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MUNDO - O negócio de Dung Trans está crescendo. “No ano passado, adicionamos um segundo andar à nossa fábrica. E agora procuramos um novo local quatro vezes maior do que o atual”, diz o empresário. Para sua companhia, a fabricante de eletrônicos Spartronics, a disputa comercial entre China e os Estados Unidos tem sido uma bênção. E ele não está sozinho.

Os Estados Unidos e a China estão envolvidos em uma disputa comercial há mais de dois anos. Entre julho de 2018 e setembro de 2019, os EUA impuseram tarifas de até 25% sobre quase todas as importações da China.

As tarifas tiveram um impacto profundo. Antes do início da disputa, 23% de todas as importações dos EUA vinham da China –mais de 526 bilhões de dólares apenas em 2017. No final de 2019, esse valor caiu para 18% –uma redução de mais de 26 bilhões de dólares.

 “Os dois maiores perdedores com o conflito são os próprios Estados Unidos e a China“, avalia Yasuyuki Sawada, economista-chefe do ADB (Banco de Desenvolvimento Asiático). Uma análise do ADB em 2020 conclui que o PIB (Produto Interno Bruto) e as taxas de emprego em ambos os países serão afetados devido ao conflito.

Para os consumidores dos EUA, a disputa fez com que muitos tivessem que pagar preços mais altos pelos produtos chineses, enquanto para a China, isso levou principalmente a uma perda no valor das exportações, de acordo com uma análise da ONU de novembro de 2019.

Um olhar sobre as maiores exportações chinesas para os EUA confirma que as empresas americanas estavam adquirindo substancialmente menos telefones celulares, computadores e móveis da potência econômica asiática no final de 2019 do que no final de 2017, antes de a guerra comercial começar.

Trégua comercial e pandemia

Em janeiro de 2020, os EUA e a China assinaram a “fase 1” do acordo, visando diminuir as tensões comerciais. Convidou a China a comprar bilhões a mais em produtos americanos, a fim de reduzir o superávit comercial chinês com os EUA. A condição foi considerada irreal antes mesmo de o acordo entrar em vigor. A pandemia piorou a situação.

“As exigências para importações adicionais de produtos americanos parecem muito, muito desafiadoras, dado que o crescimento da economia chinesa será muito mais lento do que o previsto em janeiro”, diz Yasuyuki Sawada. Além disso, o acordo manteve as tarifas existentes em vigor, efetivamente paralisando o conflito em vez de resolvê-lo.

A pandemia que se seguiu efetivamente interrompeu as cadeias de abastecimento globais. Mas a economia da China conseguiu se recuperar a partir do 2º trimestre de 2020. Como uma das primeiras grandes economias a sair do bloqueio, o país foi capaz de fornecer a nações como os EUA os produtos de que precisam.

“Parte disso se deveu ao aumento das exportações de suprimentos e equipamentos de saúde“, ressalta Sawada. As importações de máscaras da China para os Estados Unidos, por exemplo, aumentaram mais de 10 vezes.

Isso foi ajudado pelas muitas exceções tarifárias concedidas pelos Estados Unidos nos últimos meses em relação a produtos como luvas cirúrgicas e máscaras, mas também muitos itens eletrônicos, peças automotivas e outros. Tudo isso impulsionou o comércio entre os EUA e a China quase de volta aos níveis anteriores à disputa.

Mas os efeitos da guerra comercial ainda estão sendo sentidos. Enquanto os preços das importações chinesas subiram durante a disputa, a demanda americana por celulares, computadores, lâmpadas ou impressoras não cessou. Como resultado, os consumidores e fabricantes dos EUA estão mudando para outros países para obter os produtos de que precisam.

Sudeste Asiático e México se beneficiaram

Para alguns, os ganhos desse redirecionamento comercial podem até superar os efeitos negativos da disputa. “Para economias emergentes não chinesas, o impacto positivo predomina“, alerta Sawada. “O ganho parece ser maior para países que podem produzir produtos semelhantes aos fabricados na China.”

Entre os que mais se beneficiaram está o vizinho dos Estados Unidos, o México: entre 2017 e 2019, o país exportou cerca de 4,7 bilhões de dólares a mais para os EUA em decorrência da disputa comercial.

Os bilhões faturados adicionalmente são especialmente significativos para países com PIBs mais baixos, como Vietnã, Malásia ou Taiwan. Entre eles, o Vietnã é o vencedor claro: os 6,4 bilhões de dólares adicionais ganhos durante os 2 anos do conflito são correspondem a quase o dobro de todos os gastos anuais com saúde do país.

Este é o resultado de uma análise DW a partir das importações dos EUA entre 2017 e 2019, visando descobrir quais os países e quais setores, em particular, se beneficiaram mais. Uma pista para a importância de um exportador é a participação de mercado que seus produtos conquistam entre todos os importados por seu parceiro comercial.

Por exemplo, a China fornecia 62% dos computadores importados pelos EUA. No final de 2019, esse valor caiu para 44%, uma perda de mais de 5 bilhões de dólares.

Mas a perda da China foi o ganho de Taiwan e do México: cada um deles ganhou cerca de seis pontos percentuais em participação de mercado. Ao final de 2019, forneciam, respectivamente, 10% e 25% de todos os computadores importados pelos EUA.

Para o México, porém, a pandemia interrompeu os ganhos obtidos nos últimos 2 anos. As importações do México para os EUA despencaram. Até menos produtos chegam do México para os EUA agora do que antes do início da disputa comercial.

Mas, até agora, o Vietnã e outras economias do Sudeste Asiático conseguiram manter seus ganhos. Alguns, como Vietnã e Taiwan, até aumentaram ainda mais suas exportações para os Estados Unidos.

Isso se deve em parte ao fato de países como o Vietnã há muito tempo terem começado a se posicionar como alternativas para a China. “O Vietnã aumentou progressivamente a fabricação, atraindo investidores estrangeiros e aumentando as exportações para os EUA“, diz Khiem Vu, gerente no Vietnã da Global Resources, que agência que conecta empresas a fornecedores na Ásia.

A disputa comercial acelerou a decisão de multinacionais de se mudarem da China, segundo ele. “Muitos forçaram seus atuais fabricantes chineses a transferir a produção para o Vietnã. Por exemplo, o fabricantes chineses que produzem sandálias Crocs construíram fábricas empregando vários milhares de trabalhadores em Phu Tho, para atender apenas o mercado dos Estados Unidos“, frisa.

Demanda por eletrônicos do Vietnã

A Crocs não é a única empresa de calçados fazendo essa mudança. O Vietnã exportou 30% a mais em calçados para os Estados Unidos no final de 2019 do que há dois anos, enquanto as exportações da China diminuíram 15%. “Produtos de mão de obra intensiva com altas tarifas na China, como bolsas, malas, óculos, roupas, móveis e eletrônicos, podem tornar os fornecedores vietnamitas mais competitivos do que nunca“, sublinha Khiem Vu.

A maior mudança é registrada no setor de itens eletrônicos, como os fabricados na Spartronics, assim como celulares e computadores. O Vietnã mais que dobrou suas exportações de celulares para os Estados Unidos entre o final de 2017 e 2019.

Para a Spartronics, a pandemia apenas acelerou o crescimento. “Temos sorte de estar no lugar certo na hora certa“, comemora Dung Tran. Parte de seu negócio vem da fabricação de produtos médicos, como ventiladores e kits de teste para covid-19. “Está crescendo incrivelmente. Nosso superávit está compensando os desafios que enfrentamos em nossos outros segmentos.”

Dung Tran diz que tudo isso trouxe mudanças visíveis no Vietnã. “Eu morava no Vale do Silício, Califórnia. Posso comparar o que estamos experimentando no Vietnã com o boom das pontocom naquela época. Se você já esteve no Vietnã antes e você voltar agora, verá mais prédios, mais arranha-céus.”

A questão, segundo ele, é com que rapidez o país pode ampliar sua infraestrutura para lidar com o crescimento. “De repente, você tem congestionamentos em aeroportos e portos devido ao grande volume de produtos que chegam. O governo está muito empenhado em fazer melhorias, mas vai levar tempo.” E, no momento, é difícil dizer o que os próximos anos trarão.

Esperança de fim da guerra comercial

Ele está confiante de que as mudanças que viu em seus negócios e em todo o Vietnã vieram para ficar. “Acho que o Sudeste Asiático e o Vietnã continuarão crescendo, independentemente dessas questões comerciais.” Mesmo assim, ele prefere o fim da disputa comercial. “Não podemos viver sem a China”, pondera. “Precisamos depender uns dos outros de maneira justa. Isso é muito importante.”

Como mostra esta análise, uma disputa comercial entre dois grandes países hoje quase sempre afeta outros também. “Ipads, Iphones e gadgets agora são produzidos usando redes de cadeia de suprimentos muito complicadas e estreitamente conectadas“, diz Yasuyuki Sawada. “Produtos chineses que enfrentam uma produção mais baixa afetarão os fornecedores de produtos intermediários. Isso vai gerar grandes efeitos colaterais negativos nos países e economias asiáticas.”

Ele também espera o fim das tensões comerciais entre EUA e China. “A região do Pacífico Asiático se beneficiou muito com o comércio aberto nas últimas décadas. Acho que é muito importante, se possível, voltar para antes da era de tensões comerciais EUA-China”.

 

 

 *Deutsche Welle

*PODER360

MUNDO - Os índices acionários da China fecharam em baixa nesta segunda-feira, pressionados pelo setor de consumo após a maior fabricante de bebidas alcoólicas do país, a Kweichow Moutai, registrar crescimento abaixo do esperado no lucro trimestral.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,58%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,82%.

O setor de consumo perdeu 1,35%. A Kweichow Moutai Co Ltd chegou a cair 6,7% depois de a empresa informar que o lucro líquido cresceu 6,9%, para 11,2 bilhões de iuanes (1,67 bilhão de dólares) no terceiro trimestre, abaixo das estimativas de analistas.

O foco dos investidores está em uma importante reunião nesta semana, que começa nesta segunda-feira, em que os principais líderes da China vão delinear o curso econômico do país para 2021-2025, buscando equilibrar crescimento e reformas para evitar a estagnação.

 

  • . Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,09%, a 23.494 pontos.
  • . Em HONG KONG, o índice HANG SENG permaneceu fechado.
  • . Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,82%, a 3.251 pontos.
  • . O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,58%, a 4.691 pontos.
  • . Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,72%, a 2.343 pontos.
  • . Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,08%, a 12.909 pontos.
  • . Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,55%, a 2.523 pontos.
  • . Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,18%, a 6.155 pontos.

 

 

*Reportagem de Winni Zhou e Andrew Galbraith / REUTERS

MUNDO - A China aprovou uma lei que limita as exportações sensíveis para proteger sua segurança nacional, uma disposição além das medidas que poderia usar contra os Estados Unidos no contexto de tensões crescentes entre as duas potências.

A lei, que foi aprovada pelo parlamento chinês no sábado e entrará em vigor em 1º de dezembro, permite que Pequim "tome medidas recíprocas" contra países que não cumpram os controles de exportação, o que representa uma ameaça à segurança nacional.

Os dados técnicos dos produtos mencionados na lei também estarão sujeitos a controles de exportação, conforme o texto.

A ação de Pequim dá maior margem de manobra para responder ao presidente dos EUA, Donald Trump, em sua guerra contra as empresas chinesas de tecnologia.

A Casa Branca sancionou os aplicativos TikTok e WeChat, a gigante chinesa das telecomunicações Huawei e a fabricante de chips Semiconductor Manufacturing International Corp (Smic).

A nova lei, "destinada a salvaguardar os interesses e a segurança nacionais", se soma ao arsenal de regulamentações já em vigor na China, que inclui restrições às exportações de tecnologia avançada e uma lista de empresas consideradas não confiáveis.

"Quando um país ou região não cumpre as medidas de controle de exportação e coloca em risco a segurança nacional e os interesses da República Popular da China, [a China] pode tomar medidas recíprocas", diz a lei.

A lei especifica que as autoridades chinesas estabelecerão "no devido tempo" uma lista de controle de exportação dos produtos em questão.

Cidadãos estrangeiros e empresas estrangeiras também podem ser responsabilizados por violação dos regulamentos de controle de exportação.

As relações comerciais entre Pequim e Washington se deterioraram desde que o governo Trump entrou em uma guerra comercial com Pequim em 2018, resultando em tarifas recíprocas sobre muitos produtos.

 

 

*Por: AFP

MUNDO - O TikTok conseguiu uma prorrogação de último minuto no domingo, quando um juiz federal dos Estados Unidos suspendeu o veto imposto pelo governo de Donald Trump aos downloads do popular aplicativo de vídeos, poucas horas antes da entrada em vigor da medida.

O juiz distrital Carl Nichols emitiu uma ordem judicial temporária para suspender o veto ao pedido do TikTok, que a Casa Branca considera uma ameaça para a segurança nacional, alegando que sua matriz chinesa espiona os usuários a favor do governo de Pequim.

A opinião do juiz não foi divulgada, então não foi possível saber o que motivou a decisão.

O governo Trump queria proibir novos downloads do aplicativo a partir de meia-noite (1h00 de Brasília, segunda-feira) e que os atuais usuários americanos tivessem acesso ao app apenas até 12 de novembro.

O juiz rejeitou o pedido do TikTok de suspender a proibição de 12 de novembro.

A decisão representa uma vitória temporária para o TikTok, que te, 100 milhões de usuários nos Estados Unidos. Mas o tribunal ainda precisa considerar os argumentos legais sobre se a rede social deve permanecer disponível para os americanos.

A plataforma alegou que um bloqueio dos downloads, inclusive temporário, provocaria um dano irreparável ao impedir seu crescimento e prejudicar sua reputação comercial.

Em uma audiência por telefone, algo incomum, o juiz Nichols ouviu no domingo os advogados do TikTok, que pertence à empresa chinesa ByteDance, que argumentaram sobre a liberdade de expressão e a segurança nacional.

Para o advogado John Hall, uma proibição seria "punitiva" e fecharia um fórum público utilizado por dezenas de milhões de americanos.

Em um documento apresentado antes da audiência, os advogados do TikTok consideraram que a proibição era "arbitrária e um capricho", que "abalaria a segurança dos dados" ao bloquear as atualizações e correções do aplicativo utilizado por quase 100 milhões de americanos.

A empresa também alegou que a proibição era desnecessária porque negociações estavam em curso para reestruturar a propriedade do TikTok com o objetivo de abordar as questões de segurança nacional citadas pelo governo.

Os advogados do governo argumentaram que o presidente tem o direito de adotar medidas de segurança nacional e que a proibição era necessária devido aos vínculos do TikTok com o governo chinês por meio da ByteDance.

Um relatório do governo classifica a ByteDance como "porta-voz" do Partido Comunista Chinês, alegando que a empresa está "comprometida a promover a agenda e as mensagens" do partido.

"O presidente determinou que a capacidade (da China) de controlar estes dados representa uma ameaça inaceitável para a segurança nacional e a política externa dos Estados Unidos", afirmou o governo.

Um porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, pediu nesta segunda-feira a Washington que proporcione um ambiente empresarial "justo e não discriminatório" nos Estados Unidos e criticou "a intimidação" contra suas empresas.

O TikTok se tornou o novo símbolo da batalha entre Estados Unidos e China pelo domínio o setor de tecnologia de ponta.

 

 

*Por: AFP

MUNDO - O presidente chinês, Xi Jinping, prometeu reduzir as emissões de carbono e alcançar a "neutralidade carbônica" antes de 2060. A China é o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, mas assumiu perante a Organização das Nações Unidas (ONU), nessa última terça-feira (22), uma agenda climática ousada.

Na reunião anual da Assembleia Geral ONU, Xi Jinping disse que a China pretende adotar metas climáticas muito mais rígidas e até alcançar a "neutralidade de carbono antes de 2060". A redução da emissão de gases poluentes como o carbono pode ser uma forma de pressionar os Estados Unidos, mas pode ser crucial no combate às alterações climáticas.

Em videoconferência da Assembleia Geral da ONU, o presidente chinês renovou o apoio ao Acordo Climático de Paris e pediu que o mundo tenha como foco a proteção do meio ambiente quando ultrapassar a pandemia da covid-19.

"O nosso objetivo é atingir o pico de emissões de CO² antes de 2030 e alcançar a neutralidade de carbono antes de 2060", afirmou o presidente chinês em discurso, acrescentando que a pandemia mostrou que o mundo precisa mudar. Por isso, a China decidiu acelerar o processo a que Xi Jinping chamou de "revolução verde".

"A humanidade não pode ignorar indefinidamente os avisos da natureza e seguir o caminho tradicional de extração de recursos sem investir na conservação, no desenvolvimento à custa da proteção e explorando os recursos sem restauração", disse Xi Jinping, lembrando que o Acordo de Paris, assinado em 2015, era o "mínimo" necessário para proteger a Terra, e, por isso, "todos os países devem dar passos decisivos para cumpri-lo".  Ele pediu ainda que os países "alcancem uma recuperação verde da economia mundial na era pós-covid".

"Apelamos a que todos os países procurem um desenvolvimento inovador, coordenado, verde e aberto para todos", afirmou, sugerindo que as nações "aproveitem as oportunidades históricas apresentadas por uma nova etapa da revolução científica e tecnológica e pela transformação industrial".

A confirmar-se, a meta chinesa será crucial para o sucesso dos objetivos climáticos mundiais, principalmente para manter a temperatura média global abaixo dos dois graus celsius acima dos níveis pré-industriais, fechada no Acordo de Paris de 2015.

Este já é considerado o maior compromisso da China com o combate às alterações climáticas, segundo o New York Times, e poderá pressionar o presidente norte-americano Donald Trump, que considera o aquecimento global um "embuste".

As emissões da China caíram drasticamente durante o confinamento imposto devido à covid-19 no início do ano, mas as emissões locais de muitas cidades voltaram aos níveis normais desde a retomada das atividades. No entanto, é preciso lembrar que para a China recuperar e acelerar o crescimento econômico, aumentou o número de projetos a carvão e de indústrias poluentes, o que tem gerado preocupação a ambientalistas e à comunidade internacional.

 

 

*Por: RTP

PEQUIM - Os preços ao produtor na China recuaram no ritmo anual mais lento em cinco meses em agosto conforme a segunda maior economia do mundo e suas indústrias continuam a se recuperar das perdas causadas pela pandemia de coronavírus.

Os preços anuais ao produtor caíram pelo sétimo mês seguido, mas a um ritmo mais lento, enquanto os preços ao consumidor viram alta moderada devido aos custos da carne suína. Entretanto, o núcleo dos preços ao consumidor avançou na comparação mensal pela primeira vez desde que a pandemia de coronavírus piorou na China em janeiro.

"Olhando a volatilidade nos preços dos alimentos, o impacto desinflacionário mais amplo da Covid-19 continua a diminuir", disse Julian Evans-Pritchard, economista sênior da Capital Economics.

O índice de preços ao produtor recuou 2,0% em agosto na comparação com o mesmo período do ano anterior, informou nesta quarta-feira a Agência Nacional de Estatísticas. O resultado ficou em linha com as expectativas em pesquisa da Reuters, mas o recuo foi mais modesto do que a queda de 2,4% em julho.

Já o índice de preços ao consumidor avançou 2,4% no mês passado sobre o ano anterior, como esperado, mas abaixo da taxa de 2,7% em julho, já que a inflação dos alimentos diminuiu devido aos preços da carne suína.

A inflação da carne suína perdeu força no mês passado diante de uma base mais alta há um ano, quando os preços começaram a saltar em agosto de 2019 devido à febre suína africana. Os preços da carne suína saltaram 52,6% em agosto sobre o ano anterior, contra 85,7% em julho.

O núcleo da inflação, excluindo os preços voláteis de alimentos e energia, avançaram 0,5% em agosto sobre o ano anterior, o mesmo que em julho, sugerindo que a demanda doméstica continua fraca.

Na base mensal o núcleo da inflação subiu 0,1% em agosto, primeira alta mensal desde janeiro, enquanto os preços ao produtor avançaram 0,3%, de 0,4% em julho.

 

 

*Reportagem de Stella Qiu e Ryan Woo/ REUTERS

MUNDO - O exército da Índia acusou nesta segunda-feira (31) a China de executar movimentos de "provocação" na fronteira comum no Himalaia, onde no mês de junho 20 soldados indianos morreram em confrontos.

Um comunicado divulgado pelo ministério indiano da Defesa afirma que o incidente aconteceu no sábado à noite, mas não explica se resultou em um novo confronto.

As tropas do Exército Popular de Libertação da China "executaram movimentos militares provocativos para mudar o status quo", afirma o comunicado, antes de destacar que as partes iniciariam negociações militares nesta segunda-feira.

Em 15 de junho, soldados dos dois países lutaram corpo a corpo na zona de fronteira e 20 militares indianos morreram no confronto. A China também reconheceu baixas, mas não divulgou um número.

Índia e China trocam acusações sobre as tensões na fronteira, que foi cenário de uma guerra em 1962 e de vários incidentes desde então.

Desde junho, China e Índia enviaram dezenas de milhares de soldados à região. As negociações militares e diplomáticos para tentar apaziguar a tensão parecem estagnadas.

 

 

*Por: AFP

MUNDO - Estados Unidos e China, as duas superpotências do século XXI, estão definitivamente mergulhadas em um cenário de uma nova guerra fria, com sanções, restrições, acusações, confrontos comerciais, diplomáticos e tecnológicos cada vez mais acirrados, com consequências ainda incertas para o mundo.

Em janeiro deste ano, as duas superpotências mundiais assinaram um acordo na Casa Branca, tratado como uma etapa importante para colocar um ponto final no clima constante de guerra comercial e de desavenças. Tudo parecia ir bem, até a chegada da pandemia, que fez o ambiente voltar a ser carregado, com tensões e desconfianças ideológicas, inclusive a respeito da origem do vírus, que permanece ativo em todo o planeta.

A crise teve um avanço significativo a partir de 2018 e a forte disputa por hegemonia mundial – em campos como corrida tecnológica e espacial, poderio militar, domínio geopolítico e comercial e agora também na busca da primeira vacina para a Covid-19, deve ter impactos imprevisíveis, que devem definir o futuro da Globalização.

 

Fechamento de consulados e proibição do TikTok

Os últimos capítulos dessa novela foram os fechamentos do Consulado chinês em Houston (EUA) e do consulado americano em Chengdu (China) e o anúncio, feito pelo presidente Donald Trump, de que irá proibir a rede social chinesa TikTok nos Estados Unidos, alegando que a plataforma pode estar a serviço de espionagem por parte do setor de inteligência chinês.

Especialista em direito internacional, o professor Acácio Miranda avalia que a ação retaliatória de fechamento dos consulados não representa riscos reais nas relações, mas aponta que existem divergências. “Formalmente, os consulados são representações comerciais, razão pela qual não há riscos para as relações entre as duas nações, pelo menos nesse atual momento. Apesar disso, é um indicativo de que uma série de problemas entre as duas superpotências devem ser superados”, opina.

O professor acredita que esse cenário de confronto constante pode sofrer uma virada de rumo, caso o atual presidente Donald Trump não ganhe as eleições americanas, previstas para ocorrerem em setembro.  “Se o cenário de favoritismo do candidato democrata Joe Biden for confirmado, a política externa americana deverá ser abruptamente alterada, voltando a um paradigma conciliatório, em consonância aos oito anos de Barack Obama”, espera Acácio.

 

Nova potência Mundial

Na área econômica e comercial, o ímpeto chinês em tomar a dianteira mundial e a dependência que países de todo o globo possuem do gigante asiático chamam a atenção de especialistas. Economista e advogado, o professor Alessandro Azzoni cita o fato de que, com a crise da Covid-19, várias indústrias mundiais foram afetadas pela falta de componentes internos e matéria prima oriunda da China. “O mundo criou uma dependência dos produtos chineses e o governo Trump, que é extremamente nacionalista, percebeu essa dependência”, explica o professor.

Ele acredita ser inevitável que a China assuma o protagonismo e seja a grande potência mundial a partir de 2030, acima dos EUA. “A política expansionista comercial dos chineses é absurda e isso inclui a criação de novas rotas de comércio em todo o continente asiático, avançando para Europa, além de rotas marítimas para outros mercados mundiais”, aponta Azzoni.  

 

PERFIL DAS FONTES

Alessandro Azzoni é advogado e economista, especialista em direito ambiental, com atuação nas áreas do Civil, Trabalhista e Tributário. É mestre em Direito da Universidade Nove de Julho, especializado em Direito Ambiental Empresarial pela Faculdade Metropolitanas Unidas (FMU). Graduado em direito pela FMU. Bacharel em Ciências Econômicas pela FMU.  Professor de Direito na Universidade Nove de Julho (Uninove). É Conselheiro Deliberativo da ACSP - Associação Comercial de São Paulo; Coordenador do NESA –Núcleo de Estudos Socioambientais – ACSP - Associação Comercial de São Paulo; Conselheiro membro do conselho de Política Urbana - ACSP - Associação Comercial de São Paulo; Membro da Comissão de Direito Ambiental OAB/SP.

Acácio Miranda da Silva Filho é Doutorando em Direito Constitucional pelo IDP/DF. Mestre em Direito Penal Internacional pela Universidade de Granada/Espanha. Cursou pós-graduação lato sensu em Processo Penal na Escola Paulista da Magistratura e em Direito Penal na Escola Superior do Ministério Público de São Paulo. É especialista em Teoria do Delito na Universidade de Salamanca/Espanha, em Direito Penal Econômico na Universidade de Coimbra/IBCCRIM e em Direito Penal Econômico na Universidade Castilha - La Mancha/Espanha. Tem extensão em Ciências Criminais, ministrada pela Escola Alemã de Ciências criminais da Universidade de Gottingen, e em Direito Penal pela Universidade Pompeu Fabra.

MUNDO - A China suavizou as condições de entrada para os cidadãos de 36 países europeus, facilitando o acesso ao visto para as pessoas que já têm permissão de residência mas que estão bloqueadas no exterior há quatro meses devido à pandemia de coronavírus.

A China, onde o novo coronavírus foi detectado no vim de 2019, fechou as fronteiras no fim de março, quando a epidemia se propagava por muitos países. Os estrangeiros que têm permissão de residência no país ficaram bloqueados no exterior, sem a possibilidade de retornar ao território chinês.

Várias embaixadas da China na Europa, no entanto, publicaram nesta quarta-feira um comunicado que estipula que as pessoas em posse de uma permissão de residência válida podem "solicitar um visto chinês de forma gratuita".

A lista de países inclui Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Polônia, Reino Unido e Suíça.

Desde o fim de março, alguns estrangeiros conseguiram retornar à China, como os diplomatas e alguns empresários, técnicos ou docentes. Mas estes últimos precisavam de uma carta de convite das autoridades locais, algo que poderia ser difícil de obter, e precisavam pagar pelo visto.

O comunicado divulgado pela embaixada chinesa na Alemanha explica que a carta de convite não será mais exigida para a obtenção do visto.

Apesar da flexibilização na concessão do visto, qualquer pessoa procedente do exterior deve passar por uma quarentena de 14 dias na chegada ao país.

Enquanto a epidemia parece ressurgir em pontos da Europa, a China praticamente erradicou a doença em seu território. Nesta quinta-feira, o país anunciou apenas 25 novos casos de contágio, 16 deles em pessoas que chegaram do exterior.

A China não registra nenhuma morte provocada pela COVID-19 desde maio, de acordo com os números oficiais. Alguns focos de contágio, porém, foram registrados em diversas regiões, sobretudo em Pequim, no nordeste e noroeste do país.

O balanço da epidemia na China registra oficialmente quase 85.000 casos e 4.634 mortes.

 

 

*Por: AFP

MUNDO - A China anunciou nesta segunda-feira (10) sanções contra 11 funcionários norte-americanos, por interferência nos assuntos de Hong Kong, depois de os Estados Unidos terem adotado medidas semelhantes contra várias autoridades da região semiautônoma chinesa.

As sanções impostas por Pequim afetam os senadores republicanos Ted Cruz e Marco Rubio, entre outros, informou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhao Lijian.

Zhao exigiu aos Estados Unidos que parem de interferir nos assuntos internos da China. "A China decidiu impor sanções a algumas pessoas que se comportaram mal em questões relacionadas com Hong Kong", afirmou.

O líder da organização de defesa dos Direitos Humanos Human Rights Watch (HRW), Kenneth Roth, também foi visado.

A decisão é semelhante a uma medida retaliatória adotada por Pequim em meados de junho, quando baniu a entrada na China de membros do Congresso dos EUA e de um diplomata, depois de Washington ter feito o mesmo a líderes do Partido Comunista da China (PCC), devido a alegado envolvimento em abusos contra membros de minorias étnicas chinesas, de origem muçulmana, na região de Xinjiang, no extremo noroeste da China.

Na sexta-feira (7), Washington anunciou sanções contra 11 dirigentes de Hong Kong, incluindo a chefe do Executivo, Carrie Lam, acusados de restringir a autonomia do território e a "liberdade de expressão e reunião".

O responsável pela polícia de Hong Kong, o secretário da Segurança e o da Justiça encontram-se também entre os atingidos pela medida.

A Lei de Segurança Nacional, imposta no fim de junho por Pequim a Hong Kong, "não apenas minou a autonomia do território, mas igualmente violou os direitos dos seus habitantes, permitindo aos serviços de segurança da China continental operar com toda a impunidade na região", segundo o governo norte-americano.

 

 

*Por RTP

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