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O laser vai ajudar a minimizar as fissuras causadas durante a amamentação

 

SÃO CARLOS/SP - A Santa Casa recebeu a doação de um aparelho de laserterapia da empresa DMC Importação e Exportação de Equipamentos Ltda. O equipamento inovador é composto por laser infravermelho e vermelho e possui ação analgésica e anti-inflamatória, o que ajuda no tratamento de problemas comuns nos primeiros dias de amamentação como mastite, fissura mamilar, ingurgitamento, candidíase mamária e ductos obstruídos nos seios das mães.

De acordo com o Gerente Comercial da DMC, Fábio Ramiro, em média, uma sessão particular para tratamentos com esse equipamento custa de R$ 130,00 a R$ 180,00 reais e são necessárias de 5 a 10 sessões. “O nosso laser contribui com a saúde da mulher no pós-parto e, também, durante todo o período de aleitamento materno. Resolvemos doar esse equipamento para homenagear o Banco de Leite pelos 20 anos de atuação na cidade. São diversos os benefícios que ele oferece. Além disso, vai ajudar as mães que não têm condições de pagar para receber um tratamento. Na região, não tem nenhuma Maternidade que possui um equipamento com essa tecnologia”, comenta o Gerente.

Além da doação do equipamento, a DMC ofereceu um treinamento e capacitação para uso do aparelho de laserterapia. “Daremos dois cursos, um presencial para orientar sobre a função do laser e, também, outra capacitação sobre os protocolos, benefícios e como aplicar. Além de auxiliar as mães, vamos dar o treinamento para que o aparelho seja utilizado da melhor forma possível, agregando tudo o que ele oferece”, explica.

A empresa DMC é uma grande parceira da Santa Casa. Desde abril de 2020, no início da pandemia, até agora, a empresa já doou 1.100 litros de álcool em gel, que ajudam na higienização das mãos dos profissionais do hospital, como também dos pacientes e visitantes. 

A DMC é uma empresa parceira da Santa Casa.  É uma empresa que investe e ajuda a sociedade da nossa região. A doação desse equipamento é um benefício incalculável que vai trazer um conforto para às mães carentes que dependem desse tratamento. O nosso Banco de Leite é um dos mais estruturados e moderno da região. Nossos agradecimentos pela parceria”, afirma o Provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior.

 

 

O aparelho Therapy EC ajuda na cicatrização de mastite, fissura e outros problemas causados durante o período de amamentação - Foto: Assessoria Santa Casa

 

APOIO NOS ATENDIMENTOS DO BANCO DE LEITE

De acordo com a Enfermeira do Banco de Leite, Karine Silva, o laser vai dar continuidade no trabalho que já é realizado junto às mães que recebem atendimento na Maternidade, além de incentivar ainda mais o aleitamento materno. “O laser oferece grandes benefícios na aplicação, tanto para cicatrização quanto para minimizar a dor das mães. Algumas pessoas só conseguem esse tratamento particular, agora vamos oferecer pelo SUS. Quando existe algum problema com fissuras, isso prejudica a amamentação do bebê.  Com o laser, conseguimos amenizar esse problema, ajudando na cicatrização mais rápida e no alívio da dor. Em média, o Banco de Leite realiza 200 atendimentos externos e mais as pacientes internadas. Ou seja, muitas mães vão ser beneficiadas com esse tratamento”, comenta Karine.

BRASÍLIA/DF - Quase metade dos estados brasileiros registraram sinal de crescimento na tendência de longo prazo de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Os dados foram divulgados na quinta-feira (2), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e são referentes à semana epidemiológica de 21 a 27 de novembro.

Segundo o Boletim InfoGripe, da Fiocruz, 13 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento de SRAG: Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. Destes, os que mais chamam a atenção são Pará, Ceará e Rio de Janeiro.

“No dado nacional, embora se mostre como um crescimento leve, podendo ser compatível com cenário de oscilação em torno de valor estável, a análise por faixa etária indica que se trata de aumento em todas as faixas etárias abaixo de 60 anos. A análise foi feita tendo como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 22 de novembro”, destacou o boletim.

De acordo com o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, na população com 30 anos ou mais, o crescimento é relativamente pequeno, sendo mais expressivo e presente desde novembro em crianças, adolescentes e jovens adultos, na faixa de 20 a 29 anos.

No caso das crianças com idade até 9 anos, os resultados laboratoriais associados aos casos continuam indicando predomínio de vírus sincicial respiratório (VSR), que acompanha a tendência de aumento de SRAG nesta faixa etária. Entre adolescentes de 10 a 19 anos e jovens adultos (20-29 anos), mantêm-se majoritariamente associados à covid-19.

Capitais

A análise conclui que 13 das 27 capitais mostram sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas): Aracaju, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Macapá, Manaus, Natal, Porto Velho, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo.

No entanto, explicou Gomes, “assim como foi destacado para os estados, a análise da evolução temporal por faixa etária sugere tratar-se apenas de crescimento leve compatível com oscilação ao redor de patamar estável, de modo geral. No Rio de Janeiro observa-se que o crescimento ao longo do mês de novembro se concentrou nas crianças e jovens adultos (20-29 anos)”.

SÃO CARLOS/SP - O Comitê Emergencial de Combate ao Coronavírus de São Carlos se reuniu na tarde desta quarta-feira (01/12) com representantes da Secretaria da Saúde, da Vigilância Sanitária, Secretaria de Esportes e Cultura, fiscalização, segurança pública e Procon. A pauta da reunião foi a decisão do Governo do Estado que anunciou a flexibilização do uso de máscaras em áreas abertas, a partir de 11 de dezembro.

“Na verdade nos reunimos para falarmos da vacinação contra a COVID-19, para saber da Secretaria de Esportes quais providências já estão sendo tomadas quanto realização da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro de 2022, para analisar solicitações para realização de eventos no natal e ano novo e a questão da liberação das máscaras por parte do Estado, porém fomos comunicados que o Governador Doria solicitou um novo parecer do Comitê Científico em SP”, explicou o coordenador do Comitê Emergencial de Combate ao Coronavírus, Mateus de Aquino.

O Comitê decidiu aguardar o parecer do Comitê Científico do Governo do Estado sobre a necessidade do uso de máscaras em ambientes abertos, após a confirmação de dois casos em São Paulo (um casal vindo da África) com a variante Ômicron do coronavírus. O parecer deve ficar pronto na próxima semana, após reunião do grupo formado por médicos.

“Apesar de já termos aplicado aproximadamente 446 mil doses da vacina, sendo que mais de 77% da população já recebeu as duas doses, vamos aguardar o parecer do Comitê Científico uma vez que o município segue o Plano SP. Podemos depois até optar por medidas diferentes do Estado, porém agora resolvemos aguardar o parecer”, finaliza Mateus de Aquino.

SUÍÇA - Organização Mundial da Saúde afirma que combinação entre baixa cobertura vacinal e pouca testagem é terreno fértil para surgimento de novas cepas como a ômicron, com dezenas de mutações. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que há uma combinação tóxica mundo afora para fazer com que novas variantes do coronavírus como a ômicron surjam e se espalhem.

“Globalmente, temos uma mistura tóxica de baixa cobertura vacinal e muito pouca testagem – uma receita para alimentar e amplificar variantes”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na quarta-feira (01/11).

“É por isso que pedimos a países que assegurem o acesso equitativo a vacinas, testes e tratamentos em todo o mundo”, apelou.

“Precisamos usar as ferramentas que já temos para evitar a transmissão e salvar vidas da delta [a variante altamente dominante no mundo]. E se fizermos isso, também evitaremos a transmissão e salvaremos vidas da ômicron.”

 

A variante ômicron

A ômicron foi detectada inicialmente em amostras coletadas na África do Sul e no vizinho Botsuana na primeira metade de novembro e reportada à OMS no dia 24. Desde então, casos foram confirmados em mais de 20 países mundo afora. A variante levou à imposição de restrições de viagem e abalou previsões econômicas.

Por conter mais de 30 mutações na chamada proteína spike (S), que o coronavírus usa para se prender a células humanas e infectá-las, a ômicron foi classificada como uma “variante de preocupação” pela OMS. A organização disse que a cepa representa um risco global muito alto e provavelmente se disseminará pelo mundo.

Segundo a OMS, ainda deve levar várias semanas para se ter clareza se a nova variante é mais transmissível, se resulta em casos mais graves de covid-19 e se as vacinas atuais são eficazes contra ela. Ainda não foram reportadas mortes associadas à ômicron.

Entretanto, a descoberta da variante ressaltou como, após dois anos desde o surgimento do coronavírus, a luta global contra a pandemia ainda está longe de acabar.

Tedros afirmou que a OMS está levando a ômicron “extremamente a sério”, mas acrescentou que as mutações não deveriam ser uma surpresa. “É isso que vírus fazem. E é o que esse vírus vai continuar a fazer enquanto permitirmos que ele continue se espalhando”, disse

“Quanto mais este vírus circular, mais infecções haverá. Quanto mais infecções, mais pessoas vão morrer, e isso é algo que pode ser evitado.”

 

Dose de reforço

Nesta quarta-feira, os Estados Unidos confirmaram seu primeiro caso de infecção pela ômicron, num viajante totalmente vacinado contra a covid-19, vindo da África do Sul e que se recupera de sintomas leves.

No mesmo dia, Anthony Fauci, o principal especialista dos EUA em doenças infecciosas, ressaltou que adultos totalmente imunizados devem tomar uma dose de reforço assim que possível. Há alguns meses, especialistas mundo afora ainda questionavam a necessidade de um reforço para todos.

“Nossa experiência com variantes como a delta é que, mesmo que a vacina não seja especialmente desenhada para ela, quando se tem um nível de resposta imune alto o suficiente, a proteção se alastra”, disse Fauci.

Até agora, 59% da população americana foi completamente vacinada contra a covid-19. Mais de 40 milhões de pessoas já receberam uma dose de reforço no país.

 

Chefe da UE sugere vacinação obrigatória

Em meio a preocupações com o aumento das transmissões da variante ômicron, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta quarta-feira que as nações da União Europeia (UE) devem considerar a possibilidade de impor a obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19 a suas populações.

O índice de vacinação no bloco europeu é relativamente baixo, de 66%, o que pode ter ajudado a impulsionar o aumento acentuado das infecções registrado nas últimas semanas em muitos dos 27 Estados-membros da UE. Muitas pessoas ainda resistem em aceitar voluntariamente as doses.

Diversas nações europeias decidiram reimpor restrições para conter as transmissões, como a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos e a exigência da apresentação de comprovante de vacinação ou de teste negativo para o acesso a determinados serviços.

Como as decisões sobre as políticas de vacinação cabem aos governos de cada país, Von der Leyen lançou um apelo para que os governos ao menos cogitem impor a obrigatoriedade da imunização.

“É compreensível e apropriado que tenhamos essa discussão agora. Como podemos motivar e, potencialmente, pensar em vacinação obrigatória dentro da União Europeia?”, sugeriu Von der Leyen. “Um terço da população europeia não está vacinada. Ou seja, 150 milhões de pessoas. Isso é muito.”

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, confirma um caso positivo de Sarampo e um de Rubéola em São Carlos.

O caso positivo de Sarampo é de uma criança 1 ano e 2 meses que ficou em isolamento e já apresenta melhoras dos sintomas. A criança tomou a chamada dose zero da vacina, com 6 meses de idade, porém não recebeu a primeira dose com 1 ano de idade. Outra criança também com 1 ano de idade, porém vacinada, está com suspeita da doença. O caso permanece sob acompanhamento, aguardando resultado do exame. A Vigilância Epidemiológica já realizou as ações de bloqueio vacinal dos comunicantes. Uma criança de Ibaté foi hospitalizada em São Carlos também com suspeita da doença, porém já recebeu alta médica.

Quanto ao caso de rubéola trata-se de uma jovem de 23 anos com sintomas leves da doença. Após investigação epidemiológica foi realizada vacinação seletiva das pessoas da mesma casa e dos quarteirões no entorno da residência. A jovem recebeu somente uma dose da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) em 1999.

O Departamento de Vigilância em Saúde reforça que as crianças a partir dos 6 meses devem receber a chamada dose zero da Vacina SCR, após completar 1 ano devem receber a primeira dose e a dose de reforço com 1 ano e 3 meses. Todas as pessoas até 49 devem ter pelo menos duas doses da vacina.

IBATÉ/SP - A Escola Municipal “Julio Benedicto Mendes” trabalhou nos últimos dias com as famílias dos alunos sobre o Novembro Azul, campanha realizada mundialmente em novembro.

Em 2011, o Instituto Lado a Lado pela Vida iniciou a campanha “Novembro Azul” com o objetivo de alertar para a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, o mais frequente entre os homens brasileiros depois do câncer de pele. Aproveitando as celebrações em torno do tema, o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA) começaram a divulgar ações importantes e a data transformou-se no maior movimento em prol da saúde masculina.

O movimento quer conscientizara população masculina sobre a necessidade de cuidar do seu corpo e também da mente. Praticar exercícios, ter uma alimentação equilibrada, não fumar, cuidar da saúde mental e fazer o exame da próstata periodicamente.

Para o diretor Alexandre Moraes Gaspar, além de chamar a atenção dos homens para a necessidade de frequentar o médico e de fazer exames de rotinas, o objetivo da Unidade de Ensino foi mostrar a realidade atual do câncer de próstata e a importância do diagnóstico precoce. “A escola é um lugar propício para compartilhar informações e promover a conscientização sobre diversos temas, e esse é relevante, já que de acordo com dados do INCA, foram diagnosticados 68.220 novos casos de câncer de próstata e cerca de 15 mil mortes/ano em decorrência da doença no Brasil, para cada ano do biênio 2018/2019, o que representa 42 homens morrendo por dia em decorrência da doença e aproximadamente 3 milhões convivendo com ela.Precisamos conscientizar a sociedade que o diagnóstico precoce salva vidas e quebrar o preconceito que existe com relação ao exame”, destacou Gaspar.

SÃO PAULO/SP - Foi confirmado nesta quarta-feira (1) o terceiro caso de paciente com a variante Ômicron no Brasil. O homem de 29 anos vindo da Etiópia desembarcou em Guarulhos, sem sintomas, mas fez o teste que deu positivo para covid-19 no último sábado. O homem havia sido vacinado com as duas doses do imunizante da Pfizer.

A amostra deste terceiro caso foi sequenciada geneticamente pelo Instituto Adolfo Lutz.

Além dele, outros dois pacientes, um homem de 41 anos e uma mulher de 37, provenientes da África do Sul, tiveram a confirmação da presença da variante Ômicron. A verificação foi feita pelo Adolfo Lutz na tarde de ontem, após sequenciamento genético feito pelo laboratório do Hospital Israelita Albert Einstein.

O casal havia sido vacinado com o imunizante da Janssen na África do Sul, de acordo com informações atualizadas nesta quarta-feira (1º) pela vigilância municipal de São Paulo.

 

 

Por Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil

A Campanha visa incentivar a população a realizar testes rápidos para identificação precoce da doença

 

SÃO CARLOS/SP – A Santa Casa participa da Campanha Fique Sabendo, de Prevenção ao HIV e Sífilis, que começa nesta quarta-feira (1). A Campanha marca o Dia Mundial de Luta contra a AIDS, celebrado todos os anos no dia 1 de dezembro.

“A Santa Casa fez questão de participar porque somos uma unidade hospitalar integrada à rede de saúde do município e no cuidado com os pacientes. Nesse sentido, é nossa responsabilidade participar de ações preventivas de saúde como essa. Além disso, somos um ponto de referência e de fácil acesso para a população”, afirma a Diretora de Práticas Assistenciais e Infectologista do Serviço de Controle de Infecção em Assistência à Saúde (SCIRAS) da Santa Casa, Carolina Toniolo Zenatti.

Na Santa Casa, os testes rápidos vão ser aplicados na antiga recepção do Pronto-Socorro do hospital, das 9h às 14h. Para fazer o teste, basta apresentar um documento oficial com foto.

“O objetivo da campanha é testar o maior número de pessoas para se chegar a um diagnóstico precoce. Isso ajuda a melhorar o tratamento de quem for identificado com a doença, além de ser uma prevenção à transmissão”, afirma a Coordenadora do Programa Municipal DST/AIDS e Hepatites, Cintia Ruggiero.

Além da Santa Casa, os testes também vão ser aplicados em outras unidades de saúde.

Equipe de profissionais do Centro De Atendimento De Infecções Crônicas – Foto: Arquivo Pessoal

PROGRAMAÇÃO:

Todas as UBS – 1 a 7/12 – Horário de funcionamento normal

1 e 2/12 – CAIC (Centro De Atendimento De Infecções Crônicas) - Av. São Carlos, 3392 – Tijuco Preto – 9h às 14h

6/12 – Santa Casa – Rua Paulino Botelho de Abreu Sampaio (entrada pelo Pronto-Socorro)  - 9h às 14h

Tema será abordado no dia 3 de dezembro, às 10 horas, no sexto encontro da série de debates Ciência UFSCar

 

SÃO CARLOS/SP - Na sexta-feira (3/12), às 10 horas, o Instituto da Cultura Científica (ICC) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realiza debate na série "Ciência UFSCar", com apresentação de dados de estudos sobre a Covid-19 em grávidas, puérperas e recém-nascidos. O evento, intitulado "Covid-19: Impacto em grávidas, mães e bebês no Brasil e no mundo", terá a participação das docentes do Departamento de Medicina (DMed) da UFSCar Carla Polido e Cristina Valete, que vieram estudando a temática ao longo da pandemia.
Carla Andreucci Polido, médica especialista em Ginecologia e Obstetrícia, integra o Grupo Brasileiro de Estudos de Covid-19 e Gestação, criado já em abril de 2020, com participação de pesquisadores e profissionais de atenção à saúde da mulher das cinco regiões do País. O grupo monitora - principalmente por meio de estudos observacionais, de análise de bases de dados e revisões sistemáticas da literatura - a ocorrência de desfechos maternos e perinatais desfavoráveis relacionados à Covid-19 no Brasil. As análises evidenciam, dentre outros resultados, número alto de mortes na comparação com outros países e, também, desigualdades no acesso ao atendimento em saúde.
Cristina Ortiz Sobrinho Valete, médica especialista em Pediatria e Neonatologia, realizou, no começo de 2020, revisão da literatura sobre Covid-19 em recém-nascidos. O estudo, intitulado "Manifestações clínicas e alteração radiológica na Covid-19 neonatal: uma revisão sistemática rápida", foi premiado recentemente, como melhor artigo de revisão dos 10 anos de história da revista "Residência Pediátrica", da Sociedade Brasileira de Pediatria. No artigo, assinado também por Maria Dolores Salgado Quintans, da Universidade Federal Fluminense, são listados os sintomas mais frequentes nessa população. Além disso, constata-se frequência elevada de alterações radiológicas, o que sugere possibilidade de comprometimento pulmonar mesmo na ausência de manifestações respiratórias.
O encontro terá a mediação da jornalista Mariana Pezzo, Diretora do ICC. Virtual, será transmitido nos canais UFSCar Oficial no Facebook e YouTube, com possibilidade de interação do público. Mais informações pelo e-mail culturacientíEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., ou no Twitter, em @ciencia_ufscar.
Parceria entre UFSCar e Universidade do Minho analisou distribuição dos subtipos B e C no Brasil

 

SÃO CARLOS/SP - Artigo científico publicado na segunda-feira (29/11) no periódico Scientific Reports, do grupo Nature (acessível em www.nature.com/articles/s41598-021-02428-3), apresenta novas explicações para as diferenças geográficas na distribuição das linhagens - ou subtipos - que causam mais infecções por HIV no mundo. O trabalho, em conjunto com investigações anteriores, indica que não podemos encarar a pandemia de HIV como igual em todo o mundo e nos diferentes contextos socioeconômicos, recomendando pesquisas e práticas de prevenção e tratamento que considerem especificidades locais e regionais.
A pesquisa foi realizada em uma parceria entre o Departamento de Medicina (DMed) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Escola de Medicina da Universidade do Minho (UMinho). O grupo estudou os subtipos B e C, mais disseminados em todo o mundo, sendo o B mais prevalente na Europa e na América do Norte e o C na África do Sul, Etiópia e Índia. No Brasil, a região Sul do País é dominada pelo subtipo C, com as demais regiões apresentando maior prevalência do subtipo B. 
Foram analisadas, por meio de diferentes ferramentas de Bioinformática, informações de mais de 2.500 pessoas com HIV no Brasil, com dados clínicos e sequências virais coletados antes do início do tratamento. Nuno Osório, coordenador do estudo na UMinho, destaca a particularidade do contexto brasileiro, que permitiu a comparação e, assim, a identificação de diferenças importantes entre os subtipos B e C. "O Brasil conjuga regiões que são fronteiriças e têm prevalências diferentes desses subtipos. Isso, junto com o bom nível de informação que é possível recolher no nível nacional, permitiu a oportunidade de criar este trabalho, e condições deste gênero não existem em muitos locais do mundo", afirma. "A maior parte da investigação científica é focada no subtipo B - por ser o mais prevalente na Europa e América do Norte -, mas os resultados não serão sempre necessariamente aplicáveis ao subtipo C, o mais comum no mundo em desenvolvimento", complementa.
A análise mostrou que ambos os subtipos são capazes de atingir cargas virais elevadas nas pessoas infectadas sem tratamento, mas o subtipo B causa mais rapidamente deficiência imune que o C. Com isso, os pesquisadores sugerem que o subtipo C pode se beneficiar de períodos assintomáticos mais longos para maximizar a sua transmissão.
As diferenças não ficam por aqui. O subtipo C é também mais frequente em mulheres e pessoas jovens, podendo estar mais adaptado a esses hospedeiros ou a vias de transmissão envolvendo homens e mulheres ou mulheres e crianças, o que justifica a construção de políticas públicas de prevenção específicas, para que possam ser mais eficazes. Os pesquisadores apontam que não só as características do vírus, mas também aspectos culturais e socioeconômicos devem ser considerados no desenho dessas políticas.
"Compreender questões culturais e sociais, sua relação com o modo de transmissão do HIV e o quanto esse modo de transmissão pode influenciar na prevalência de cada subtipo tem implicações importantes para as políticas públicas", registra Bernardino Geraldo Alves Souto, da UFSCar, destacando sobretudo assimetrias de gênero como possível explicação para a prevalência do tipo C no Sul do Brasil. O pesquisador, que atuou como médico nessa região, afirma que uma cultura de submissão da mulher e de naturalização de relacionamentos extraconjugais do homem pode favorecer a transmissão do subtipo mais adaptado à via de transmissão entre homem e mulher - e, consequentemente, da mulher para o bebê -, enquanto em regiões com maior tolerância aos relacionamentos sexuais entre homens, por exemplo, o subtipo prevalente é o B, como é o caso da região Sudeste.
Outro fator a se considerar é a ocorrência, especialmente em regiões menos urbanizadas, da prática do aleitamento cruzado, que aumenta os riscos de transmissão materno-infantil especialmente em áreas onde a prevalência de infecções pelo subtipo C envolvendo mulheres é proporcionalmente mais elevada.
Assim, a partir dos resultados apresentados, os pesquisadores apontam a importância de políticas públicas que busquem ainda mais a proteção das mulheres nos cenários dominados pelo subtipo C, com campanhas de prevenção, políticas de diagnóstico e tratamento precoces e, também, cuidado especial com o ciclo gravidez-puerpério. "As diferenças que apontamos podem ajudar a focar as prioridades das políticas que já existem, mas podem ser aprimoradas com base nesse conhecimento", afirma Osório.
Souto, da UFSCar, destaca que o conhecimento do grupo português em diferentes vertentes da Bioinformática foi essencial à possibilidade de realização do trabalho. Na mesma direção, Osório valoriza a possibilidade de acesso aos bancos de dados brasileiros e, sobretudo, a relevância do conhecimento sobre a realidade local na possibilidade de interpretação dos resultados encontrados. "A colaboração foi fundamental para que o trabalho pudesse ser feito. Nenhum dos grupos poderia ter feito isso sozinho, é uma complementaridade muito boa de conhecimentos, técnicas e experiências", conclui Osório.

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