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Segundo o INCA, mais de 11 mil novos casos de tumores do sistema nervoso central devem ser registrados em 2025

 

SÃO PAULO/SP - Pouco discutidos em comparação com outros tipos de câncer, os tumores cerebrais e de medula espinhal podem ser muito variados e inespecíficos, dificultando o diagnóstico precoce. Por isso, o mês de maio é marcado como ‘Maio Cinzento’, que busca aumentar a conscientização sobre esses tumores. Em muitos casos, a doença se desenvolve silenciosamente e começa a ser notada por meio de sintomas como dores de cabeça persistentes, alterações no equilíbrio, falhas na visão ou mudanças sutis no comportamento e na personalidade.

Dra. Ticila Melooncologista clínica da Imuno Santos, explica que a diversidade de sintomas é muito ampla e, muitas vezes, pode ser confundida com outras doenças. “São muitos sinais, que envolvem, inclusive, a visão dupla (diplopia), convulsões, sonolência, fraqueza e dormência nas pernas. Se o paciente apresentar alguns desses sintomas com frequência, é essencial procurar ajuda médica para uma avaliação detalhada e diagnóstico adequado”, afirma.

Mesmo considerado raro em relação a outros cânceres, o Brasil, ainda assim, deve registrar 11.490 novos casos de tumores do sistema nervoso central – que incluem cérebro e medula espinhal – em 2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Além disso, de acordo com o Ministério da Saúde, os tumores cerebrais e da medula espinhal são a principal causa de mortes por câncer infantil.

Para o diagnóstico, costuma-se realizar exames de ressonância magnéticatomografias e, em alguns casos, coleta de líquor (fluido corporal estéril e de aparência clara no cérebro).

O grande desafio, segundo a especialista, é que, em muitos casos, o diagnóstico é tardio. “É importante ouvir o próprio corpo e buscar ajuda ao notar a persistência de sintomas neurológicos incomuns. E, para a qualidade de vida, tudo vai depender da gravidade, do tipo de tumor, da localização, do estágio em que foi diagnosticado e do estado geral de saúde do paciente”, esclarece Ticila.

Após o diagnóstico, o tratamento pode envolver cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Para a médica, é fundamental que o paciente participe das decisões sobre seu tratamento, com o médico especialista explicando sobre a doença, os tratamentos disponíveis e os possíveis efeitos colaterais, o que pode ajudar o paciente a tomar decisões mais conscientes e a lidar melhor com o processo. 

Ela destaca ainda que o acometimento do cérebro ou da medula, muitas vezes, traz limitações físicas, cognitivas e emocionais. “Os pacientes podem enfrentar impactos emocionais significativos, além de desafios físicos e cognitivos, em que muitas vezes necessitam de ajuda para realizar atividades simples, como banho e alimentação. Isso ocorre devido à sequela neurológica que pode ocorrer. A falta de independência, devido às sequelas e às incertezas do diagnóstico, pode gerar depressão, angústia, ansiedade e estresse. Esse impacto é grande na saúde emocional”, revela a oncologista.

Avanços

Segundo a Dra. Ticila, a medicina teve avanço significativo nos últimos anos, permitindo tratamentos mais eficazes e individualizados. Essas inovações ampliam as possibilidades de tratamento e melhoram o prognóstico de muitos pacientes. Em vez de se falar apenas em sobrevivência, hoje se fala também em qualidade de vida, desde o controle de sintomas até o suporte psicológico e social, indispensável para enfrentar os desafios emocionais que acompanham o diagnóstico.

“São descobertas científicas, como novos medicamentos para tratamento, além de cirurgias mais aprimoradas com técnicas de neuronavegação e exames no intraoperatório. Temos ainda o diagnóstico molecular, que permite a análise genética dos tumores, possibilitando um tratamento mais personalizado e aumentando a eficácia das terapias”, afirma a oncologista Ticila Melo.

 

ARARAQUARA/SP - Até os 4 anos de idade, a rotina da pequena Valentina era como a de tantas crianças da mesma idade. Em meio às brincadeiras em casa, no Jardim Arangá, em Araraquara, ela frequentava a escola, fazia balé e natação.

Foi quando a mãe, Iara Cristina Vieira da Silva, detectou algumas manchas no corpo da menina que indicavam uma possível alergia. Após o primeiro atendimento no setor de urgência e emergência, que descartou o quadro alérgico, foram constatadas alterações hematológicas severas, que exigiu um encaminhamento para uma unidade especializada.

A família, então, foi atendida pelo Hospital Amaral Carvalho, de Jaú, referência nacional no tratamento do câncer porque a suspeita era de que a criança estivesse sendo acometida por uma leucemia. O diagnóstico, no entanto, que só foi possível após 30 dias de internação, apontou aplasia medular.

A doença, também conhecida como anemia aplástica, afeta a medula óssea e provoca uma produção reduzida de células. O caso da garota Valentina é ainda mais grave: o organismo não produz novas células. Com isso, o tratamento possível é o transplante de medula óssea.

Em casos assim, a maior dificuldade é encontrar um doador compatível. A primeira busca – e também a maior probabilidade – é no núcleo familiar imediatamente mais próximo. Segundo a

Associação da Medula Óssea do Estado de São Paulo (AMEO), nos transplantes de medula não é obrigatório que doador e receptor tenham a mesma tipagem sanguínea (A, B, O, AB), pois são transplantadas as células-tronco que fabricam o sangue. Se, por exemplo, o paciente tem tipagem A e o doador tem tipagem B, depois da pega da medula o paciente vai aos poucos trocar a tipagem dos seus glóbulos vermelhos para produzir sangue de tipagem B.

A Associação, em sua página oficial, explica que a compatibilidade necessária nos transplantes de medula chama-se HLA (Human Leukocyte Antigen), que está no nosso código genético e leva à produção de proteínas que ficam em todas as células do corpo.

Herdamos nossa tipagem HLA metade do pai e metade da mãe. Assim, cada irmão tem 25% de chance de ter herdado a mesma tipagem HLA de seus pais. Dois irmãos que herdaram o mesmo HLA dos pais são irmãos com HLA idêntico. Se somente a parte de um dos pais foi herdada igual, chama-se “haploidêntico”. Irmãos de mesmo pai e mesma mãe têm 25% de chance de ter herdado a mesma tipagem HLA. Transplantes entre irmãos são feitos há quase 50 anos e tem os melhores resultados.

No caso da menina Valentina, o número de doadores potenciais se reduziu. Com o pai falecido, foram feitas as análises da mãe e de um irmão por parte de pai. A mãe apresentou uma compatibilidade de 50%, enquanto o meio-irmão de cerca de 30%.

Em casos assim, é comum se buscar pessoas compatíveis na base de voluntários cadastrados. Atualmente, no Brasil, são cerca de 5 milhões de doadores incluídos no REDOME – Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea.

Enquanto aguarda um doador compatível, Valentina segue internada em Jaú, onde está já há cerca de dois meses. A família reforça o apelo para que mais pessoas se cadastrem no sistema nacional de doador de medula para que, além de aumentar as chances da menina, outras pessoas possam ser salvas no país.

Para obter informações sobre como coletar material para ser um doador, basta entrar em contato com o hemonúcleo mais próximo. Em Araraquara, o Hemonúcleo Regional de Araraquara “Professora Doutora Clara Pechmann Mendonça” atende por meio do telefone (16) 3301-6102, das 7h10 às 16h. Em Jaú, o Hemonúcleo situa-se no Hospital Amaral Carvalho e atende por meio dos telefones (14) 3602-1355 ou (14) 3602-1356.

 

 

Luis Antônio / PORTAL MORADA

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