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IBATÉ/SP - Aconteceu na última semana a formatura dos alunos dos cursos profissionalizantes da área de tecnologia do Centro de Formação Artística “Anna Ponciano Marques” - Centro Cultural.
 
No total 30 alunos receberam o certificado, sendo que 15 de informática básico com iniciação ao primeiro módulo, 8 alunos do curso tecnológico administrativo e 7 alunos do curso de robótica.
 
Esses módulos começaram no mês de fevereiro, com duração de cinco meses. “Após o aluno iniciante completar o módulo básico de informática ele pode automaticamente seguir para o módulo administrativo e tecnológico, com noções voltadas para Word e Excel o que enriquece a preparação de jovens e adultos para o mercado de trabalho ou iniciar o primeiro módulo de robótica, onde pode despertar no aluno a paixão e a vocação por programação e automação, com grande abrangência no mercado de trabalho atual”, explicou o diretor de Esportes e Turismo de Ibaté – Gestor do Centro Cultural, Joziel Gama .
 
As aulas para as novas turmas iniciam nesta segunda-feira (10), e ainda há vagas para o curso de robótica que acontece às terças e quintas, das 18h às 20h. “O curso de Robótica é uma tendência na educação de crianças e adolescentes por utilizar tecnologia como instrumento principal. As inscrições estão por ordem de chegada, por isso os interessados devem se apressar”, contou o diretor.
 
As matrículas são presenciais, e abertas aos moradores de toda cidade. “Os interessados devem se inscrever no próprio Centro Cultural, localizado na rua Benedito Barreto s/n, ao lado da Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Cruzado. Os cursos são gratuitos”, finalizou Gama.
 
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3343.4676, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.

BRASÍLIA/DF - Os secretários estaduais de educação entregaram na segunda-feira (3), em conjunto, ao Ministério da Educação (MEC), uma proposta de readequação do Novo Ensino Médio. Para o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a revogação total da lei que institui o Novo Ensino Médio é “completamente inviável”. A entrega do documento foi feita em audiência pública transmitida online.  

Diante das especificidades tanto regionais quanto de oferta do ensino no país, o Consed defende que sejam elaboradas orientações, em conjunto com os estados, para a oferta do ensino médio noturno, educação de jovens e adultos (EJA) e também para estudantes de ensino médio do campo, quilombolas, indígenas, jovens ribeirinhos, jovens com deficiência e outros públicos não hegemônicos. 

Além disso, os secretários ressaltam a necessidade de investimentos para melhoria da infraestrutura das escolas. Segundo eles, propor “parâmetros mínimos” para a diversidade de cenários e realidades educacionais e escolares do Brasil como pré-requisito para implementação da reforma inviabiliza a implementação. "Quaisquer parâmetros mínimos de qualidade devem ser estabelecidos a partir de um plano nacional de investimentos suficientes para alcançá-los, estruturado em regime de colaboração”, diz o documento divulgado.  

Os secretários defendem ainda a manutenção da possibilidade de oferta de educação a distância (EaD), preferencialmente, para Itinerários formativos com critérios de oferta definidos pelos sistemas de ensino. Os itinerários formativos são a parte do ensino médio que pode ser escolhida pelo estudante, mediante a oferta de cada rede de ensino.  

Também defendem que 300 horas dentre aquelas que seriam destinadas aos itinerários possam ser usadas para recomposição de aprendizagens, estudos orientados e outros componentes.  

Para o Consed, a revogação do Novo Ensino Médio não é o caminho para tornar essa etapa mais atrativa ao estudante. “Não é razoável pensar em descartar todo esse esforço técnico e financeiro despendido pelas redes estaduais ao longo dos últimos anos. Além de inviável, essa opção, em nenhum momento, foi considerada pelos gestores estaduais, que são os responsáveis pela etapa de ensino na rede pública”, diz o texto. 

Os estados brasileiros e o Distrito Federal são responsáveis pela maior parte das matrículas do ensino médio. Do total de 7,9 milhões de matrículas nessa etapa de ensino registradas pelo Censo Escolar 2022, as secretarias estaduais de Educação são responsáveis por 84,2%, atendendo a 6,6 milhões de alunos na rede pública. 

Novo ensino médio  

Novo Ensino Médio está previsto em lei aprovada em 2017. Com o modelo, parte das aulas será comum a todos os estudantes do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na outra parte da formação, os próprios alunos poderão escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado. Entre as opções está dar ênfase, por exemplo, às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico. A oferta de itinerários vai depender da capacidade das redes de ensino e das escolas. 

O modelo é alvo de polêmica. Alguns setores do campo educacional querem a revogação do currículo que começou a ser implantado em 2022. Outros são contra a revogação e defendem a revisão. Entre aqueles que são contrários ao modelo, um dos argumentos é que ele amplia as desigualdades entre os estudantes e entre as redes de ensino.  

Consulta pública  

Nesta segunda-feira (3) são realizados os últimos eventos previstos no cronograma divulgado pelo MEC no âmbito da Consulta Pública para Avaliação e Reestruturação da Política Nacional de Ensino Médio. Além da audiência com o Consed ocorre o 12º Webinário com Especialistas, também transmitido online

Desde o dia 15 de junho está aberta a Consulta Pública para Avaliação e Reestruturação da Política Nacional do Ensino Médio on-line. O prazo para participar termina sexta-feira (6). A ideia é escutar estudantes, professores e gestores para compreender seus conhecimentos e suas expectativas sobre o tema. A consulta é feita Pesquizap – um chatbot de WhatsApp especialmente projetado para coletar e mensurar os resultados da pesquisa.   

 

 

Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil

SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal de São Carlos recebeu na última quinta-feira (22) alunos do 2º ano do Ensino Médio do Centro Educacional SESI 407, que participaram do “Visite a Câmara”, projeto que busca ampliar os mecanismos de interação entre o Legislativo e a comunidade.

A turma esteve acompanhada da professora Aline Pedro, que empregou a visita como complemento à disciplina Tópicos avançados em poder, política e cotidiano, e da inspetora Eliane Paz de Camargo.

Durante a visita guiada, os alunos conheceram as instalações do edifício Euclides da Cunha e da Biblioteca Jurídica “Francisco Xavier Amaral Filho”, que inclui um acervo de jornais na Hemeroteca “Maria Thereza Nonato Petrilli” com mais de duas mil encadernações do período de 1964 a 2023.

Na ocasião, os estudantes puderam conversar com os vereadores Professora Neusa, Fabio Zanchin e Djalma Nery, que falaram sobre a organização do Poder Legislativo, as funções dos vereadores e responderam perguntas dos alunos.

O projeto “Visite a Câmara” tem caráter educativo e é voltado para grupos de todas as idades de escolas das redes pública e particular, assim como estudantes universitários, historiadores, aposentados, trabalhadores e para o público em geral. Para agendar uma visita, entre em contato pelo telefone (16) 3362-2087 ou 3362-2088.

SÃO CARLOS/SP - Um passeio para conhecer o Teatro e assistir à apresentação da Peça “É Tudo Família” marcou à tarde de 400 alunos das Escolas Municipais de Ensino Básico (EMEB’s) Carmine Botta, Alcyr Affonso Leopoldino e Arthur Natalino Deriggi.
O espetáculo “É Tudo Família” da Catarsis Produções, fala sobre relações familiares com as crianças, como elas se transformam e podem ter múltiplas configurações familiares.
A peça teatral que está percorrendo escolas do interior de São Paulo foi contemplada com o prêmio Proac Editais para Circulação de Espetáculos, voltados ao público infantojuvenil, viabilizado pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
Vencedor dos prêmios de melhor espetáculo de texto adaptado pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA); melhor espetáculo infantil e melhor texto adaptado pelo Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil, também foi indicada ao Prêmio Aplauso Brasil na categoria de melhor espetáculo para público infantil e jovem.
Inspirado no livro homônimo de Alexandra Maxeiner, somos apresentados a Davi, Lucas, Lucinha e Júlia, crianças com nove anos de idade que precisam responder à seguinte pergunta: o que é família? Enquanto alguns detêm construções familiares cheias de parentes e irmãos, outros são filhos únicos e vivem em famílias menores. A ideia do espetáculo é refletir sobre o verdadeiro significado de família, onde os espectadores são convidados a interagir e a debater sobre o tema.
Ana Luiza Bruno, produtora cultural, ressaltou que a companhia de teatro tem compromisso com a formação de jovens e de crianças para as artes cênicas no Estado de São Paulo.  
“Foi gratificante trazer os alunos de bairros distantes do centro para o teatro, um espaço que contribui para a formação crítica dessas crianças, possibilitando que muitos tenham acesso pela primeira vez a uma obra de artes cênicas com uma dramaturgia e conhecer a atuação de um elenco profissional. Uma possibilidade de democratizar as linguagens artísticas para um público que não tem acesso no seu cotidiano a equipamentos culturais”, enfatizou.
A chefe da seção de projetos especiais da Secretaria Municipal de Educação, Juliana Tessarin, comemorou a ida das crianças ao teatro. “Trazer os alunos do primeiro ao quinto ano do Ensino Fundamental, com idades entre 6 e 10 anos ao teatro foi uma emoção especial.  Esses estudantes muitas vezes não têm acesso para participar deste tipo de programação. O nosso objetivo é integrar as atividades da seção de projetos especiais com atividades que buscam a formação de público, acesso aos espetáculos e espaços de arte e cultura de São Carlos”, comentou.

SÃO PAULO/SP - As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terminam na próxima sexta-feira (16). Interessados em participar do certame, que será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro, podem fazer o cadastro na Página do Participante. O valor da taxa de inscrição é R$ 85 e deve ser pago até 21 de junho.

edital com o cronograma e as regras para o Enem 2023 foi publicado no início do mês. Além de apresentar as datas e os horários do exame, o texto detalha os documentos necessários e as obrigações do participante, incluindo situações em que o candidato pode ser eliminado.

A publicação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) traz também critérios para correção das provas e procedimentos para pessoas que precisam de cuidados especiais durante o concurso.

Os gabaritos das provas objetivas serão publicados no dia 24 de novembro no portal do Inep. Já os resultados individuais serão divulgados no dia 16 de janeiro de 2024 no mesmo site

 

 

Por Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil

RIO DE JANEIRO/RJ - As inscrições para a segunda edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para garantir vaga em instituição de ensino superior pública serão abertas em 19 de junho. O período de inscrição foi publicado no site oficial do Sisu e terminará em 22 de junho.

Somente os estudantes que participaram da última edição do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem de 2022, e não zeraram a prova de redação poderão se inscrever no Sisu, relativo ao segundo semestre de 2023. O processo é gerido pelo Ministério da Educação (MEC).

Para se inscrever, os interessados deverão acessar o portal Acesso Único ao Ensino Superior, do MEC e clicar em “Fazer inscrição”, quando estiver disponível.

É necessário fazer o login com o número do CPF e senha, no portal Gov.br, a plataforma de serviços digitais do governo federal.

O aluno poderá escolher duas opções de cursos no Sisu 2023. 

Ao escolher a primeira opção de curso, o candidato à vaga deverá escolher o local de oferta, turno e a modalidade de concorrência (ampla concorrência, cotas ou ações afirmativas das próprias instituições). O portal Acesso Único ao Ensino Superior permite a pesquisa das vagas pelo nome do município da instituição de ensino ou do curso de graduação de interesse.

Durante o período de inscrição, o candidato poderá acompanhar a inscrição, com as notas de corte dos cursos e a sua classificação parcial. Se desejar, o inscrito ainda pode trocar de curso até o fim do prazo das inscrições do Sisu e valerá a última escolha.

De acordo com o cronograma publicado no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, o resultado da chamada regular do Sisu será divulgado em 27 de junho. E a matrícula dos alunos aprovados na chamada regular deverá ser feita entre 29 junho e 4 de julho. 

Quem não for selecionado em nenhuma das duas opções de curso indicadas no ato de inscrição, ainda terá uma chance de ingressar em curso de graduação em universidade ou instituto público poderá disputar, por meio da lista de espera do Sisu, as vagas não preenchidas anteriormente. O prazo para participar da lista de espera vai de 27 de junho até 4 de julho.

O edital do processo seletivo com informações sobre a concorrência do Sisu ainda não foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).  

Sisu

Período de inscrição: 19 a 22 de junho

Resultado da chamada regular: 27 de junho

Matrícula da chamada regular: 29 de junho a 4 de julho

Prazo para participar da lista de espera: 27 de junho a 4 de julho

 

 

Por Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) publicou na edição do Diário Oficial do Município, edição Nº 2211, de 23 de maio, em cumprimento a Lei Municipal nº 19.105/2019, as datas para regularização semestral para a atividade de transporte escolar para os permissionários que possuem autorização para exercer a atividade.
Para obter a licença, os transportadores inicialmente devem levar o veículo para passar por uma vistoria no Pátio Municipal, localizado na Água Fria, de 05 a 07/06/2023, das 8h às 11h ou das 13h30 às 16h. Já a entrega da pasta no Detran pode ser feita de 19 a 23/06/23 no Poupatempo. A retirada das novas autorizações acontecerá a partir de 03/07/23. 
De 03 a 14 de julho os transportadores devem entregar cópia do alvará de transporte escolar do 1º semestre de 2023 e cópia da autorização escolar para a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito através do site: https://cidadao.saocarlos.sp.gov.br/. O procedimento é obrigatório (artigos 136 e 137 do Código de Trânsito Brasileiro) para todos os veículos cadastrados na Prefeitura.
A entrega do selo será feita na Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito, conforme informado no protocolo realizado pelo permissionário.
A vistoria escolar é realizada duas vezes por ano e serve para confirmar se os equipamentos obrigatórios e de segurança do veículo estão em perfeitas condições. A Secretaria de Transporte e Trânsito tem 127 transportadores escolares cadastrados.
Caso o transportador escolar não realize a vistoria, ele estará sujeito às penalidades da Lei Municipal nº 13.439/2004 (notificação e multa).
Outras informações sobre a renovação da licença podem ser obtidas pelo telefone 3307-8821.

SÃO CARLOS/SP - Tecnologia com recursos que garantem a inclusão dos estudantes, os 70 óculos especiais possuem câmeras que escaneiam textos e transformam em áudio. 
Escolas e bibliotecas municipais, além da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, receberam óculos especiais com inteligência artificial, chamados Orcam MyEye. A tecnologia criada em Israel é capaz de fazer o reconhecimento de textos e imagens e transformar em audiodescrição, permitindo transformar textos de livros ou de qualquer superfície, em voz alta, sem necessitar de conexão à internet.
Atualmente, a Rede Municipal de Ensino possui 16 mil alunos e a compra dos dispositivos foi anunciada pela Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME). Segundo a pasta, a aquisição das 70 unidades custou R$ 1 milhão.
Ferramenta inclusiva no processo de ensino para as pessoas que possuem deficiência visual, o equipamento conta com uma câmera acoplada na haste que escaneia e faz a leitura de tudo que tiver escrito externamente, como placas e indicações. Também é possível identificar cédulas de dinheiro, produtos que estão previamente cadastrados, além da leitura de rostos, armazenando a identificação de até 150 pessoas. 
A tecnologia revolucionária permite que qualquer pessoa que antes não tinha acesso à leitura possa ler o livro que quiser e usufruir do vasto acervo das bibliotecas municipais abrindo as portas de mundos diferentes.

Como funciona Orcam MyEye - O sensor óptico captura a imagem e através da inteligência artificial converte as informações instantaneamente em áudio por meio de um pequeno alto-falante localizado acima do ouvido. O dispositivo é do tamanho de um dedo e se conecta a todo tipo de armação de óculos. Basta apontar o dedo onde quer que se faça a leitura. A tecnologia tem sistema adaptado em três idiomas: português, inglês e espanhol.
O secretário municipal de Educação, Roselei Françoso, ressaltou que se trata de uma tecnologia assistiva. O município fez a aquisição de 70 óculos e estamos disponibilizamos o equipamento para as salas de recursos das escolas e também para o espaço braile, além das bibliotecas.
“O objetivo é incluir, ainda mais, os nossos alunos com baixa visão ou cegos no ensino municipal. Também repassamos 10 unidades para a Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade para inserir e dar autonomia para todas as pessoas com deficiência visual da nossa cidade”, disse o secretário Roselei Françoso.
“Além dessa tecnologia também adquirimos kits 3D para auxiliar na formação dos estudantes da rede municipal de ensino. Todos os kits já entregues contam com notebooks, projetores 3D de alta tecnologia, óculos 3D com visão digital, sistema de som com qualidade de cinema, móveis compactos para manejo do equipamento e cadernos de atividade. Agora conseguimos oferecer mais esse dispositivo de inteligência e visão artificial que permite o acesso fácil, intuitivo e instantâneo à informação disponível em tempo real e funciona totalmente offline”, finaliza o secretário de Educação.

BRASÍLIA/DF - Quase 40% dos estudantes brasileiros do 4º ano do ensino fundamental (EF) não dominam habilidades básicas de leitura, ou seja, apresentam dificuldades em recuperar e reproduzir parte da informação declarada no texto.

Os dados são do Estudo Internacional de Progresso em Leitura (PIRLS) de 2021. Ele foi realizado em 65 países e regiões do mundo pela Associação Internacional para Avaliação do Desempenho Educacional (IEA), responsável por avaliar habilidades de leitura dos estudantes matriculados no 4º ano de escolarização. Os técnicos entendem que nessa fase da trajetória escolar, o aluno, normalmente, já aprendeu a ler e essa leitura é um instrumento para novos aprendizados.

Enquanto, no Brasil, 38% dos estudantes não dominam a leitura, em outros 21 países esse percentual não passa de 5%. Dentre eles, Irlanda (2%), Finlândia (4%), Inglaterra (3%), Singapura (3%) e Espanha (5%).

O relatório mostra ainda que cerca de 24% dos alunos brasileiros dominam apenas as habilidades básicas de leitura. Somente 13% dos avaliados no país podem ser considerados proficientes em compreensão da leitura no 4º ano de escolarização, pois alcançaram nível alto ou avançado desta habilidade.

Participantes

O estudo avaliou mais de 400 mil estudantes em mais de 13 mil escolas, em 57 países e oito regiões classificadas como “padrões de referência”, como localidades do Canadá, dos Emirados Árabes (Abu Dhabi e Dubai) e Moscou, na Rússia.

A pontuação média alcançada pelos estudantes brasileiros (419 pontos) está no nível mais baixo da escala pedagógica de proficiência, com quatro níveis. De acordo com relatório do PIRLS 2021, o desempenho dos estudantes brasileiros na leitura “é significativamente inferior a outros 58 países, de total de 65 países e regiões de referência participantes”.

O Brasil teve desempenho semelhante ao dos estudantes do Kosovo (421) e Irã (413), e superior somente aos desempenhos da Jordânia (381), Egito (378), Marrocos (372) e África e do Sul (288). No outro extremo, no nível Avançado, com os melhores resultados, estão: Singapura (587 pontos); Irlanda (577 pontos) e Hong Kong (573).

A edição de 2021 contou com participação do Brasil pela primeira vez. Ao todo, 187 escolas brasileiras participaram das avaliações, com 248 turmas de 4º ano do ensino fundamental e 4.941 estudantes, distribuídos em 143 municípios de 24 estados.

Em entrevista à Agência Brasil, o diretor do Instituto Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), Ernesto Martins, destacou a importância de o país integrar uma pesquisa educacional comparativa. “É um marco o Brasil participar do PIRLS, essa avaliação de leitura, porque é importante o Brasil se comparar com o mundo para a gente ver de fato se a aprendizagem, o ensino que a gente está fazendo aqui, está bem na perspectiva internacional”.

Desigualdades educacionais

O PIRLS 2021 mostrou que o Brasil, além de se destacar negativamente pelo baixo desempenho na qualidade da leitura, também apresenta desigualdades no sistema educacional associadas às origens socioeconômicas dos estudantes, ao sexo e à cor.

No Brasil, o levantamento internacional de 2021 apontou que as meninas se sobressaem no desempenho em compreensão leitora com um resultado médio de 431 pontos, significativamente superior ao resultado médio dos meninos (408 pontos). Os estudantes autodeclarados brancos e amarelos apresentaram desempenho médio em compreensão leitora de 457 pontos, enquanto os estudantes pretos, pardos e indígenas têm uma estimativa pontual média de 399 pontos.

Pandemia

Em relação ao Brasil, o PIRLS declarou que a pandemia de covid-19 impactou na aplicação dos testes no país, uma vez que a maioria das escolas operavam em regime remoto ou híbrido com o presencial, o que reduziu a participação das unidades de ensino e dos alunos.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela logística da aplicação da avaliação internacional no Brasil, ressaltou o contexto dessa avaliação, ocorrida durante a pandemia.

Já o diretor do Iede, Ernesto Martins, discorda e argumenta que os resultados ruins são anteriores à pandemia. “É uma pena a gente não ter aderido ao PIRLS antes da pandemia. Seria bom a gente entender melhor qual foi o efeito da pandemia e o que é efeito de uma etapa que já não funcionava tão bem antes da pandemia. Acho difícil imaginar que o resultado ruim do Brasil se deve só à pandemia, porque o Brasil está muito atrás dos países desenvolvidos”.

Desafios

O PIRLS recomendou intervenção do governo brasileiro por meio de políticas públicas ainda na etapa educacional avaliada pelo PIRLS, mas também pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) do 2º e 5º ano para evitar a repetição do baixo desempenho dos estudantes do primeiro ciclo do ensino fundamental ao longo de sua trajetória educacional.

O diretor do Iede elegeu prioridades ao governo brasileiro na gestão da educação para diminuir a distância para o desempenho de nações desenvolvidas. “Precisamos de um sistema de ensino que dê muito suporte aos estudantes, acompanhe de perto, entendendo o contexto das crianças. Além de criar o hábito de leitura desde cedo. Porque esse estudante pode não ter o hábito de ser leitor fora do ambiente escolar, até por questões de família”. Ele acrescentou ser necessário trabalhar em políticas estruturantes, como formação de professores, para garantir uma melhora.

Na semana passada, o Ministério da Educação anunciou a ampliação de vagas de tempo integral em escolas do ensino fundamental. O governo federal planeja também o lançamento de um novo Pacto pela Alfabetização na Idade Certa e realiza uma pesquisa nacional com professores alfabetizadores para compreender quais são os conhecimentos e as habilidades que uma criança alfabetizada deve ter.

Avaliações nacionais e internacionais

O diretor do Iede, Ernesto Martins, comparou a avaliação internacional do PIRLS às avaliações nacionais gerenciadas pelo Inep: o Saeb e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que, de acordo com ele, avaliam apenas alguns domínios da educação básica brasileira.

“Temos uma preocupação em relação ao Saeb ser pouco exigente. Se você comparar o Saeb com o PIRLS, por exemplo, não vê no Saeb textos tão longos como existem no PIRLS. Então, tem uma questão de complexidade diferente das avaliações”.

Para Martins, a solução passa por aumentar o nível de exigência das avaliações nacionais. “Acho que o Saeb e Ideb trouxeram uma grande contribuição para a gente fazer um monitoramento maior das aprendizagens. Ajudou as escolas a garantirem habilidades básicas que antes não estavam sendo garantidas, mas a gente precisa puxar a barra da avaliação [para cima]. Porque tem uma avaliação externa dizendo que o Brasil está muito mal nos anos iniciais. E, ao mesmo tempo, há uma avaliação nacional que diz que os alunos vão muito bem. Tem um problema com a nossa régua”, conclui.

Em resposta, o Inep destacou o rigor técnico das avaliações nacionais e internacionais sob responsabilidade do instituto vinculado ao Ministério da Educação (MEC). “[As avaliações] têm características próprias, mas todas são realizadas com o rigor técnico necessário para garantir a fidedignidade da medida. O que se deve observar é que, de fato, o Saeb e o PIRLS avaliam públicos diferentes com metodologias diferentes. Mas não se verifica contradição entre os resultados. As informações são complementares e ajudam a entender melhor o cenário educacional, a fim de planejar intervenções mais eficientes para sanar as lacunas de aprendizagem identificadas”.

O Inep detalhou que os resultados da última edição do Saeb, em 2021, mostram que, no 2º ano do ensino fundamental, 33,6% dos estudantes ainda leem apenas palavras isoladas. E, no 5º ano, 28,4% dos estudantes localizam informações explícitas em textos narrativos curtos, informativos e anúncios, e interpretam linguagem verbal e não verbal em tirinhas de ilustrações quadrinhos, mas, de fato, ainda não compreendem o sentido de palavras e expressões, por exemplo.

PIRLS

O PIRLS é realizado desde 2001 pela Associação Internacional para Avaliação do Desempenho Educacional (IEA), que reúne instituições de pesquisa, órgãos governamentais e especialistas que se dedicam à realização de diferentes estudos e pesquisas educacionais comparativas.

A avaliação das habilidades de leitura pelo PIRLS está dividida em dois eixos. A experiência literária, com textos com função estética e lúdica. E a leitura de textos informativos que têm o objetivo de comunicar e esclarecer sobre um determinado tema. As provas aplicadas no fim de 2021 e início de 2022 foram nos formatos digital e em papel, conforme a localidade do mundo. No Brasil, o modelo adotado pelo Inep foi no papel.

 

 

Por Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil

SÃO CARLOS/SP - O Sistema Integrado de Bibliotecas do Município de São Carlos (SIBISC), em parceria com o Museu da Ciência de São Carlos "Prof. Mário Tolentino” e o Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) está realizando atividades que fazem parte da Trilha dos Dinossauros, projeto que tem como objetivo difundir e popularizar o patrimônio científico e cultural pré-histórico brasileiro.
 A iniciativa do professor Luís Eduardo Anelli, paleontólogo, escritor, professor livre-docente do Instituto de Geociências da USP aborda as 54 espécies de dinossauros já descobertas no Brasil.
Para o professor, a Trilha dos Dinossauros é uma oportunidade de compreensão do mundo atual a partir do passado. “A era dos dinossauros foi um momento importante na história do mundo, no qual houve muitas transformações geológicas, como vulcanismos que alteravam as condições químicas da atmosfera. Todas essas transformações ficaram marcadas nas rochas, e a partir disso podemos entender como nasceu o mundo em que nós vivemos atualmente. Ele nasceu na época dos dinossauros”, explica.
Nesta quinta-feira (11/05), alunos da EMEB Arthur Natalino Derigge assistiram a palestra "Dinossauros do Brasil" na biblioteca Maria Thereza Nonato Petrilli. Já nesta sexta (12/05) os alunos da EMEB Carmine Botta participam de uma visita guiada no Museu da Ciência. As atividades do projeto terminam no sábado (13), 15h, no CDCC, quando será ministrada a palestra sobre répteis gigantes que viveram no Brasil há milhões de anos.
O palestrante será o próprio professor Luís Eduardo Anelli que também é e autor de diversos livros sobre a vida dos dinossauros e a pré-história brasileira. Em 2018, foi vencedor do Prêmio Jabuti de literatura infanto-juvenil.

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