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FRANÇA - A Comissão Europeia aprovou nesta terça-feira um plano de ajuda do governo francês para a Air France, duramente afetada pela queda do tráfego aéreo provocada pela pandemia de covid-19, por um valor de quatro bilhões de euros (4,725 bilhões de dólares).

Em contrapartida à ajuda, a "Air France se compromete a disponibilizar faixas de horários no saturado aeroporto de Paris Orly, onde a companhia francesa "tem um poder de mercado significativo. Estes dispositivos dão a outras companhias concorrentes a possibilidade de ampliar suas atividades neste aeroporto", afirmou em um comunicado a comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, para justificar a aprovação do plano.

No total, 18 faixas de horários serão cedidas a outras companhias, anunciou o ministro francês da Economia, Bruno Le Maire.

Como parte do plano, o Estado francês será autorizado a ter um pouco menos de 30% do capital da Air France, contra 14,3% atualmente, explicou.

A recapitalização da Air France prevê "a conversão em capital híbrido de um empréstimo de três bilhões de euros" concedido em 2020 pelo Estado francês e um aumento de capital de até um bilhão de euros "aberto aos atuais acionistas e ao mercado", afirma um comunicado da Comissão Europeia.

A KLM, sócia holandesa dentro do grupo Air France-KLM, não será beneficiada pela ajuda, segundo a Comissão.

A Air France-KLM anunciou nesta terça-feira que prevê um prejuízo operacional de 1,3 bilhão de euros no primeiro trimestre de 2021.

O CEO do grupo, Benjamin Smith, afirmou que ajuda pública representará "maior estabilidade para seguir adiante quando começar a recuperação".

 

 

*Por: AFP

BRASÍLIA/DF - Cerca de 45,6 milhões de brasileiros começam a receber hoje (6) a nova rodada do auxílio emergencial. O benefício terá parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo da família.

O auxílio será pago a quem recebia o benefício em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos para ter direito à nova rodada.

 

Calendário de pagamento das parcelas do auxílio emergencial.

Calendário de pagamento das parcelas do auxílio emergencial. - Arte/Agência Brasil

 

Calendário de pagamento das parcelas do auxílio emergencial.

Calendário de pagamento das parcelas do auxílio emergencial. - Arte/Agência Brasil

 

Calendário de pagamento das parcelas do auxílio emergencial.

Calendário de pagamento das parcelas do auxílio emergencial. - Arte/Agência Brasil

 

O calendário de pagamentos foi divulgado pelo governo na semana passada. Hoje começam a receber os trabalhadores informais e inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos em janeiro. O dinheiro será depositado nas contas poupança digitais e poderá ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem. Somente de duas a quatro semanas após o depósito, o dinheiro poderá ser sacado em espécie ou transferido para uma conta corrente.

Para os beneficiários do Bolsa Família, o pagamento ocorre de forma distinta. Os inscritos podem sacar diretamente o dinheiro nos dez últimos dias úteis de cada mês, com base no dígito final do Número de Inscrição Social (NIS). O auxílio emergencial somente será pago quando o valor for superior ao benefício do programa social.

A Agência Brasil elaborou um guia de perguntas e respostas sobre o auxílio emergencial. Entre as dúvidas que o beneficiário pode tirar estão os critérios para receber o benefício, a regularização do CPF e os critérios de desempate dentro da mesma família para ter acesso ao auxílio.

 

 

*Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil

 

RIO DE JANEIRO/RJ - A Petrobras deve elevar em 38%, em média, o preço do gás natural vendido a distribuidoras, que atendem os consumidores na ponta. O anúncio ainda será feito pela estatal. Valerá a partir de 1º de maio.

A companhia precisa fazer os reajustes por que isso está estabelecido na sua política de preços. O aumento deve-se, principalmente, à recente valorização das cotações do petróleo no mercado internacional, à taxa de câmbio e ao índice inflacionário IGP-M, associado à parcela de transporte nos contratos.

O produto é um importante insumo para indústrias, termoelétricas e serve de matéria-prima, por exemplo, para produção de fertilizantes.

O repasse ao consumidor depende da legislação de cada Estado. Em alguns casos, os contratos estabelecem reajuste automático. Em outros, o acerto é feito em revisões tarifárias aprovadas pelas agências reguladoras locais.

De qualquer forma, o gás canalizado deve ter um impacto forte sobre a taxa de inflação de maio. Até agora, a Petrobras já reajustou em 2021 a gasolina em 46,2% neste ano. O diesel, em 41,6%. E o gás em botijão em 17%.

 

ASSOCIAÇÃO RECLAMA

A Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado) divulgou nota nesta 2ª feira (5.abr.2021) na qual afirma que a alta será repassada para o consumidor sem que exista “qualquer ganho decorrente desse aumento”.

Segundo a entidade, em média 17% do preço do gás pago pelo consumidor chega às distribuidoras, correspondendo a investimentos em expansão de rede e remuneração pela prestação dos serviços. Outros 59% do valor equivale ao preço da molécula acrescido da tarifa de transporte. Já 24% são tributos federais e estaduais.

“Os aumentos no preço do gás natural não trazem benefícios para as distribuidoras, ao contrário, acabam tirando competitividade do gás natural em relação a outras fontes de energia como a gasolina, óleo combustível, GLP e eletricidade”, diz o comunicado. Leia a íntegra da nota da Abegás (246 KB).

 

BRASIL REINJETA GÁS

O aumento de agora vai na contramão das declarações do ministro Paulo Guedes (Economia). Em 2019, o economista afirmou que faria um “choque de energia barata” com o fim do monopólio da Petrobras, o que, segundo ele, permitiria a queda do valor do gás natural em até 40%.

Na avaliação de Adriano Pires, diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) e articulista do Poder360, é necessário uma maior concorrência na oferta e maiores investimentos no segmento de transporte da cadeia.

Pires diz que a nova Lei do Gás, aprovada pelo Congresso em março, não criou mecanismos para acelerar a multiplicidade de fornecedores. “O que incomoda é que a Petrobras continua sendo a única fornecedora”, declarou. “Quem está aumentando o preço? É a Petrobras. A distribuidora não tem de quem comprar”.

Além disso, o novo marco do gás natural não criou nenhum mecanismo para incentivar a expansão da rede de transporte de uma maneira mais rápida, segundo o especialista.

Atualmente, cerca de metade do gás que sai de poços no país é reinjetada nos poços, pois falta infraestrutura para levar o insumo até o consumidor final.

A construção de gasodutos por conta da iniciativa privada não deslancha, pois é mais vantajoso comercialmente importar gás de outros países –há excesso de oferta; até a Argentina exporta para o Brasil.

 

IMPACTO POLÍTICO

Pires avalia que os constantes aumentos nos preços dos combustíveis (gasolina, diesel e gás) terão um impacto político. Isso exigirá uma maior criatividade do governo para conter reajustes significativos.

“Se o câmbio continuar depreciado e o petróleo subir de preço, daqui a pouco vai ter um gás muito caro mesmo no Brasil, no curto-médio prazo”, afirmou.

“A lei não incentiva o gás de origem nacional. Para incentivá-lo, teria que promover uma maior integração gás-setor elétrico (as térmicas inflexíveis). Como a legislação não fez isso, no curto-médio prazo a oferta de gás no Brasil vai se dar através de gás importado. E a gente vai ficar mais dependente do câmbio e do [petróleo] brent.”

Procurada, a estatal não enviou posicionamento até o fechamento da reportagem.

 

 

*Por: DOUGLAS RODRIGUES / PODER360

EUA - O Google está acelerando os planos de retorno ao trabalho presencial nos Estados Unidos, que antes estava previsto para 1º de setembro de 2021. Os escritórios serão reabertos com capacidade limitada em abril.

De acordo com um e-mail enviado pela diretora de pessoal do Google, Fiona Cicconi, a reabertura dos escritórios irá variar em cada estado, com base no número de casos de covid-19 em cada área.

“Os escritórios começarão a abrir em uma capacidade limitada com base em critérios específicos que incluem aumentos na disponibilidade da vacina e tendências de redução nos casos da covid-19”, escreveu. “Aconselhamos você a tomar uma vacina, embora não seja obrigatório tê-la para que os Googlers retornem ao escritório.”

Até setembro, o trabalho presencial será facultativo. Caso os funcionários queiram continuar a trabalhar remotamente depois de 1º de setembro, precisarão se inscrever por até 12 meses nas “circunstâncias mais excepcionais”. No entanto, a empresa poderia chamar os funcionários de volta ao escritório a qualquer momento.

O Google se prepara para uma ampla reabertura em setembro, quando os funcionários deverão comparecer pessoalmente 3 dias por semana.

A abordagem da empresa é diferente de outras big techs, como Facebook e Twitter, que prometeram permitir a maior parte do trabalho remoto indefinidamente.

“Já faz 1 ano que muitos de nós trabalhamos em casa, e a ideia de voltar ao escritório pode inspirar emoções diferentes”, disse Cicconi. “Nos Estados Unidos, a situação também é mista e devemos continuar vigilantes para evitar uma nova onda do vírus. Também estamos vendo algumas melhorias promissoras em partes do país. Estou feliz em dizer que, no próximo mês, é provável que comecemos a dar as boas-vindas aos Googlers de volta a alguns de nossos escritórios nos Estados Unidos de forma voluntária”.

 

 

*Por: PODER360

SÃO PAULO/SP - Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.358 da Mega-Sena, realizado nesse sábado (3) à noite no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo.

Os números sorteados foram:

05 - 09 - 11 - 16 - 43 - 57.

O próximo concurso, na terça-feira (6), deve pagar R$ 8 milhões.

A quina teve 66 ganhadores e cada um receberá R$ 23.700,03. A quadra teve 3.627 acertadores e pagará o prêmio individual de R$ R$ 616,09.

As apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio nas lotéricas de todo o país ou pela internet, no site da Caixa. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50.

 

 

*Por: Agência Brasil

BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar medidas restritivas adotadas por governadores e prefeitos para conter a disseminação da pandemia de covid-19. Deu as declarações no sábado (3) a jornalistas no Palácio da Alvorada.

Ao comentar sobre o assunto, Bolsonaro citou, com imprecisões, pesquisa realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. Segundo o presidente, “em torno de 20% das pessoas estão comendo mal ou quase não comendo depois da pandemia”.

“A política de lockdown tem efeito colateral muito grave, muito danoso, que é o desemprego. Uma pesquisa do PoderData, se não me engano, agora há pouco, [diz que] em torno de 20% das pessoas estão comendo mal ou quase não comendo depois da pandemia”, disse.

A pesquisa mencionada pelo presidente foi divulgada nessa 5ª feira (1º.abr) e mostrou que 36% dos brasileiros disseram ter passado fome ou comido menos durante a pandemia do novo coronavírus. Essa é a soma do percentual dos que dizem ter deixado de fazer refeições (7%) com o dos que passaram a comer menos do que o de costume (29%) nesse período.

Os que dizem não ter passado fome ou comido menos são 61% (soma dos 17% que afirmam comer mais durante a pandemia, com os 44% que dizem ter “comido como sempre”). A pesquisa nacional PoderData foi realizada de 29 a 31 de março, com 3.500 pessoas, nas 27 unidades da Federação.

“Sabemos da questão do vírus, mas não concordo particularmente com a política do feche tudo e fique em casa. Essas pessoas, em grande parte, não têm como sobreviver ficando em casa. E a fome tem batido forte a porta dessas pessoas”, disse o presidente.

A fala de Bolsonaro no Palácio da Alvorada aconteceu depois de uma visita do presidente à Associação Beneficente Cristã Casa de Maria Beth Myriam, no Itapoã, região administrativa do Distrito Federal. O chefe do Executivo despistou a imprensa para visitar o local.

“Estou aqui na comunidade Itapõa I, conversando com a população. Parei aqui na Casa de Maria Beth Myriam, conversando com as senhoras que estão fazendo um sopão e que distribuem para a população. Elas têm me dito que é impressionante o número de crianças que vêm receber sopa aqui. No passado, era uma média de 40 pessoas diariamente e vem crescendo na pandemia, em torno de 130 pessoas vêm receber a sopa”, disse em transmissão ao vivo feita em sua página no Facebook.

O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, visitou a comunidade com Bolsonaro. Ambos tomaram a sopa preparada pela associação cristã.

Nas visitas de Bolsonaro às regiões carentes o presidente reforça as críticas que tem feito a medidas restritivas de circulação. O mandatário afirma que a situação econômica deficitária dessas regiões é resultado direto das políticas adotas por governadores e prefeitos que buscam conter o alastramento da pandemia de covid-19.

 

 

*Por: MURILO FAGUNDES / PODER360

CABO VERDE - O Fundo Monetário Internacional (FMI) admitiu que o "choque" económico da Covid-19 em Cabo Verde "foi mais forte do que o previsto", mas que as medidas de apoio tomadas pelas autoridades cabo-verdianas ajudaram a "conter o impacto".

Num relatório, o FMI alerta para as "incertezas" sobre a duração da pandemia, que continuam a pesar sobre a economia do arquipélago, dependente da retoma do turismo, que ameaça a recuperação económica esperada em 2021.

"O choque da Covid-19 foi mais forte do que o previsto e as perspetivas económicas estão sujeitas a incertezas e riscos de revisão em baixa. Embora as medidas de apoio tomadas pelas autoridades tenham ajudado a conter o impacto do choque, a contração em 2020 foi significativa", diz o relatório.

O FMI estimava uma recessão económica equivalente a 6,8% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde em 2020, previsão revista agora para 14%, em larga medida pelo impacto da ausência de turismo desde março, num setor que garante 25% do PIB do arquipélago.

 

Turismo suspenso na ilha da Boa Vista

As autoridades da ilha cabo-verdiana da Boa Vista suspenderam temporariamente, a partir de sábado (03/04), todas as atividades desportivas, culturais e de lazer que promovam aglomerações face ao aumento de casos de Covid-19.

A Câmara Municipal da Boa Vista justifica que a situação epidemiológica atual "requer o reforço das medidas de prevenção e o cumprimento rigoroso de todas as recomendações sanitárias".

"As autoridades apelam à compreensão dos atletas, clubes, associações, agentes desportivos, músicos, artistas interpretes, promotores e agentes culturais e de toda a população", lê-se no comunicado da autarquia da Boa Vista, onde em 19 de março de 2020 foi registado o primeiro caso confirmado de Covid-19 no arquipélago.

Na sexta-feira (02/04), as autoridades de Cabo Verde começaram a reforçar a fiscalização do cumprimento das medidas de prevenção à Covid-19, como aglomerações nas praias ou festas privadas.

 

 

*Agência Lusa, kg

*DW

BRASÍLIA /DF - No centro da polêmica do Orçamento de 2021 aprovado pelo Congresso, as despesas com o pagamento de benefícios da Previdência fecharam março dentro das projeções da equipe econômica. O resultado sinaliza que é incerto considerar no Orçamento que os gastos das contas da Previdência ficarão menores do que o previsto pelo governo.

O Orçamento foi aprovado com o cancelamento de R$ 13,5 bilhões de despesas da Previdência para acomodar um número maior de emendas parlamentares. As previsões de gastos foram subestimadas porque o próprio Ministério da Economia projetou a necessidade de elevar em mais R$ 8,4 bilhões as despesas com benefícios previdenciários por causa do impacto do salário mínimo de R$ 1,1 mil nos benefícios (a previsão anterior considerava R$ 1.067).

Essa manobra contábil está sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU) depois que um grupo de parlamentares protocolou representação para que a Corte de Contas analise a contabilidade usada.

Os dados apontam que, no mês passado, as despesas foram de R$ 54,53 bilhões, ligeiramente acima da projeção de R$ 54,52 bilhões. O resultado de março quebra uma sequência de dois meses em que as despesas com a Previdência Social vieram abaixo do previsto – R$ 1,2 bilhão em janeiro e R$ 1,6 bilhão em fevereiro.

Pela suas redes sociais, o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comentou os dados.

“Fica claro que o resultado da Previdência no mês de março vai aumentar as dificuldades do governo no cumprimento do teto de gastos, caso o orçamento aprovado no Congresso seja sancionado pelo Executivo”, disse. Maia é um dos autores da representação no TCU e tem defendido que o Orçamento não pode ser sancionado como está.

 

 

*Por: Adriana Fernandes / ESTADÃO

EUA - A Taurus Armas, maior fabricante de armas leves do Brasil e da América Latina, pode expandir a operação nos Estados Unidos para atender ao mercado brasileiro. A informação é do presidente da empresa, Salesio Nuhs, em entrevista ao Poder360.

“Se nada mudar no Brasil, a gente deve fazer [mais armas] nos EUA”, afirma, explicando que o maior obstáculo da empresa é a questão regulatória no país, “maior que a tributária”. Em 2020, 74% das armas da Taurus foram produzidas em território brasileiro, mesmo patamar que os 2 anos anteriores.

“Para lançar o produto no Brasil, você precisa passar por um órgão de homologação que demora. Se não tiver nada na fila, são 2 anos [de espera]. Como eu tenho 378 produtos na fila, se você fizer uma matemática e dividir por uma média de homologações anual, eu tenho 40 anos de produtos na fila.”

A empresa já mudou duas linhas de produção de pistolas que foram desenhadas e desenvolvidas no Brasil para sua fábrica no Estado da Geórgia, nos Estados Unidos, “para fugir dessa questão burocrática”. Salesio disse ainda que pretende fazer um lançamento simultâneo no Brasil e nos EUA, e que isso só será possível devido à medida.

Por mais que a Taurus tenha uma relação próxima ao governo e às Forças Armadas, com reuniões junto à Casa Civil do governo Bolsonaro, a fala do CEO revela a dificuldade da empresa em avançar nas homologações do Centro de Avaliações do Exército, aonde são produzidos os RETEx (Relatório Técnico Experimental) dos produtos.

Segundo Salesio, os encontros com o governo são para discutir primordialmente “a questão regulatória”, além de reuniões com o Ministério da Defesa para o desenvolvimento dos produtos.

O mercado policial e militar brasileiro ser dominado por empresas estrangeiras de armas não interfere nos resultados da Taurus, avalia o CEO da empresa Salesio Nuhs.

 

TAURUS NO MERCADO BRASILEIRO E ESTRANGEIRO

A empresa produziu um recorde 1,6 milhão de armas em 2020 –alta de 25% em relação a 2019. O número acompanhou um resultado de patrimônio líquido de R$ 263 milhões de reais no ano, segundo o balanço da divulgado pela empresa (íntegra – 2 MB). O crescimento foi de 507% em relação a 2019. “Passamos a ser uma empresa agressiva nos EUA. Todos esses recordes são resultado da reestruturação e de entendimento de mercado”, disse o CEO da companhia.

Em relação ao volume de vendas, o mercado brasileiro representa apenas 15% na compra de armas. O restante vai para o mercado civil norte-americano, alvo principal da empresa. “O mercado civil é o mercado mais estável”, explica, dizendo que contratos nos mercados policiais e militares dependem de licitações. “É [um mercado] binário, ou você ganha ou você perde. Nós estruturamos a companhia em cima do mercado civil e agregamos essas licitações que participamos no mundo inteiro.”

A empresa é líder absoluta no setor dentro do Brasil, sem muita concorrência. Há apenas a estatal Imbel (Indústria Brasileira de Material Bélico), cujo foco é na distribuição de armas para as Forças Armadas. As importações de pistolas e rifles são liberadas no país, mas acabam saindo muito mais caras que os produtos do Taurus.

O CEO afirma que isso se deve “a essa questão tributária e regulatória”. Diz que são 70% de impostos sobre os produtos no país, fora a espera pela homologação. “Ninguém vem se submeter”.

 

POLÊMICA E REESTRUTURAÇÃO

Há alguns anos, a Taurus foi alvo constante de pedidos de CPIs e críticas por fabricar armas defeituosas. A fabricação da pistola 24/7, calibre .40, foi o que teve mais repercussão. A arma, que utiliza um sistema de acionamento de tiro híbrido, que foi patenteado pela austríaca Glock, foi vendida às forças policiais militares de todo o país.

Os trabalhadores da segurança pública então passaram a relatar casos em que a arma disparava sozinha, sem uso do gatilho, além de travamentos e acidentes –muitos fatais. Alguns lotes de pistolas e submetralhadoras ficaram encaixotados em batalhões das polícias, sem uso.

“A Taurus no passado cometeu alguns erros. Evidentemente que tiveram consequências. Essa gestão sempre se preocupou em resolver os problemas do passado. Fizemos revisões preventivas em todas as armas, seja das policiais, seja do cidadão civil, desde que ele mostrasse interesse.”

A polêmica abriu espaço para empresas estrangeiras embarcarem nos contratos com as polícias do Brasil. Recentemente, a concorrente austríaca levou algumas licitações, como no caso da Polícia Civil do Estado de São Paulo, que fechou contrato de US$ 12 milhões com a empresa europeia para a compra de 4 mil pistolas.

Indagado sobre se isso afeta os números da empresa, o CEO disse que não há impacto: “Não afeta o resultado da Taurus (…) no ponto de vista do negócio, de resultados”. Salesio explica que as licitações para compra de 2 mil armas, 3 mil armas não acabam interferindo, exemplificando que a produção da Taurus no 4º trimestre de 2020 foi 8,2 mil armas por dia.

Os problemas atravessaram o país para o maior mercado de armas do mundo, nos EUA. A empresa foi processada também no país e optou por um acordo de US$ 30 milhões para encerrar uma ação coletiva, movida contra 3 empresas do grupo, incluindo a matriz estrangeira.

Salesio atribuiu o problema à gestão passada e disse que o acordo fez parte da nova administração, para “acabar com esse passivo todo”. O CEO defende que a empresa reconquistou a credibilidade dos norte-americanos, com recordes nas vendas.

“Hoje o Brasil é o maior exportador de armas leves para os EUA. Antes era a Áustria. a Taurus é a 1ª opção de importação para os americanos, somos a 4ª marca mais vendida no país.”

Assista à entrevista de Salesio Nuhs ao Poder360.

 

 

*Por: Pedro Pligher / PODER360

WASHINGTON - Os empregadores dos EUA provavelmente aumentaram as contratações em março em meio ao aumento das vacinações e mais verbas do governo para alívio da pandemia, o que cimentaria as expectativas de um boom que poderia impulsionar o crescimento econômico deste ano para o mais forte desde 1984.

O relatório de empregos do Departamento de Trabalho, na sexta-feira, também deve mostrar que as pessoas, principalmente mulheres, estão voltando ao mercado de trabalho, atraídas pelas perspectivas econômicas cada vez melhores. Mas o mercado de trabalho ainda não está em perigo, com o déficit de empregos ainda enorme e o desemprego de longa duração se consolidando.

“A economia está pegando fogo, alimentada por vacinas e estímulos governamentais”, disse Sung Won Sohn, professor de finanças e economia da Loyola Marymount University em Los Angeles. “Todas as estrelas estão alinhadas para nos surpreender do lado positivo.”

As folhas de pagamento não-agrícolas provavelmente aumentaram em 647.000 empregos no mês passado, após um aumento de 379.000 em fevereiro, de acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas. Esse seria o maior ganho desde outubro. As estimativas variam de 115.000 a 1,1 milhão de empregos.

O relatório de sexta-feira marca um aniversário doloroso para o mercado de trabalho. O relatório de emprego de março de 2020 foi o primeiro a refletir o fechamento obrigatório de negócios não essenciais, como restaurantes, bares e academias, para retardar o início da pandemia COVID-19 que acaba de surgir. Quase 1,7 milhão de empregos foram perdidos naquele mês e outros 20,7 milhões desapareceriam no próximo.

Mesmo que os ganhos de emprego de março de 2021 cheguem conforme as estimativas, isso deixaria o mercado de trabalho com cerca de 8,8 milhões de empregos tímidos de seu pico em fevereiro de 2020. Economistas estimam que poderia levar pelo menos dois anos para recuperar os mais de 22 milhões de empregos perdidos durante a pandemia.

Até a manhã de terça-feira, os Estados Unidos administraram 147,6 milhões de doses de vacinas COVID-19 no país e distribuíram 189,5 milhões de doses, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. O enorme pacote de ajuda à pandemia de US $ 1,9 trilhão da Casa Branca, aprovado em março, está enviando cheques adicionais de US $ 1.400 para famílias qualificadas e novos recursos para empresas.

Isso levou a uma melhora significativa nas condições do mercado de trabalho no mês passado. Os relatórios desta semana mostraram que uma medida de emprego nas fábricas saltou em março para o nível mais alto desde fevereiro de 2018, enquanto as demissões anunciadas por empresas americanas foram as menores em mais de 2 anos e meio.

As pequenas empresas também relataram a contratação de mais trabalhadores e a medida do Conference Board de emprego doméstico se recuperou após três reduções mensais consecutivas.

Os ganhos com empregos no mês passado foram provavelmente liderados pela indústria de lazer e hospitalidade, que suportou o impacto da pandemia. Espera-se um forte aumento nas contratações nas fábricas e também nos canteiros de obras, depois de ter sido reprimido por um clima frio fora da estação em fevereiro.

 

DEMANDA REPRIMIDA

Os economistas esperam que o crescimento do emprego seja em média de pelo menos 700.000 por mês no segundo e terceiro trimestres. Isso, combinado com o estímulo fiscal e cerca de US $ 19 trilhões em excesso de poupança acumulado pelas famílias durante a pandemia, deve desencadear uma poderosa onda de demanda reprimida.

As estimativas do produto interno bruto do primeiro trimestre chegam a uma taxa anualizada de 10,0%. A economia cresceu 4,3% no quarto trimestre. O crescimento neste ano pode chegar a 7%, o que seria o mais rápido desde 1984. A economia contraiu 3,5% em 2020, o pior desempenho em 74 anos.

“As contratações devem aumentar substancialmente, já que os casos COVID devem continuar recuando, a economia reabre mais plenamente quando a imunidade do rebanho for alcançada e os benefícios do estímulo fiscal, em parte, alimentam a liberação da demanda reprimida”, disse Sam Bullard, economista sênior da Wells Fargo Securities em Charlotte, Carolina do Norte.

O forte crescimento do emprego provavelmente derrubou a taxa de desemprego, que deve cair de 6,2% em fevereiro para 6,0%. A taxa de desemprego foi subestimada por pessoas que se classificam erroneamente como "empregadas, mas ausentes do trabalho".

O retorno antecipado de mais pessoas à força de trabalho pode até aumentar a taxa de desemprego. A taxa de participação na força de trabalho, ou a proporção de americanos em idade produtiva que têm um emprego ou estão procurando por um, deverá ter subido em relação às baixas de quase 50 anos. Mais de 4 milhões de trabalhadores, mais da metade deles mulheres, abandonaram a força de trabalho desde fevereiro de 2020.

“À medida que mais escolas aumentam o ensino presencial, podemos ver mais recuperação na participação das mulheres na força de trabalho, talvez o suficiente para aumentar a taxa de desemprego das mulheres conforme elas começam a procurar novos empregos”, disse Erica Groshen, consultora econômica sênior da Cornell University's School de Relações Industriais e Laborais.

A proporção de americanos desempregados de longa duração provavelmente permaneceu elevada em março, levando a uma erosão de habilidades que pode tornar mais difícil para muitos encontrar empregos com melhor remuneração. Pelo menos 18,2 milhões de americanos estavam recebendo cheques de desemprego em meados de março.

“O resultado é uma cicatriz na força de trabalho que será difícil de superar”, disse Joe Brusuelas, economista-chefe da RSM em Nova York. “Estudos mostram que o tempo que uma pessoa fica sem trabalho afeta a probabilidade de ela voltar a trabalhar.”

 

 

*Reportagem de Lucia Mutikani / REUTERS

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