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CHINA - Vários cientistas da Organização Mundial de Saúde assinalaram que o aumento dos casos de COVID-19 na China lança dúvidas sobre o fim da emergência global.

Especialistas indicaram que pode ser demasiado cedo para declarar um fim global da emergência pandémica, informou o jornal Guardian.

"A questão é se se pode chamar-lhe pós-pandemia quando uma parte tão significativa do mundo está a entrar na sua segunda vaga", disse a viróloga Marion Koopmans, membro de um comité da OMS encarregado de aconselhar sobre o estado da emergência do coronavírus.

"É evidente que estamos numa fase muito diferente (da pandemia), mas na minha opinião, esta vaga pendente na China é um wild card", acrescentou ela.

A China impôs desde o início uma política rigorosa anti-COVID-19 que tem mantido baixos os números de infecção e morte em comparação com outros países. No entanto, o relaxamento das políticas nas últimas semanas, impulsionado pela pressão social dos manifestantes, alterou a situação, com as taxas de infecção a atingirem níveis elevados.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

HONG KONG - A China está trabalhando em um pacote de suporte de mais de 1 trilhão de iuans (143 bilhões de dólares) voltado a sua indústria de semicondutores, disseram três fontes, em um grande passo em direção à autossuficiência em chips. O pacote é uma resposta do país às medidas dos Estados Unidos para frear o desenvolvimento tecnológico chinês.

Pequim planeja lançar o que será um de seus maiores pacotes de incentivos fiscais em cinco anos. O plano inclui subsídios e créditos fiscais para reforçar a produção de semicondutores e atividades de pesquisa na China, disseram as fontes. O plano poderá ser implementado já no primeiro trimestre do próximo ano, disseram duas das fontes.

A maior parte da assistência financeira será usada para subsidiar a compra de equipamentos chineses de produção de chips por empresas do país, principalmente fábricas de semicondutores, disseram as fontes. Essas empresas teriam direito a um subsídio de 20% sobre o custo dos investimentos, disseram as três fontes.

O plano de apoio ocorre depois que o Departamento de Comércio dos EUA aprovou em outubro um amplo conjunto de regulamentos que podem barrar o acesso de laboratórios de pesquisa e centros comerciais de processamento de dados a chips avançados de inteligência virtual, entre outras restrições.

Os EUA também têm feito lobby com alguns de seus parceiros, incluindo Japão e Holanda, para restringirem exportações para a China de equipamentos usados na fabricação de microprocessadores.

Com o pacote de incentivos, Pequim pretende intensificar o apoio às empresas chinesas de chips para projetar, expandir ou modernizar instalações domésticas para fabricação, montagem, embalagem e pesquisa e desenvolvimento, disseram as fontes.

O Gabinete de Informação do Conselho de Estado da China não comentou o assunto.

 

PROVÁVEIS BENEFICIÁRIOS

Os beneficiários do pacote serão empresas estatais e privadas do setor, principalmente grandes companhias de equipamentos de semicondutores como NAURA Technology Group, Advanced Micro-Fabrication Equipment China e Kingsemi.

Algumas ações de empresas do setor de chips da China em Hong Kong subiram acentuadamente após a notícia do pacote. A SMIC teve valorização de mais de 8%. Hua Hong Semiconductor fechou em alta de 17%.

A China há muito está atrás do resto do mundo no setor de equipamentos de fabricação de chips, que continua sendo dominado por empresas sediadas nos Estados Unidos, Japão e Holanda.

Várias empresas domésticas surgiram nos últimos vinte anos, mas a maioria permanece atrás de seus rivais em termos de capacidade de produzir chips avançados.

Os equipamentos de gravação e processo térmico da NAURA, por exemplo, só podem produzir chips de 28 nanômetros ou mais, tecnologias relativamente maduras.

A SMEE, a única empresa de litografia da China, pode produzir chips de 90 nanômetros, bem atrás da ASML da Holanda, que está produzindo chips de até 3 nanômetros.

 

 

 

Por Julie Zhu; reportagem adicional de Josh Horwitz, Brenda Goh, Jason Xue, Kevin Huang e Xu Jing / REUTERS

CHINA - Investidores do mundo inteiro se sentiram aliviados nesta semana depois que a China afrouxou algumas restrições contra a pandemia após três anos de lockdowns rígidos. Reagindo a protestos sem precedentes, o Partido Comunista prometeu agora se concentrar na estabilização do crescimento e na otimização das medidas de controle da covid-19.

Entre as regras abandonadas, está a necessidade da apresentação de testes para usar o transporte público. A maioria das pessoas infectadas agora poderá cumprir o isolamento em casa, e não mais em centros de quarentena.

A mudança é um sinal de que a segunda maior economia do mundo está finalmente pronta para conviver com o coronavírus, em vez de manter sua política draconiana de "covid zero".

A decisão ocorre após as importações da China caírem 10,6% e as exportações registrarem uma baixa de 8,7% em novembro, níveis não vistos desde o início de 2020, quando o vírus surgiu pela primeira vez. Dados oficiais da semana passada também mostraram que a atividade industrial da China encolheu pelo segundo mês consecutivo em novembro, quando grandes áreas do país tiveram lockdowns e interrupções no transporte.

Reversão elogiada

Os líderes financeiros globais saudaram a reviravolta, afirmando que ela ajudará a restaurar a atividade comercial da China, fortalecer as cadeias de suprimentos e ajudar no crescimento global.

"O desempenho da China é importante [não apenas] para a China, também é importante para a economia mundial", disse a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, após uma conferência na cidade de Huangshan, no leste da China.

A reversão da política de covid zero "ajudará a remover um conjunto de incertezas" em um mundo que se recupera dos impactos da pandemia, do conflito na Ucrânia e das mudanças climáticas, disse, por sua vez, a diretora-geral da Organização do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala.

Embora muitos analistas venham prevendo uma forte recuperação da economia da China no próximo ano, alguns alertam que as infecções por covid devem aumentar como resultado da mudança de política, principalmente na época do feriado do Ano Novo Lunar, em janeiro, quando grande parte da população de 1,4 bilhão de pessoas do país costuma viajar.

Taxa de infecção pode subir

Um novo aumento de infecções também pode desencadear escassez de mão de obra semelhante à que afetou os países ocidentais quando eles reabriram após os bloqueios.

"Haverá um caos", disse Jeffrey Goldstein, consultor especializado na China que ajuda marcas estrangeiras a fabricar produtos na Ásia. "A China está três anos atrasada, então o que vai acontecer agora na China é o que aconteceu no resto do mundo."

A Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis alertou que um grande número de infecções teria um "impacto adverso" no mercado de veículos no próximo ano.

A provável reabertura significa que a economia da China só começará a se recuperar no segundo semestre do ano que vem, avalia o economista Nie Wen, do fundo Hwabao Trust de Xangai, que cortou sua previsão de crescimento da China para o primeiro trimestre para 3,5%, contra de 4% a 5% anteriormente.

Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management, disse esperar "que as exportações permaneçam fracas nos próximos meses, à medida que a China passar por uma reabertura turbulenta", acrescentando que o país vai depender mais da demanda doméstica em 2023 devido a uma economia global mais fraca.

Os analistas do banco Morgan Stanley também esperam que o crescimento "fique abaixo da média" no curto prazo, com "uma recuperação mais significativa" na segunda metade do ano e um crescimento de 5% ao longo de 2023.

Os líderes chineses estabeleceram uma meta de crescimento econômico de cerca de 5,5%, após uma expansão de 3,9% no terceiro trimestre, que foi melhor do que o esperado.

Medo de infecção

Em um sinal de que muitos chineses não estão com pressa para que a vida volte ao normal, muitos assentos no metrô de Pequim, por exemplo, estavam vazios durante a hora do rush, e alguns restaurantes do centro estavam vazios na hora do almoço na última sexta-feira.

Muitos consumidores parecem estar com medo de complicações graves da covid devido à menor eficácia das vacinas chinesas em comparação com seus pares ocidentais.

As empresas chinesas e o setor público já estão fazendo preparativos para dividir os funcionários entre seus locais de trabalho em Pequim e outras cidades, prevendo que um grande número de trabalhadores acabe ficando doente.

Alerta de inflação para 2023

Alguns analistas projetam um possível aumento da inflação com a reabertura da China, que também pode piorar os aumentos de preços na economia global.

"Uma reabertura desordenada e um aumento da inflação à medida que a economia se recupera seriam os principais riscos para a China", alertou um relatório da Eastspring Investments nesta semana.

O relatório aponta que a recuperação da China estimularia os preços mais altos de energia em todo o mundo, que já foram um dos principais impulsionadores da inflação global em 2023, com o potencial de prolongar a crise do custo de vida em muitos países.

A China não foi afetada pelo aumento global dos preços desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro. Os preços subiram 3% em setembro, mas caíram 1,6% em novembro, bem atrás da inflação de quase dois dígitos registrada em muitos países ocidentais.

 

 

 

(Com Reuters, dpa e AP)

por Nik Martin / DW.com

CHINA - Estudantes chineses organizaram um protesto contra um confinamento motivado pela pandemia de coronavírus em uma universidade do leste do país, enquanto as autoridades dão pequenos passos para flexibilizar a rígida estratégia anticovid.

Milhões de pessoas na China ainda precisam seguir restrições pela covid, mas algumas cidades já começaram a deixar para trás os testes em larga escala e as limitações de deslocamentos após uma série de protestos no país na semana passada.

Analistas da empresa japonesa Nomura calcularam na segunda-feira que 53 cidades, com quase um terço da população da China, prosseguem com restrições.

Apesar da ação das forças de segurança para mitigar os protestos, vídeos publicados nesta terça-feira nas redes sociais e geolocalizados pela AFP mostram estudantes reunidos na Universidade de Tecnologia de Nanjing na segunda-feira à noite.

Nas imagens, os jovens exigem o direito de deixar o campus. "O poder é dado a vocês pelos alunos, não por vocês mesmos", grita uma pessoa no vídeo.

Uma estudante do terceiro ano que pediu anonimato confirmou que o protesto aconteceu depois que a universidade anunciou o fechamento do campus por cinco dias após detectar apenas um caso de covid.

A jovem disse à AFP que os colegas estão descontentes com a comunicação da universidade e temem ficar bloqueados no campus durante o recesso de inverno (hemisfério norte, verão no Brasil).

Nas imagens, os estudantes discutem com representantes da universidade e pedem a demissão dos diretores do centro de ensino.

O protesto de Nanjing acontece alguns dias após as manifestações registradas em várias cidades da China para exigir o fim da política de 'covid zero'. Algumas pessoas chegaram a pedir a renúncia do presidente Xi Jinping.

As autoridades impediram as tentativas de protestos posteriores, mas parecem estar respondendo a algumas demandas dos manifestantes, com o anúncio de uma flexibilização das restrições.

Na terça-feira, 06, as autoridades de Pequim anunciaram que edifícios comerciais, incluindo os supermercados, não exigirão mais que os visitantes apresentem um teste de covid negativo.

Outras cidades, incluindo Xangai, adotaram iniciativas similares nos dias anteriores.

 

 

AFP

CHINA - Ao longo dos anos, explosões locais repentinas de protestos foram desencadeadas no país por uma série de questões — da poluição tóxica à grilagem ilegal de terras, passando pelos maus-tratos de um membro da comunidade nas mãos da polícia.

Mas, desta vez, é diferente.

Há um assunto que não sai da cabeça do povo chinês, e muitos estão cada vez mais fartos dele — levando a uma reação generalizada contra as restrições rigorosas impostas pela política de covid zero do governo.

Isso se refletiu em moradores derrubando barreiras montadas para fazer cumprir o distanciamento social, e agora grandes protestos tomam as ruas e campi universitários de cidades em todo o país.

Por um lado, é difícil explicar o quão chocante é ouvir uma multidão em Xangai pedindo a renúncia do presidente chinês, Xi Jinping.

É extremamente perigoso aqui criticar publicamente o secretário-geral do Partido Comunista. Você corre o risco de ser preso.

No entanto, lá estavam eles na rua de Xangai (Wulumuqi Lu) que leva o nome da cidade de Xinjiang onde um incêndio matou 10 moradores — muitos acreditam que as restrições impostas pela política de covid-zero dificultaram o esforço de resgate.

Um manifestante grita: "Xi Jinping!"

E centenas respondem: "Renuncie!"

O grito de protesto então ecoa: "Xi Jinping! Renuncie! Xi Jinping! Renuncie!"

Também se ouvia o seguinte coro: "Partido Comunista! Renuncie! Partido Comunista! Renuncie!"

Para uma organização política cuja ambição maior é a permanência no poder, esse é o maior desafio possível.

O governo parece ter subestimado drasticamente o crescente descontentamento da população em relação à política de covid zero — intrinsecamente ligada a Xi Jinping, que recentemente prometeu que não haveria desvio da política.

Além disso, não há maneira fácil de sair da sinuca de bico em que o Partido parece ter se metido.

Eles tiveram três anos para se preparar para uma eventual reabertura, mas em vez de construir mais unidades de terapia intensiva (UTI) nos hospitais e enfatizar a necessidade de vacinação, investiram vastos recursos em testagem em massa, lockdowns e instalações de isolamento destinadas a vencer uma guerra contra um vírus que nunca vai embora.

 

 

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63779061

CHINA - As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta segunda-feira, 28, pressionadas pela aversão ao risco nos mercados por conta dos protestos na China contrários à rígida política de tolerância zero contra a covid-19, adotada pelo governo do presidente Xi Jinping. O episódio adiciona uma nova camada de incerteza quanto à economia do gigante asiático, que recentemente flertou com o relaxamento de restrições.

O índice Xangai Composto fechou em queda de 0,75%, a 3.078,55 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto cedeu 0,51%, a 1.974,07 pontos. Já em Hong Kong, o Hang Seng teve baixa maior, de 1,57%, a 17.297,94 pontos, pressionado em especial por ações do setor imobiliário como a da Country Garden Holdings (-10,82%), que liderou as perdas. Papéis do setor de tecnologia, como JD.com (-4,33%), Alibaba (1,23%) e Baidu (-2,60%), também se destacaram negativamente.

Os protestos na China foram desencadeados por um incêndio com mortes em um apartamento na cidade de Urumqi, na região autônoma de Xinjiang, noroeste da China. Para os mercados, o episódio eleva os questionamentos acerca do futuro econômico do gigante asiático, cuja demanda interna têm sofrido por conta dos lockdowns. Para o Danske Bank, Pequim não deve recuar de sua estratégia antes de ter um programa de vacinação pronto, mas os protestos, caso cresçam, podem acelerar uma mudança para uma postura mais branda.

Em resposta aos protestos, autoridades chinesas relaxaram restrições nesta segunda em algumas regiões do país, mas reafirmaram o seu compromisso com a política de “covid-zero”. Especialistas ligados ao enfrentamento contra a doença nos EUA criticaram a postura de Pequim, considerando-a pouco transparente.

“Tentar prever com qualquer grau de certeza a reabertura, sem base ou histórico para seguir, parece um jogo perigoso no contexto dos protestos inquietantes e do desafio colossal que os líderes da China agora têm em suas mãos”, disse Stephen Innes, da SPI Asset Management, em um comentário.

Em outros mercados, o índice Nikkei, de Tóquio, recuou 0,42%, a 28.162,83 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi teve baixa de 1,21%, a 2.408,27 pontos. Já o taiwanês Taiex marcou perdas de 1,50%, a 14.556,87 pontos, e o australiano S&P/ASX 200 cedeu 0,42%, a 7.229,10 pontos. Com informações de Associated Press.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

CHINA - O presidente chinês, Xi Jinping, disse ao líder norte-coreano Kim Jong Un que Pequim está disposta a trabalhar com Pyongyang pela paz mundial, informou a mídia estatal norte-coreana neste sábado. 

A mensagem de Xi foi enviada dias depois que a Coreia do Norte disparou um míssil balístico intercontinental (ICBM), alertando que responderia às ameaças nucleares dos EUA com suas próprias armas nucleares. 

Xi disse na mensagem que a China está pronta para trabalhar com o Norte pela "paz, estabilidade, desenvolvimento e prosperidade na região e no mundo", informou a agência de notícias oficial da Coreia do Norte KCNA.

O governante chinês afirmou na mensagem que "as mudanças no mundo, nos tempos e na história ocorrem de maneiras sem precedentes", disse a KCNA, segundo a qual a mensagem era uma resposta às felicitações que Kim enviou a Xi pelo congresso do Partido Comunista da China. Nesse congresso, realizado em outubro, Xi foi nomeado para um terceiro mandato presidencial. 

A Coreia do Norte realizou uma série recorde de lançamentos de mísseis nas últimas semanas, levantando temores de que planeja realizar seu sétimo teste nuclear, que seria o primeiro desde 2017. 

Pouco antes do lançamento do ICBM, Xi conversou com o presidente dos EUA, Joe Biden, à margem da cúpula do G20 em Bali, e disse que Pequim não quer uma escalada causada por Pyongyang.

Biden pediu a Xi que use sua influência para conter o belicismo norte-coreano. 

O míssil lançado em 18 de novembro parecia ser o mais novo ICBM da Coreia no Note e é capaz de atingir o território continental dos Estados Unidos. 

A Coreia do Norte enfrenta várias sanções internacionais por seus programas balísticos e nucleares. 

A China é o principal parceiro comercial da Coreia do Norte, respondendo por mais de 90% do comércio do país empobrecido e recluso.

 

 

AFP

CHINA - As autoridades de Zhengzhou, que possui uma das maiores fábricas de IPhone do país, anunciaram o lockdown de quase metade da população nesta quinta-feira (24). Em todo o país, o número de casos diários de covid-19 na China atingiu um novo recorde desde o início da pandemia, com um total de 31.454 novas contaminações nesta quarta-feira, sendo 27.517 assintomáticos.

As autoridades sanitárias organizaram uma campanha de testes em vários distritos, onde as pessoas deverão ficar trancadas a partir desta sexta-feira (25), à meia-noite. Os moradores do centro da cidade não poderão mais deixar a área sem um teste PCR negativo e autorização. A autoridades os aconselharam a sair de casa apenas "em caso de necessidade." As medidas atingem vários bairros da cidade.

Os trabalhadores da fábrica já vinham sendo submetidos a várias restrições. Nesta quarta-feira, os operários se reuniram em frente à fábrica para protestar contra as medidas anticovid e a diminuição de um valor de um bônus prometido pela direção. Eles criticam as condições de trabalho "caóticas", geradas pelas restrições.

No mês passado, os trabalhadores, temendo o lockdown "repentino" da fábrica, fugiram a pé do local. A política adotada pela China contra a propagação do vírus, conhecida como "zero covid", leva o país a adotar medidas drásticas, como o lockdown de cidades inteiras e a imposição de quarentenas para casos positivos.

A estratégia, que continua sendo defendida pelo presidente Xi Jinping, vem gerando descontentamento de parte da população. O número de infecções vem batendo recordes no país.

O Ministério da Saúde anunciou, na quinta-feira, um novo recorde de casos em 24 horas, com mais de 31 mil casos, ultrapassando o número de contaminações registrado em abril, quando ocorreu o lockdown de Xangai.

Esses dados, entretanto, parecem irrisórios levando em consideração o tamanho da população chinesa, de 1,4 bilhão de habitantes.

 

Restrições em outras cidades

A nova onda de contaminações levou o governo a impor restrições em outras grandes cidades: Pequim, Xangai e Chongqing. A capital agora exige um PCR negativo de menos de 48 horas para autorizar a entrada em locais públicos, como centros comerciais, hotéis e prédios da administração.

Pequim anunciou quase 1.500 novos casos nesta quarta-feira, a grande maioria assintomática, em uma população de 22 milhões. É o número mais alto da cidade, embora muito baixo em comparação com os padrões internacionais.

Várias escolas voltaram a adotar o ensino à distância e a maioria dos restaurantes, bares e estabelecimentos comerciais foram fechados. Em Cantão, no sul, onde está o epicentro da atual onda epidêmica, o governo construiu milhares de quartos temporários para receber os pacientes.

O governo anunciou em 11 de novembro o relaxamento de várias medidas, mas as novas altas de casos levaram à retomada das restrições. A China ainda não aprovou a utilização das vacinas à base de RNA mensageiro, mais eficazes, e apenas 85% das pessoas com mais de 60 anos receberam duas doses.

 

 

 

(Com informações da AFP)

por RFI

CAMBOJA - As divergências a respeito de Taiwan dominaram a reunião desta terça-feira (22) entre o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, e seu homólogo chinês, Wei Fenghe, um encontro que aconteceu no Camboja em um momento em que as duas nações se esforçam para conter as tensões.

A reunião, que ocorreu à margem de uma conferência de ministros da Defesa na cidade cambojana de Siem Reap, foi a primeira entre os dois desde junho.

Pouco depois, em agosto, a visita da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan aumentou a tensão entre as potências.

Desde então, Pequim e Washington tentam acalmar a situação e organizaram vários encontros entre funcionários de alto escalão.

Uma fonte do Departamento de Defesa americano classificou o diálogo entre Austin e Wei como "produtivo e profissional".

"As partes concordaram que é importante que nossos países trabalhem juntos para evitar que a concorrência resulte em conflito", declarou.

Austin buscou "a reabertura de uma série de diálogos e mecanismos militares, além de outros mecanismos para ajudar a administrar a concorrência de forma responsável", acrescentou a mesma fonte.

Estes procedimentos e diálogos foram suspensos depois da visita de Pelosi a Taiwan, que provocou indignação e várias ameaças de Pequim

O funcionário do governo americano informou que Austin e Wei tiveram uma "longa conversa" sobre Taiwan, que durou quase uma hora e meia.

Um porta-voz do ministério da Defesa da China descreveu o encontro como "sincero, profundo, prático e construtivo".

"As duas partes reconheceram que os exércitos devem implementar com seriedade os importantes consensos alcançados pelos chefes de Estado para manter a comunicação e os contatos, além de fortalecer a gestão da crise e trabalhar duro para manter a paz e a estabilidade regional", disse o porta-voz.

A fonte acrescentou que a "China considera importante o desenvolvimento das relações bilaterais, mas que os Estados Unidos devem respeitar os interesses fundamentais chineses". 

 

- Linha vermelha -

A China considera que Taiwan é parte de seu território e busca retomar o controle, inclusive pela força se considerar necessário.

Durante a reunião, Wei disse que para a China a questão de Taiwan é uma linha vermelha.

"Taiwan pertence a China, é um tema que deve ser resolvido pelo povo chinês apenas e nenhuma força externa tem o direito de interferir", disse o porta-voz.

Pequim critica as ações diplomáticas que podem conceder legitimidade a Taiwan e critica as visitas à ilha de autoridades ocidentais.

Após a visita de Pelosi, Pequim organizou manobras militares em larga escala ao redor da ilha.

Austin disse a Wei que a política americana a respeito de Taiwan não mudou e que Washington continua contrário a qualquer mudança unilateral no 'status quo' da ilha.

Na reunião também foram citados outros temas geopolíticos como a invasão russa da Ucrânia e a situação da Coreia do Norte, segundo um comunicado do secretário de imprensa do Pentágono, o general Pat Ryder.

O encontro entre os secretários de Defesa aconteceu uma semana após a reunião do presidente chinês Xi Jinping com o colega americano Joe Biden, à margem da cúpula do G20.

Poucos dias depois, Xi se reuniu com a vice-presidente americana, Kamala Harris, no encontro de cúpula da APEC em Bangcoc.

 

 

AFP

CHINA - Um futuro experimento chinês pretende enviar macacos para a nova estação espacial Tiangong, cuja construção foi concluída recentemente. A tarefa dos primatas dentro do laboratório na órbita baixa terrestre é uma só: se reproduzir. O objetivo do experimento é avaliar se os animais serão capazes de copular fora do nosso planeta, em um ambiente de microgravidade, e será realizado em Wentian, o maior módulo da estação espacial chinesa, utilizado para experiências ao redor das chamadas ciências da vida.

O laboratório já foi utilizado para análise de seres vivos como algas e peixes, e, além dos macacos, outros experimentos com ratos também serão realizados para analisar o crescimento e a reprodução dos animais no contexto espacial. “Esses experimentos ajudarão a melhorar nossa compreensão da adaptação de um organismo à microgravidade e a outros ambientes espaciais”, afirmou Zhang Lu, pesquisador da Academia Chinesa de Ciências, em Pequim, e um dos líderes do estudo.

O experimento tem como objetivo compreender melhor as possibilidades de reprodução humana no espaço, mas as dificuldades de realização dos testes aumentam consideravelmente junto com o tamanho maior dos animais envolvidos. É preciso, afinal, cuidar dos macacos, alimentá-los e resolver os resíduos que naturalmente serão produzidos, bem como lidar com os possíveis efeitos de perturbação e estresse que a viagem e o ambiente confinado podem causar nos animais.

“No chão é possível acalmar um macaco em pânico com brinquedos, música ou simplesmente deixá-los se misturar com outros macacos. Como cuidar deles, mantê-los felizes e confortáveis será um novo desafio para os astronautas”, explicou um dos especialistas.

As complicações impostas pela baixa gravidade, que atrapalha até mesmo que dois corpos se mantenham próximos no contexto espacial, são parte dos dilemas enfrentados no experimento, que trabalhará com animais nascidos em laboratório.

O teste chinês pretende avaliar a qualidade dos espermatozoides e dos óvulos na microgravidade, bem como o efeito sobre os hormônios, testículos e outros órgãos reprodutivos. Entre muitos animais que já viajaram para fora da Terra, mais de 32 macacos já foram enviados ao espaço desde 1949, quando um macaco-rhesus de nome Albert II foi lançado a 134 km de altura na atmosfera terrestre. O primeiro grande símio a viajar para o espaço foi Ham, que participou de uma missão da NASA em 1961, retornando com segurança à Terra, onde viveu até 1983.

Mais de 32 macacos já foram enviados ao espaço em experimentos semelhantes desde os anos 1940.

 

 

Vitor Paiva / HYPENESS

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