fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 

PERU - Sofía Llocclla Pellaca desce a pé um morro sem iluminação em Lima. Ela não come carne durante a semana, cozinha a gás ou lenha e capta água da neblina - uma rotina de uma aliada involuntária na luta contra o aquecimento global.

De origem quéchua, aos 31 anos, é mãe solteira de uma adolescente e de uma criança pequena e vive nas altitudes desérticas da capital peruana, onde se concentra a maior parte dos 2,7 milhões de pobres da cidade - que representam um pouco mais de um quarto dos seus 10 milhões de habitantes.

O Peru, com uma indústria precária e informalidade de 73%, é um país predominantemente minerador e pesqueiro, com uma das menores pegadas de carbono per capita do continente: 1,7 tonelada de gases de efeito estufa, em comparação, por exemplo, com as 4,2 toneladas produzidas anualmente pelos argentinos ou as 15 toneladas por habitante nos Estados Unidos.

Ligar a luz, usar a máquina de lavar, tomar um banho quente, viajar de avião ou usar veículo a gasolina, comer carne bovina... Praticamente todas as atividades e o consumo liberam emissões.

No entanto, o petróleo e o carvão são de longe as principais fontes de CO2.

Em novembro, líderes mundiais se reunirão em Dubai, na Conferência das Partes sobre o Clima, a COP28, para discutir a substituição de fontes de energia fósseis por energias limpas.

Sofía vive em uma das áreas de pobreza cobertas pela névoa, ao sul de Lima - que não para de crescer devido à migração interna. Ela deixou a área rural há uma década e se instalou no morro em uma pequena casa inacabada, sem banheiro ou aquecimento.

Atualmente, ela possui uma televisão, um fogão quebrado e uma geladeira parcialmente vazia. Quando o gás acaba, ela cozinha as refeições da manhã e da noite com lenha. Muitas famílias almoçam com o que preparam coletivamente, em uma espécie de "panela comum".

Sofía nunca viajou de avião e quase não utiliza o transporte público. "Eu desço a pé, vou a pé e volto a pé", conta essa mulher, que trabalha como empregada doméstica por menos da metade do salário mínimo mensal de US$ 265 (cerca de R$ 1.300).

 

- Uma pegada ilusória -

Cerca de 63% das emissões de gases estufa no Peru são provenientes do desmatamento da Amazônia e da transformação do solo da floresta ou agrícola em assentamentos urbanos sem padrões ambientais, explica o ex-ministro do Meio Ambiente, Manuel Pulgar-Vidal.

No assentamento onde Sofía mora, não há iluminação pública ou saneamento básico. A água potável é trazida a cada 15 dias por caminhões-pipa. Os sistemas de captura de névoa, com painéis de altíssimos que coletam o orvalho, aliviam a escassez de água.

Ela e sua mãe, que mora algumas casas acima, obtêm energia elétrica por meio de uma ligação clandestina.

No entanto, é "confuso e ilusório" supor que o Peru, por ser um país em desenvolvimento, possa de desligar de suas responsabilidades frente à crise climática.

Ricos e pobres, "o mundo sairá gradativamente dos combustíveis fósseis. Isso é inevitável", enfatiza o ex-ministro.

O desafio começa nas periferias. É preciso garantir serviços básicos, um padrão de construção harmonioso com o "ecossistema circundante", melhorar os aterros sanitários e eletrificar o transporte, explica.

A maior preocupação de Sofía é a "mobilidade" de sua filha de 14 anos, Flor María, quando sai da escola. Ela gostaria de ter uma moto para levá-la.

Também acredita que "seria bom" ter um painel solar como o de sua irmã, porque a luz "vai e vem", acrescenta. Um painel pequeno custa cerca de US$ 115 (aproximadamente R$ 570).

No curto prazo, a América Latina não estabeleceu "estratégias claras e bem planejadas" para migrar para "energias renováveis não convencionais" porque está "presa na armadilha do petróleo, do carvão e do gás", recursos de que dispõe em abundância e com os quais se financiou por décadas, afirma o ex-ministro, que faz uma advertência adicional: serão taxadas ainda mais as importações daqueles países "que produzem ou que geram seus produtos com alta carga de carbono".

 

 

AFP

PERU - O Banco Central da Reserva do Peru (BCRP) cortou a taxa básica de juros em 25 pontos-base, a 7,0%. O BC, entretanto, alerta que a decisão de reduzir os juros não indica necessariamente que haverá um ciclo de sucessivas reduções na taxa e aponta que as decisões seguirão as informações mais recentes de inflação e suas determinantes.

Segundo o anúncio, a decisão teve como contexto a queda mensal da inflação em outubro, com sua leitura anual chegando a 4,3% no mês passado, ante 5,0% em setembro. Ainda, o relatório indica que as expectativas de inflação para 12 meses também caíram de 3,4% a 3,3% entre setembro e outubro, ficando perto do limite do intervalo da meta. A projeção é que a tendência de desaceleração da inflação continue e que a taxa chegue à meta no início de 2024.

Entretanto, o BC peruano alerta que indicadores e expectativas para a economia apontam uma deterioração em outubro. “A atividade econômica e a demanda interna foram afetadas por choques derivados de conflitos sociais e do El Niño, que tiveram um impacto maior do que o esperado”.

A próxima reunião monetária ocorrerá em 14 de dezembro.

 

 

ISTOÉ

PERU - Os preços ao consumidor no Peru subiram em setembro em um ritmo mais lento do que no mês anterior, levando a uma inflação anualizada de 5,04%, a menor em pouco mais de dois anos, de acordo com dados oficiais divulgados neste domingo.

O índice de preços ao consumidor de Lima, a referência de inflação do Peru, subiu 0,02% em setembro, consideravelmente abaixo do aumento de 0,38% registrado em agosto.

Até agora neste ano, de acordo com os dados publicados no domingo no diário oficial, os preços ao consumidor subiram 3,32%. A inflação anualizada de 5,04% em setembro é a mais baixa desde os 4,95% registrados em agosto de 2021.

O Instituto Nacional de Estatística e Informática (INEI) disse em um comunicado que a inflação em setembro foi impulsionada por aumentos de preços em transporte, restaurantes e hotéis e bens e serviços diversos, que aumentaram 0,56%, 0,43% e 0,32%, respectivamente.

Alimentos e bebidas não alcoólicas (-0,68%) e comunicações (-0,05%) foram os que mais caíram.

Apesar da redução, a inflação continua acima da meta oficial do banco central, entre 1% e 3% anualizados.

A autoridade monetária manteve sua taxa de juros de referência inalterada em agosto, em 7,75%, pelo sétimo mês consecutivo, após uma série agressiva de aumentos iniciada em 2021, em sua tentativa de conter a inflação.

O presidente do banco central, Julio Velarde, disse durante a semana que a inflação voltará à meta nos primeiros meses do próximo ano, mas essa estimativa pode ser adiada dependendo da intensidade do fenômeno El Niño, que causa fortes chuvas, inundações e deslizamentos de terra que arrastam plantações, estradas e outras infraestruturas.

 

 

REUTERS

LIMA - A Seleção Brasileira visitou o Peru no Estádio Nacional, em Lima, na terça-feira (13). Pela segunda rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, a equipe comandada por Fernando Diniz contou com gol de Marquinhos aos 44 minutos do segundo tempo para vencer a partida por 1 a 0.

No primeiro tempo, a 'Amarelinha' teve dois gols anulados. Ambos por impedimento: aos 16 minutos, com Raphinha, e aos 29, em tento de Richarlison — que demorou mais de seis minutos para ser anulado pela arbitragem de vídeo, capitaneada por Germán Delfino.

Com o resultado, a Seleção encerra a primeira pausa para disputa das Eliminatórias no primeiro lugar da tabela de classificação: são seis pontos conquistados — mesma pontuação, mas melhor saldo do que a Argentina, que venceu a Bolívia por 3 a 0 nesta terça-feira.

O Brasil, agora, só voltará aos campos no próximo mês. No dia 12, na Arena Pantanal, os comandados de Fernando Diniz recebem a Venezuela às 21h30 (de Brasília), pela terceira rodada das Eliminatórias Sul-Americanas. O Peru, por sua vez, visita o Chile em Santiago no mesmo dia, mas às 21h.

 

O jogo — Os primeiros 15 minutos de partida foram estudados. Peru e Brasil agiam dentro de suas respectivas estratégias: o time da casa tentava impor velocidade e apostava nos contra-ataques, enquanto o time de Fernando Diniz tocava passes sob pressão e alternava — muito — de posições. Neymar foi buscar bola entre os zagueiros, enquanto Marquinhos se arriscou no ataque, por exemplo.

No 16º minuto, a Seleção balançou as redes. Neymar — em impedimento — recebeu bela bola em profundidade e cruzou de primeira para a área. Richarlison errou o domínio, mas a bola sobrou limpa para Raphinha: 1 a 0. Fernando Rapallini, entretanto, recorreu ao árbitro de vídeo para anular o tento.

Aos 22, nova chance do Brasil. O time de Diniz rondou a área peruana e a bola sobrou para Danilo, que ajeitou de cabeça para Raphinha. O camisa 7 cruzou para a área e Richarlison chegou a alcançar a bola, alta demais, finalizando para fora.

Sete minutos depois, gol visitante. Bruno Guimarães cruzou com força e precisão, na medida, e Richarlison escorou de cabeça para o fundo das redes: 1 a 0. O camisa 9 da Seleção pensou ter findar incômodo jejum de quatro partidas sem marcar com a 'Amarelinha', mas após seis minutos de paralisação por checagem de impedimento, Rapallini mais uma vez usou o VAR para invalidar outro gol brasileiro.

Ao longo da etapa, o Brasil seguiu em cima, enquanto a seleção peruana pouco ameaçava. Ainda assim, o time de Fernando Diniz não conseguiu balançar as redes de Gallese.

 

2º tempo

Na etapa final, escassez de chances contundentes. Ainda que controlando o ritmo ofensivo, o Brasil só foi assustar mesmo aos 18, em cabeceio de Danilo na rede pelo lado de fora após cobrança de escanteio de Neymar.

Pouco depois, o Brasil tentou outra estratégia para combater o ferrolho peruano: ao invés de tocar passes cercando a área, a 'Amarelinha' começou a apostar no arremate de fora da área. Foi com tal finalização que Raphinha obrigou linda defesa de Gallese.

Ainda assim, mesmo com certa pressão, faltou ímpeto ofensivo à Seleção. Aos 41, Martinelli cruzou da direita e Gabriel Jesus subiu para o cabeceio, errando a finalização e 'tirando' a bola de Rodrygo.

Aos 44, enfim saiu o gol brasileiro. Em cobrança de escanteio, Neymar acertou o primeiro pau e Marquinhos apareceu para cabecear para o fundo das redes: 1 a 0 e vitória da 'Amarelinha'.

 

 

GAZETA ESPORTIVA

PERU - O Peru registra um surto incomum de casos da síndrome neurológica Guillain-Barré em seu território. Desde o início do ano, foram diagnosticados 182 casos no país, o que equivale a cerca de um caso por dia em 2023.

Após a morte de quatro pessoas, o governo peruano decidiu declarar emergência nacional de saúde por 90 dias.

"Houve um aumento significativo nas últimas semanas, o que nos obriga, como Estado, a tomar medidas para proteger a saúde e a vida da população", disse o ministro da Saúde, César Vásquez, à imprensa.

A medida vai permitir ao Ministério da Saúde a compra de imunoglobulina para o tratamento de pacientes com a doença nos próximos dois anos.

 

Síndrome não é contagiosa

A síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune que se manifesta pela fraqueza progressiva dos músculos. Um de seus sintomas mais frequentes é o formigamento e a falta de força nas extremidades do corpo, mas ela pode levar a morte com a paralisação do sistema respiratório.

A doença não é contagiosa. A síndrome é geralmente provocada por um processo infeccioso anterior que atinge o paciente. No caso peruano, a suspeita paira sobre uma bactéria que ataca o intestino, a Campylobacter.

Essa não é a primeira vez que o Peru decreta emergência por um surto de Guillain-Barré. O país teve um número de casos da síndrome acima do normal em 2018 e 2019.

 

 

(Com informações de agências)

por RFI

PERU - Peru, Chile, Equador e Venezuela estudam a abertura de um corredor humanitário para que centenas de migrantes que deixaram o território chileno possam chegar a seus países de origem, informou Vicente Romero, ministro peruano do Interior.

Os governos tentam encontrar uma solução para os migrantes que deixaram o Chile nas últimas duas semanas, após o endurecimento dos controles migratórios.

O Peru os impede de passar, alegando falta de documentação. Na quarta-feira, decretou estado de emergência por 60 dias em suas fronteiras e ordenou o envio de militares para reforçar a vigilância e enfrentar a insegurança associada a estrangeiros, segundo a presidente Dina Boluarte.

"Estamos trabalhando, no nível da Chancelaria, tanto com Chile, Equador e também com a Venezuela para poder ver e de que maneira podem cruzar essas fronteiras e não ter nenhum problema", disse Romero à radio RPP.

"A polícia nacional manterá o controle da ordem interna, com o apoio das forças armadas", disse Boluarte durante coletiva de imprensa conjunta com vários ministros na quarta-feira.

O importante - acrescentou - é "dar a segurança necessária a todos os estrangeiros que voluntariamente querem voltar para o seu país". "Uma vez que se estabeleça o corredor humanitário, vai ser feito como deve ser", prometeu o ministro.

Segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), diariamente se concentram em média entre 150 e 200 imigrantes nas fronteiras entre Chile e Peru.

Diante do bloqueio das autoridades peruanas, alguns cruzaram irregularmente em direção à cidade fronteiriça peruana de Tacna e outros se instalaram do lado chileno, na cidade de Arica.

Dezenas de militares começaram a se posicionar hoje nas fronteiras com o Chile e Equador, segundo imagens exibidas pela TV local. "Faremos vigilância e patrulha naqueles pontos críticos e sensíveis onde se evidencia a entrada ilegal", declarou o ministro da Defesa, Jorge Chávez.

A ONG Anistia Internacional defendeu a desmilitarização das fronteiras e expressou "preocupação profunda com a precariedade absoluta em que se encontram" os migrantes retidos. "Os governos de Boric e Boluarte agravam inutilmente a situação, transformando a mesma em uma crise humanitária que aumenta o risco à vida e segurança" destas pessoas."

 

 

AFP

PERU - O ex-presidente peruano Alejandro Toledo, investigado por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito do megaescândalo de subornos pagos pela empreiteira brasileira Odebrecht, ingressou na noite de domingo (23) em uma prisão em Lima após ser extraditado dos Estados Unidos.

Toledo, de 77 anos e diagnosticado com câncer de acordo com seus advogados, cumprirá 18 meses de prisão preventiva enquanto aguarda julgamento, anunciou a justiça, depois de descartar a possibilidade de prisão domiciliar solicitada pelo acusado.

O ex-chefe de Estado, que chegou ao país em um voo procedente de Los Angeles sob custódia de agentes da Interpol, foi levado para a penitenciária de Barbadillo, no leste de Lima, onde também estão presos os ex-presidentes Pedro Castillo (2021-2022) e Alberto Fujimori (1990-2000).

Ao chegar a Lima, o ex-presidente foi submetido a exames médicos e foi levado a uma audiência com um juiz para a verificação de sua identidade. 

Toledo, que governou o Peru de 2001 a 2006, se entregou a pedido de um juiz na manhã de sexta-feira em um tribunal federal de San José, na Califórnia. Ele é acusado de ter recebido milhões de dólares da Odebrecht em troca de contratos de licitações para obras públicas. Os promotores pedem 20 anos e seis meses de prisão. 

Alejandro Toledo, que sempre alegou inocência, havia sido detido em 2019 nos Estados Unidos, onde residia depois de ter trabalhado na Universidade de Stanford. Ele chegou a ser preso em um primeiro momento, mas em 2020 foi colocado em prisão domiciliar com uma tornozeleira eletrônica.

O advogado Roberto Su declarou no domingo que o ex-presidente tem câncer, sem revelar mais detalhes.

Pedro Toledo, um dos nove irmãos do ex-presidente, compareceu ao aeroporto na manhã de domingo. Ele insistiu que o ex-presidente está doente e pediu um "processo justo".

 

- O megaescândalo Odebrecht -

A empreiteira brasileira Odebrecht admitiu o pagamento de propinas no Brasil e em outros países da região no âmbito do escândalo Lava Jato, pelo qual dezenas de políticos e empresários latino-americanos foram presos.

No caso de Toledo, os depoimentos de seu ex-colaborador Josef Maiman e de Jorge Barata, ex-representante da Odebrecht no Peru, foram fundamentais. Ambos afirmam que o ex-presidente recebeu suborno.

Outros quatro ex-presidentes peruanos enfrentam processos judiciais por corrupção: Ollanta Humala (2011-2016), Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), Martín Vizcarra (2018-2020) e Pedro Castillo (2021-2022).

O Peru foi um dos países da região mais afetados pela corrupção do escândalo da Odebrecht, que atingiu quase todos os presidentes da nação no século XXI.

O ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000) também foi condenado por corrupção, além de crimes contra a humanidade, e Alan García (2006-2011) cometeu suicídio em 2019, quando a polícia estava a ponto de detê-lo por suspeita de vínculos com o caso Odebrecht.

 

 

AFP

PERU - Um surto de dengue na região amazônica e no litoral norte do Peru deixou 26 mortos e causou 20.044 contágios neste ano, informou o Ministério da Saúde na terça-feira (13).

"Até a data de hoje, os casos de dengue no país aumentaram para 20.044, dos quais 162 pessoas foram hospitalizadas pela gravidade da doença e 26 faleceram", indicou a pasta em comunicado.

O ministério assinalou que as regiões mais afetadas na Amazônia são Ucayali, com 4.159 casos; Loreto, com 3.713, e Madre de Dios, com 1.455, todas situadas na fronteira com o Brasil, assim como San Martín, com 1.706, e Huánuco, com 1.464, ambas no centro do país.

Também aparece a região de Piura (norte) com 2.486 casos, onde fortes chuvas da estação provocaram inundações.

A autoridade sanitária enviou equipes técnicas às regiões afetadas pela doença, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, para reforçar a prevenção e controle da dengue.

Em fevereiro, o governo decretou "emergência sanitária" de 90 dias "por um surto de dengue" em 13 departamentos do norte, centro e sudeste do país.

No ano passado, o Peru registrou 72.844 casos de dengue, o que representa um aumento de 62% na incidência da enfermidade em relação a 2021, com 84 mortes.

Em 2020, foram 86 óbitos e 46.749 casos relacionado à doença, segundo dados oficiais.

A dengue é uma enfermidade endêmica das regiões tropicais que provoca febre alta, dor de cabeça, náusea, vômito, dor muscular e, nos casos mais graves, hemorragia que pode levar à morte.

Foi detectada pela primeira vez em 1984, no Peru, e tornou-se, desde então, uma doença endêmica.

 

 

AFP

PERU -  O Congresso do Peru bloqueou na sexta-feira,03, até agosto qualquer debate sobre a antecipação de eleições, fechando o caminho para a substituição da presidente e do próprio parlamento, uma demanda popular que abala o país com protestos que já deixaram 48 mortos.

A Comissão de Constituição parlamentar rejeitou hoje, alegando um tecnicismo processual, debater uma iniciativa apresentada pela presidente do país, Dina Boluarte, que propunha a antecipação das eleições presidenciais e parlamentares para outubro.

"O regulamento do Congresso estipula bem claramente que um assunto arquivado não pode voltar a ser discutido na comissão até que uma legislatura tenha passado", explicou Alejandro Cavero, congressista do partido de direita Avança País, promotor da votação na qual foi descartada a proposta do Executivo.

Cavero alegou que o tema da iniciativa já havia sido tratado em debates anteriores no Parlamento. Segundo o regulamento do Congresso, o período anual de sessões é renovado a cada 27 de julho.

Parlamentares apresentaram diferentes propostas para antecipar as eleições, mas nenhuma obteve um consenso entre os congressistas, apesar da convulsão social crescente e da rejeição popular elevada à presidente e ao Congresso peruanos.

Segundo especialistas, a única opção para antecipar as eleições de 2026 seria a renúncia de Dina Boluarte, o que levaria o presidente do Congresso, José Williams, a assumir o comando e convocar uma votação imediata.

Os protestos nas ruas de Lima continuaram nesta sexta-feira. "Por causa do Congresso, o povo está nas ruas"; "Dina e o Congresso, a mesma porcaria", gritavam dezenas de pessoas durante uma passeata no centro histórico da capital peruana.

Grandes manifestações estão previstas para este sábado em Lima e outras partes do país, enquanto cerca de 80 bloqueios seguiam ativos em sete regiões peruanas.

 

 

por AFP

PERU - O Congresso do Peru voltou a rejeitar, na quarta-feira (1º), um projeto de lei que contemplava a realização de eleições gerais em 2023, em meio à onda de protestos contra a presidente Dina Boluarte e os parlamentares, que já deixou 48 mortos em sete semanas.

O plenário rejeitou por 68 votos a 54 e duas abstenções a segunda proposta em uma semana, e terceira desde dezembro, que propunha a realização do pleito em dezembro.

A presidência do Peru lamentou que "o Congresso não tenha alcançado o consenso necessário para antecipar as eleições" e reiterou, em uma mensagem no Twitter, que apresentará "imediatamente" um projeto de lei para insistir na organização de eleições gerais ainda este ano.

Depois de assumir o governo do país em 7 de dezembro como presidente interina após a destituição do esquerdista Pedro Castillo, Boluarte anunciou que encerraria o mandato oficial em 2026.

Mas os protestos que exigem sua renúncia a levaram a reduzir o prazo para abril de 2024 e posteriormente a propor a antecipação das eleições para 2023.

Mas o Congresso se recusa a antecipar a votação para dezembro.

Os congressistas de esquerda aplaudiram a rejeição ao projeto de lei apresentado pelo partido fujimorista Força Popular (FP, direita).

O texto rejeitado contemplava antecipar as eleições gerais para dezembro e que as novas autoridades assumissem seus cargos em maio de 2024. "O propósito desta proposta é um só, antecipamos este tema porque nosso país sangra", disse o parlamentar fujimorista Hernando Guerra García no começo da sessão.

Dina Boluarte havia convocado o Congresso no domingo para aprovar as eleições antecipadas, diante da crise social que abala o país.

Mas o empenho das bancadas de esquerda em condicionar seu voto a um referendo para formar uma Assembleia Constituinte tornou impossível um consenso no Congresso.

 

- 'Divórcio total' -

Nas ruas, manifestantes pedem a renúncia da presidente ou eleições em abril, mês em que os peruanos costumam eleger o chefe de Estado.

Novos protestos, que reuniram centenas de manifestantes, ocorreram hoje no Centro de Lima, perto do Congresso. É a luta pelo Peru profundo "que alimenta o país, e pedimos a renúncia de Dina Boluarte", disse a engenheira agrônoma Cintya Huancco, 24, procedente da região de Puno.

"O Congresso se recusou a antecipar as eleições, e não concordamos. Faço um apelo a todos os congressistas, por que estão fazendo isto conosco, por que nos traem?", questionou Cintya. “Que fechem o Congresso, não queremos esses congressistas que têm interesses pessoais”, criticou Beatriz Quispe, também de Puno.

"Este é o divórcio total entre a classe política e a população", disse à AFP Alonso Cárdenas, professor de Ciência Política da Universidade Antonio Ruiz de Montoya (UARM).

 

- 'Bomba-relógio' -

Após a rejeição ao projeto para antecipar as eleições, o Congresso começou a discutir uma nova proposta das bancadas de esquerda, que inclui uma consulta para a realização de uma Assembleia Constituinte, mas, minutos depois, a sessão foi suspensa até amanhã, devido a uma discussão acalorada entre os congressistas.

"É uma bomba-relógio, é o pior cenário que poderia acontecer no país, com uma presidente que não renuncia e um Congresso que pretende seguir como se nada tivesse acontecido", disse o cientista político Cárdenas.

Em um parlamento fragmentado em mais de dez forças políticas, além de congressistas independentes, as bancadas de direita impulsionam a antecipação das eleições.

Dina Boluarte e o Força Popular defendem a antecipação de eleições para apaziguar os protestos, que já somam 48 mortos desde a destituição e detenção de Castillo, que tentou dissolver o Congresso e governar por decreto.

Paralelamente à crise política, os protestos continuavam, com bloqueios de estradas que provocavam uma escassez de combustíveis em várias regiões do país.

 

 

AFP

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Abril 2024 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30          
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.