SÃO CARLOS/SP - Com foco na segurança alimentar e nutricional das crianças, o 2º Seminário “Alimentar o Futuro – Região Central” reuniu, na manhã desta terça-feira (21/10), autoridades, educadores, nutricionistas e representantes do setor privado no auditório do Paço Municipal de São Carlos. A iniciativa, promovida pelo Conselho de Responsabilidade Social da FIESP, teve como objetivo ampliar o debate sobre políticas públicas voltadas à infância, com destaque para a alimentação escolar. A abertura contou com a presença do vice-prefeito Roselei Françoso, do secretário de Educação, Lucas Leão, do presidente do Consórcio Intermunicipal da Região Central (Concen) e prefeito de Gavião Peixoto, Adriano Marçal e do diretor do Ciesp São Carlos, Marcos Henrique dos Santos.

Durante o seminário, os palestrantes destacaram a importância de garantir alimentação saudável e acessível às crianças, especialmente em um cenário onde 25% da população brasileira ainda vive em insegurança alimentar. Aracélia Costa, representante do Conselho de Responsabilidade Social da FIESP, ressaltou que “um terço dos lares com crianças até 10 anos enfrenta insegurança alimentar”, apontando o papel do programa Alimentar o Futuro como articulador entre educação, assistência social e saúde.

A iniciativa já formou mais de 900 cozinheiros escolares e 100 nutricionistas em 70 municípios, com resultados concretos na implementação de políticas públicas locais. “Apesar de o Brasil ter saído do mapa da fome, o desafio permanece gigantesco”, afirmou.

Lucas Leão, secretário de Educação de São Carlos, também destacou o compromisso da rede municipal com a alimentação escolar de qualidade. “Cuidar da alimentação das nossas crianças é cuidar do seu aprendizado, da sua saúde e do seu futuro. Em São Carlos, temos mais de 16 mil alunos na rede pública, e garantir que cada um deles tenha acesso a uma alimentação saudável é uma prioridade absoluta. Sabemos que a escola é, muitas vezes, o único lugar onde a criança encontra uma refeição completa. Por isso, investir na alimentação escolar é investir na dignidade e no desenvolvimento dos nossos estudantes”.

O vice-prefeito de São Carlos, Roselei Françoso, reforçou a importância da alimentação escolar como eixo central das políticas públicas voltadas à infância. “Garantir alimentação saudável para nossas crianças não é apenas uma ação assistencial, é uma estratégia de desenvolvimento. Sabemos que, para muitos alunos da Rede Municipal, a merenda escolar representa a principal refeição do dia. Por isso, investir em qualidade, formação de profissionais e reaproveitamento de alimentos é uma missão que abraçamos com responsabilidade. Alimentar bem é educar melhor, é formar cidadãos mais saudáveis e conscientes”

Já Adriano Marçal, presidente do Concen, reforçou que “construir seres humanos é o maior desafio dos gestores”. Ele defendeu que a base para um futuro com menos violência e mais saúde está na infância, e que programas como o Alimentar o Futuro são fundamentais para esse legado.

Marcos Henrique dos Santos, diretor do Ciesp São Carlos, ressaltou o compromisso da indústria com a educação e a segurança alimentar das crianças. “A alimentação escolar é uma das políticas públicas mais sensíveis e transformadoras que temos. E é motivo de orgulho saber que o sistema FIESP/CIESP, sustentado pela contribuição das indústrias brasileiras, está diretamente envolvido nesse processo. Cada refeição servida nas escolas, cada formação de cozinheiros e nutricionistas, é viabilizada por esse esforço coletivo. Quando escolhemos consumir produtos nacionais, estamos fortalecendo esse ciclo, estamos ajudando a manter viva uma rede que alimenta, educa e cuida das nossas crianças”. 

O seminário também apresentou experiências exitosas, como a do município de Itápolis, que integra o programa Alimentar o Futuro às suas políticas locais. Natália Freire Bellentani compartilhou os avanços obtidos com a articulação intersetorial.

À tarde, oficinas práticas abordaram temas como emendas parlamentares, implantação do SisAN e execução do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

SÃO CARLOS/SP - No dia 21 de outubro, das 9h às 17h, no auditório do Paço Municipal, São Carlos recebe o 2º Seminário Alimentar o Futuro – Região Central, iniciativa que reúne gestores públicos, conselheiros, profissionais da educação, nutricionistas e representantes do setor privado em torno de um objetivo comum: fortalecer as políticas públicas de Segurança Alimentar e Nutricional voltadas à infância.

Com o tema “Fortalecendo Políticas Públicas de Segurança Alimentar e Nutricional na Infância”, o seminário propõe uma programação diversificada, com apresentações de experiências municipais, painéis temáticos e oficinas práticas voltadas à mobilização de recursos e à implementação de programas estratégicos.

A abertura contará com a presença do prefeito de São Carlos, Netto Donato; Adriano Marçal, presidente do Consórcio dos Municípios da Região Central de São Paulo (Concen) e prefeito de Gavião Peixoto; Marcos Henrique dos Santos, diretor do Ciesp São Carlos; e Raul Cutait, presidente do Consocial da Fiesp.

Um dos destaques será a apresentação do município de Itápolis, que vem integrando o Programa Alimentar o Futuro às suas ações locais. Natália Freire Bellentani, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário, compartilhará os resultados e aprendizados da iniciativa.

A importância da Comissão Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) será abordada por Ana Lucia Pandorf Mendes e Joiciele Rodrigues, representantes da rede municipal de ensino de Dobrada, que destacam o papel da articulação entre setores na efetividade das políticas.

Durante a tarde, os participantes terão acesso a oficinas sobre emendas parlamentares, implantação do Sisane execução do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Aracélia Costa apresentará o Observatório de Segurança Alimentar e Nutricional, ferramenta que apoia a gestão pública com dados e indicadores.

Evento em São Carlos lança um olhar inovador sobre o papel dos jovens em famílias impactadas pela demência

SÃO CARLOS/SP - Este evento em São Carlos busca discutir o papel dos jovens que vivem em famílias afetadas pela demência. O seminário, intitulado “Jovens que vivem em famílias afetadas pela demência: desafios e prioridades”, é coordenado pela enfermeira e professora Dra. Aline Cristina Martins Gratão, do Departamento de Gerontologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e pela terapeuta ocupacional Ana Cláudia Trombella Barros, diretora científica da ABRAz São Carlos. 

O evento acontece no sábado, 18, das 9 às 12 horas, no ONOVOLAB, Rua Aquidaban, 1, Centro. Toda a programação é gratuita.

O projeto é resultado da coleta de dados originalmente realizada para o Plano Global de Ação para a Demência, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo Aline, os dados têm revelado um aumento na convivência intergeracional, com um crescimento na proporção de famílias cuidadoras que abrigam 3 a 4 gerações.

Um exemplo disso é uma avó de 90 anos com Alzheimer que está sendo cuidada por sua filha de 70 anos, que por sua vez mora com seu filho de 45 anos, que também tem um filho de 11 a 14 anos. “São 4 gerações no mesmo ambiente, todos lidando com as complicações e comportamentos associados à demência”, conta Aline.

Embora não existam estatísticas específicas para isso no Brasil, a tendência é perceptível nos grupos de suporte. Muitos relatam viver em uma família maior e o envolvimento dos jovens é notável, muitas vezes acompanhando seus avós aos atendimentos.

“O objetivo do seminário é investigar se isso está realmente acontecendo. A investigação começará em São Carlos em conjunto com o projeto iSupport-Brasil para cuidadores de pessoas que vivem com demência, e depois será expandida. Existe uma parceria com a Universidade de Bangor, no Reino Unido, que já está trazendo essa investigação para o Brasil, Espanha e Portugal”, diz.

Ana Cláudia relata que em seu consultório tem-se notado o envolvimento de crianças e jovens no cuidado de idosos, uma realidade já bastante acentuada em países desenvolvidos como o Reino Unido. No entanto, no Brasil, não se pode incentivar menores de 18 anos a assumirem o papel de cuidadores, pois isso envolve uma profissão e a legislação brasileira não permite o trabalho infantil.

As coordenadoras buscam impactar associações e universidades para que possam oferecer apoio e conscientização sobre a demência para essas famílias e jovens. O seminário visa elucidar a transformação que ocorre no indivíduo idoso que tem demência, explicar o que significa ter demência, por que eles têm esse comportamento e qual a melhor forma de lidar e entender esse comportamento.

Por exemplo, foi relatado o caso de uma criança de 11 anos que perguntou se seu bisavô, que tem demência, algum dia aprenderia seu nome. Ela se sente chateada porque, apesar de sempre dizer seu nome, ele nunca se lembra. Essas questões serão abordadas e será explicado o que é a demência.

SERVICO:

Sábado, 18 de maio de 2024

Local: ONOVOLAB São Carlos - Rua Aquidaban, 1, Centro

Evento gratuito.