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BAGDÁ - A embaixada de Suécia em Bagdá foi incendiada na quinta-feira (20) antes do amanhecer (hora local), em um movimento organizado por partidários do turbulento líder religioso Moqtada al-Sadr. O ataque aconteceu antes de uma manifestação na capital Estocolmo, em que um refugiado iraquiano havia ameaçado queimar um exemplar do Alcorão, em frente à embaixada do Iraque.

O ataque à embaixada em Bagdá aconteceu em retaliação à liberação, por parte da polícia sueca, de uma manifestação, em Estocolmo, nesta quinta-feira (20). O organizador do ato, o refugiado iraquiano Salwan Momika, planejava queimar uma cópia do Alcorão, bem como a bandeira iraquiana em frente à embaixada do país.

Autoridades suecas consideraram que "os riscos de segurança" ligados à queima do Alcorão "não são de natureza a proibí-la". Além disso, não há lei contra a blasfêmia no país. O governo sueco condena tais atos, que considera islamofobia, mas insiste que os incidentes fazem parte da liberdade de expressão, protegida pela Constituição do país.

Momika pisoteou o livro sagrado do Islã diversas vezes, mas acabou não ateando fogo ao Alcorão, como havia prometido. Ele já havia queimado algumas páginas de uma cópia do livro no dia 28 de junho em frente à maior mesquita de Estocolmo durante o dia do Eid al-Adha, feriado comemorado pelos muçulmanos em todo o mundo. Este primeiro incidente levou os apoiadores do líder religioso Moqtada al-Sadr a invadir a embaixada sueca em Bagdá, em 29 de junho. Eles entraram e ficaram lá por cerca de 15 minutos, gesto que provocou uma série de condenações internacionais.

Atos com a queima de exemplares do Alcorão já aconteceram duas vezes na Suécia só este ano e são frequentes em outros países europeus, muitas vezes por iniciativa de movimentos de extrema-direita.

 

Funcionários em segurança

Antes do amanhecer ainda era possível ver a fumaça que saía do prédio da embaixada sueca em Bagdá. Vários caminhões da defesa civil estiveram no local para apagar o fogo. Usando canhões de água, as forças de segurança fortemente mobilizadas perseguiram os manifestantes com bastões elétricos para afastá-los do local e forçá-los a dispersar. Eles responderam atirando pedras. Durante a noite, os manifestantes brandiam cópias do Alcorão e fotos de Mohamed al-Sadr, um influente líder religioso xiita e pai de Moqtada al-Sadr.

O Ministério das Relações Exteriores da Suécia afirmou que os funcionários da embaixada estão "seguros". “Estamos cientes da situação. Nossa equipe da embaixada está segura e o ministério está em contato regular com eles”, disse o órgão por meio de um e-mail.

“Estamos mobilizados hoje para denunciar a queima do Alcorão, que é só amor e fé”, disse um manifestante em Bagdá. “Exigimos do governo sueco e do governo iraquiano que cesse esse tipo de iniciativa”, insistiu. “Não esperamos pela manhã, entramos de madrugada, incendiamos a embaixada sueca”, disse outro jovem manifestante, antes de entoar “Moqtada, Moqtada, Moqtada”, em nome do líder religioso. Falando sob condição de anonimato, o manifestante disse que "os filhos da corrente sadrista (apoiadores de al-Sadr)" agiram após a autorização dada uma vez mais a Salwan Momika "para queimar o Alcorão" na Suécia.

 

“Investigação urgente”

O Ministério das Relações Exteriores do Iraque condenou "nos termos mais severos" o incêndio na embaixada sueca em Bagdá, pedindo às forças de segurança que abram uma "investigação urgente", segundo um comunicado à imprensa. "O governo iraquiano instruiu os serviços de segurança a realizar uma investigação urgente e tomar todas as medidas necessárias para esclarecer as circunstâncias do incidente e identificar os manifestantes para responsabilizá-los segundo a lei", de acordo com o comunicado.

Já a Suécia anunciou a convocação do encarregado de negócios iraquiano. "O que aconteceu é totalmente inaceitável e o governo condena esses ataques nos termos mais fortes possíveis", disse o ministro das Relações Exteriores, Tobias Billström, em comunicado. "As autoridades iraquianas têm uma clara obrigação de proteger as missões diplomáticas e os funcionários conforme a Convenção de Viena", reforçou Billström. “É óbvio que as autoridades iraquianas falharam seriamente nas suas responsabilidades”, acrescentou.

 

Embaixadora é expulsa do Iraque

O primeiro-ministro iraquiano ordenou a expulsão da embaixadora sueca em Bagdá. Mohamed Chia al-Soudani, "pediu à embaixadora sueca para deixar o território iraquiano", informou seu gabinete em um comunicado, acrescentando que o encarregado de negócios iraquiano em Estocolmo havia sido chamado de volta.

Esta decisão surge na sequência dos "repetidos incidentes de profanação do Alcorão Sagrado" com autorização do governo sueco, "insultos a santuários islâmicos e queima da bandeira iraquiana", segundo a mesma fonte.

Além disso, o presidente da Autoridade Iraquiana de Mídia e Telecomunicações, Ali Al-Mouayad, "suspendeu a licença de exploração da empresa sueca Ericsson em território iraquiano", segundo um comunicado de imprensa, justificando esta decisão com a "permissão dada pelo governo sueco de queimar o Alcorão e a bandeira iraquiana".

 

 

(Com AFP)

por RFI

SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal realizará no próximo dia 21, às 19h30, na sala as sessões, uma sessão solene para entrega do título de Cidadão Benemérito de São Carlos a Paulo Roberto Gullo, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de São Carlos e região (Sincomércio). A concessão do título foi oficializada pelo Decreto Legislativo No. 1021, de autoria do vereador Moisés Lazarine e aprovada por unanimidade pelo plenário. A homenagem reconhece a notável contribuição de Gullo ao desenvolvimento da cidade de São Carlos.

 A sessão será transmitida ao vivo pelo Canal 20 da Net, pelo canal 49.3 – TV Aberta Digital, Canal 31 da Desktop/C.Lig, online via Facebook e canal do Youtube, por meio da página oficial da Câmara Municipal de São Carlos.

 Integrante da terceira geração de uma família de tradicionais comerciantes na cidade, Paulo Gullo foi um importante articulador na vinda do Shopping Iguatemi para a cidade, do Posto Regional da Jucesp e da criação da lei do horário livre do comércio.

 Além de presidente do Sincomércio  (gestão 2022 a 2026), é vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e do Cecomercio do Estado e vice-presidente do Conselho do Comércio Varejista (CCV). É também conselheiro efetivo do Serviço Social do Comércio (SescSP) e representante titular da FecomercioSP na Comissão de Negociação Coletiva do Comércio (CNCC) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

 Paulo Gullo foi presidente do São Carlos Clube (gestão 1991/1995) e da Associação Comercial e Industrial de São Carlos ACISC (gestão 1994/1998), Juiz Classista representante dos Empregadores na Vara do Trabalho de São Carlos (de 1998 a 2000) e Presidente da Comissão Municipal de Emprego (CME) de São Carlos (2019). No poder público atuou como Secretário de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente e Diretor de Obras Particulares e Fiscalização do Município de São Carlos (gestão 2013/2016).

BRASÍLIA/DF – Deputados e senadores aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolaram no Senado na quarta-feira, 19, um pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso pelo discurso dele no congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) na semana passada, em que afirmou que “nós derrotamos o bolsonarismo”.

Os parlamentares disseram que a fala “fere de morte a democracia” e que não há pedido de perdão que possa isentá-lo do impedimento. A proposta, segundo os congressistas, tem o apoio de 12 senadores e 70 deputados de 10 partidos: MDB, PP, Republicanos, PL, Novo, União Brasil, PSDB, Podemos, PSD e Patriota.

“Não está entre as atribuições de um ministro do Supremo derrotar ninguém. Se ele quer derrotar alguém, que seja nas urnas, mas que seja candidato”, afirmou o líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy (PL-RJ). “Sabemos que o presidente (do Senado) Rodrigo Pacheco muitas vezes não quer entrar numa crise institucional, mas já está deflagrada essa crise pelo ministro do Barroso.”

Os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, e Jorge Seif (PL-SC) e os deputados Jordy e Cabo Gilberto Silva (PL-PB) apresentaram o pedido à imprensa no Senado nesta quarta. Professor Paulo Fernando (Republicanos-DF), suplente de deputado que não está em exercício no momento, também acompanhou.

Para Flávio Bolsonaro, as falas “descredibilizam o Supremo Tribunal Federal”. “Se fosse Nunes Marques ou André Mendonça, como é que a esquerda reagiria?”, questionou, citando os ministros da Corte indicados pelo ex-presidente.

Ele, assim como os demais congressistas, aproveitou para pedir novamente a análise da proposta do voto impresso, que, segundo eles, contou com a articulação de Barroso para ser derrubada na Câmara. Disse também que não é só o impeachment de Barroso que pacificará o País.

“A pacificação passa pelo encerramento desses inquéritos que são buracos negros, aberrações jurídicas. Puxam para dentro novos fatos conforme a conveniência de um ministro do Supremo Tribunal Federal”, disse, em referência a investigações conduzidas por Alexandre de Moraes, como a das fake news e a dos atos antidemocráticos.

 

Avanço do pedido no Senado

Os parlamentares acreditam que, desta vez, o pedido de impeachment poderia avançar. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou a declaração de Barroso como “inadequada e inoportuna”, afirmou que a fala poderá levantar pedidos de suspeição de Barroso em julgamentos que envolvam Bolsonaro ou pessoas do grupo político e cobrou a retratação de Barroso pelo pronunciamento.

Barroso, que assumirá a presidência do STF em outubro, pediu desculpas. “Jamais pretendi ofender os 58 milhões de eleitores do ex-presidente nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que é perfeitamente legítima. Tenho o maior respeito por todos os eleitores e por todos os políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas”, disse o ministro, em nota, no último dia 13.

Seif afirmou que a fala é criminosa e, por isso, um pedido de perdão não vai sanar o problema. “Crime é crime. Crime não se resolve com pedido de perdão”, afirmou.

“Os destinos do Estado Democrático de Direito inaugurado pela Carta Cidadã de 1988 estão em Vossas mãos, Presidente Rodrigo Pacheco. Quais novas fronteiras de quebra de decoro deverão ainda ser perpetradas por Ministros do Supremo Tribunal Federal, para que somente, então, essa Casa da Federação passe a exercer sua relevantíssima e intransferível função de controle? Esperamos que isso aconteça tempestivamente, quando já não seja tarde demais”, diz trecho do documento protocolado no Senado.

 

Declaração de Barroso no congresso

As falas de Barroso foram uma reação a um grupo de estudantes que protestava contra a presença do ministro no congresso, chamado o magistrado de “inimigo da enfermagem e articulador do golpe de 2016?, em referência aos votos do magistrado sobre o piso salarial da categoria e o rito do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Barroso foi vaiado.

“Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, disse Barroso na quarta-feira passada, 12. Ele estava acompanhado ministro da Justiça, Flávio Dino.

Uma lei de 1950 define os crimes de responsabilidade que podem dar causa ao processo de impeachment de um ministro do Supremo. Cabe ao Senado abrir o procedimento. São cinco hipóteses:

  • Mudar o voto já proferido sem pedido das partes do processo;
  • Julgar processos em que seja suspeito;
  • Exercer atividade político-partidária;
  • Agir com desídia (negligência) nos deveres do cargo;
  • Agir de forma incompatível com a honra, dignidade e decoro de suas funções.

 

 

por Levy Teles / ESTADÃO

JERUSALÉM - O governo israelense pode repensar sua campanha polarizadora para reformar o Judiciário se houver uma grande escalada nos protestos, disse um ministro na quarta-feira.

Com uma emenda contestada que limitaria os poderes da Suprema Corte marcada para ratificação no próximo domingo e segunda-feira, os protestos se intensificaram e agora incluem alguns reservistas da Força Aérea que se recusam a se apresentar para o serviço - um possível abalo na segurança de Israel enquanto as frentes palestina e libanesa fervem.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por telefone na segunda-feira, que o projeto de lei seria aprovado conforme planejado, mas que ele buscaria "amplo consenso" para quaisquer reformas adicionais, disse o conselheiro de segurança nacional de Israel, Tzachi Hanegbi.

Próximo de Netanyahu, o ministro da Cultura, Miki Zohar, ofereceu um raro reconhecimento do impacto das manifestações de seis meses, que surgiram em março depois que o primeiro-ministro demitiu o ministro da Defesa de Israel por expressar abertamente preocupação com o impacto sobre os militares.

Netanyahu recuou na saída de Yoav Gallant e suspendeu a legislação para permitir negociações de compromisso com a oposição. Ele declarou isso infrutífero no mês passado e retomou o projeto de lei que limita os poderes da Suprema Corte em anular algumas decisões do governo.

"Se as manifestações atingirem uma escala que foi vista..., entenderemos que as coisas foram longe demais", disse Zohar à rádio Kan.

Não ficou claro, no entanto, se isso poderia ocorrer.

Os defensores da mudança buscada pela coalizão religioso-nacionalista de Netanyahu dizem que a Suprema Corte se tornou muito intervencionista e que a medida facilitará a governança eficaz.

Os opositores dizem que isso enfraquecerá a Suprema Corte, que - em um país que não tem constituição e um parlamento de uma câmara dominado pelo governo - tem um papel vital na proteção dos direitos e liberdades civis.

 

 

por Por Dan Williams / REUTERS

SÃO PAULO/SP - O Governo do Estado de São Paulo deu mais um passo importante na ampliação do uso de armamentos de baixo potencial de letalidade pelas forças de segurança do estado. Pela primeira vez na história da corporação, a Polícia Civil vai ser equipada com 134 armas de eletrochoque, com investimento de R$ 962 mil.

O contrato para fornecimento das armas de incapacitação foi assinado com a empresa Axon Enterprise no início deste mês. A previsão é que a entrega aconteça até novembro para uso imediato de agentes e investigadores da Polícia Civil.

A arma é um dispositivo portátil similar a um revólver convencional, mas que dispara dois dardos conectados a fios condutores quando o gatilho é acionado. O impacto provoca uma descarga elétrica que afeta o sistema nervoso da pessoa atingida, deixando-a temporariamente incapacitada.

O armamento de incapacitação já é utilizado pela Polícia Militar tanto em operações especiais como no patrulhamento ostensivo de centros urbanos. O uso de armamentos de baixo potencial de letalidade possui rígidos protocolos de segurança e também exige treinamento específico dos agentes.

Esta foi a segunda aquisição deste tipo de armamento de baixo potencial de letalidade em 2023. Em março, o Governo de São Paulo fechou acordo no valor de R$ 19,8 milhões também com a Axon Enterprise para a aquisição de 2,5 mil armas de incapacitação para a Polícia Militar, que já mantém em uso cerca de 7,5 mil equipamentos deste tipo.

 

Arsenal modernizado

Com a nova compra, o Governo de São Paulo dá sequência ao processo de modernização dos armamentos das forças de segurança. Somente neste ano, houve a aquisição de mais de 1,8 mil armas para a Polícia Civil, com investimento de mais de R$ 23,3 milhões.

BRUXELAS - Terminou na terça-feira (18) a 3ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia (UE), em Bruxelas, na Bélgica, onde fica a sede do bloco europeu. O encontro reuniu 60 líderes dos dois continentes, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O evento não ocorria desde 2015 e foi realizado em um cenário de aproximação entre europeus e latino-americanos. A declaração final da cúpula, divulgada pelas chancelarias dos países, tem mais de 40 pontos e abrange diversos temas de interesse comum. Um dos pontos, que tem sido alvo de cobrança de governos de países pobres e em desenvolvimento, refere-se à disponibilização de recursos, por parte das nações mais ricas, para financiar projetos de mitigação e adaptação em relação às mudanças climáticas. 

"Reconhecemos o impacto que as alterações climáticas estão a ter em todos os países, afetando particularmente os países em desenvolvimento e mais vulneráveis, incluindo os pequenos Estados insulares em desenvolvimento, no Caribe, as regiões ultra-periféricas da União Europeia, os países e territórios ultramarinos associados à União Europeia e países em desenvolvimento sem litoral. Ressaltamos a importância de cumprir o compromisso dos países desenvolvidos em conjunto para mobilizar prontamente US$ 100 bilhões por ano para o financiamento climático e para apoiar os países em desenvolvimento e dobrar o financiamento para adaptação até 2025", diz um trecho da declaração.

Em seu discurso, na abertura da cúpula, Lula voltou a criticar os países ricos por não cumprirem a promessa, feita em 2009, de destinar os US$ 100 bilhões ao ano para os países em desenvolvimento, como forma de compensação pela crise do aquecimento global e necessidade de contenção das emissões de carbono, para manter a meta de aumento de até 1,5 grau Celsius na temperatura do planeta até o fim do século, o objetivo mais ambicioso da comunidade internacional.

A declaração aponta "profunda preocupação com a guerra em curso contra a Ucrânia" e pede esforços de paz justa e sustentável na região. Em outro ponto, aborda a grave situação humanitária no Haiti, prometendo esforços internacionais para ajudar o país superar a complexa crise que vive há décadas. Sobre a Venezuela, o texto defende um diálogo construtivo entre as partes nas negociações lideradas pela Venezuela na Cidade do México. O mesmo assunto foi discutido em uma reunião paralela envolvendo os presidentes da França, do Brasil, da Argentina e Colômbia, além de representante da União Europeia, com governo e oposição venezuelanos.

O documento também reafirma diversos compromissos nas áreas de comércio justo, saúde, segurança pública, combate à pobreza e às desigualdades. A próxima cúpula Celac-UE deverá ser realizada em 2025, desta vez em algum países latino-americano ou caribenho.

Em seu último dia nesta viagem à Bélgica, o presidente Lula manteve encontros bilaterais com chefes de governo da Alemanha, Suécia, Dinamarca e Áustria. Ele também participou de um café da manhã com lideranças progressistas e democratas latino-americanas e europeias. Lula retorna ao Brasil na manhã de quarta-feira (18), após conceder uma coletiva de imprensa ainda em Bruxelas.

 

 

Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil

CURITIBA/PR - Réu em uma ação de investigação judicial eleitoral por suspeita de abuso de poder econômico na pré-campanha das eleições de 2022, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) corre risco de derrota já em seu próprio reduto, a Justiça do Paraná.

A avaliação é de adversários políticos e também de aliados do ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça, para os quais há uma tendência desfavorável a Moro no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do estado.

A fase atual do processo, que pode decidir pela cassação de seu mandato, é de produção de provas. Além de irregularidades na pré-campanha, Moro é acusado de gastos eleitorais acima dos limites estabelecidos pela lei.

Para a disputa pelo Senado do Paraná, o teto era de R$ 4,4 milhões. Moro declarou um gasto de R$ 5,2 milhões, segundo o site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O senador nega qualquer irregularidade.

O clima antes apontado como favorável para o ex-juiz federal mudou desde o dia 5, com a posse de três novos integrantes do tribunal.

A substituição de membros do TRE levou até à designação de um novo relator do caso. Com a saída de Mário Helton Jorge do tribunal, o desembargador D' Artagnan Serpa Sá assumiu a relatoria da ação.

No meio jurídico, a aposta era a de que Helton apresentasse um parecer pela improcedência da representação contra Moro. Mas ele acabou submergindo após repercussão do discurso, durante sessão em abril, em que afirmou que o Paraná "tem nível cultural superior ao Norte e ao Nordeste" e que é um local que não tem o "jogo político dos outros estados".

Helton havia assumido a relatoria do caso após o vice-presidente e corregedor do TRE, Fernando Wolff Bodziak, se julgar impedido.

Em junho, Helton indeferiu pedidos de quebra de sigilo e busca e apreensão contra os investigados.

No Tribunal de Justiça do Paraná, o novo relator não figura na lista dos lava-jatistas. Entre seus pares, Serpa Sá --que foi assessor do ex-governador José Richa-- é descrito como capaz de resistir à pressão de apoiadores de Moro.

Também estreia no tribunal o advogado Julio Jacob Junior. Ligado ao ex-governador tucano Beto Richa, ele foi nomeado pelo presidente Lula (PT) em abril, após um périplo por Brasília.

Seu nome também foi submetido a uma junta composta pelo governo, apresentando-se como um advogado sem vínculos políticos, garantista, ou seja, da corrente que tende a privilegiar os direitos individuais e a presunção de inocência nos julgamentos.

Segundo relatos, quando indagado diretamente sobre os pedidos de cassação do mandato de Moro, apresentados pelo PL e pelo PT, Jacob afirmava que, se houver comprovação de descumprimento da lei eleitoral, não deixaria de votar pelo afastamento do ex-juiz por causa de seu currículo, número de votos ou pressão da opinião pública.

O juiz Anderson Ricardo Fogaça também acaba de assumir uma cadeira do TRE. Ele exerceu a função de juiz-auxiliar da presidência do Tribunal de Justiça na gestão de José Laurindo de Souza Netto --que hoje postula a preferência de Lula para o Superior Tribunal de Justiça.

Fogaça também é listado entre os que poderiam votar pela cassação do mandato de Moro em caso de apresentação de provas consistentes.

Reconduzido ao tribunal em janeiro de 2022, o advogado Thiago Paiva dos Santos foi nomeado para o TRE em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) e com o aval de Moro, à época seu ministro da Justiça.

Isso, porém, não é interpretado como sinal pró-Moro.

Casado com uma sobrinha do secretário estadual e ex-líder do governo Bolsonaro, Ricardo Barros, Thiago já integrou o conselho estadual de trânsito no governo Richa.

Aliados de Moro elencam o juiz Guilherme Denz e a desembargadora federal Cláudia Cristina Cristofani como possíveis apoiadores da manutenção de seu mandato.

Isolado politicamente no Paraná e autor de duras críticas ao Judiciário, Moro tem um cenário apontado como mais confortável caso consiga pelo menos um empate, entre os seis votos, o que levaria a decisão para o presidente do TRE, Wellington Emanuel Coimbra de Moura, com quem já se reuniu.

Segundo relatos, o desembargador teria aconselhado que Moro se preocupasse mais com o julgamento do TSE, que dará a palavra final --seja qual for o resultado no Paraná, deve haver recurso à corte superior.

A reportagem procurou os integrantes da corte citados, mas nenhum deles se manifestou.

O julgamento de Moro ocorre no mesmo ambiente político que levou o TSE a cassar, por unanimidade, o registro da candidatura e, consequentemente, o mandato de deputado federal de Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba.

A ação contra Deltan decorreu de representação da Federação Brasil da Esperança (PT, PC do B e PV) e do PMN, que alegaram que Deltan não poderia ter deixado a carreira de procurador da República para entrar na política porque respondia a sindicâncias, reclamações disciplinares e pedidos de providencias junto ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).

Deltan e Moro recebem o mesmo rótulo de um amplo espectro do mundo político, que aponta ambos como responsáveis por usar a Lava Jato e a Justiça para se projetarem politicamente.

Moro ainda tem contra si a lista de gastos realizados pelo Podemos e a União Brasil na corrida eleitoral de 2022.

Nas ações, Moro e seus suplentes são acusados de, supostamente, orquestrar um conjunto de ações para usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para depois migrar para uma disputa, a do Senado, com teto de gastos muito menor.

A ação destaca também a contratação de empresas registradas em nome do suplente, o que poderia configurar prática de caixa 2.

Defensor de Moro, o advogado Gustavo Guedes nega irregularidades e diz confiar em um resultado técnico. "Espero que, como sempre, o TRE faça uma análise técnica das provas".

Procurado, o senador não quis se manifestar pessoalmente.

Diante da possibilidade da perda de mandato, o que acarretaria a convocação de eleição suplementar, já há uma intensa disputa de bastidores entre políticos paranaenses que despontam como potenciais candidatos ao Senado. Entre eles, o próprio Ricardo Barros, além da presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann.

 

 

por CATIA SEABRA / FOLHA de S.PAULO

BRUXELAS - O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, recebeu na noite desta segunda-feira (17), em Bruxelas, a primeira-ministra Giorgia Meloni e agradeceu a Itália por seu apoio fundamental à aliança militar.  

“Foi um grande prazer encontrar novamente a primeira-ministra Giorgia Meloni após a cúpula da Otan da semana passada. Agradeci à Itália por sua contribuição fundamental para a Otan e o apoio inabalável à Ucrânia”, escreveu Stoltenberg no Twitter.  

Na publicação, o representante da Otan informou ainda que ele e a premiê italiana discutiram “a resposta da aliança militar aos desafios em todas as direções, incluindo terrorismo e instabilidade na frente sul”.  

O encontro, que durou cerca de duas horas, ocorreu na residência de Stoltenberg, na capital da Bélgica, onde líderes de 60 países se reúnem para participar da cúpula entre a União Europeia (UE) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) até esta terça-feira (18). (ANSA).

 

 

ISTOÉ

SÃO CARLOS/SP - Os vereadores Djalma Nery, Professora Neusa e Fabio Zanchin, integrantes da Comissão de Meio Ambiente e Proteção Animal da Câmara Municipal, estiveram fiscalizando diversas situações no Parque da Nascente do Tijuco Preto.

Acompanhados de equipes da secretaria municipal de Meio Ambiente e da secretaria de Serviços Públicos e moradores locais, os vereadores percorreram a distância entre a nascente e a ponte na rua Totó Leite. O vereador Djalma Nery comentou que “juntos, apontamos os principais problemas e sugerimos soluções que serão encaminhadas para execução junto a Secretaria de Meio Ambiente”.

Além do Parque, visitaram também as obras do empreendimento Monte Soleil da MRV, onde foi cobrada celeridade nas correções das obras de drenagem e esgotamento sanitário, para adequarem-se aos termos da legislação ambiental.

ESPANHA - No próximo domingo (23), a Espanha vai às urnas para eleições legislativas que, segundo as pesquisas, devem devolver o poder à direita e fortalecer o domínio dos partidos conservadores na União Europeia.

Convocadas pelo presidente de governo, o socialista Pedro Sánchez, após a debacle da esquerda nas eleições municipais de 28 de maio, o pleito geral antecipado também pode trazer a extrema direita para o seio do governo pela primeira vez desde a morte do ditador Francisco Franco há meio século.

Uma situação que confirmaria "um processo contínuo e paulatino de normalização da extrema direita a nível europeu", afirmou à AFP o historiador Steven Forti, professor da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB).

Assim, muita coisa está em jogo tanto para Sánchez, no poder desde 2018 à frente de uma coalizão minoritária que passou a contar com o partido de esquerda radical Podemos em 2020, como para a esquerda europeia.

"É evidente que existe um movimento de fundo [na Europa] e a Espanha é uma barreira de contenção bastante importante para essa corrente regressiva e reacionária", afirmou em junho ao jornal La Vanguardia a ministra para a Transição Ecológica, Teresa Ribera, em referência a uma possível coalizão de governo entre direita e extrema direita.

 

- O medo do Vox -

Desde as eleições municipais, o triunfo do Partido Popular (PP, conservadores) de Alberto Núñez Feijóo nas legislativas de 23 de julho parece inevitável.

A única dúvida é se haverá necessidade de uma aliança com o Vox, um partido ultranacionalista e ultraconservador nascido em 2013 de uma cisão no PP, para alcançar a maioria absoluta de 176 deputados necessária para formar governo.

A dinâmica da direita perdeu impulso quando o PP foi obrigado a negociar acordos com o Vox para formar governo em algumas regiões que estavam sob controle da esquerda.

Como esperava Sánchez, o PP e seu líder não saíram ilesos dessas negociações, com a rejeição do Vox a falar de "violência de gênero" e sua negação da mudança climática.

Posições extremas que não são as do PP, mas que permitiram a Sánchez fazer campanha pedindo que os eleitores a não votassem nos conservadores porque isso significaria levar o Vox para o governo e causar retrocessos sociais.

Seu objetivo é duplo: dissuadir o eleitor de centro a votar no PP e mobilizar os 500 mil simpatizantes da esquerda que não compareceram às urnas em 28 de maio.

Mas as esperanças escassas de Sánchez de uma "virada" se viram frustradas depois de seu fraco desempenho diante de Feijóo no único debate televisionado entre ambos, em 10 de julho, que levou ao crescimento do PP nas pesquisas.

Sánchez gabou-se de seu desempenho na economia, que é bastante positivo no contexto europeu, com uma Espanha que cresceu 5,5% em 2022 e se tornou, em junho, a primeira grande economia da UE em que a inflação caiu para menos de 2% (1,9%). O problema para ele, no entanto, é que a percepção dos espanhóis sobre a própria situação econômica continua sendo muito negativa.

 

- 'Derrubar o sanchismo' -

O líder socialista também aumentou suas entrevistas em programas de grande audiência que costumava ignorar.

"Sánchez reconhece que errou ao não comparecer nos meios de comunicação que considerava hostis", resumiu a cientista política Cristina Monge.

Mas talvez seja tarde para Sánchez, que conta com uma imagem muito negativa para além da esquerda, e que deteriorou ainda mais com os efeitos devastadores de leis promovidas pelo Podemos.

Isso facilitou a campanha do PP, que popularizou o lema "derrubar o sanchismo". Nas palavras de Núñez Feijóo, isso significa abolir "todas aquelas leis inspiradas nas minorias e que atentam contra as maiorias".

O Podemos, que está em queda livre, resignou-se a ser absorvido por uma nova coalizão de esquerda radical, Sumar (Somar, em português), dirigida pela ministra do Trabalho, a comunista Yolanda Díaz, com quem os socialistas buscam formar uma nova coalizão de governo. Uma hipótese pouco provável com base nas pesquisas, embora a Sumar brigue pelo terceiro lugar com o Vox.

Também pode influir no resultado a data do pleito, em pleno verão europeu, com milhões de espanhóis de férias que, se quiserem votar, terão que fazê-lo por correio.

Os especialistas consideram que é cada vez menos improvável um cenário vivenciado há alguns anos, de um Parlamento sem uma maioria de governo viável, o que levaria a novas eleições nos meses seguintes.

 

 

AFP

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