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SÃO CARLOS/SP - O Departamento de Fiscalização da Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano aplicou nesta quarta-feira (21/09), multas no valor total R$ 6.165,36, sendo uma aplicada ao responsável por uma república e outra ao proprietário do imóvel, localizado na região do Parque Santa Monica, após a constatação de perturbação de sossego público.
Os fiscais de posturas com apoio da Guarda Municipal, após uma denúncia protocolada pela reclamante na última sexta-feira (16/09), agendou uma medição de ruídos na casa da reclamante e realizou a aferição do nível de pressão sonora durante uma festa no imóvel da república.
Após a elaboração de relatório de aferição do nível de pressão sonora foi comprovada a perturbação de sossego público, o que gera infração ao responsável pela república e ao proprietário do imóvel, conforme estipula o Decreto Municipal 202/2017.
O proprietário do imóvel e o responsável pela república foram multados no valor de R$ 3.082,68 cada um. Os autuados terão prazo de 30 dias para apresentar defesa após o recebimento da autuação.  
O diretor de Fiscalização, Rodolfo Tibério Penela, lembra que além do nível de ruído emitido, os fiscais estão verificando se as repúblicas possuem autorização para realizar festas de caráter público.
A Norma Técnica Brasileira - NBR 10.151 e Lei Municipal 13.768/06, de autoria do vereador Robertinho Mori, estabelecem os níveis de ruídos permitidos de acordo com a característica do local.
“Além disso, caso haja o descumprimento das sanções administrativas, os procedimentos serão encaminhados ao Ministério Público do Estado de São Paulo para as demais providências judiciais cabíveis”, finaliza o diretor de Fiscalização.

SÃO CARLOS/SP - O Ministério Público do Estado de São Paulo, através de iniciativa do promotor Sérgio Domingos Oliveira, realizou uma reunião no final de tarde desta quarta-feira (10/08), com representantes da Policia Militar,  Departamento de Fiscalização da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Secretaria de Transporte e Trânsito, Secretaria de Segurança Pública, ACISC e o vereador Robertinho Mori para discutir sobre a poluição sonora provocada por escapamentos de motos, legislação e as medidas adotadas até o momento.
O promotor de justiça enalteceu o trabalho do Departamento de Fiscalização, Policia Militar, Guarda Municipal e da Secretaria de Transporte e Trânsito que já realizam operações conjuntas para fiscalizar a poluição sonora e a realização de festas clandestinas. Também solicitou a ampliação das operações de fiscalização quanto a poluição sonora causada pelos escapamentos de motociclistas, principalmente de veículos usados pelos entregadores de atividades comerciais.
Na reunião ficou deliberado que será verificado a possível atualização da Lei Municipal 14305/2007 de autoria do vereador Robertinho Mori, que estabelece requisitos de segurança para transporte remunerado de cargas por motocicleta e motoneta.
 A Prefeitura e a ACISC também informaram o MP que estão desenvolvendo uma campanha de conscientização popular em relação à poluição sonora no município. “Vamos atender à solicitação do Ministério Público, fazendo chegar à população informações e consequências da poluição sonora para a saúde das pessoas”, informou o presidente da ACISC, José Fernando Domingues.
O secretário de Segurança Pública, Samir Gardini, ressaltou que através do GGIM já estão sendo realizadas operações para fiscalizar o uso irregular de escapamentos de motos. “Estamos realizando bloqueios, abordando motociclistas, são lavrados Autos de Infração de Trânsito e motos são recolhidas para o pátio de acordo com a lei que estabelece como irregular o veículo com descarga livre ou silenciador de motor de explosão defeituoso, deficiente ou inoperante. Novas operações já estão programadas”, revelou Gardini.

SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal de São Carlos realiza nesta terça-feira (26) às 18h30, na sala das sessões do Edifício Euclides da Cunha, uma audiência pública para discutir assuntos relacionados à poluição sonora no município.

A realização do evento foi agendada pelo presidente do Legislativo, vereador Roselei Françoso, que atendeu a um requerimento de autoria do vereador Robertinho Mori, 2º. Vice-Presidente da Câmara e secretário da Comissão de Meio Ambiente.

A audiência será transmitida ao vivo em TV aberta digital canal 49.3 e DESKTOP/C.LIG canal 31, Net/Claro canal 8, Rádio São Carlos AM 1450, online via Facebook e canal do Youtube, por meio da página oficial da Câmara Municipal de São Carlos.

EUA - Reduzir a poluição do ar, causada principalmente pelos combustíveis fósseis, aumentaria em até dois anos a expectativa de vida, de acordo com um estudo da Universidade de Chicago divulgado nesta terça-feira (14).

"Reduzir de forma permanente a contaminação do ar no mundo para cumprir as recomendações da OMS adicionaria 2,2 anos à expectativa de vida do ser humano", afirma o texto.

O percentual de micropartículas na atmosfera é particularmente elevado em países do sudeste asiático, onde o crescimento econômico está retirando milhões de pessoas da pobreza, em troca de gastos consideráveis de energia.

A expectativa de vida na região poderia aumentar em até cinco anos se a poluição fosse reduzida aos padrões recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo o relatório do Instituto de Política Energética da Universidade de Chicago.

A OMS endureceu as escalas de medição das micropartículas (que causam câncer) no ano passado, para alertar e promover a implementação de medidas de saúde.

De acordo com a organização, as micropartículas com tamanho equivalente ou inferior a 2,5 mícrons (aproximadamente o diâmetro de um fio de cabelo humano) são capazes de passar dos pulmões para o sangue, o que aumenta as probabilidades de câncer.

Segundo os novos critérios da OMS, o nível máximo de concentração destas partículas (conhecido como PM2.5) não deveria superar 15 microgramas por metro cúbico em um período de 24 horas, ou 5 mcg/m3 como média ao longo de um ano.

Nos estados indianos de Uttar Pradesh e Bihar, com quase 300 milhões de habitantes, a expectativa de vida poderia aumentar oito anos com a adoção de medidas. Na capital, Nova Délhi, poderia aumentar até 10 anos.

"O ar limpo representa anos de vida adicionais para todos os habitantes do planeta", afirma a principal autora do relatório, Crista Hasenkopf.

Bangladesh, Índia, Nepal ou Paquistão, assim como partes do centro e oeste da África e América Central, também sofrem com os elevados níveis de poluição.

 

 

AFP

EUA - A 9ª edição da Cúpula das Américas — que acontece até sexta-feira (10/6) em Los Angeles, nos EUA — tem como foco, nas palavras do governo americano, "construir um futuro sustentável, resiliente e equitativo".

E a expectativa é de que o presidente democrata Joe Biden proponha declarações conjuntas a seus pares — como o presidente Jair Bolsonaro —, com políticas e planos para conservação ambiental e mudanças climáticas.

A Cúpula das Américas coincide com a realização da Conferência de Mudança Climática de Bonn, na Alemanha, que discute até o dia 16 de junho os avanços alcançados desde a assinatura do acordo do clima na COP26, em novembro do ano passado, em Glasgow, na Escócia.

Na ocasião, líderes mundiais se comprometeram com novas metas para reduzir suas emissões, diminuir o uso de combustíveis fósseis e acabar com o desmatamento.

 

Será que eles estão cumprindo suas promessas?

Emissões: possível queda neste ano

O que foi acordado?

Em Glasgow, os países concordaram em apresentar planos climáticos mais ambiciosos, incluindo cortes nas emissões de dióxido de carbono (CO2).

 

Por que isso importa?

O dióxido de carbono é um gás de efeito estufa que causa mudanças climáticas. A redução das emissões é necessária para ajudar a manter os aumentos de temperatura dentro de 1,5°C. Acima disso, poderia causar uma "catástrofe climática", segundo cientistas da ONU.

 

O que foi feito?

Os países receberam um prazo até setembro para apresentar novos planos — mas atualmente apenas 11 de 196 países fizeram isso.

No entanto, análises recentes sugerem que a China apresentou uma redução contínua nas emissões desde o verão de 2021. Isso pode ter um impacto significativo, uma vez que o país é responsável por 27% das emissões mundiais.

 

O que é a COP e a Conferência de Mudanças Climáticas de Bonn?

- Todos os anos, os governos do mundo se reúnem em uma cúpula climática chamada Conferência das Partes (COP, na sigla em inglês);

- A 26ª edição (COP26) foi realizada em Glasgow, no ano passado; a COP27 será em Sharm-el-Sheikh, no Egito, neste ano;

- A Conferência de Mudança Climática de Bonn acontece no meio caminho entre as duas COPs — para checar os avanços.

 

Combustíveis fósseis: crise energética ameaça avanço

O que foi acordado?

A COP26 incluiu um plano para reduzir o uso de carvão — que é responsável por 40% das emissões anuais de CO2.

Os líderes mundiais também concordaram em reduzir os subsídios "ineficientes" a petróleo e gás. São ajudas financeiras governamentais que reduzem artificialmente o preço dos combustíveis fósseis.

 

Por que isso importa?

O órgão de ciência climática da ONU, o IPCC, diz que os combustíveis fósseis são responsáveis ​​por 64% das emissões de CO2 do mundo.

 

O que foi feito?

Existem agora 34 países considerando novas usinas de carvão, em comparação com 41 no início do ano passado.

A China, o maior consumidor de carvão, concordou em parar de financiar "completamente todos os projetos de energia a carvão no exterior".

No entanto, a Índia — o segundo maior consumidor de carvão — anunciou em abril que estava aumentando a produção de energia a carvão e reabrindo 100 usinas.

Os subsídios aos combustíveis fósseis também aumentaram em 2021, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE). Mas Sabrina Muller, analista de políticas da Universidade London School of Economics, no Reino Unido, acredita que esta é uma medida de curto prazo para se afastar do gás russo.

 

Desmatamento: Brasil dificulta avanço global

O que foi acordado?

Mais de 100 países — com cerca de 85% das florestas do mundo — prometeram acabar com o desmatamento até 2030.

 

Por que isso importa?

Esta medida é vista como vital, já que as árvores absorvem cerca de 10% do CO2 emitido a cada ano.

 

O que foi feito?

Metade das florestas do mundo estão em apenas cinco países — Rússia, Brasil, Canadá, Estados Unidos e China —, então suas ações podem fazer grande diferença.

Em abril, o presidente dos EUA, Joe Biden, assinou uma ordem executiva para proteger florestas antigas em terras do governo.

Mas no Brasil — que abriga mais da metade da floresta amazônica — o desmatamento aumentou 69% em relação ao ano passado.

Frances Seymour, do grupo de pesquisa World Resources Institute (WRI), disse que isso não é surpreendente "à luz do relaxamento da fiscalização ambiental" pelo governo brasileiro.

Outro desafio está na Rússia, que está enfrentando uma temporada significativa de incêndios florestais — e perdeu 6,5 milhões de hectares de floresta para o fogo no ano passado.

 

Ação climática: dinheiro extra, mas é necessário mais

O que foi acordado?

Os países mais ricos concordaram em fornecer US$ 100 bilhões por ano às nações em desenvolvimento para a ação climática até o final de 2022 — uma promessa que não foi cumprida em 2020.

 

Por que isso importa?

As nações em desenvolvimento precisam de dinheiro para deixar para trás os combustíveis fósseis, fazendo coisas como investir em tecnologias verdes. Também precisam se preparar para os piores impactos das mudanças climáticas.

 

O que foi feito?

Apesar de União Europeia, EUA, Canadá e Austrália terem aumentado as promessas de financiamento, o WRI diz que eles precisam gastar mais por causa de sua riqueza relativa e emissões anteriores.

O Reino Unido, a França, a Alemanha e o Japão estão compatíveis ou fornecendo mais do que o necessário.

 

Metano — situação piorou

O que foi acordado?

Um programa para cortar 30% das emissões de metano até 2030 foi acordado por mais de 100 países.

Os grandes emissores — China, Rússia e Índia — ainda não aderiram, embora a China tenha chegado a um acordo com os EUA para trabalhar na questão.

 

Por que isso importa?

O metano é atualmente responsável por um terço do aquecimento global causado pelos seres humanos.

 

O que foi feito?

No ano passado, os níveis de metano apresentaram seu maior aumento anual desde o início dos registros, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA.

A agricultura e o setor de energia são as principais fontes de metano — e o aumento do uso de petróleo e gás devido ao alívio das medidas contra a covid pode ser parcialmente responsável.

 

 

BBC NEWS

GRÉCIA - Uma foto de um peixe ‘comendo’ um cigarro acabou viralizando e ganhou os veículos de mídia de todo o mundo. A imagem registrada por Steven Kovacs ganhou notoriedade por participar do Ocean Photography Awards, de 2021, o maior prêmio de fotografia oceânica do planeta.

SÃO CARLOS/SP - A vereadora Cidinha do Oncológico (PP) apresentou na Câmara Municipal de São Carlos nesta quarta-feira (28) um requerimento solicitando à Prefeitura informações sobre a poluição do ar no bairro Recreio dos Bandeirantes II, próximo à Estação de Tratamento de Esgoto Monjolinho.

No documento, a parlamentar afirmou que munícipes residentes do bairro a procuraram relatando mau cheiro e possível poluição do ar e do solo. Eles ainda apontaram que as comportas para escoamento dos detritos que estão fermentando não estão sendo abertas e também cogitaram que pode haver um rompimento no coletor de esgoto.

O requerimento questiona se é possível analisar a qualidade do ar e do solo da área e realizar a manutenção necessária para cessar o mau cheiro e a possível contaminação. A vereadora solicita que a resposta seja justificada e que um prazo para a realização dos procedimentos seja informado.

Este é um problema de saúde pública grave e esta contaminação do ar e provavelmente do solo está afetando os moradores que ali residem. É preciso que seja tomada uma providência para verificar e resolver o problema”, declarou Cidinha.

MUNDO - Atividades como perfurações de óleo, explosões e trânsito de navios estão trazendo sérios riscos ao equilíbrio da vida nos oceanos. É o que revelou um estudo divulgado nesta pela revista Science.

Uma cacofonia de ruído industrial está impedindo os animais marinhos de acasalar, de comer e até de fugir dos predadores, avisam os cientistas.

Os resultados do estudo, que se pautou por mais de 500 artigos, mostram que as atividades humanas estão alterando drasticamente a paisagem sonora subaquática.

Baleias, golfinhos e outros mamíferos aquáticos que dependem das vibrações sonoras para se orientarem, estão entre os mais afetados.

Não raro, indivíduos dessas espécies estão ensurdecendo e, consequentemente, se desorientando, vindo a encalhar em praias.

“Com efeito, até o estalar dos glaciares que derretem nos oceanos polares e o barulho da chuva a cair na superfície da água podem ser ouvidos no profundo oceano”, diz Carlos Duarte, o autor principal do estudo, cientista marinho na Universidade de Ciência e Tecnologia King Abdullah, na Arábia Saudita.

Isso dá uma ideia do quão impactante pode ser o ruído industrial provocado por motores e perfurações no fundo do mar.

“Estes ruídos e o seu impacto precisam de uma maior atenção dos cientistas e legisladores”, alerta o cientista.

Contudo, de acordo com Duarte, grande parte do ruído causado pelo ser humano deveria ser fácil de reduzir.

Por exemplo, medidas como a construção de hélices e cascos de navios mais silenciosos e o uso de técnicas de perfuração que não causem bolhas e vibrações na água podem reduzir a poluição sonora para metade.

Além disso, investir em mais energia renovável diminuiria a necessidade de perfurações de petróleo e gás.

Para endossar o quão importante é encarar o problema da poluição sonora nos oceanos, o estudo mostra que houve um ressurgimento da atividade marinha em abril de 2020, quando o ruído dos navios, normalmente mais alto perto da costa, diminuiu à medida que os países entraram em confinamento devido à pandemia de covid-19.

Por ser este um problema a nível transfronteiriço, os resultados da pesquisa mostram que para realmente reduzir a antrofonia (ruído humano) nos mares e almejar um futuro bem gerido, será necessária uma cooperação global entre todos os governos. Conseguiremos?

 

 

*Por: HARDCORE

Conclusão está em estudo com coautoria de professor da UFSCar

 

SÃO CARLOS/SP - O ambiente urbano pode agir como um filtro ecológico e impor diversos impactos negativos no comportamento de pássaros. Nesse contexto, para investigar como a poluição sonora afeta os bem-te-vis, uma pesquisa orientada pelo professor Rhainer Guillermo Nascimento Ferreira, do Departamento de Hidrobiologia (DHb) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realizou experimentos em áreas rurais e urbanas e concluiu que a poluição sonora pode interferir na comunicação e afetar o comportamento territorial do bem-te-vi.
O estudo foi fruto do trabalho de conclusão de curso da bióloga e mestra em Biodiversidade Patricia Roseti Lenis, coautora do artigo "Effect of noise on behavioural response to simulated territorial intrusion in the Great Kiskadee (Pitangus sulphuratus) (Aves: Tyrannidae)", publicado na plataforma Springer Link, da editora Springer. "Ainda que muitas espécies sejam bem adaptadas para ambientes urbanos, outras são sensíveis aos efeitos dos distúrbios humanos", afirmam os pesquisadores no artigo. 
Para o estudo, os pesquisadores utilizaram um modelo de chamariz a partir de uma gravação com o som de pássaros, a 10 metros de distância, simulando uma invasão de território. O método foi usado para estimular o comportamento territorial dos bem-te-vis e verificar o tempo que levam para responder ao estímulo, de forma comparada, em ambientes urbanos e não-urbanos, com diferentes níveis de ruído. 
Durante a pesquisa, foram feitas observações em 24 dias, entre janeiro e março de 2015, nos períodos de atividades das aves (das 8 às 10 horas e das 16 às 18 horas). "Os animais observados eram territoriais defendendo ninhos em árvores. Antes do experimento, selecionamos previamente 15 ninhos em áreas urbanas e 15 em áreas não urbanas. As áreas não urbanas consistiram em fragmentos de Cerrado e Mata Atlântica no entorno da cidade de Dourados - MS, bem como áreas rurais", descrevem. Os resultados mostraram uma correlação entre o tempo de resposta e o nível de poluição sonora. 
"Os exemplos mais extremos foram um ambiente de Mata Atlântica com cerca de 40 decibéis de ruídos e 20 segundos de resposta da ave, enquanto no meio urbano tivemos ruídos em torno de 90 decibéis e respostas com mais de dois minutos de latência", compara o docente. 
"O que mais nos chamou a atenção foi a dificuldade de alguns indivíduos em encontrar o 'intruso'. Alguns deles voavam, trocando de poleiro e pareciam olhar para todos os lados procurando a fonte do som. Outro comportamento que nos chamou a atenção foi observado quando as aves encontravam o falso intruso, uma réplica de bem-te-vi. Nesse caso, observamos vocalizações agressivas e movimentos rápidos das asas, como se tentasse espantar o 'intruso'", conta o professor da UFSCar.
Os bem-te-vis (Pitangus sulphuratus) são aves da família Tyrannidae e ocorrem desde o Texas até a Argentina, sendo muito comuns no Brasil. "É uma ave generalista que ocupou os ambientes urbanos, principalmente pelo seu hábito alimentar oportunista. São conspícuos, com uma coloração que nos chama a atenção, assim como a sua vocalização que faz inclusive parte de nossa cultura. São territorialistas e defendem o ninho contra outros bem-te-vis, predadores e outras aves", detalha o pesquisador. 
Segundo Ferreira, o maior problema da poluição sonora é que a ave pode não identificar um intruso ou um predador a tempo, o que levaria à perda dos ovos ou dos filhotes. "Não sabemos ao certo como isso pode afetar as espécies a longo prazo, mas sabemos o efeito negativo sobre o equilíbrio ecológico por causa dos impactos que geramos nas populações dessas espécies", avalia. "Estudos como esse mostram o nosso impacto sobre os animais. Mostram como nossa poluição não se restringe a um papel de bala jogado na rua, mas também se estende ao ruído que produzimos com nossos carros, nossas aglomerações e nossas máquinas. Esperamos que estudos como esse chamem a atenção da população para que, quem sabe num futuro próximo, medidas sejam tomadas para reduzir a poluição que produzimos, inclusive a sonora", alerta Ferreira.
O artigo sobre o estudo está disponível na íntegra em https://bit.ly/38Xi74U.

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