fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 

PERU - A presidente do Peru, Dina Boluarte, anunciou na madrugada desta segunda-feira (12) que apresentará um projeto de lei ao Parlamento para antecipar as eleições para abril de 2024 após as manifestações em várias cidades do país que deixaram dois mortos.

"Interpretando a vontade da cidadania (...) decidi tomar a iniciativa para alcançar um acordo com o Congresso da República para antecipar as eleições gerais para o mês de abril de 2024", disse Boluarte em uma mensagem à nação exibida na televisão nos primeiros minutos da segunda-feira.

A proposta implica reduzir seu mandato em dois anos e pretende aplacar a indignação da população, que exige a convocação imediata de eleições presidenciais e legislativas.

Boluarte, que assumiu o governo na quarta-feira passada, após uma tentativa frustrada de golpe de Estado do então presidente Pedro Castillo, anunciou um estado de emergência nas áreas do país que registram protestos violentos. 

"Com o mesmo sentido patriótico, anuncio a declaração de estado de emergência nas zonas de alto conflito social para recuperar pacificamente o controle da ordem interna", afirmou.

A nova presidente lamentou a morte de dois manifestantes em Andahuaylas durante a repressão policial.

 

- Protestos -

As manifestações aumentaram em várias cidades do norte e do sul andino em repúdio ao Congresso e também para pedir a libertação do ex-presidente esquerdista Pedro Castillo, destituído pelo Congresso e detido por ordem judicial por sete dias desde quarta-feira passada.

Na cidade andina de Andahuaylas, no sul, o Ministério do Interior informou que duas pessoas morreram e cinco ficaram feridas, incluindo um policial, após confrontos violentos em uma tentativa de manifestantes de invadir o aeroporto da cidade.

A tropa de choque da polícia foi enviada ao aeroporto para conter os milhares de manifestantes em Andahuaylas, que fica na região de Apurimac, de onde Boluarte é originária.

A delegacia de Huancabamba, uma localidade da região de Apurímac, foi incendiada, segundo a rádio RPP

No sábado, confrontos em Andahuaylas terminaram com 16 civis e quatro policiais feridos.

Milhares de pessoas protestaram nas ruas de Cajamarca, Arequipa, Tacna, Andahuaylas, Huancayo, Cusco e Puno.

 

- "Greve por tempo indeterminado" -

Enquanto isso, sindicatos rurais e organizações representativas dos povos indígenas convocaram uma "greve por tempo indeterminado" a partir de terça-feira em apoio a Castillo, que vem de uma família de camponeses.

Eles exigem a suspensão do Congresso, a realização de eleições antecipadas e uma nova Constituição, assim como a libertação imediata de Castillo, segundo um comunicado da Frente Agrária e Rural do Peru, que reúne cerca uma dúzia de organizações.

A Frente Rural afirma que Castillo "não praticou um golpe de Estado" na quarta-feira, quando ele anunciou a suspensão do Congresso e disse que governaria por decreto, o que levou a sua destituição pelo Parlamento e a posse da até então vice-presidente Boluarte.

Em Lima, a polícia dispersou com gás lacrimogêneo na tarde de domingo uma manifestação nas proximidades do Congresso em apoio a Castillo.

A capital do país sempre rejeitou Castillo, um professor rural e líder sindical que não tinha contato com as elites peruanas, enquanto as regiões andinas expressam apoio ao esquerdista desde as eleições de 2021.

O Congresso, dominado pela direita, suspendeu uma sessão na tarde de domingo para analisar a situação do país depois de uma briga entre dois deputados.

Castillo foi detido por sua própria equipe de segurança quando seguia para a embaixada do México para pedir asilo político. O Ministério Público o acusa de rebelião e conspiração. Ele já era investigado por corrupção.

Boluarte formou um governo no sábado de perfil independente e técnico, com o ex-procurador Pedro Angulo como primeiro-ministro.

 

- Drogado? -

Ao mesmo tempo, cresce a polêmica sobre a versão de um ex-chefe de gabinete e do advogado de Castillo de que o ex-presidente estava dopado ao ler a mensagem na qual anunciava sua tentativa fracassada de golpe.

Em uma carta que teria escrito na prisão, Castillo afirma que um médico e enfermeiras "camuflados" e um promotor "sem rosto" (encapuzado) o "forçaram" a fazer exames de sangue na sexta-feira e no sábado, mas ele recusou por receio a respeito de sua segurança.

O presidente do Instituto Médico Legal, Francisco Brizuela, afirmou que "a perícia (para saber se ele estava drogado) não pôde ser realizada".

 

 

AFP

PERU - O ex-presidente peruano Pedro Castillo reiterou o seu pedido de asilo da prisão ao embaixador mexicano em Lima, Pablo Monroy, de acordo com o ministro mexicano dos Negócios Estrangeiros.

"O Embaixador Pablo Monroy informa-me de Lima que pôde encontrar-se com Pedro Castillo às 13h30 na prisão. Ele encontrou-o bem e na companhia do seu advogado", disse o chefe da diplomacia mexicana, Marcelo Ebrard.

Ebrard indicou que Castillo "ratificou o pedido de asilo recebido esta manhã na Embaixada do México (02h00, hora local)". "Procedemos ao início de consultas com as autoridades peruanas", anunciou.

 

O ADVOGADO DE CASTILLO: "ASILO PARA PERSEGUIÇÃO INFUNDADA".

O advogado do ex-presidente peruano, Víctor Gilbert Pérez Liendo, tinha enviado uma carta ao Presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador, na qual pedia para "considerar a concessão de asilo" a Castillo, devido "à perseguição infundada por órgãos de justiça que assumiram um carácter político nas suas ações".

O Provedor de Justiça solicitou ao líder mexicano que concedesse o pedido de asilo "a fim de proteger a sua vida e integridade".

"Pretendem persegui-lo por meras declarações de vontade ou intenção que não constituem qualquer infracção penal (no máximo atos preparatórios)", de acordo com a carta enviada por Pérez Liendo.

O advogado assegurou que "estes organismos" criaram "um clima de extrema indefensabilidade e perseguição puramente política de quem pensa de forma diferente do grupo oligárquico que reina sobre todas as instituições do país".

"Nem sequer me foi permitido o acesso a ele, apesar de me ter identificado como seu advogado de defesa, por isso é evidente que ele está em sério risco", disse ele na carta a López Obrador.

 

 

por Pedro Santos / NEWS 360

PERU - O presidente do Peru, Pedro Castillo, nomeou na quarta-feira (24) três novos ministros, entre eles Washington Tineo como titular da Defesa, no lugar de José Luis Gavidia, que apresentou sua renúncia há uma semana.

O líder esquerdista empossou os novos ministros das pastas de Defesa, Mulher e Populações Vulneráveis e Meio Ambiente durante uma cerimônia no palácio de governo.

Tineo, à frente da Defesa, é um advogado e tenente coronel aposentado. No Ministério da Mulher, a advogada Claudia Dávila substituiu Diana Miloslavich. E no Meio Ambiente, o agrônomo Gabriel Rozas sucede o cientista Modesto Montoya.

As três alterações ocorrem três semanas após Castillo nomear outros seis ministros e ratificar a saída do chefe de seu gabinete, Aníbal Torres, que havia renunciado em 2 de agosto. Essas mudanças incluíram os ministérios de Relações Exteriores, Economia e Finança, Moradia e Construção, Trabalho, Transportes e Cultura.

A equipe desse governo tem sido marcada por uma alta rotatividade. Dos 19 ministros do atual gabinete, apenas três acompanham Castillo desde que ele assumiu a presidência em 28 de julho de 2021, para um mandato de cinco anos.

As novas modificações ministeriais ocorrem enquanto o Ministério Público tem seis investigações abertas sobre o presidente entre elas por suposta corrupção em um projeto de obra pública.

Com pouco mais de um ano no poder, Castillo já enfrentou também duas tentativas de impeachment pelo Congresso e conta com uma desaprovação de 69% entre os peruanos, segundo o instituto de pesquisa Ipsos.

 

 

AFP

PERU - Um relatório do Congresso peruano, divulgado na terça-feira (09), recomenda processar politicamente e criminalmente o presidente Pedro Castillo, alegando que ele cometeu traição à Pátria ao considerar um possível referendo popular para conceder à Bolívia uma saída para o mar.

"Recomenda-se: acusar por procedimento prévio político o investigado José Pedro Castillo Terrones, na qualidade de Presidente da República, como suposto autor do crime de Traição à Pátria", aponta um relatório especial da Subcomissão de Acusações Constitucionais do Congresso do Peru, divulgado pela imprensa.

Também propõe que seja imposta "a sanção de inabilitação por cinco anos para o exercício de cargos públicos".

A recomendação deve ser votada pela subcomissão e depois debatida pelo plenário do Congresso, onde, se aprovada, pode levar ao pedido de destituição do presidente.

O relatório, assinado pelo congressista de centro-direita Wilson Soto Palacios, se baseia em uma polêmica entrevista dada pelo esquerdista Castillo em janeiro à CNN en Español. Nela, o presidente não descartou facilitar o acesso ao mar boliviano se a população decidir por meio de um referendo popular.

"Consultaremos o povo, para isso é necessário que o povo se manifesta", respondeu o presidente ao ser perguntado se achava que o Peru poderia dar à Bolívia uma saída para o mar, como havia afirmado antes de ser candidato e vencer as eleições em 2021.

"Não estou dizendo que vou dar mar à Bolívia", o governante esclareceu, mas isso não acalmou as águas.

O relatório parlamentar, de 89 páginas, sustenta que a declaração de Castillo "violaria os mandatos constitucionais".

Após a guerra do Pacífico (1879-1884), na qual os dois países enfrentaram o Chile, o Peru perdeu suas duas regiões mais ao sul - Arica e Tarapacá - e a Bolívia seu acesso ao mar.

A recomendação desperta críticas entre os juristas, que a consideram um erro por falta de respaldo jurídico, como destacou o ex-advogado César Azabache.

Castillo, que assumiu o cargo em julho de 2021, sobreviveu a duas tentativas de impeachment do Congresso e enfrenta cinco investigações fiscais por suposta corrupção.

 

 

AFP

PERU - O presidente do Peru, Pedro Castillo, disse no sábado (6) que está “estendendo a mão” às forças políticas do Congresso "pela última vez", antes de se ver obrigado a fazer uma cruzada nacional para "defender a democracia" em seu país.

"Estou disposto a fazer um esforço. Estendo minha mão pela última vez para que todas essas forças políticas possam chegar a um consenso pela democracia", advertiu Castillo em um discurso na região de Junín.

“Daqui digo ao povo peruano que, se seguirem perdurando (questionamentos), depois de um ano, no âmbito do respeito à democracia, me sentirei obrigado a realizar uma cruzada nacional junto com o povo peruano para defender a democracia”, declarou Castelo.

O presidente descreveu os congressistas da oposição que buscam sua saída como "golpistas". "Continuamos lutando com essas forças políticas que se tornaram golpistas pela democracia do país. Essas forças golpistas que não têm o valor e a coragem de pedir a destituição em uma praça da cidade, só o fazem de seu assento”, acrescentou.

O Congresso, dominado pela direita, se recusou na quinta-feira a autorizar Castillo a deixar o país para participar da posse de Gustavo Petro como presidente da Colômbia em 7 de agosto.

É a primeira vez em três décadas que um chefe de Estado peruano tem sua expectativa de viajar em missão oficial frustrada. Os parlamentares argumentaram que o presidente enfrenta cinco investigações fiscais por suposta corrupção, situação inédita para um presidente em exercício.

Castillo comemorou um ano no poder em 28 de julho e, além do cerco judicial, enfrentou duas tentativas de impeachment do Congresso e tem uma reprovação de 74% na opinião pública, segundo pesquisas.

 

 

AFP

PERU - Na quarta-feira, 03, o primeiro-ministro do Peru, Aníbal Torres, surpreendeu a todos após postar no Twitter que apresentou sua renúncia ao presidente Pedro Castillo. O premiê era visto como um dos aliados mais leais do presidente.

De acordo com a postagem, sua renúncia se deve por “razões pessoais”, porém a renúncia vem num momento conturbado da política peruana, pois o presidente Castillo está sendo investigado por suposta corrupção no entorno do governo. Castillo enfrenta cinco investigações criminais diferentes, inclusive uma por suposta obstrução de Justiça. Até agora, sobrevive a alguns pedidos de impeachment.

O presidente peruano ainda não se pronunciou sobre a renúncia de seu fiel escudeiro ou disse quando nomeará um substituto. Mas a tendência é que o presidente não demore para não cair ainda mais sua popularidade.

Pedro Castillo foi empossado presidente em 28 de julho de 2021, em clima de crise. Militares aposentados lançaram carta aberta para que o alto-comando das Forças Armadas não reconhecesse o novo governo do partido Peru Libre, que se declara abertamente marxista-leninista.

Anibal Torres agradeceu muito a oportunidade e confiança para exercer a função que lhe foi confiada. Ainda na postagem na rede social, o advogado informou ainda que vai voltar a dar aulas no Peru.

 

 

IMPRENSA BRASIL

PERU - O Ministério Público do Peru informou na última sexta-feira, 22, que reativou uma investigação contra o presidente Pedro Castillo, a quinta em quase um ano de mandato, por um caso de tráfico de influência na compra de combustível pela estatal Petroperú em 2021.

A nova procuradora-geral da nação, Patricia Benavides, decidiu anular a decisão de janeiro de sua antecessora, Zoraida Ávalos, de suspender as investigações relacionadas a esse caso até que Castillo concluísse seu mandato, em julho de 2026, uma vez que ele conta com imunidade.

Em janeiro, revelou-se que o chefe de Estado teria interferido em um processo para a aquisição de biodiesel B100 no mercado local para o período janeiro-abril de 2022, "a fim de que a empresa Heaven Petroleum Operator, dirigida pelo empresário Samir Abudayeh, ganhasse um contrato no valor de US$ 74 milhões". Castillo negou envolvimento no caso e o contrato foi anulado depois que a imprensa noticiou irregularidades.

O presidente enfrenta outras quatro investigações: por obstrução da Justiça na demissão do ministro do Interior Mariano González; por tráfico de influência em promoções de militares; por corrupção e conluio agravado em um projeto de obra pública; e por plágio em sua tese universitária. O presidente e seu advogado reiteraram que não há provas de nenhum desses crimes.

 

 

AFP

CALI - O Brasil encerrou em grande estilo a participação na primeira fase da Copa América Feminina, disputada na Colômbia. Nesta quinta-feira (21), a seleção canarinho aplicou 6 a 0 no Peru, a maior goleada desta edição da competição, igualando a vitória do Uruguai sobre as mesmas peruanas na segunda-feira (18). A partida ocorreu no Estádio Pascual Guerrero, em Cali.

A equipe brasileira finalizou o Grupo B com quatro vitórias em quatro jogos, 12 pontos somados, 17 gols marcados e nenhum sofrido. O Peru terminou na lanterna, sem pontos ganhos e gols feitos, e levou 18 gols na competição.

As atenções da seleção de Pia Sundhage se voltam, agora, ao Paraguai. O duelo pelas semifinais será nesta terça-feira (26), às 21h (horário de Brasília), no Estádio Alfonso López, em Bucaramanga. A classificação à final assegura ao Brasil, de uma só vez, as vagas na Copa do Mundo do ano que vem (em Austrália e Nova Zelândia) e na Olimpíada de Paris (França), em 2024.

Pia aproveitou o jogo para descansar titulares e testar uma nova formação. Ao invés do habitual 4-4-2, a técnica escalou a equipe no 3-4-3, com as laterais Letícia Santos e Fê Palermo compondo o trio defensivo com a zagueira Kathellen. O meio-campo teve Luana e as Dudas Santos, Sampaio e Francelino, com Gabi Portilho, Kerolin e Geyse fazendo a trinca ofensiva.

Jogadoras como as atacantes Adriana, Bia Zaneratto e Debinha, as laterais Tamires e Antonia, a zagueira Tainara (recuperada da covid-19) e a meia Ary Borges iniciaram o duelo no banco, enquanto a volante Angelina e a zagueira Rafaelle, suspensas pelo terceiro amarelo, não foram relacionadas. O Peru, por sua vez, foi a campo com a mesma equipe goleada pelo Uruguai.

O Brasil precisou de 40 segundos para sair na frente. Na sequência de uma troca de passes, Geyse invadiu a área pela direita e cruzou rasteiro para Duda Francelino abrir o placar. Aos 17 minutos, Fê Palermo apareceu pela esquerda e rolou na área. A bola sobrou para Duda Sampaio, que bateu no canto da goleira Maryory Sánchez. Aos 41, Duda Santos avançou na esquerda e encontrou Geyse livre, na área, para fazer o terceiro. O quarto gol saiu dois minutos depois, com Duda Santos cobrando pênalti sofrido por ela própria - apesar de a infração da meia Nahomi Martínez ter sido fora da área.

Na volta do intervalo, as brasileiras chegaram ao quinto no primeiro minuto de bola rolando, com Fê Palermo, de cabeça, completando a cobrança de escanteio de Duda Sampaio pela direita. Aos três, Duda Sampaio foi derrubada na área e sofreu pênalti, cobrado e convertido por Adriana (que entrou no lugar de Duda Francelino). Em ritmo bem mais lento, a seleção canarinho se manteve no ataque, mas sem criar muitos lances de perigo.

No outro confronto do Grupo B, a Argentina derrotou a Venezuela por 1 a 0, no Estádio Centenário, em Armenia. O gol da atacante Florencia Bonsegundo, aos 17 minutos da etapa final, valeu às argentinas, com nove pontos, a segunda vaga da chave às semifinais, para encarar a anfitriã Colômbia na segunda-feira (25), às 21h, em Bucaramanga. Às venezuelanas, que estagnaram nos seis pontos, resta a disputa do quinto lugar no domingo (24) diante do Chile, às 21h, novamente em Armenia. O confronto é classificatório para a repescagem da Copa do Mundo.

 

 

 Por Lincoln Chaves - Repórter da EBC

AGÊNCIA BRASIL

PERU - A 10 dias de completar seu primeiro ano de governo, a desaprovação à gestão do presidente do Peru, Pedro Castillo, subiu para 74%, quatro pontos a mais que em junho e a segunda mais alta desde que tomou posse do cargo.

Apenas 20% dos peruanos aprovam o governo Castillo, segundo o levantamento do instituto Ipsos divulgado no domingo (17) pelo jornal El Comercio.

A desaprovação do presidente havia chegado a 76% em abril, o índice mais elevado desde que ele assumiu o poder em 28 de julho de 2021.

"A desaprovação ao governo se dá em todos os aspectos avaliados, especialmente por seu mau desempenho diante da inflação, da delinquência e da pobreza", disse o presidente do Ipsos, Alfredo Torres.

"Sem dúvida, também afetam Castillo as sérias investigações que o envolvem em casos de corrupção", acrescentou.

O Ministério Público peruano investiga o presidente por supostos crimes de tráfico de influência, organização criminosa e conluio agravado por um caso que envolve o seu entorno político e familiar.

Contudo, Castillo não pode ser levado aos tribunais por ter imunidade como chefe de Estado. Seu mandato termina em 2026.

Por sua vez, o Congresso, que tentou destituir Castillo em duas ocasiões, também é rejeitado pelos peruanos, já que 79% desaprovam o desempenho dos parlamentares, segundo o Ipsos.

"A principal razão de desaprovação aos parlamentares é que a maioria percebe que eles apenas se importam com seus interesses pessoais", explicou Torres.

A pesquisa tem margem de erro de 2,8% e entrevistou 1.243 pessoas maiores de idade em diversas cidades do Peru, nos dias 14 e 15 de julho.

 

 

AFP

PERU - O partido marxista-leninista Peru Livre, que levou Pedro Castillo à presidência, será agora de oposição, anunciou na quinta-feira,30, o chefe de sua bancada parlamentar, após pedidos ao presidente para que renuncie à sua militância.

"Definitivamente, não somos uma bancada governista", disse o parlamentar Waldemar Cerrón, líder da bancada e irmão do líder do partido, Vladimir Cerrón. Como expressão dessa nova posição, o parlamentar antecipou que a bancada votará hoje a favor da censura ao ministro do Interior, Dimitri Senmache.

Ele argumentou que o Peru Livre atuará como uma "oposição propositiva", ao contrário da "oposição obstrucionista" dos partidos de direita que dominam o Congresso. "Não seremos uma bancada que estará se opondo por se opor", disse Cerrón.

O anúncio amplia a distância que separa o Peru Livre de Castillo, que se aprofundou na última terça-feira, depois que o partido lhe pediu que renunciasse "irrevogavelmente" à sua militância, sob a ameaça de expulsá-lo.

O grupo ressaltou que Castillo não colocou em prática o programa do partido, nem suas promessas eleitorais, e sim "implementa o programa neoliberal perdedor". Vladimir Cerrón, um médico formado em Cuba, tuitou que a decisão era um "acordo unânime do Partido, Comissão Política e Bancada".

O presidente peruano não respondeu ontem se irá deixar o partido e indicou que sua decisão seria anunciada "nas próximas horas".

O conflito entre o Peru Livre e Castillo ocorre quando uma comissão do Congresso que investiga o presidente por corrupção irá recomendar hoje uma acusação constitucional contra ele, o que pode acarretar um pedido de destituição do cargo, que ocupa há 11 meses.

O Peru Livre acusa Castillo de minar a "unidade e disciplina" partidária, após a divisão da bancada governista em três blocos. O partido conta agora com apenas 16 dos 37 parlamentares que obteve nas eleições de 2021, e se tornou a principal minoria em um Congresso onde nenhum partido tem a maioria.

Castillo, um professor rural de 52 anos, foi candidato presidencial pelo Peru Livre, partido ao qual chegou como "candidato convidado" em setembro de 2020. 

 

 

AFP

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Maio 2024 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
    1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25 26
27 28 29 30 31    
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.