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Farinha, tomate e batata recuam; carnes continuam como maior peso do orçamento, segundo pesquisa do IEMB-Acirp

 

RIBEIRÃO PRETO/SP - A pesquisa mensal do custo da cesta básica da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) apontou nova redução em setembro de 2025.
O levantamento, realizado pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB-Acirp), mostrou que o valor médio da cesta foi de R$ 709,63, queda de 1,91% em relação a agosto, quando o conjunto de alimentos custava R$ 723,47
A coleta foi realizada em 18 de setembro, em 10 supermercados/hipermercados e 4 padarias distribuídas pelas regiões Norte, Leste, Oeste, Sul e Central da cidade.
De acordo com os pesquisadores do instituto, a redução está associada principalmente à ampla oferta de trigo e ao avanço da colheita de hortaliças, que aumentaram a disponibilidade no mercado e pressionaram os preços para baixo.

Itens em destaque
A farinha de trigo apresentou o maior recuo, de -23,09%, seguida pelo tomate (-13,02%) e pela batata inglesa (-9,78%). O movimento foi impulsionado pela colheita da safra de inverno e pela entrada de maiores volumes no atacado paulista.

Diferenças regionais
O estudo também revelou variações significativas entre as regiões de Ribeirão Preto. A região Central registrou o maior custo da cesta, de R$787,76, enquanto a zona Norte apresentou o menor valor, de R$669,14. As demais regiões apresentaram os seguintes valores: Leste (R$711,32), Oeste (R$669,24) e Sul (R$761,15).

Impacto no bolso do consumidor
As carnes seguem como o maior peso no orçamento, representando 44,44% do custo da cesta, seguidas por frutas e legumes (22,19%), farináceos (20,85%), laticínios (6,19%), leguminosas (3,27%), cereais (2,16%) e óleos (0,91%).
Com base no salário mínimo líquido de R$1.403,85, um trabalhador ribeirão-pretano comprometeu 50,55% de sua renda apenas com a cesta básica em setembro. Para a aquisição dos itens, foram necessárias 111,21 horas de trabalho, 2h17 a menos do que no mês anterior.
Segundo Lucas Ribeiro, analista do IEMB-Acirp, o resultado mostra uma pressão de oferta no curto prazo. “A desinflação observada decorre de condições de oferta mais favoráveis, refletindo o arrefecimento das pressões de preços de curto prazo nos alimentos”, destaca Ribeiro.

Metodologia
O levantamento do IEMB-Acirp segue o Decreto Lei nº 399/1938, que estabelece os itens e quantidades mínimas para suprir as necessidades nutricionais mensais de um adulto.

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos recebeu nesta semana mil cestas básicas enviadas pelo Fundo Social de Solidariedade do Governo do Estado de São Paulo. A ação faz parte da política estadual de apoio às cidades paulistas no combate à insegurança alimentar.

A entrega foi confirmada pela primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade de São Carlos, Herica Ricci Donato, que recebeu os alimentos nesta terça-feira (02/09). Ela agradeceu ao Fundo Social do Governo do Estado, que tem contribuído com o envio de alimentos aos que mais necessitam.

Segundo Herica, esta é a segunda remessa recebida pela cidade em 2025. “Durante esse ano já é a segunda vez que nós recebemos, totalizando mais de 3 toneladas de alimentos”, afirmou. Ela também destacou que o envio cumpre o compromisso firmado em reunião realizada com o governo estadual no início do ano. 

A distribuição dos alimentos será realizada conforme as diretrizes estabelecidas pelo Fundo Social do Estado. “De acordo com as orientações que o Fundo Social de São Paulo vai nos passar, nós vamos fazer a distribuição dessas cestas”, explicou Herica. A presidente do Fundo Social de São Carlos informou que uma das exigências para a entrega é o uso do Cadastro Único (CadÚnico), sistema federal que identifica famílias em situação de vulnerabilidade. Herica também agradeceu nominalmente à primeira-dama do Estado de São Paulo, Cristiane Freitas, responsável pela coordenação do Fundo Social estadual.

Batata, arroz e feijão recuam; carnes seguem como maior peso do orçamento, de acordo com pesquisa do IEMB-Acirp

 

RIBEIRÃO PRETO/SP - A pesquisa mensal do custo da cesta básica da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) voltou a ser divulgada em agosto de 2025.
O levantamento, realizado pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB-Acirp),apontou que o valor médio da cesta em agosto foi de R$ 723,47, o que representa queda de 1,46% em relação ao mês anterior, quando o mesmo kit de alimentos custou R$ 734,20.
A coleta de dados de agosto foi feita no último dia 20 de agosto em 10 supermercados/hipermercados e 4 padarias, distribuídos pelas regiões Norte, Leste, Oeste, Sul e Central.
De acordo com pesquisadores da entidade, a redução está associada à melhora da oferta agrícola, influenciada pela colheita de inverno e pelo maior volume de importação do arroz.

Itens em destaque
Entre os alimentos que mais puxaram a queda estão a batata inglesa (-23,56%) e o feijão carioca (-12,64%), favorecidos pelo pico da colheita da safra de inverno; e o arroz branco (-7,26%), beneficiado pelo aumento das importações.

Diferenças regionais
O estudo apontou variações significativas entre as regiões da cidade. A zona Leste registrou o maior custo da cesta (R$ 773,40), enquanto a região Norte apresentou o menor valor (R$ 674,40). Confira os dados:

REGIÃO: ÍNDICE INFLACIONÁRIO / CUSTO MÉDIO DA CESTA

Ribeirão Preto: -1,46% / R$ 723,47

Norte: -7,46% / R$ 674,40     
Leste: +8,23% / R$ 773,40            
Oeste:  -2,67%  / R$ 688,95           
Sul:  +0,52% / R$ 754,77        
Central: -1,74% / R$ 770,92

Impacto no bolso do consumidor
As carnes representaram o maior custo relativo da cesta, respondendo por 43,66% do total do gasto, seguidas por frutas e legumes (23,29%), farináceos (20,83%), laticínios (6,28%), leguminosas (3,09%), cereais (1,98%) e óleos (0,88%).
Levando em consideração o salário mínimo líquido de R$ 1.403,85, um trabalhador ribeirão-pretano comprometeu 51,53% de sua renda apenas com a cesta básica em agosto. Em termos de tempo, foram necessárias 113,38 horas de trabalho para a aquisição dos alimentos, 1h40 a menos do que no mês anterior.
Para Lucas Ribeiro, analista do IEMB-ACIRP, o resultado reflete um momento de alívio temporário para o consumidor. “A queda em agosto mostra um excesso de oferta agrícola. Apesar do alívio, os custos com alimentação seguem elevados, o que limita o poder de compra do trabalhador”, ressalta.

Metodologia 
O estudo foi conduzido pelo IEMB para aferição do índice de inflação sobre os alimentos na cidade de Ribeirão Preto acompanha itens básicos descritos pelo Decreto Lei nº 399/1938. A legislação define as quantidades mínimas para suprir necessidades nutricionais mensais. 

BRASÍLIA/DF - A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revelou que o custo da cesta básica diminuiu em 11 localidades e aumentou em seis capitais. O levantamento foi feito entre os meses de maio e junho.

O estudo do Dieese apontou que as maiores baixas foram nas capitais Aracaju (-3,84%), Belém (-2,39%), Goiânia (-1,90%), São Paulo (-1,49%) e Natal (-1,25%). As maiores altas foram registradas em Porto Alegre (1,50%) e Florianópolis (1,04%).

Apesar de ter caído o custo, a cesta básica em São Paulo continua sendo a mais cara do país, com o valor de R$ 831,37. Na sequência estão Florianópolis (R$ 867,83), Rio de Janeiro (R$ 843,27) e Porto Alegre (R$ 831,37).

As capitais com os valores da cesta básica mais baixos, porém com a composição diferente de produtos e com menores valores médios, foram Aracaju (557,28), Salvador (R$ 623,85), Joao Pessoa (R$ 636,16) e Natal (R$ 636,95).

Aumento

Na comparação dos valores da cesta entre junho do ano passado e junho de 2025, quase todas as capitais tiveram aumentos de preço. Nesse caso, as variações foram de 1,73% em Salvador e 9,39% no Recife. A redução ocorreu em Aracaju, com -0,83%.

No acumulado do ano, entre dezembro de 2024 e junho de 2025, todas as capitais incluídas na pesquisa mostraram alta nos preços da cesta, com índices que oscilaram, por exemplo, em mais 0,58% em Aracaju e 9,10% em Fortaleza.

Produtos

Entre os produtos que tiveram baixas está a batata, que diminuiu nas capitais do centro-sul nos meses de maio e junho. Em Belo Horizonte e Porto Alegre, por exemplo, as quedas ficaram em em -12,62% e -0,51%, respectivamente.

O açúcar, por sua vez, diminuiu em 12 cidades no período, ficando estável no Recife e aumentando em quatro capitais, sendo o mais alto em Campo Grande (1,75%). As maiores reduções no preço do açúcar ocorreram em Brasília (-5,43%), Vitória (-3,61%), Goiânia (-3,27%) e Belém (-3,15%).

No mesmo período aferido pela pesquisa, o preço do leite integral diminuiu em 11 capitais, casos de Brasília (-2,31%) e Curitiba (-0,65%). Já em cinco cidades, os valores se elevaram, como aconteceu em Aracaju (2,11%). A maior alta foi no Recife (8,93%), sendo que em outras 12 houve retração no preço médio do produto, com variações, por exemplo, em Campo Grande (-7,99%) e São Paulo (-0,71%).

O tomate aumentou em dez capitais entre maio e junho, sendo registradas variações no Rio de Janeiro (0,29%) e Porto Alegre (16,90%). Em outras sete, o preço caiu, com a maior variação em Aracaju (-21,43%).

No período de 12 meses, o tomate baixou de preço em 16 capitais, sendo que o valor médio diminuiu, por exemplo, em Aracaju (-25,29%), Salvador (-19,72%) e no Rio de Janeiro (-14,48).

 

 

AGÊNCIA BRASIL

Pesquisa do Instituto de Economia Maurílio Biagi, da Acirp, aponta alta de 5,68% em relação a setembro; valor médio dos 13 itens que compõem a lista chega a R$ 710,87

 

RIBEIRÃO PRETO/SP - O custo da cesta de consumo alimentar em Ribeirão Preto alcançou R$ 710,87 em outubro, um aumento de 5,68% em comparação ao mês anterior. É o maior valor registrado em 2024, conforme pesquisa realizada mensalmente pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi, da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (IEMB-Acirp).

A alta é atribuída aos impactos das queimadas e da estiagem prolongada, que seguem elevando os preços dos alimentos básicos.

“A seca e as queimadas nas regiões produtoras impactaram fortemente o custo da cesta de consumo em outubro. Produtos como a carne, que já vinham sofrendo com o preço dos insumos, foram ainda mais afetados por estas condições adversas”, avalia Livia Piola, analista do IEMB-Acirp.

 

Principais aumentos

A pesquisa, realizada em 18 de outubro em 15 estabelecimentos da cidade, aponta a alcatra como o item de maior variação no mês, com aumento de 12,06%, reflexo da menor oferta de gado para abate e da necessidade de confinamento dos animais, o que encarece a produção.

“O uso de ração e outros insumos afetados pelas queimadas, como soja e cana-de-açúcar, contribuiu para a alta no preço das carnes”, explica Livia.

Outro produto de destaque na pesquisa foi a batata, que subiu 9,35% em média e ainda apresentou variações expressivas em determinadas regiões, como no Centro, onde o aumento chegou a 56,71%.

 

Impacto no orçamento

Para um trabalhador que recebe salário líquido de R$ 1.305,82, o gasto com a cesta alimentar comprometeria cerca de 54,44% de sua renda em outubro, aumento de 2,93 pontos percentuais em relação a setembro.

Com uma carga horária mensal de 220 horas, esse trabalhador precisaria dedicar aproximadamente 119,76 horas para arcar com o custo dos alimentos, uma exigência de 6,44 horas a mais que no mês anterior.

 

Variação regional

Os dados regionais mostram que o Centro de Ribeirão Preto registrou a cesta mais cara, com valor total de R$ 837,04, um aumento de 21,14%, impulsionado pelo aumento no preço da batata. Já a zona Norte apresentou o menor custo, com R$ 662,16, embora tenha enfrentado aumento no preço do açúcar cristal, que variou 37,85% em relação a setembro.

 

Metodologia  

O levantamento da cesta básica em Ribeirão Preto avalia mensalmente 13 itens descritos no Decreto Federal nº 399/1938, que define as quantidades alimentares mínimas necessárias para atender às necessidades nutricionais de um indivíduo de idade adulta.    

A cesta considerada pela Acirp inclui carne bovina (6 kg de alcatra), leite longa vida (7,5 litros), feijão carioca (4,5 kg), arroz branco tipo 1 (3 kg), farinha de trigo (1,5 kg), batata inglesa (6 kg), tomate italiano (9 kg), pão francês (6 kg), café em pó (0,6 kg), banana nanica (90 unidades), óleo de soja (0,8 litro), açúcar cristal (3 kg) e margarina (0,75 kg).    

Os locais de compra são determinados com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017-2018. O pão francês é o único item cotado também em padarias, uma vez que 60% dos ribeirão-pretanos preferem comprar este produto nestes estabelecimentos.   

SÃO PAULO/SP - O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou na terça-feira (6) pesquisa sobre o custo da cesta básica referente ao mês de julho. Em 17 capitais, o valor do conjunto de alimentos básicos consumidos pelas famílias caiu.

Na comparação com junho, as quedas mais relevantes foram verificadas no Rio de Janeiro (-6,97%), em Aracaju (-6,71%), Belo Horizonte (-6,39%), Brasília (-6,04%), Recife (-5,91%) e Salvador (-5,46%). São Paulo foi a capital onde o valor da cesta básica apresentou o maior custo, R$ 809,77 e queda de 2,75% em relação a junho, seguida por Florianópolis onde a cesta básica custou R$ 782,73, com queda de 4,08% em relação a junho e Porto Alegre, R$ 769,96 com queda de 4,34% e Rio de Janeiro, R$ 757,64.

Como a composição da cesta básica é diferente nas cidades das regiões Norte e Nordeste, os menores valores da cesta básica foram constatados em Aracaju (R$ 524,28), Recife (R$ 548,43) e João Pessoa (R$ 572,38).

Segundo o Dieese, na comparação dos valores da cesta entre julho de 2023 e julho de 2024, o custo dos alimentos básicos subiu em 11 cidades. O destaque ficou com Goiânia, que subiu 5,82%, seguida por Campo Grande (MS), 5,54% e São Paulo (SP), 5,71%.

Entre as seis cidades que tiveram retração nos preços figuram Recife (-7,47%) e Natal (-6,28%). De janeiro a julho deste ano, 15 cidades tiveram alta nos preços médios - Belo Horizonte com alta de 0,06% e Fortaleza, com 7,48%. Por esse critério, de preços médios, as reduções ocorreram em Brasília (-0,63%) e Vitória (-0,06%).

Considerando a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família, com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o valor necessário do salário mínimo deveria ser de R$ 6.802,88, ou 4,82 vezes o valor atual de R$ 1.412,00. Em junho deste ano, o valor necessário ficou em R$ 6.995,44 e correspondeu a 4,95 vezes o piso mínimo.

A pesquisa apontou que em julho o tempo médio necessário para que o trabalhador pudesse comprar a cesta básica correspondeu a 105 horas e 8 minutos, menor que em junho, quando essa relação de troca ficou em 109 horas e 53 minutos. A jornada média em julho de 2023 para comprar a cesta básica era de 111 horas e 8 minutos.

O Dieese comparou o custo da cesta básica com o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, e constatou que o trabalhador comprometeu, em média, 51,66% do seu rendimento para comprar alimentos. Em junho, o trabalhador gastava 54% de seu salário líquido.

Diante da catástrofe climática ocorrida em maio no Rio Grande do Sul, que afetou inúmeros produtores de arroz, o preço do produto e o anúncio pelo governo de importação do produto, o preço do arroz caiu em julho em 13 capitais, variando de -0,37% em Recife a 3,9% em Belo Horizonte. O preço do feijão também caiu em 13 capitais, com quedas entre 0,66% e 3,04%. Já o pão francês teve aumento em 12 capitais, com altas de 2,03% em Florianópolis e de 2,44% em João Pessoa.

 

Por Agência Brasil

BRASÍLIA/DF - O relator da regulamentação da reforma tributária, Reginaldo Lopes (PT-MG), decidiu, nos instantes finais da votação, incluir as carnes na lista de produtos da cesta básica nacional, que terão alíquota zero. A medida foi aprovada pelo plenário por 447 votos a 3, mais duas abstenções.

"Estamos acolhendo no relatório da reforma todas as proteínas: carnes, peixe, queijos e, lógico, o sal. Porque o sal é um ingrediente da culinária brasileira", anunciou Lopes no plenário da Câmara dos Deputados.

A decisão se deu após dias de impasse em torno do tema e evitou um risco de derrota para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que atuou diretamente para tentar barrar a isenção. Antes do desfecho, o relator divulgou, ao longo desta quarta-feira (10), três versões diferentes do parecer sem incluir as carnes na cesta básica, e o texto-base foi aprovado sem a mudança.

O tratamento tributário das carnes foi um dos temas mais polêmicos durante a discussão do projeto na Câmara, e um destaque apresentado pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tinha chances de ser aprovado.

Momentos antes da votação, alguns líderes subiram à mesa para conversar com Lira. De acordo com relatos de um aliado do alagoano, os parlamentares alertaram que, se o tema fosse a voto, o presidente da Câmara seria derrotado. Instantes depois, o relator deu o sinal verde para a inclusão das carnes na cesta básica.

"[O acordo] Foi fechado ali, dentro do plenário, os líderes [estavam] embaixo, depois subiram vários ali na reta final, antes da votação do destaque", narrou o presidente da Câmara, após a votação. Segundo ele, tratava-se de "uma votação que poderia dar qualquer coisa". "Qualquer lado poderia alcançar os 257 [votos necessários] ou não se fizesse uma composição", disse Lira.

A FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), uma das bancadas mais poderosas do Congresso, foi uma das principais defensoras da inclusão da proteína animal. Nos últimos dias, representantes da frente se reuniram diversas vezes com o presidente da Câmara na tentativa de resolver o impasse.

Em confraternização promovida pelo PSD na noite de terça (9), Lira teve uma discussão acalorada com o presidente da entidade, o deputado Pedro Lupion (PP-PR), sobre a questão. Nesta quarta, o presidente da Câmara manteve novos encontros com membros da FPA, mas ainda sem convergência sobre o tema.

Após o relator fazer o anúncio, Lupion afirmou que foi feita uma decisão "política do plenário". "A maioria dos líderes fez conta e viu que o resultado seria favorável à inclusão das proteínas. É o voto, a máxima da Câmara que a maioria tem voto e a minoria, regimento", disse. "Aplaudimos a decisão do relator, uma decisão política que evita uma disputa de plenário muito ruim."

Lupion afirmou ainda que a bancada ruralista "negociou longamente" com líderes, membros do grupo de trabalho e, principalmente, com Lira. "É importante ressaltar que o presidente Arthur Lira tomou um papel de articulador nesse tema e nunca deixou de nos ouvir. Às vezes bem, às vezes mal, muitas vezes sem concordar com nossos pleitos."

Ao final da votação, Lira deixou claro que a isenção das proteínas animais terá impacto na alíquota padrão dos novos tributos -a Fazenda estima o efeito em 0,53 ponto percentual, em uma alíquota estimada em 26,5%.

Segundo o presidente da Câmara, o que deu mais conforto à decisão foi a inclusão de uma trava para que essa alíquota não ultrapasse os 26,5%. Isso significa que, se na implementação da reforma a cobrança for maior, o Executivo terá de enviar um projeto de lei complementar revisando os benefícios ou descontos na alíquota para determinados bens e serviços.

"A inclusão da proteína na cesta básica vai dar um impacto grande na alíquota [...]. Mas o que deu mais conforto foi essa trava dos 26,5%, que foi colocada no texto. Se bater perto, vai ter que ter alteração, vai ter que se rever. E aí, com o tempo, [avaliar se] foram todas as proteínas, quais ficam, quais saem, mexe em outra situação, em outra vertente", disse Lira.

O presidente, porém, sinalizou que não mudou sua visão sobre a questão. "Eu acho que a posição é errada na alíquota e ela é certa com relação ao que eles pensam de itens de cesta básica. Quem manda nas discussões da Casa, nas votações, são os parlamentares. O acordo foi feito, segue para o Senado e a gente vai acompanhando", afirmou.

O tema das carnes também se tornou novo foco de divergência entre Lira e o Planalto.

De um lado, Lula defendia a inclusão de carne na cesta básica, enquanto Lira era contrário. Em entrevista ao UOL no fim de junho, o petista entrou na discussão da reforma ao defender a isenção de impostos para o frango.

Há uma avaliação da ala política do governo de que essa medida teria forte apelo popular, porque o volume de proteína animal consumida no Brasil é relevante. Além disso, uma das promessas de campanha do petista era que os brasileiros voltariam a comer carne, como a picanha.

O próprio Ministério da Fazenda, porém, calculou que contemplar as carnes na cesta básica teria um impacto de 0,53 ponto percentual na alíquota padrão do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), a ser paga por todos os contribuintes.

Na metodologia do Banco Mundial, esse efeito poderia ser até maior, de 0,57 ponto percentual.

O impacto era um dos motivos citados por Lira para justificar a posição contrária à inclusão. Na semana passada, o presidente da Câmara disse que isso acarretaria um "preço pesado para todos os brasileiros".

Nas discussões mais recentes, ele argumentou a interlocutores que contemplar as carnes seria uma "insanidade" e que a fatura seria paga por todos os contribuintes.

Após a votação, Lira afirmou que "cada lado agora vai ter sua narrativa".

"Na realidade, o presidente Lula apoiava, a emenda foi feita pela oposição. Houve o acordo e votou-se o texto. Não tem outra coisa mais do que isso. Eu não vou estar comentando versão de um lado nem versão de outro. Muito mais importante do que essa polarização que a gente insiste em fazer é a reforma que a gente entregou hoje para o país", disse.

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) disse que a isenção das carnes era um "sonho do presidente Lula" e que ele "o tempo todo colocou que era muito importante que houvesse proteína na cesta básica das pessoas mais vulneráveis".

Líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ) afirmou que a inclusão do relator se deu após pressão e trabalho da oposição, numa crítica ao governo federal. "As promessas que foram feitas e não foram cumpridas, possivelmente poderão ser cumpridas agora. Parabéns à bancada do PL", disse.

Além do agronegócio, também houve pressão de outros setores, como o de supermercados, e de parlamentares, da direita à esquerda, que defendem uma cesta básica mais ampla.

A reportagem testemunhou o momento em que o deputado Orlando Silva (PC do B-SP) abordou o líder do PT na Câmara, Odair Cunha (PT-MG), no salão verde da Casa, na tarde de quarta, questionando o que seria feito para contemplar as carnes. Cunha respondeu rapidamente que era um assunto "complicado", antes de entrar no plenário de votações.

Em outro momento, ainda antes da votação, o deputado Otto Alencar Filho (PSD-BA) disse a Ricardo Salles (PL-SP), que votaria a favor do destaque do PL para incluir as carnes na cesta básica.

 

 

 FOLHAPRESS

Pesquisa da Acirp mostra queda dos preços em 4 das 5 regiões da cidade

 

RIBEIRÃO PRETO/SP - Após quatro altas consecutivas, o valor da cesta básica em Ribeirão Preto teve seu primeiro recuo. De acordo com pesquisa mensal de preços da Associação Comercial e Industrial (Acirp), o kit básico de alimentos custou em média R$ 679,00 em março, uma redução de 3,34% em relação ao mês anterior. 
O levantamento feito pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB) da Acirp aponta queda em quatro das cinco regiões do município. Os preços foram levantados no dia 15 de março em 11 supermercados/ hipermercados e quatro panificadoras distribuídos pela cidade. 
A cesta mais barata e com maior deflação foi encontrada na zona Norte a R$ 567,38, uma diminuição de 11,85% no comparativo com o que foi registrado em fevereiro. 
No Centro, que teve a cesta mais cara nos meses de janeiro e fevereiro, os preços baixaram 8,34%, ficando em R$ 707,22 neste mês de março. 
Na região Oeste o custo foi de R$ 648,61 (-2,26%) e na Leste, de R$ 736,89 (-0,56%). A Zona Sul, embora não tenha tido a cesta mais cara (R$ 720,38), foi a única a apresentar alta (+0,94%).  
“Este mês, a deflação foi puxada pela queda nos preços de produtos que tiveram excesso de oferta em 2023, como a soja e produtos derivados da pecuária bovina. Apesar disso, chama atenção ainda o crescimento no preço de produtos in natura, como frutas e legumes, reflexo dos impactos do El Niño sobre a produção agrícola”, aponta Lucas Ribeiro, analista do IEMB Acirp. 
Em março, as carnes corresponderam a 34,2% do orçamento total, seguidas pelas de frutas e legumes (31,7%), farináceos (19,78%), laticínios (6,16%), leguminosas (4,98%), cereais (2,48%) e óleos (0,71%) 
Em relação ao poder de compra, a cesta básica compromete o equivalente a 52% dos rendimentos do trabalhador assalariado, considerando a remuneração de um salário mínimo (R$1.412,00) e uma renda liquida de R$1.305,82 (deduzidos 7,52% da contribuição para a Previdência Social). 
Considerando uma carga horária mensal de 220 horas, esse indivíduo precisou trabalhar 114,4 horas para adquirir sua cesta, 3,95 horas a menos que em fevereiro.   

Vai e vem dos preços 
O item com maior impacto no preço final da cesta básica em Ribeirão Preto foi a margarina com sal (-13,95%). A batata inglesa também teve uma redução importante (-11,59%). A queda do valor da carne alcatra é outro destaque (-6,04%). 
Na outra ponta, o tomate italiano subiu 18,46%, impedindo uma deflação maior na cesta de março.   

Dados do estudo  
Os 13 itens avaliados mensalmente pela Acirp são os mesmos considerados pela cesta descrita no Decreto-Lei nº 399/1938, que define um conjunto de alimentos que seria suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta.  
A cesta inclui carne bovina (6 kg de alcatra), leite longa vida (7,5 litros), feijão carioca (4,5 kg), arroz branco tipo 1 (3 kg), farinha de trigo (1,5 kg), batata inglesa (6 kg), tomate italiano (9 kg), pão francês (6 kg), café em pó (0,6 kg), banana nanica (90 unidades), óleo de soja (0,8 litro), açúcar cristal (3 kg) e margarina (0,75 kg).   
Os locais de compra são determinados com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017-2018. O pão francês é o único item cotado também em padarias, uma vez que 60% dos ribeirão-pretanos preferem comprá-lo nestes estabelecimentos.  
 
IEMB  
O Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB) integra o Departamento de Relações Institucionais da Acirp, entidade que em 2024 completa 120 anos de atuação em Ribeirão Preto. Foi criado em 1954 com objetivo de gerar dados socioeconômicos para orientação na gestão de empresas e da cidade. As medições do Índice Mensal da Cesta Básica do IEMB-Acirp têm sido aferidas desde maio de 2023.  

SÃO PAULO/SP - Em janeiro, o custo da cesta básica subiu em 11 das 17 capitais analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo o levantamento, que foi divulgado hoje (7), as maiores altas foram observadas na capitais nordestinas, com destaque para Recife (7,61%), João Pessoa (6,80%), Aracaju (6,57%) e Natal (6,47%).

Por outro lado, as capitais da Região Sul do país apresentaram as maiores quedas, com Florianópolis na liderança (-1,11%), seguida por Porto Alegre (-1,08%) e Curitiba (-0,50%).

Assim como ocorreu em dezembro, São Paulo continua aparecendo na pesquisa como a capital onde o conjunto de alimentos básicos apresenta o maior custo. Na capital paulista, o custo médio da cesta básica em janeiro era de R$ 790,57. Em seguida, apareceram as cestas básicas do Rio de Janeiro (R$ 770,19), Florianópolis (R$ 760,65) e Porto Alegre (R$ 757,33). Já a cesta mais barata era a de Aracaju, onde o custo médio correspondia a R$ 555,28 em janeiro.

Com base na cesta mais cara, que em janeiro foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o salário mínimo deveria ser de R$ 6.641,58 em janeiro, o que corresponde a cinco vezes mais do que o valor vigente, que é de R$ 1.302.

 

 

 Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

IBATÉ/SP - Sabendo da necessidade que muitas famílias ainda estão passando, o Governo do Estado de São Paulo enviou mais 500 cestas básicas ao Fundo Social de Solidariedade de Ibaté. Essa foi a nona remessa, totalizando 6.302 unidades.
A cesta é composta por arroz tipo 1, feijão tipo 1, macarrão, açúcar refinado, sal refinado, óleo, leite em pó, extrato de tomate, sardinha em óleo, farinha de mandioca e biscoito tipo maisena, pesando em torno de 16kg.
Amanda Affonso Vieira, Coordenadora da Assistência Social, destaca que a Prefeitura de Ibaté continua realizando a aquisição de cestas básicas e a doação do estado ajuda suplementar a demanda. “A Prefeitura faz a sua parte, mas nesse momento toda ajuda é bem vinda. Muitas pessoas perderam empregos, suas rendas e ainda vivem uma situação difícil. Por isso essas cestas de alimentos chegam em um momento muito bom e temos a certeza que contribuirá para ajudar as famílias mais vulneráveis de nosso município", aponta.
Muitas pessoas estão enfrentando dificuldades que foram agravadas pela pandemia, causando um grande impacto em inúmeros setores, e o Fundo Social de Solidariedade continua com o trabalho de acompanhamento das famílias em situação de vulnerabilidade, por meio de cadastro social. As famílias que buscam atendimento na Assistência Social realizam um cadastro e passam por uma avaliação técnica que determina o tipo de auxilio necessário. A Assistência Social também faz o acompanhamento dessas famílias.
A Secretaria de Promoção e Bem-Estar Social está aberta ao recebimento de doações e possui um sistema de cadastro para a população e as doações podem ser realizadas diretamente na sede. Mais informações no telefone (16) 3343.3043 ou 3343-5733.

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