SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP - A Polícia Civil apreendeu mais de duas toneladas de cobre durante a terceira fase da Operação Cegueira, deflagrada na terça-fera (26), com o objetivo de desmantelar redes de receptação de metais. A ação aconteceu durante o cumprimento de 89 ordens de vistoria e três de busca e apreensão em estabelecimentos comerciais suspeitos de negociar metais sem comprovação de origem na região de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.

Durante as buscas, também foram recolhidos 15 quilos de alumínio, além de notas e documentos que vão completar as investigações sobre a receptação. Quatro suspeitos foram presos em flagrante.

Ao todo, foram empenhados 248 policiais civis, que contaram com apoio de empresas de telefonia. 

As duas primeiras fases da Operação Cegueira geraram impactos positivos na região, uma vez que houve redução de furtos de fios. 

O crime de receptação qualificada não requer necessariamente o flagrante, apenas a comprovação da origem ilícita do produto, e pode resultar em uma pena superior a dez anos de prisão. 

Os envolvidos, após serem informados sobre a proibição de comercializar metais sem comprovação, foram encaminhados à sede do Departamento de Polícia Judiciária do Interior 5, em São José do Rio Preto. As investigações prosseguem.

SÃO CARLOS/SP - Uma operação conjunta, deflagrada pela Guarda Municipal, Departamento de Fiscalização da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Vigilância Sanitária em parceria com a Polícia Militar e o SAAE, apreendeu 125 quilos de cobre e alumínio em um estabelecimento de São Carlos.
A Operação "Heavy Metal" foi agendada através do Gabinete de Gestão Integrada (GGIM). Mais de 20 profissionais realizaram a fiscalização em 4 estabelecimentos que comercializam sucatas e metais. 
“Foi detectado um aumento no número de ocorrências dessa natureza em São Carlos. Os representantes do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) também nos procuraram por causa das ações cada vez mais frequentes e, diante dessas informações, planejamos a operação para coibir furtos de cabos. Realmente o material encontrado não tinha procedência, sendo recolhido e periciado”, disse Samir Gardini, secretário municipal de Segurança Pública e Defesa Social.
Funcionários do SAAE acompanharam a operação e identificaram grande parte da sucata proveniente de cabos de alumínio de cobre, possivelmente furtados da Estação de Tratamento e Esgoto. 
 “O foco do Departamento de Fiscalização foi a verificação dos alvarás de funcionamento e licença da Vigilância Sanitária. Verificamos todos os documentos e acompanhamos as apreensões. Dois estabelecimentos foram interditados, um deles por falta de alvará e o outro por produtos ilícitos e permanecerão fechados até a devida regularização”, informou o diretor de Departamento de Fiscalização, Rodolfo Tibério Penela.
O proprietário do estabelecimento onde foram encontrados os produtos ilícitos, localizado na rua Luiz Lázaro Zamenhoff, foi conduzido a Central de Policia Judiciária (CPJ) onde ficou à disposição do Delegado de Plantão.
O vereador Elton Carvalho, autor da lei nº 20.354, que dispõe sobre a comprovação da origem dos materiais metálicos de cobre, bronze e fibra ótica, também acompanhou a operação.

SANTIAGO - A estatal chilena Codelco, maior produtora de cobre do mundo, disse em uma carta a congressistas nesta semana que até 40% de sua produção de cobre estará em risco caso avancem com um projeto de lei que limita as operações de mineração perto de geleiras, segundo reportagem do diário local El Mercurio.

A carta, enviada pela Codelco ao comitê de Mineração e Energia do Senado chileno, observa que três de suas principais operações de mineração --Andina, El Teniente e Salvador-- seriam afetadas pelas "proibições absolutas" atualmente em consideração no projeto de lei.

“As novas proteções propostas no projeto se sobreporiam às atividades atuais e futuras em Andina, El Teniente e Salvador”, alertaram executivos da Codelco na carta aos membros do Senado, segundo a reportagem de El Mercurio.

As três minas juntas constituem quase 40% da vasta produção de cobre, mostram dados do governo.

O Senado está considerando o projeto de lei de proteção às geleiras ao começar a revisar um projeto de royalties que visa aumentar drasticamente os impostos cobrados dos mineradores de cobre do país, uma manobra que executivos da indústria alertam que poderia condenar muitas das minas do Chile.

*Por: REUTERS