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CATAR - Uma delegação dos talibãs chegou na quarta-feira (29) ao Catar para discutir com os Estados Unidos um mecanismo que permita desbloquear fundos internacionais e garantir que sejam usados para fins humanitários, após o terremoto mortal ocorrido no Afeganistão.

O ministro talibã de Relações Exteriores, Amir Khan Muttaqi, chegou a Doha com representantes do Ministério de Finanças e do banco central para negociar com o representante especial dos EUA para o Afeganistão, Tom West, indicou no Twitter o porta-voz da diplomacia talibã, Hafiz Zia Ahmed.

Após o aceno ao poder talibã em agosto de 2021, Washington requisitou em fevereiro 7 bilhões de dólares de reservas do banco central afegã depositados nos Estados Unidos.

O presidente americano Joe Biden desejava que metade dessa quantia fosse reservada à indenização das famílias das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 e a outra metade à ajuda humanitária ao Afeganistão, mas garantindo que o dinheiro não caísse nas mãos dos talibãs.

O país, assolado por uma grave crise econômica, foi atingido na semana passada por um terremoto de magnitude 5,9, no leste do país, que deixou mais de mil mortos e milhares de deslocados.

“Trabalhamos fervorosamente para resolver questões difíceis sobre o uso desses fundos de forma a assegurar que beneficiem o povo afegão e não aos talibãs”, declarou na semana passada Karine Jean-Pierre, porta-voz da Casa Branca.

Um membro do conselho de administração do banco central do Afeganistão confirmou nesta quarta à AFP que havia negociações em andamento, mas alertou que poderia levar tempo.

“Os detalhes do mecanismo de transferência de reservas ao banco central não foram fechados”, disse Shah Mehrabi, que também é professor de Economia no Montgomery College, nos Estados Unidos.

O Departamento de Estado dos EUA não confirmou a princípio essas negociações.

Mehrabi indicou que 3,5 bilhões de dólares deveriam ser entregues ao banco central e propôs “um desbloqueio limitado e controle de reservas, como 150 milhões mensais para pagar importações”.

Essa medida ajudaria a reforçar a moeda afegã, estabilizar preços e permitir que sua população adquira produtos básicos como pão, azeite, açúcar e combustível, apontou o economista.

O uso desses fundos “pode ser controlado e auditado de maneira independente por gabinetes externos”, acrescentou.

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, 24 milhões de afegãos, mais da metade da população, precisam de ajuda humanitária urgente.

 

 

AFP

PAQUISTÃO - O governo do Paquistão anunciou um acordo de "cessar-fogo completo" com os membros dos partidos dos talibãs do país, o Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), na segunda-feira (8).

"As negociações estão sendo desenvolvidas em conformidade com a Constituição do Paquistão. Ambas as partes concordaram com um cessar-fogo, que será ampliado com o passar do tempo. O governo interino dos talibãs afegãos está sendo o mediador das conversas", confirmou o ministro da Informação paquistanês, Chaudhary Fawary.

Esse é o segundo acordo com extremistas feito pelo governo do país em menos de 24 horas. No domingo (7), Islamabad anunciou que retirou a proibição de atividade do partido fundamentalista islâmico antifrancês Tehreek-e-Labbaikh (TLP).

No mesmo sentido do acordo com o TTP, a ideia do governo é encerrar as ações "por vezes mortais" na relação com a sigla, que havia perdido o status de "partido religioso" para "organização terrorista".

Em outubro, uma manifestação do TLP deixou sete policiais paquistaneses e 14 partidários mortos em Lahore. Os detalhes do acordo não foram revelados, mas a mídia local informa centenas de membros do partido foram libertados.

O TLP ficou bastante famoso após pedir a expulsão do embaixador francês em Islamabad, Marc Baréty, por conta de um discurso em abril do presidente Emmanuel Macron por conta da morte do professor francês Samuel Paty.

Na fala, o mandatário defendeu que deveria haver debate nas escolas sobre temas islâmicos, como as sátiras francesas que ficaram famosas no mundo todo, como de qualquer outra religião.

Para os extremistas islâmicos, representar graficamente o profeta Maomé é uma blasfêmia e uma ofensa aos muçulmanos. (ANSA).

 

 

 

ANSA

CHINA - A China, que compartilha 76 quilômetros de fronteira com o Afeganistão, afirmou nesta segunda-feira que deseja manter "relações amistosas" com os talibãs, um dia depois da entrada dos insurgentes em Cabul e do colapso do governo.

A China "respeita o direito do povo afegão a decidir seu próprio destino e futuro e deseja seguir mantendo relações amistosas e de cooperação com o Afeganistão", afirmou à imprensa a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying.

"Os talibãs indicaram várias vezes a esperança de desenvolver boas relações com a China", completou a porta-voz, antes de afirmar que a embaixada chinesa em Cabul "continua funcionando normalmente".

O governo chinês classificou nas últimas semanas de "irresponsável" a retirada dos Estados Unidos do Afeganistão, por temer uma guerra civil no país vizinho.

Diante do risco de caos no Afeganistão, o governo chinês iniciou em setembro de 2019 conversações com os talibãs. Uma delegação do movimento foi recebida na época na China.

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Pequim incluiu em 2016 o Afeganistão em seu grande projeto de infraestruturas, as "Novas Rotas da Seda". Mas, por falta de segurança, os investimentos chineses foram modestos no país: 4,4 milhões de dólares em 2020, segundo o ministério do Comércio.

 

 

*Por: AFP

CABUL - O grupo terrorista talibã tomou, na quinta-feira (12), a estratégica cidade de Ghazni, a 150 quilômetros (km) da capital, Cabul. É a décima capital de província a cair em uma semana, segundo um conselheiro provincial. As autoridades acreditam que a conquista dessa cidade, localizada na estrada principal Cabul-Kandahar, tenha como objetivo tomar a capital afegã.

Posso confirmar que Ghazni caiu esta manhã nas maõs dos talibãs. Eles assumiram o controle de áreas-chave da cidade: o gabinete do governador, a sede da polícia e a prisão", disse à agência France-Presse o chefe do conselho provincial de Ghazni, Nasir Ahmad Faqiri, acrescentando que os combates ainda ocorrem em algumas áreas.

Hoje, o grupo insurgente já controlava toda a cidade e tinha invadido uma prisão e libertado cerca de 400 presidiários, confirmou uma autoridade local. Os talibãs invadiram ainda a sede da polícia de Ghazni e o gabinete do governador.

O ataque começou por volta da meia-noite, com confrontos com as forças de segurança que estavam nas ruas. Segundo a mesma fonte, às 8h (hora local) o grupo terrorista já controlava a maior parte da cidade.

"O comandante da polícia local e o governador estavam desesperados e não tinham outra opção a não ser se render", acrescentou a autoridade. "As pessoas estão se escondendo em suas casas, ninguém está cá fora".

A conquista de Ghazni pelos insurgentes é um duro golpe para o governo afegão, visto que a cidade está numa estrada principal que liga Cabul ao sul do Afeganistão. A invasão da décima cidade ocorre, ainda por cima, dois dias depois de os talibãs terem tomado a cidade-chave de Pul-e-Khumri, a 225 km ao norte da capital, garantindo o controle de um entroncamento rodoviário estratégico que liga Cabul ao norte e ao oeste do país.

O ministro alemão dos Negócios Estrangeiros afirmou hoje que a Alemanha não vai enviar nem mais um centavo para o Afeganistão, caso os talibã tomem por completo o país. Da última vez que o movimento esteve no poder, o regime impôs punições a quem ouvisse música, não usasse barba ou não cumprisse regras religiosas.

Já a Turquia, que gera o aeroporto de Cabul, sugeriu que ele se mantenha em operação e ofereceu mais apoio militar para combater a ofensiva terrorista.

Cabul

Quase um terço das 34 capitais de província do país estão agora sob controle do grupo terrorista. À medida que os talibãs tomam o território, dezenas de milhares de afegãos vão abandonando suas casas. Centenas de pessoas foram mortas ou feridas nas últimas semanas.

Também foram registrados confrontos com civis e forças de segurança afegãs, nesta quinta-feira, em Lashkar Gah, uma das maiores cidades na província de Helmand.

O governo, contudo, acredita que vai conseguir defender e manter Lashkar Gah, embora tenha havido um atentado suicida com carro-bomba ontem contra a sede da polícia regional. Alguns agentes renderam-se aos militantes, outros fugiram para o gabinete do governador, que ainda estava nas mãos das forças do governo, disse Nasima Niazi, um deputado de Helmand.

Embora a capital afegã não tenha sido oficialmente ameaçada, o ritmo diário a que os talibãs tomam o resto do país faz com que as autoridades temam não conseguir defender e impedir a invasão a Cabul.

Analistas norte-americanos consideram que a ofensiva em marcha tem como objetivo cercar a capital, isolando as forças afegãs ao norte, para conquistar a região ou para forçar o governo à rendição. Os EUA temem que Cabul seja tomada em menos de três meses.

Os talibãs lançaram grande ofensiva contra as forças do governo de Cabul no início de maio, após o anúncio da retirada final das forças internacionais do Afeganistão, que deve estar concluída no final deste mês.

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Localizado na Ásia, o Afeganistão faz fronteira com seis países (Paquistão, Tajiquistão, Irã, Turquemenistão, Uzbequistão e China), sendo a paquistanesa a mais extensa, com 2.670 km.

 

 

*Por RTP

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