesses chineses.

Xi recebeu os líderes do Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão para um encontro de cúpula na cidade de Xi'an, norte de China, um evento que Pequim chamou de "marco".

De acordo com os dados de Pequim, o comércio com os países da Ásia Central alcançou 70 bilhões de dólares (347 bilhões de reais) em 2022 e registrou aumento de 22% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado.

A região é fundamental para a chamada Nova Rota da Seda, um ambicioso projeto chinês de infraestruturas para Ásia e Europa.

Neste sentido, Xi declarou aos homólogos que os cinco países da Ásia Central devem "aproveitar plenamente o potencial da cooperação tradicional na economia, comércio, capacidade industrial, energia e transporte".

Também destacou a necessidade de desenvolver "novos vetores de crescimento" e citou "finanças, agricultura, redução da pobreza, descarbonização, saúde e a inovação digital".

A Nova Rota da Seda, também conhecida como Iniciativa do Cinturão e Rota, é um projeto geopolítico vital para a política externa de Xi Jinping.

Pequim expressou a vontade de fortalecer a cooperação com os países da Ásia Central e preencher o espaço deixado pela Rússia nas ex-repúblicas soviéticas devido à guerra da Ucrânia.

Xi enfatizou que a China e os países da Ásia Central devem "tomar a dianteira" no megaprojeto de infraestruturas e "aprofundar a confiança mútua".

Pequim ampliará as conexões de transporte com a região, anunciou o chefe de Estado chinês, e pretende acelerar a expansão de um gasoduto da Ásia Central até a China.

Xi prometeu ainda 26 bilhões de yuanes (3,7 bilhões de dólares, R$ 18,3 bilhões) em "apoio financeiro" à região.

"A China está tentando convencer os países da Ásia Central que um novo mundo multipolar está emergindo", declarou à AFP Niva Yau, do centro de estudos Atlantic Council's Global China Hub. A analista destacou que há "unidade" entre os países da região sobre a estratégia de manter "relações fortes" com Pequim.

O discurso de Xi também abordou a cooperação na área de segurança contra o que Pequim chama de "três males" da região: o separatismo, o terrorismo e o extremismo.

"Os seis países deveriam opor-se com firmeza às interferências externas em questões internas e às tentativas de instigar 'revoluções coloridas'", afirmou Xi, em uma referência às revoltas das últimas décadas em alguns países da ex-União Soviética, como Ucrânia e Geórgia, que segundo Moscou foram estimuladas pelo Ocidente.

 

- Influência crescente -

A invasão russa da Ucrânia permitiu à China ganhar espaço na Ásia Central, aproveitando o fato de que muitos países na região repensaram sua relação com a Rússia e agora buscam apoio econômico, diplomático e estratégico de outras potências.

"O envolvimento militar russo na Ucrânia levou à imposição de sanções ocidentais, o que enfraqueceu o poder da Rússia e provocou um declínio relativo em sua influência na Ásia Central", declarou à AFP Lu Gang, diretor do Centro de Estudos da Ásia Central da 'East China Normal University'.

"O resultado é que os países da Ásia Central estão enfatizando a cooperação econômica e o apoio político da China", acrescentou Lu.

No atual contexto, Xi Jinping se posiciona "como um líder que pode promover a paz e o desenvolvimento global", destaca Zhiqun Zhu, professor de Relações Internacionais da Universidade Bucknell, nos Estados Unidos.

A reunião em Xi'an coincide com o encontro de cúpula do G7 em Hiroshima, que, entre outros temas em sua agenda, analisa medidas para "evitar a crescente influência da China no mundo", afirma Zhu.

 

 

AFP

PEQUIM - A China adotará medidas mais direcionadas para expandir a demanda doméstica e estabilizar a demanda externa, em um esforço para promover uma recuperação econômica sustentável, disse nesta quinta-feira o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, de acordo com a rádio estatal do país.

A chave para promover a recuperação sustentada das operações econômicas é aumentar a confiança no desenvolvimento, disse o primeiro-ministro.

A China acelerará o desenvolvimento de novos modelos de negócios para o comércio exterior e encontrará maneiras de estabilizar sua participação no mercado internacional, acrescentou Li.

 

 

 

Reportagem de Liangping Gao e Kevin Yao / REUTERS

EQUADOR - China e Equador assinaram na quarta-feira (10) um Tratado de Livre Comércio (TLC) negociado em apenas dez meses, que permitirá ao país sul-americano vender 99,6% de seus produtos sem tarifas, segundo o ministro do Comércio local, Julio José Prado.

O acordo “nos abre espaço para o maior mercado do mundo: 1,4 bilhão de consumidores”, disse Prado, que assinou o TLC com seu homólogo chinês, Wang Wentao, à imprensa em uma reunião virtual.

O instrumento será analisado e aprovado pela Corte Constitucional e pela Assembleia Nacional do Equador. Após as formalidades jurídicas internas em ambos os países, entrará em vigor.

Pequim e Quito concluíram em dezembro as negociações do acordo, que vai melhorar o comércio bilateral que em 2022 atingiu o recorde de 13,09 bilhões de dólares (cerca de R$ 68,29 bilhões na cotação da época), segundo o Banco Central nacional.

Em janeiro e fevereiro, as exportações equatorianas foram de 1,01 bilhão de dólares (R$ 5,14 bilhões na cotação da época) e as importações de US$ 869 milhões (R$ 4,42 bilhões na cotação da época).

O ministro equatoriano sustentou que o TLC com a China “é tremendamente interessante” para os setores produtivos que compram matérias-primas chinesas e dos exportadores, cujas vendas atingiram o teto de 5,81 bilhões de dólares (cerca de R$ 30,3 bilhões na cotação da época) no ano passado.

“O acordo foca em questões comerciais. Não negociamos questões de serviços, investimentos, compras públicas e outros setores que podem ser mais sensíveis”, afirmou.

Ele destacou que a redução tarifária total para produtos tradicionais de exportação do Equador levará entre cinco e dez anos, como camarão, banana, cacau e rosas, enquanto para outros será imediata.

O documento assinado foi entregue ao presidente de direita Guillermo Lasso, que posteriormente compareceu ao evento realizado em um hotel de Quito.

 

– 800 produtos chineses excluídos –

O TLC com a China, que na América Latina já tem acordos semelhantes com Peru, Costa Rica e Chile, também promoverá a geração de empregos locais.

No Equador, 1,2 milhão de empregos estão ligados ao setor de exportação, número que pode dobrar na próxima década, disse Prado.

Para proteger setores produtivos sensíveis da nação sul-americana, cerca de 800 itens chineses foram excluídos do acordo, como têxteis, calçados e cerâmicas.

As exportações não petrolíferas do Equador para a China crescerão entre 3 bilhões e 4 bilhões de dólares (R$ 14,86 bilhões e R$ 19,81 bilhões na cotação atual), observou a pasta de Produção.

Com uma influência crescente na América Latina, a China tornou-se o maior financiador do Equador sob a administração do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017). Na época, a dívida chegou a 5 bilhões de dólares (R$ 16,53 bilhões na cotação da época) – 4% do PIB atual.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

NOVA YORK - Os preços do petróleo caíram cerca de 2% para a mínima de uma semana nesta quinta-feira, com um impasse político sobre o teto da dívida dos Estados Unidos alimentando o nervosismo sobre uma recessão no maior consumidor de petróleo do mundo, enquanto o aumento de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA e os dados econômicos fracos da China pesavam.

O petróleo Brent caiu 1,43 dólar, ou 1,9%, para 74,98 dólares o barril, enquanto o petróleo nos EUA (WTI) caiu 1,69 dólar, ou 2,3%, para 70,87 dólares.

Esses foram os fechamentos mais baixos para ambos os contratos de referência desde 4 de maio.

O dólar subiu para o seu patamar mais alto desde 1º de maio em relação a uma cesta das principais moedas, depois que dados recentes de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA fortaleceram o caso para o Federal Reserve interromper os aumentos das taxas de juros, mas não geraram expectativas de cortes nas taxas de juros no final do ano.

Um dólar mais forte torna o petróleo mais caro em outros países. Taxas de juros mais altas podem pesar na demanda por petróleo, aumentando os custos dos empréstimos e pressionando o crescimento econômico.

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, instou o Congresso a aumentar o limite da dívida federal de 31,4 trilhões de dólares e evitar um calote sem precedentes que desencadearia uma crise econômica global.

"Incertezas em relação ao teto da dívida dos EUA, problemas bancários recentes que podem levar a uma crise de crédito em grande parte da indústria do petróleo e a forte possibilidade contínua de uma recessão permanecem... obstáculos significativos" para os mercados de petróleo, disseram analistas da empresa de consultoria de energia Ritterbusch and Associates em uma nota.

Além disso, os novos empréstimos bancários chineses caíram muito mais acentuadamente do que o esperado em abril, aumentando as preocupações de que a recuperação pós-pandemia da economia esteja perdendo força.

 

 

 

Reportagem adicional de Shadia Nasralla em Londres e Jeslyn Lerh em Cingapura / REUTERS 

XANGAI - As ações da China caíram pela quarta sessão consecutiva nesta segunda-feira, pressionadas por preocupações persistentes sobre a sustentabilidade da recuperação econômica, apesar das previsões mais otimistas de bancos globais.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 1,24%, para a mínima de um mês, enquanto o índice de Xangai teve baixa de 0,78%. O Índice Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,58%.

Os investidores estão olhando além dos balanços das empresas no primeiro trimestre em busca de sinais de que a economia da China está de fato em pé.

O crescimento econômico da China de 4,5% no primeiro trimestre superou as expectativas, mas "os efeitos de base favoráveis desaparecerão" no segundo semestre, enquanto "a economia continua caracterizada por um ritmo desigual de recuperação", escreveu o DBS em nota aos clientes.

A cautela obscurece o mercado, apesar das atualizações em relação às projeções para a economia da China de algumas instituições globais, incluindo BofA Global Research, JPMorgan, Citigroup e UBS.

"A incerteza sobre a recuperação imobiliária é um fator importante que segura o mercado no momento", escreveu Qi Wang, cofundador e CIO da MegaTrust Investment (HK). "Acho que o mercado está questionando a sustentabilidade da força do consumo se o mercado imobiliário não se recuperar."

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,10%, a 28.593 pontos.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,58%, a 19.959 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,78%, a 3.275 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,24%, a 3.982 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,82%, a 2.523 pontos.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,15%, a 15.626 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,08%, a 3.324 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,11%, a 7.322 pontos.

 

 

por Reuters

EUA - Depois de Lula da Silva ter acusado Washington de prolongar o conflito na Ucrânia, EUA dizem que o Brasil está simplesmente a repetir a propaganda russa e chinesa. Brasil rejeita críticas e defende relações com a Rússia.

A Casa Branca não poupa críticas ao Brasil, depois de o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter afirmado, no sábado (15.04), um dia depois de se encontrar com o seu homólogo Xi Jinping, em Pequim, que os Estados Unidos "incentivam a guerra" na Ucrânia.

"O Brasil está a repetir a propaganda russa e chinesa, sem ter em conta os factos", sublinhou John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA. Washington não tem "qualquer objeção a qualquer país que queira tentar acabar com a guerra", disse. Mas o Brasil abordou esta questão de "forma retórica", sugerindo que "os Estados Unidos e a Europa não estão de alguma forma interessados na paz" ou que partilham "a responsabilidade pela guerra", insistiu.

Lula da Silva também defendeu que a União Europeia (UE) deve "começar a falar de paz". Desta forma, a comunidade internacional poderá "convencer" o Presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, de que "a paz é do interesse de todo o mundo", explicou o chefe de Estado brasileiro aos jornalistas.

A Comissão Europeia também já rejeitou as acusações feitas pelo Presidente do Brasil. "Não é verdade que os EUA e a UE estejam a ajudar a prolongar o conflito. A Ucrânia é a vítima de uma agressão ilegal, uma violação da Carta das Nações Unidas", sublinhou Peter Stano, porta-voz do executivo comunitário para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.

"É verdade que a UE, os EUA e outros parceiros estão a ajudar a Ucrânia na sua legítima defesa", acrescentou o porta-voz da Comissão Europeia.

Brasil rejeita críticas

O chefe da diplomacia brasileira, Mauro Vieira, defendeu na segunda-feira as relações do país com Moscovo, rejeitando as críticas dos EUa e que Brasília está a fazer "eco da propaganda russa" sobre o conflito na Ucrânia.

"Não sei como chegou a essa conclusão. Mas não concordo de forma alguma", disse Mauro Vieira, em Brasília, onde o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, se encontrou com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, que "agradeceu" ao Brasil pela sua "contribuição para uma solução do conflito".

A Rússia e a China culpam frequentemente o Ocidente pela guerra que eclodiu em fevereiro de 2022, depois das tropas russas terem invadido o território ucraniano.

O Brasil, tal como outros países latino-americanos, condena a invasão, mas recusa-se a impor sanções à Rússia e a enviar armas para Kiev, que é apoiada pelo Ocidente e sobretudo pela administração do Presidente dos EUA, Joe Biden, com quem Lula se encontrou na Casa Branca, em fevereiro.

 

 

DW (Deutsche Welle), Lusa

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