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RIO DE JANEIRO/RJ - A técnica da seleção brasileira de futebol feminino, Pia Sundhage, convocou na terça-feira (31) as jogadoras para os amistosos contra a Argentina. Os jogos serão disputados em período de data Fifa, nos dias 18 e 21 de setembro, respectivamente nas cidades paraibanas de João Pessoa e Campina Grande.

Na avaliação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), os Jogos Olímpicos encerraram um ciclo na seleção feminina. Na competição, o Brasil foi eliminado nas quartas de final da Olimpíada de Tóquio, em uma derrota nos pênaltis para o Canadá.

Para esse novo ciclo Pia convocou seis jogadoras pela primeira vez: a goleira Lorena (Grêmio), as defensoras Katrine (Palmeiras), Yasmin (Corinthians), Lauren (São Paulo), Bruninha (Santos), além da meia Thaís (Palmeiras). Destas, apenas Yasmin já havia vestido a camisa da seleção, antes de a sueca assumir o comando. Por outro lado, a goleira Bárbara, titular da seleção por vários anos, ficou de fora da lista. Já a meio-campista Marta, outro nome há anos na seleção, foi convocada.

Jogadores convocadas para a seleção:

Goleiras:

Aline Reis - UD Granadilla Tenerife (Espanha)

Letícia - Benfica (Portugal)

Lorena - Grêmio

 

Defensoras:

Tamires - Corinthians

Yasmin - Corinthians

Katrine - Palmeiras

Antonia - Madrid C.F.F

Daiane - Madrid C.F.F

Erika - Corinthians

Bruninha - Santos

Lauren - São Paulo

 

Meio-campistas:

Duda - São Paulo

Thaís - Palmeiras

Ary Borges - Palmeiras

Angelina - O.L Reign (Estados Unidos)

Marta - Orlando Pride (Estados Unidos)

Andressinha - Corinthians

Ivana Fuso - Manchester United (Inglaterra)

 

Atacantes:

Kerolin - Madrid C.F.F

Debinha - North Carolina Courage (Estados Unidos)

Geyse - Madrid CFF (Espanha)

Ludmila - Atlético de Madrid (Espanha)

Nycole Raysla - Benfica (Portugal)

 

 

*Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil

ARGENTINA - Milhares de argentinos saíram às ruas de Buenos Aires no último sábado (7) em protesto contra a falta de empregos e a pobreza, em um país que sofre há anos com a crise econômica, intensificada pela pandemia de coronavírus.

Organizações de desempregados e grupos de esquerda encabeçaram o protesto que começou em uma igreja a oeste da capital argentina, para onde peregrinam anualmente milhares de pessoas para pedir por emprego no santuário de San Cayetano - patrono local do trabalho -, terminando na Praça de Maio, em frente à sede do governo.

"Venho pedir pelas pessoas que não têm trabalho: meu irmão não tem, meus vizinhos ficaram sem trabalho e muita gente que vemos que está mal de todas as formas", disse Néstor Pluis, auxiliar escolar de 41 anos.

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A Argentina busca crescer 7% em 2021 para deixar para trás uma recessão com inflação alta iniciada em 2018, que foi agravada pela quarentena decretada com a pandemia de covid-19. A crise deixou 42% da população na pobreza, com uma taxa de desemprego de 10,2%.

 

 

*Por Nicolás Misculin e Miguel Lo Bianco - da agência Reuters

ARGENTINA - O governo argentino prorrogou as restrições que limitam o regresso dos seus cidadãos, apesar de ter aumentado o número de entradas diárias, levando as companhias aéreas a avaliarem as operações no país.

Desde o dia 28 de junho, apenas 600 argentinos e residentes podem entrar no país diariamente pela única porta aberta, o Aeroporto Internacional de Buenos Aires. Esse número será elevado a mil até, pelo menos, 6 de agosto, mas de forma gradual.

"Foram estabelecidas as seguintes cotas semanais para voos de passageiros: 5.200 lugares até 16 de julho, 6.300 lugares até o dia 17 e 7 mil lugares até 6 de agosto", diz o texto da Decisão Administrativa publicado na sexta-feira (9).

A medida permite o regresso de 742 pessoas por dia na primeira semana, de 900 na segunda e de mil a partir da terceira semana.

Existem cerca de 25 mil argentinos retidos no exterior, número que deve aumentar progressivamente a cada dia, devido às medidas de controle fronteiriço impostas pelo governo, sob o argumento de conter a chegada ao país da variante Delta.

A quantidade de pessoas com permissão para entrar é equivalente a uma média de três a quatro aviões diários. Nos últimos quatro meses, mais de 45 mil argentinos viajaram ao exterior, sobretudo aos Estados Unidos, para se vacinarem.

"A Argentina é o único país do mundo a restringir a volta dos seus próprios cidadãos. O setor aéreo avalia se é viável operar num país que não está agindo de forma transparente e previsível ao mudar as regras do jogo a cada duas semanas", adverte Peter Cerdá, vice-presidente regional para as Américas da Associação de Transporte Aéreo Internacional (Iata na sigla em inglês).

"Aqueles que regressarem do exterior estarão obrigados a se isolarem em lugares que os governos provinciais determinarem durante dez dias, a serem contados a partir do teste realizado no país de origem. As estadias nos locais de isolamento serão pagas pelo passageiro", diz a decisão.

"Serão controlados aqueles que regressarem de viagem para cumprir o isolamento nos seus domicílios. Em caso de não cumprimento, por violação das medidas contra epidemias e por desobediência à autoridade públic, serão aplicadas penas prisão de seis meses a dois anos e de 15 dias a um ano, respectivamente", alerta o governo.

 

 

*Por RTP

RIO DE JANEIRO/RJ - Pela primeira vez desde 1993, a seleção principal da Argentina conquistou um título. E foi em grande estilo. Na final da Copa América, em pleno Maracanã, Messi e companhia derrotaram o Brasil por 1 a 0 e encerraram um jejum que atravessou gerações. O gol de Di Maria possibilitou aos argentinos conquistarem o seu 15º troféu na competição, igualando-se ao Uruguai como maior vencedor na história.

 

O lance crucial da partida aconteceu aos 21 minutos da primeira etapa. De Paul fez longo lançamento pela direita. Renan Lodi aparentemente tinha a situação sob controle, mas errou o tempo para cortar a bola, que ficou limpa para Di Maria. Ele entrou na área e com um toque encobriu o goleiro Ederson.

Pouco inspirado, o Brasil só foi encontrar um melhor futebol e melhores chances na segunda etapa. Richarlison, em jogada pela direita, chegou a marcar, mas foi identificado impedimento do atacante no início da jogada.

Na reta final, Gabriel Barbosa, uma das várias substituições do técnico Tite, pegou uma sobra de levantamento pela esquerda e chutou forte, mas o goleiro Martinez colocou para escanteio.

A Argentina também teve a chance de matar o jogo, mas o craque Lionel Messi, ao receber dentro da área, de cara para o gol, se enrolou tentando driblar o goleiro Ederson.

O lance desperdiçado acabou não fazendo falta, já que pouco depois a Argentina confirmou o triunfo e um título histórico, muito comemorado pelos atletas em campo e pelos torcedores argentinos que compareceram ao Maracanã (a prefeitura do Rio liberou a presença de 10% de público).

A seleção argentina voltou a comemorar um título com sua equipe profissional (foi campeã olímpica em 2004 e 2008) depois de 28 anos. A última conquista havia sido justamente em uma Copa América, em 1993, quando derrotou o México na decisão da edição sediada pelo Equador.

Para Messi, o triunfo no Maracanã representou o primeiro troféu pelo país, depois de derrotas nas finais das Copas Américas de 2007, 2015 e 2016 e também na decisão da Copa do Mundo de 2014, curiosamente disputada também no estádio carioca.

 

 

Por Igor Santos - Repórter da Tv Brasil

*AGÊNCIA BRASIL

BRASÍLIA/DF - A Argentina garantiu vaga na decisão da Copa América após derrotar a Colômbia por 3 a 2 na disputa de pênaltis, após empate em 1 a 1 nos 90 minutos, em partida realizada na terça-feira (6) no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Assim, os argentinos farão a grande decisão da competição com o Brasil, no próximo sábado (10), a partir das 21h (horário de Brasília), no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

Com a bola rolando, a Argentina consegue abrir o placar logo aos 6 minutos, quando Messi recebe bola enfiada dentro da área, se livra de um adversário e cruza para o meio, onde Lautaro Martínez chega batendo de primeira para superar Ospina.

Porém, a Colômbia melhora na partida e consegue igualar o marcador na etapa final. Aos 15 minutos Luis Díaz recebe na ponta esquerda, parte em velocidade e dá um toque para se livrar de Ospina. Como a igualdade permaneceu até o final dos 90 minutos a vaga na decisão foi definida na disputa de pênaltis.

E nos pênaltis, o goleiro argentino Emiliano Martínez brilhou, defendendo as cobranças de Davinson Sánchez, Mina e Cardona para garantir a classificação argentina.

 

 

*Por Agência Brasil

ARGENTINA - O Parlamento argentino aprovou lei que obriga o Estado a reservar pelo menos 1% das vagas na administração pública para travestis, transexuais e transgêneros e cria incentivos fiscais para que empresas privadas sigam o mesmo caminho.

A denominada "lei trans" de inclusão laboral, que cria um sistema de cotas obrigatórias para o coletivo trans (travestis, transsexuais e transgêneros), foi aprovada pelo Senado, depois de ter passado pela Câmara de Deputados, com 55 votos a favor, apenas um voto contra e seis abstenções.

Mais do que discutir cotas laborais para travestis, transexuais e transgêneros, a lei define que esse coletivo começará a ter direitos humanos. A medida visa a compensar tanta dor e tanto desamparo durante décadas", resumiu a senadora Norma Durango, uma das apoiadoras das novas regras para as contratações na administração pública.

Críticos do projeto questionaram o fato de o Estado não promover as contratações por capacidade e competência e a prioridade do tema numa agenda pública, que devia passar pelas urgências sanitárias e econômicas do país.

"Talvez este não seja o momento adequado, mas quando foi? Quanto tempo mais será necessário esperar para que essas pessoas tenham uma vida digna?", questionou Durango.

"O objetivo da lei é que essa população possa melhorar a qualidade de vida", acrescentou o senador Carlos Lovera.

Durante a jornada legislativa com discursos emocionados, os senadores destacaram que a esperança de vida para as pessoas trans é de 40 anos e apenas uma em cada dez pessoas têm um trabalho legítimo.

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"Hoje começamos a escrever outro capítulo da história. O nosso coletivo poderá ter emprego formal e decente. E poderá também transformar uma sociedade que, historicamente, associou e confinou os travestis à prostituição e à criminalidade", congratulou-se a presidente da Convocação Federal Trans Travesti, Claudia Vásquez Haro.

A nova lei, além de criar um patamar mínimo de 1% de vagas para pessoas trans, considera os fatores sociais de vulnerabilidade para esse segmento.

A nova legislação também indica que antecedentes "penais irrelevantes" não poderão ser impedimentos para a contratação e que a cota trans terá prioridade nas contratações do Estado.

Por outro lado, a lei cria ferramentas para incentivar o setor privado a contratar funcionários trans. As contribuições patronais geradas com a contratação de pessoas trans poderão ser deduzidas nos impostos. Além disso, por meio da banca pública, o Estado vai conceder créditos a taxas subsidiadas para empresas que contratarem travestis, transexuais e transgêneros.

 

 

*Por RTP

ARGENTINA - O papa Francisco, natural de Buenos Aires, gosta de fazer piadas sobre a fama que os argentinos costumam ter de serem presunçosos. Em 2015 ele disse ao então presidente do Equador, Rafael Correa, que seus compatriotas ficaram surpresos por ele não ter escolhido Jesus II como seu nome pontifício. Ele falou a um jornalista mexicano sobre a forma de suicídio preferida pelos argentinos: “Sobem ao topo de seu ego e se lançam dali”. É uma forma de rir de si mesmo. Já no caso do presidente Alberto Fernández, é outra coisa: ele parece empenhado em se tornar o protagonista de uma piada sobre argentinos. Com um efeito irritante para o restante da América Latina

Fernández conseguiu obscurecer a breve visita a Buenos Aires do presidente do Governo (primeiro-ministro) espanhol, Pedro Sánchez, a primeira de um líder europeu desde o início da pandemia, com uma frase tirada de uma canção de Litto Nebbia que ele erroneamente atribuiu a Octavio Paz: “Os mexicanos vieram dos índios, os brasileiros saíram da selva, mas nós, os argentinos, chegamos de barco. Eram barcos que vinham da Europa “. A frase original do mexicano Octavio Paz, que Jorge Luis Borges repetia com frequência, era bem mais irônica: “Os mexicanos descendem dos astecas; os peruanos, dos incas, e os argentinos, dos barcos”.

São compreensíveis as queixas, bem como as piadas, que proliferam por toda a América Latina com base na frase do presidente argentino, que imediatamente pediu desculpas a quem tiver se sentido ofendido. Na Argentina não se fala de outra coisa. Pode-se supor que a pequena frase assombrará a diplomacia do país por muitos anos. Também não é a primeira vez que Alberto Fernández se comporta como um argentino de piada. Em 14 de dezembro, diante de um grupo de cientistas locais, ele proferiu outra frase inesquecível: “Somos, em certa medida, a inveja do mundo”.

A ironia subjacente é que sob o comando de Alberto Fernández a Argentina tem pouco de invejável. Já é um dos países com mais mortes por covid-19 —com 83.000— e está com os hospitais à beira da saturação, mas continua se recusando a receber vacinas norte-americanas (Moderna, Janssen e, sobretudo, Pfizer), o que o impedirá de ter acesso à parte que lhe caberia das 500 milhões de doses que o Governo de Washington vai doar. Nem poderá receber sua parte total dos 20 milhões de doses que a Espanha doará no próximo ano, a menos que sejam todas da AstraZeneca. Os parlamentares governistas decidiram manter na lei de imunização o parágrafo que permite levar as empresas farmacêuticas à Justiça em caso de “negligência”, um impedimento à aquisição de doses dos Estados Unidos, porque essas vacinas, segundo a deputada peronista Cecilia Moreau, “não são necessárias”.

A gestão da economia, com a inflação em disparada (os preços subiram 17,6% desde janeiro) e as negociações com o FMI em ponto morto pelo menos até as eleições gerais de outubro, é altamente discutível. De acordo com a organização católica Caritas, o país vive uma “crise sanitária, social e econômica sem precedentes”, com 75% dos menores de idade da região metropolitana de Buenos Aires mergulhados na pobreza. A Caritas afirma que de cada quatro crianças na Grande Buenos Aires, apenas uma come todos os dias.

Nesse contexto, o Governo de Fernández se viu obrigado a retificar a lei sobre monotributos (imposto simplificado) que, por ter efeito retroativo, deixou como devedores aqueles que haviam pago na época certa. Meses de debates no Congresso deram em nada e é preciso recomeçar. O descontentamento com a mancada no monotributo coincide com o aumento de 40% no salário dos parlamentares e funcionários que as duas casas do Congresso concederam a si mesmos, após um ano trabalhando em ritmo reduzido por causa da pandemia.

 

 

*Por: Enric González / EL PAÍS

ARGENTINA - O fim da produção do Ford EcoSport na fábrica brasileira de Camaçari (BA) não representou o fim do modelo em outros mercados da América do Sul. Recentemente, a filial argentina reformulou a gama de versões e motorizações do SUV compacto.

Agora, o país vizinho recebe o Ford EcoSport produzido na fábrica de Chennai (Índia), de onde é exportado também para o mercado europeu. Apesar da tributação de 35% pelo fato de ser um carro importado (algo que não acontecia com o Ford feito no Brasil), o site Argentina Autoblog destaca que os reajustes médios foram de 5%, com os preços partindo de 2.195.000 pesos (R$ 119.700).

Sem as versões equipadas com o motor 2.0 com injeção direta de 170 cv e tração 4×4, o Eco indiano está disponível na Argentina nas versões SE e Titanium, todas com o propulsor 1.5 de três cilindros e 123 cv que também equipava o SUV feito na Bahia. Além do câmbio manual de cinco marchas, há ainda a opção da transmissão automática de seis marchas.

Em termos de equipamentos, não há grandes variações entre o Ford EcoSport brasileiro e o indiano. Na versão de entrada, o modelo está disponível com ar-condicionado, rodas de liga leve, controles eletrônicos de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, airbags laterais e de cortina e sistema multimídia Sync 3.

 

 

*Por: MOTOR SHOW

PARAGUAI - A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou neste domingo (30) que suspendeu a realização da Copa América de 2021 na Argentina. Em publicação no Twitter, o perfil oficial da entidade disse que "analisa a oferta de ouros países que mostraram interesse em abrigar o torneio continental" e que a decisão foi tomada "em atenção às circunstâncias presentes".

Por "circunstâncias presentes", leia-se agravamento da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Na última quinta-feira (27), segundo o governo da Argentina, foi registrado um recorde de 41.080 novos casos diários no país. Ainda no domingo (30), horas antes do anúncio da Conmebol, o ministro do Interior, Wado de Pedro disse no Twitter, que considerando "a situação sanitária de todas as jurisdições, em particular as de Buenos Aires, Tucumán, Mendoza, Córdoba e Santa Fe", seria "muito difícil" ter a Copa América em território argentino.

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Segundo o Ministério da Saúde da Argentina, o país está com 76,5% dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) ocupados. Desde o início da pandemia, em março do ano passado, são 3.753.609 casos e 77.456 mortes pelo novo coronavírus.

Inicialmente, a Copa América seria realizada, de forma conjunta, por Argentina e Colômbia. Este último foi retirado da organização por conta da onda de protestos sociais no país. Caso a Conmebol encontre uma nova sede e mantenha o calendário inicial, a competição deverá começar em 13 de junho. Vale lembrar que, por consequência da covid-19, Austrália e Catar, que disputariam o torneio como convidados, declinaram da participação.

 

 

Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional

*Agêcnia Brasil

BUENOS AIRES - Os preços da carne bovina estão em disparada em todo o mundo, tirando a proteína dos cardápios de Buenos Aires cidade conhecida por seu amor ao bife – e prejudicando os churrascos de verão nos Estados Unidos, em meio a um aumento das importações pela China e à alta nos custos da ração animal.

Globalmente, o salto nas cotações está contribuindo para que os preços dos alimentos atinjam o maior nível desde 2014, segundo a agência das Nações Unidas para o setor. O movimento afeta especialmente os consumidores mais pobres, que lutam para se recuperar das paralisações econômicas causadas pela pandemia de Covid-19.

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A alta nos preços da carne bovina tem sido desencadeada pelo aumento na demanda chinesa, pela oferta limitada de gado em alguns países, por uma escassez de mão-de-obra nos frigoríficos e pelo salto nos custos com ração. A tendência está começando a sacudir os mercados fornecedores e a impactar políticas para o setor.

Em 17 de maio, a Argentina, segunda maior fornecedora de carne bovina da China – atrás apenas do Brasil -, interrompeu seus embarques por um mês para tentar conter o aumento da inflação. O país culpou a demanda asiática pela redução das ofertas, que fez com que os preços domésticos subissem.

“O preço da carne subiu muito, é uma loucura”, afirmou Fernanda Alvarenga, 38 anos, funcionária administrativa em Buenos Aires.

Ela disse ter reduzido o consumo doméstico de carne a apenas um dia por semana, ao invés de uma vez a cada dois dias. Ela também começou a preparar milanesa, um prato popular de carne empanada, com cortes mais baratos.

“Custa algo em torno de 4 mil a 5 mil pesos (US$ 42 a US$ 53) por mês para comprar carne. Antes, com a mesma quantia você conseguia comprar muito mais.”

Os preços da carne bovina na Argentina, onde o consumo da proteína é visto como um direito humano básico e as zonas rurais são lotadas de ranchos, dispararam mais de 60% em um ano. O consumo per capita despencou, atingindo uma mínima de 100 anos em abril, segundo relatório de uma câmara do setor de carnes.

Memes compartilhados em grupos de WhatsApp lamentam como a carne bovina se tornou inacessível. Entre eles, estão piadas de que a pandemia levou as pessoas a comer polenta, em vez de carne – uma crítica irônica aos esforços do governo para alimentação durante a pandemia.

APETITE CHINÊS

Nos primeiros meses de 2021, a China importou 178.482 toneladas de carne bovina da Argentina, ante 152.776 toneladas em igual período do ano passado, de acordo com dados da Administração Geral de Alfândegas do país asiático.

A maioria das importações são de animais mais velhos que não são consumidos internamente, segundo a câmara do setor de carnes da Argentina, que se opõe à proibição governamental aos embarques do país. Em protesto contra a medida, produtores interromperam o comércio local de animais.

A China aumentou as importações de carne após um surto de peste suína africana dizimar seu rebanho de porcos a partir de 2018. Mais recentemente, Pequim suspendeu algumas importações de carne bovina provenientes da Austrália, sua terceira maior fornecedora do produto entre 2018 e 2020, após as relações entre os dois países se deteriorarem. Desde então, os importadores chineses têm dependido mais de outras nações.

“A carne bovina geralmente era consumida fora de casa, como em restaurantes. Mas o consumo doméstico está cada vez mais popular”, disse Pan Chenjun, analista sênior do Rabobank.

Enviar carne bovina a importadores como a China é mais lucrativo para países como Argentina e Brasil, devido à desvalorização das moedas locais e à redução na demanda interna, disse Upali Galketi Aratchilage, economista sênior da Organização para Alimentos e Agricultura das Nações Unidas.

O resultado, porém, é que as elevadas exportações podem reduzir a oferta doméstica, empurrando os preços para cima, acrescentou Aratchilage.

Os EUA e o Brasil ainda enfrentam dificuldades para reabastecer seus estoques domésticos de carnes bovina, suína e de frango congeladas, após um salto nos embarques para a China no ano passado, que ocorreu mesmo diante de surtos de Covid-19 em frigoríficos, que levaram trabalhadores a adoecer e prejudicaram a produção.

PREÇOS “ASTRONÔMICOS”

Em Clovis, no Estado norte-americano da Califórnia, o veterano aposentado do Exército Darin Cross disse que ficou chocado com o custo de um pacote de 0,9 kg de carne moída no Walmart – antes vendido a US$ 8, o produto vale agora US$ 10. Como resultado, o homem de 55 anos está consumindo mais vegetais.

“Para nós que temos uma renda fixa, esse é um aumento bastante acentuado em questão de algumas semanas”, disse Cross. “Meu medo é que (o preço) simplesmente continue subindo.”

O preço unitário médio da carne bovina in natura nos EUA avançou 5% em abril ante março, e cerca de 10% em relação ao mesmo mês do ano anterior, conforme dados da NielsenIQ. Os preços da carne suína e de frango estão cerca de 5,4% acima do patamar visto no ano passado.

Nos arredores de Nova Orleans, Tina Howell, 45 anos, disse que parou de comprar bifes a granel para abastecer seu freezer porque os mercados deixaram de vendê-los. Ela destacou que os cortes de “New York strip steak” têm sido vendidos por cerca de US$ 12 o quilo – antes, custavam US$ 7.

“Os preços estão astronômicos”, disse Howell, que trabalha no setor imobiliário.

A alta dos preços está beneficiando frigoríficos como a Tyson Foods, maior processadora de carne dos EUA em termos de vendas. A empresa disse que os cheques distribuídos pelo governo norte-americano como forma de estímulo estão dando impulso a uma demanda excepcional, já que fazem com que os consumidores tenham mais dinheiro para comprar alimentos.

Embora as ofertas de gado nos EUA sejam amplas, a produção de carne bovina tem sido limitada por uma escassez de mão-de-obra e pela capacidade de processamento dos frigoríficos, de acordo com produtores de carne.

As companhias do setor têm lidado com custos mais altos com a alimentação do gado, já os preços de soja e milho operam ao redor de máximas de oito anos. Algumas delas estão repassando esses custos aos consumidores. O aumento da demanda por parte de restaurantes também dá suporte aos preços, à medida que restrições relacionadas à Covid-19 são flexibilizadas.

A Omaha Steaks, de Nebraska, que vende carne bovina premium, acredita que a demanda nos EUA permanecerá forte durante o verão (do Hemisfério Norte), já que as pessoas estão dispostas a ter reuniões maiores e a pagar por alimentos de alta qualidade, disse o CEO da empresa, Todd Simon.

As brasileiras JBS e BRF, por sua vez, afirmaram que têm enfrentado dificuldades para repassar os custos mais elevados com ração aos consumidores no mercado doméstico, embora a JBS tenha se beneficiado de suas operações nos EUA.

Os preços de alguns cortes de bovinos no Brasil subiram até 30% no último ano, devido à oferta restrita de gado e à forte demanda por exportações, disse Guilherme Malafaia, pesquisador do setor de bovinos da Embrapa. Junto com Hong Kong, a China compra 60% de toda a carne bovina exportada pelo Brasil.

Para os brasileiros, no entanto, os altos preços levaram o consumo doméstico a cair 14% frente aos níveis pré-pandemia, ao menor patamar em 25 anos. Os consumidores voltaram seu foco para as carnes suína e de frango, além dos ovos, que são historicamente mais baratos.

Em 2020, o consumo per capita de carne suína no Brasil cresceu 5%, enquanto o consumo de frango avançou 6%, ambos em comparação anual, segundo Marcelo Miele, pesquisador para aves e suínos da Embrapa. Os brasileiros agora comem 251 ovos por pessoa por ano, o maior nível da história, disse ele.

Os açougues, enquanto isso, sofrem com a queda nas vendas, à medida que alguns consumidores cortam a carne bovina do cardápio ou passam a consumir cortes mais baratos.

Com os preços de “carnes médias” – como bifes T-bone e filés de costela – aumentando de forma acentuada nos EUA, o açougueiro Shawn Smith disse que mais pessoas estão comprando carne moída em sua loja em Albany, Oregon.

Já o açougueiro argentino Pablo Alberto Monzón, de 26 anos, afirmou que as vendas de carne diminuíram em um terço em sua loja, localizada em um bairro de classe trabalhadora em Buenos Aires. Menos clientes estão entrando no estabelecimento – e os que entram descobrem que seu dinheiro não é suficiente para muita coisa.

“Pessoas que antes podiam comprar costelinhas para grelhar agora se contentam com bife de flanco”, disse Monzón. (Com Reuters)

 

 

*Por: FORBES

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