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UCRÂNIA - O britânico Paul Urey, que foi capturado e detido como mercenário em abril por forças pró-Rússia no leste da Ucrânia, morreu em 10 de julho, anunciaram hoje as autoridades separatistas.

"Apesar da gravidade dos (seus) crimes, Paul Urey estava a receber assistência médica adequada. Apesar disso, diante do seu diagnóstico e do 'stress', morreu em 10 de julho", disse a responsável pelos direitos dos separatistas na de Donetsk, Daria Morozova, na rede social Telegram.

Daria Morozova afirmou que Paul Urey era um mercenário e não um trabalhador humanitário, como argumentam a sua familia e empregador.

Uma organização sem fins lucrativos com sede no Reino Unido, Presidium Network, anunciou em 29 de abril que dois trabalhadores humanitários, Paul Urey e Dylan Healy, haviam sido capturados pelo Exército russo.

A mãe de Urey indicou que o seu filho estava numa missão humanitária, que sofria de diabetes e precisava de insulina.

Natural de Manchester, no norte da Inglaterra, Paul Urey é apresentado pela Presidium Network como um homem de família que não serviu no Exército mas passou oito anos no Afeganistão como empresário, enquanto Dylan Healy trabalhou numa cadeia de hotéis no Reino Unido.

Morozova disse hoje na sua publicação que as autoridades britânicas sabiam que Urey estava detido pelas forças armadas de Donetsk, mas que não fizeram nada pelo cidadão do Reino Unido.

Daria Morozova acusa Urey de ter "dirigido operações militares, recrutado e treinado mercenários para bandos armados ucranianos".

Segundo a responsável separatista, Urey sofria de diabetes, problemas renais, respiratórios e cardíacos, além de sofrimento psíquico.

O mesmo território separatista de Donetsk, cuja independência Moscovo reconheceu pouco antes de seu ataque de 24 de fevereiro à Ucrânia, condenou dois outros britânicos e um marroquino à pena de morte por serem mercenários.

No Telegram, Morozova não disse nada sobre Dylan Healy, que foi capturado junto com Paul Urey, de acordo com a Presidium Network.

 

 

Por: LUSA

NOTÍCIAS AO MINUTO

UCRÂNIA - A Rússia reagiu a um ataque ucraniano e bombardeou a cidade de Bakhmut na noite de quarta-feira (13) e a manhã desta quinta-feira (14). As informações são do jornal O Globo e do jornal The Guardian.

O ataque russo seria uma represália aos ucranianos, que usaram o sistema de mísseis Himars, fornecido pelos Estados Unidos, em um local de defesa aérea russo, na cidade de Luhansk.

De acordo com Pavlo Kyrylenko, governador de Donetsk, uma pessoa e cinco ficaram feridas após os ataques. A cidade é considerada o centro administrativo da região de Donbas.

Nas redes sociais, o político afirmou que os russos estavam “constantemente bombardeando todo o território livre da região de Donetsk”.

O ataque a Luhansk, comandada por separatistas apoiados pela Rússia, foi confirmado por autoridades da cidade nesta quarta-feira.

 

 

ISTOÉ

KIEV - A Ucrânia lançou ataques com foguetes de longo alcance contra forças russas no sul do país e destruiu um depósito de munição, disseram os militares ucranianos, enquanto a Rússia continuava a atacar o leste do país.

O ataque a Nova Kakhovka, na região de Kherson, matou 52 pessoas, disseram militares da Ucrânia na terça-feira. As autoridades da cidade instaladas pela Rússia disseram que pelo menos sete pessoas foram mortas e cerca de 70 ficaram feridas, informou a agência de notícias russa Tass.

O ataque ocorreu depois que Washington forneceu à Ucrânia sistemas avançados de artilharia móvel Himars, que Kiev diz que suas forças estão usando com eficiência crescente.

A Reuters não pôde verificar independentemente os relatos do campo de batalha.

"Com base nos resultados de nossas unidades de foguetes e artilharia, o inimigo perdeu 52 (pessoas), um obus Msta-B, um morteiro e sete veículos blindados, bem como um depósito de munição em Nova Kakhovka", afirmou o comando militar do sul da Ucrânia em comunicado.

Autoridades pró-Rússia disseram que o ataque matou civis.

A área é de importância estratégica por causa de seu acesso ao Mar Negro, um setor agrícola antes próspero e localização ao norte da Crimeia, anexada à Rússia.

Vídeos não verificados postados nas mídias sociais mostraram uma imensa bola de fogo em erupção no céu noturno. Imagens divulgadas pela mídia estatal russa mostraram um terreno baldio coberto de escombros e restos de edifícios.

"Ainda há muitas pessoas sob os escombros. Os feridos estão sendo levados para o hospital, mas muitas pessoas estão sitiadas em seus apartamentos e casas", disse Vladimir Leontyev, chefe da administração civil-militar do distrito de Kakhovka, instalada pela Rússia, segundo a Tass.

Ele afirmou que depósitos, lojas, uma farmácia, postos de gasolina e uma igreja foram atingidos.

O Ministério da Defesa ucraniano não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre o tipo de arma usada.

A Rússia continuou a atacar o leste da Ucrânia em um esforço para ganhar o controle da província de Donetsk e toda a região industrial de Donbas. No início deste mês, Moscou capturou a província de Luhansk, que compõe o resto de Donbas.

A Rússia diz querer arrancar Donbas da Ucrânia em nome dos separatistas apoiados por Moscou em duas autoproclamadas Repúblicas populares cuja independência reconheceu às vésperas da guerra.

A Ucrânia está se preparando para o que espera ser uma nova e grande ofensiva russa no leste.

 

 

Por Tom Balmforth e Pavel Polityuk / REUTERS

RÚSSIA - Relatório britânico detalha que a escassez de pessoal das forças armadas russas pode estar a forçar Moscovo a recorrer a pessoal de prisões russas para o grupo Wagner - empresa considerada com ligações ao presidente russo Vladimir Putin.

As tropas russas continuam a fazer pequenos ganhos territoriais em Donetsk depois de alegarem ter tomado o controle da cidade de Hryhorivka.

Segundo o Ministério da Defesa do Reino Unido, as forças russas mantêm o ataque ao longo da principal rota de abastecimento do E-40 (hidrovia E-40 é uma rota de transporte navegável que liga o Mar Báltico e o Mar Negro) em direção às cidades de Slovyansk e Kramatorsk.

O relatório de inteligência britânico aponta ainda que os russos poderão estar a reagrupar e a construir novas ofensivas para um futuro próximo. O documento detalha ainda que a escassez de pessoal das forças armadas russas pode estar a forçar Moscovo a recorrer ao recrutamento não tradicional, onde se inclui pessoal de prisões russas para o grupo Wagner, uma empresa paramilitar com alegadas ligações ao presidente russo Vladimir Putin.

“Se for verdade, este movimento provavelmente indica dificuldades em substituir o número significativo de baixas russas”, aponta o Ministério da Defesa do Reino Unido.

O grupo russo Wagner, que é financiado por Yevgeny Prigozhin, um amigo de Putin, tem mais de 2.000 homens na RCA, divididos entre Bangui, Berengo e a parte interior do país. Segundo a revista African Report, muitos dos mercenários experientes da Wagner começaram as suas 'carreiras' no Donbass, Ucrânia.

O líder operacional do grupo e número dois do Prigozhin, Dmitry Utkin, lutou no Donbass. Este autoproclamado neonazi terá comandado unidades mercenárias, em finais de 2014 e princípios de 2015, sob a bandeira do 'Corpo Eslavo', o antecessor não oficial da Wagner.

Refira-se que a generalidade da comunidade internacional condenou a Rússia por ter iniciado a guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 139.º dia.

A União Europeia e vários países ocidentais têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra a Rússia e fornecido armas à Ucrânia.

Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será consideravelmente elevado.

 

 

NOTÍCIAS AO MINUTO

Segundo o Estado-Maior da Ucrânia, é esperada uma intensificação das hostilidades em breve.

 

UCRÂNIA - A Rússia voltou a 'abrir fogo' contra a segunda maior cidade ucraniana, Kharkiv, bem como sobre outras cidades no leste do país, depois de terem sido confirmadas 18 mortes na sequência de um ataque sobre um bloco residencial em Chasiv Yar, segundo avançado esta segunda-feira pelas autoridades ucranianas.

Um edifício de apartamentos foi atingido por um míssil durante esta noite em Kharkiv, de acordo com as autoridades locais, aqui citadas pela Reuters. Segundo a informação avançada na rede social Telegram por Oleh Synyehubov, governador de Kharkiv, três pessoas morreram e outras 28 (incluindo um adolescente de 16 anos) ficaram feridas na sequência deste ataque.

O Estado-Maior da Ucrânia acrescentou ainda que as forças russas tinham lançado uma onda de bombardeamentos no leste do país, numa altura em que Moscovo procura assumir o controlo do Donbass. A mesma fonte destacou que essas iniciativas anunciam uma futura intensificação das hostilidades.

Estas informações surgem depois de terem sido confirmadas já 18 mortes na sequência de um ataque, no sábado à noite, sobre um bloco residencial em Chasiv Yar, de acordo com os serviços de emergência locais. As estimativas apontam para que cerca de duas dezenas de pessoas estejam ainda presas nos escombros.

O chefe de gabinete presidencial de Volodymyr Zelensky, Andriy Yermak, considerou que esse incidente foi "outro ataque terrorista" e que a Rússia deveria ser designada como patrocinador estatal do terrorismo.

Tudo isto acontece após o Kremlin ter declarado 'vitória' em Lugansk, estando agora as suas tropas focadas em conquistar a região vizinha, Donetsk. O objetivo, segundo prometido pelo presidente Vladimir Putin, passa por entregar o controlo do Donbass aos separatistas pró-russos que declararam a independência face a Kyiv.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro e, desde então, tem vindo a designar o conflito de "operação militar especial" para desmilitarizar a Ucrânia e "livrá-la" dos nacionalistas.

Aquele que é visto como o maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial já matou mais de quatro mil civis, de acordo com os dados da Organização das Nações Unidas (ONU), e causou uma enorme destruição em várias partes do país. Mais de 5,5 milhões de ucranianos foram, consequentemente, obrigados a abandonar o país.

 

 

NOTÍCIAS AO MINUTO

KIEV - Forças ucranianas hastearam nesta quinta-feira sua bandeira nacional em uma ilha do Mar Negro recapturada, em um símbolo de desafio contra Moscou, mas forças russas consolidaram ganhos no leste da Ucrânia e sondaram as defesas de potenciais novos alvos.

Moscou respondeu rapidamente à cerimônia de hasteamento da bandeira. Disse que um de seus aviões de guerra atingiu a Ilha da Serpente pouco depois e destruiu parte do destacamento ucraniano lá.

A pequena ilha, localizada a cerca de 140 km ao sul da cidade portuária ucraniana de Odessa, é estrategicamente importante, pois protege as rotas marítimas. A Rússia a abandonou no final de junho no que disse ter sido um gesto de boa vontade --uma vitória para a Ucrânia que Kiev espera que possa afrouxar o bloqueio de Moscou aos portos ucranianos.

Imagens divulgadas pelo Ministério do Interior da Ucrânia na quinta-feira mostraram três soldados ucranianos levantando a bandeira nacional azul e amarela em um pedaço de terra na Ilha da Serpente, próximo aos restos de um prédio destruído.

"Glória aos soldados ucranianos", afirmou o ministério no Twitter.

Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano, sugeriu que o momento seria repetido em toda a Ucrânia nos próximos meses.

"A bandeira da Ucrânia está na Ilha da Serpente. À nossa frente estão muitos outros vídeos de cidades ucranianas que estão atualmente sob ocupação temporária", escreveu ele no Telegram.

O ataque de mísseis da Rússia aos novos moradores da ilha causou danos significativos ao seu cais, disse o porta-voz da administração regional de Odessa, Serhiy Bratchuk.

Bratchuk disse que mais dois mísseis russos atingiram e destruíram dois depósitos de grãos em sua região contendo 35 toneladas de grãos.

Em Moscou, o Ministério da Defesa russo afirmou que várias tropas ucranianas desembarcaram na ilha antes do amanhecer e tiraram fotos com a bandeira.

"Uma aeronave das Forças Aeroespaciais Russas lançou imediatamente um ataque com mísseis de alta precisão na Ilha da Serpente, e como resultado disso parte do pessoal militar ucraniano foi destruído", disse o porta-voz do ministério, Igor Konashenkov.

Enquanto isso, as forças russas no leste da Ucrânia mantiveram a pressão sobre as tropas ucranianas que tentavam manter a linha ao longo da fronteira norte da região de Donetsk, em preparação para uma nova ofensiva mais ampla contra elas.

Depois de tomar a cidade de Lysychansk no domingo e efetivamente consolidar seu controle total da região ucraniana de Luhansk, Moscou deixou claro que planeja capturar partes da região vizinha de Donetsk que ainda não conquistou. Kiev ainda controla algumas grandes cidades.

 

 

Por Max Hunder / REUTERS

KIEV - A Ucrânia até agora frustrou uma tentativa de avanço russo para o norte de sua região de Donetsk, mas a cidade de Sloviansk e outras áreas civis estão sendo fortemente bombardeadas, disseram autoridades ucranianas nesta quarta-feira.

A Rússia aumentou seu foco em Donetsk, onde a parte sul já é controlada por ela e seus representantes, depois de concluir a captura da região vizinha de Luhansk no domingo com a tomada de Lysychansk, que agora está em ruínas.

Moscou diz que expulsar totalmente os militares ucranianos de ambas as regiões é fundamental para o que chama de "operação militar especial" para garantir sua própria segurança, uma ofensiva de quatro meses que o Ocidente classifica de guerra de agressão não provocada.

Donetsk e Luhansk formam Donbas, a parte industrializada do leste da Ucrânia que vive a maior batalha na Europa em gerações e que a Rússia quer tomar o controle em nome dos separatistas apoiados por Moscou em duas autoproclamadas repúblicas populares.

Autoridades ucranianas disseram que fortes combates estavam ocorrendo enquanto as forças russas tentavam avançar de Luhansk para a região de Donetsk e para a cidade de Sloviansk.

"Estamos segurando o inimigo na fronteira da região de Luhansk e da região de Donetsk", afirmou o governador de Luhansk, Serhiy Gaidai, à televisão ucraniana.

Ele disse que o Exército regular russo e as forças de reserva foram enviados para lá em um aparente esforço para cruzar o rio Siverskiy Donets e que dois pequenos assentamentos dentro das fronteiras de Luhansk foram palco de combates ferozes.

"A região de Luhansk ainda está lutando. Quase todo o território foi capturado, mas em dois assentamentos os combates estão em andamento", declarou ele em uma entrevista em vídeo.

Gaidai e outras autoridades ucranianas disseram que as forças russas estão atacando alvos na região de Donetsk com artilharia.

Vadym Lyakh, prefeito de Sloviansk, contou em um vídeo na quarta-feira que a cidade foi bombardeada nas últimas duas semanas.

"A situação é tensa", disse ele, falando um dia depois que autoridades locais disseram que forças russas atacaram um mercado e uma área residencial em Sloviansk e mataram pelo menos duas pessoas.

A Rússia diz que não tem civis como alvo.

Lyakh afirmou que 17 moradores foram mortos e 67 ficaram feridos desde que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou que suas tropas entrassem na Ucrânia em 24 de fevereiro.

 

 

Por Pavel Polityuk e Max Hunder / REUTERS

UCRÂNIA - O exército russo prossegue nesta segunda-feira (4) com os bombardeios no leste da Ucrânia e avança com o plano de conquistar toda a região do Donbass após a queda cidade estratégica de Lysychansk, no momento em que começa uma conferência internacional na Suíça para traçar um roteiro para a reconstrução da Ucrânia.

O Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas anunciou no domingo à noite a retirada de Lysychansk, cenário de combates violentos nas últimas semanas, e reconheceu a "superioridade" das tropas russas nesta região de Lugansk, leste da Ucrânia.

Após a tomada de Lysychansk, peça central do plano de conquista desta bacia industrial do Donbass, majoritariamente russófona e controlada parcialmente pelos separatistas pró-Rússia desde 2014, o exército russo parece concentrar agora os esforços em Sloviansk e Kramatorsk, duas importantes cidades situadas mais ao oeste, que foram atingidas sem trégua desde domingo.

Em um discurso no domingo à noite, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tentou manter as aparências e citou outras frentes de batalha na região de Kharkiv (nordeste) ou Kherson (sul), onde afirmou que o país conseguiu "progressos".

"Chegará o dia em que falaremos o mesmo sobre o Donbass", declarou Zelenski.

Em Sloviansk, cidade que tinha quase 100.000 habitantes antes da guerra, seis pessoas morreram, incluindo uma menina de nove anos, em bombardeios russos. "O nome dela era Eva. Ela completaria 10 anos em agosto", disse Zelensky em seu discurso.

As autoridades ucranianas pediram à população que abandone esta região. A linha de frente fica a poucos quilômetros de Sloviansk.

Em Siversk, quase 20 km ao oeste de Lysychansk, as tropas ucranianas desejam estabelecer uma linha de defesa entre esta cidade e Bakhmut para proteger Sloviansk e Kramatorsk, que têm um elevado valor simbólico.

Os moradores contaram à AFP que os bombardeios em Siversk ficaram mais intensos nos últimos dias.

"O inimigo intensificou os bombardeios contra nossas posições na direção de Bakhmut", confirmou o Estado-Maior do exército ucraniano em um boletim.

Na Ucrânia, ninguém ousa prever o tempo de duração da guerra.

"No início, os analistas diziam que a guerra terminaria rapidamente. Depois afirmaram que terminaria no Dia da Constituição (28 de junho), depois no Dia da Independência (24 de agosto) e agora não falam nada", declarou à AFP Lyudmila Yashchuk, uma moradora de Kiev de 55 anos.

 

- Reconstrução -

Na cidade de Bucha, alvo de ataques extremamente violentos no início da guerra, alguns moradores começaram a plantar flores ao pé dos prédios ou a reconstruir seus jardins. Mas a maioria dos habitantes não se atreve a pensar na reconstrução da localidade, quando o resultado dos combates permanece tão incerto.

Na cidade, o estigma dos combates permanece visível em todos os cantos: janelas quebradas, marcas de tiros, paredes com buracos.

"Nós deitamos sem saber se vamos acordar amanhã", conta Vera Semeniuk, de 65 anos. "Todos voltaram e estão começando a reparar as casas, muitos estão colocando janelas novas. Seria terrível se voltasse a acontecer e tivéssemos que deixar tudo de novo".

Enquanto o resultado da guerra permanece incerto, a Conferência de Lugano, que já estava programada para acontecer antes de a Rússia invadir a Ucrânia no fim de fevereiro, tentará nesta segunda-feira e na terça-feira traçar as linhas da futura reconstrução da Ucrânia.

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Schmigal, e o presidente do Parlamento, Ruslan Stefanchuk, chegaram a Lugano no domingo.

Eles devem ter uma reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para estabelecer as bases do "Plano Marshall" para a Ucrânia, apesar da impossibilidade de vislumbrar o fim da guerra e dos cálculos para a reconstrução do país que oscilam de dezenas e centenas de bilhões de dólares.

Robert Mardini, diretor geral do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, disse que embora a verdadeira reconstrução tenha que esperar até o fim dos combates, é vital dar "uma perspectiva positiva aos civis".

A ministra das Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, apresentará um grande plano para ajudar a Ucrânia a longo prazo, com a participação na reconstrução do país assim que a guerra com a Rússia terminar.

Por sua vez, o Comitê Olímpico Internacional triplicará sua ajuda financeira direta aos atletas ucranianos visando os Jogos de Paris de 2024 e depois os Jogos de Inverno de 2026, anunciou o presidente do COI, Thomas Bach.

Em visita a Kiev no domingo, Bach, que discursou ao lado do presidente ucraniano, também indicou que "não chegou a hora" de modificar a posição do COI, que recomendou a exclusão de atletas russos e bielorrussos de todos os eventos esportivos internacionais.

 

 

AFP

UCRÂNIA - Forças da Ucrânia travaram um combate no sábado, 02, com tropas russas e separatistas em Lysychansk, um dos últimos redutos ucranianos na bacia do Donbass, leste do país.

"Os combates são intensos em torno de Lysychansk. Felizmente, a cidade não está cercada e está sob o controle do Exército ucraniano", disse o porta-voz da Guarda Nacional ucraniana, Ruslan Muzychuk.

Um representante da "milícia popular de Luhansk" havia assegurado pouco antes que essa força separatista e as tropas russas "ocuparam as últimas posições estratégicas, o que nos permite afirmar que a cidade de Lysychansk está completamente cercada", o que a Ucrânia negou.

Além disso, a Ucrânia denunciou o "terror russo deliberado" e renovou os pedidos por sistemas antimísseis ocidentais após ataques mortais na região de Odessa.

Segundo autoridades militares e civis ucranianas, pelo menos 21 pessoas, incluindo um menino de 12 anos, foram mortas nesta sexta-feira por três mísseis russos que destruíram "um grande edifício" e "um complexo turístico" em Serhiivka, uma cidade na costa do Mar Negro, a cerca de 80 km de Odessa, no sul da Ucrânia.

"Isso é terror russo deliberado e não erros ou um ataque acidental com mísseis", denunciou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na noite de sexta-feira, enquanto as autoridades locais asseguraram que "não havia qualquer alvo militar" no local dos ataques.

Em resposta às acusações ucranianas, o Kremlin garantiu que "as forças armadas da Rússia não operam contra alvos civis" na Ucrânia, uma reação descrita como "desumana e cínica" por Berlim.

De acordo com Kiev, os ataques em Serhiivka feriram 38 pessoas, incluindo cinco crianças, duas delas em estado grave.

"Peço aos nossos parceiros que forneçam à Ucrânia sistemas de defesa antimísseis o mais rápido possível. Ajudem-nos a salvar vidas", implorou o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kouleba, chamando a Rússia de "Estado terrorista".

 

- 'Perdas pesadas' -

De acordo com o exército ucraniano, os projéteis usados contra Serhiivka foram mísseis de cruzeiro soviéticos datados da Guerra Fria e projetados para atacar porta-aviões, do mesmo tipo daqueles que atingiram um shopping center em Kremenchuk (centro da Ucrânia) em plena luz do dia na segunda-feira matando pelo menos 19 pessoas.

Zelensky reconheceu que a situação continua "extremamente difícil" em Lysytchansk, onde a maior parte dos combates está concentrada e onde os russos "tentam cercar" o Exército ucraniano "pelo sul, leste e oeste", segundo o governador local, Serguiï Gaïdaï.

Zelensky reconheceu que a situação continua "extremamente difícil" em Lysytchansk, onde a maior parte dos combates está concentrada e onde os russos "tentam cercar" o Exército ucraniano "pelo sul, leste e oeste", segundo o governador local, Serguiï Gaïdaï.

De acordo com o governador da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, quatro civis foram mortos e 12 feridos em Sloviansk desde a manhã de sexta-feira.

 

- Bombardeios diários -

Sloviansk, que fica na província de Donetsk, é bombardeada dia e noite há uma semana. Quatro civis morreram e 12 ficaram feridos nas últimas 24 horas, segundo o governador regional, Pavlo Kyrylenko.

"O Exército russo continuou hoje disparando mísseis contra nossas cidades", afirmou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em seu pronunciamento diário, citando ataques em seis cidades até a noite. "Um combate feroz continua ao longo de toda a linha de frente no Donbass", assinalou, acrescentando que "a atividade do inimigo se intensifica na região de Kharkov".

 

- Roteiro para a reconstrução -

Zelensky mostrou-se hoje na expectativa da conferência que irá discutir na próxima segunda-feira, na Suíça, a reconstrução da Ucrânia. Líderes de uma dúzia de países e organizações internacionais estarão em Lugano com o objetivo de entregar um roteiro para a recuperação da Ucrânia.

Reconstruir o país "requer investimentos colossais, bilhões, novas tecnologias, melhores práticas, novas instituições e, certamente, reformas", antecipou Zelensky. Segundo ele, 10 regiões da Ucrânia foram afetadas pela guerra, com povoados e vilarejos que precisam ser "reconstruídos do zero".

Perante o bloqueio marítimo que lhe é imposto pela Rússia e que a impede de exportar trigo, a Ucrânia pediu ontem à Turquia que interceptasse um cargueiro russo que saiu do porto de Berdiansk, na zona ocupada, e suspeito de transportar milhares de toneladas de grãos roubados por Moscou.

Ilustrando a questão da guerra de grãos imposta por Moscou e que preocupa muitos países africanos que dependem do trigo ucraniano para sua segurança alimentar, o Exército ucraniano afirmou ontem, com um vídeo de apoio, que o Exército russo havia bombardeado duas vezes com bombas de fósforo a Ilha das Serpentes, uma ilhota no Mar Negro perto das costas ucraniana e romena e essencial para controlar o tráfego marítimo, de onde Moscou havia garantido no dia anterior ter se retirado em "sinal de boa vontade". Kiev, por sua vez, afirma que os russos foram expulsos por repetidos ataques ucranianos.

 

 

AFP

UCRÂNIA - O exército ucraniano celebrou nesta quinta-feira (30) a "libertação de um território estratégico" depois que a Rússia anunciou a retirada de suas tropas da Ilha das Serpentes, no Mar Negro, ocupada desde os primeiros dias da invasão na Ucrânia.

"Agradeço aos defensores da região de Odessa que fizeram todo o possível para libertar um território estrategicamente importante", disse o comandante das Forças Armadas ucranianas, Valeriy Zaluzhny.

"Em sinal de boa vontade, as Forças Armadas russas cumpriram os objetivos fixados na Ilha das Serpentes e retiraram sua guarnição do local", afirmou o porta-voz do ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, antes de acrescentar que a medida pretende facilitar as exportações de grãos da Ucrânia.

O ministério afirmou que a retirada é uma demonstração ao mundo de que a "Rússia não está impedindo os esforços da ONU de organizar um corredor humanitário para enviar por navio produtos agrícolas a partir da Ucrânia"

A Rússia acrescentou que agora "a bola está do lado da Ucrânia" e acusou o país de não retirar as minas de sua costa do Mar Negro.

"Não há mais tropas russas na Ilha das Serpentes. Nossas Forças Armadas fizeram um grande trabalho", afirmou o conselheiro presidencial ucraniano Andryi Yermak no Twitter.

O comando militar do sul da Ucrânia anunciou no Facebook que durante a noite a Rússia "retirou às pressas os remanescentes de sua guarnição" da ilha depois de "ataques de nossas unidades com mísseis e artilharia".

Também disse que a ilha está "coberta de fogo" e postou uma foto do que parece ser a área com nuvens de fumaça.

A Ucrânia acusa a Rússia de roubar os cereais do país, o que contribui para a escassez mundial de alimentos provocada pelo bloqueio das exportações de produtos agrícolas em portos ucranianos.

Desde o início da ofensiva russa, a pequena Ilha das Serpentes virou um símbolo da resistência ucraniana depois que um grupo de guardas ucranianos que a defendiam rejeitou, em uma mensagem de rádio, a ordem de rendição apresentada por um navio russo.

A retirada militar da Rússia da Ilha das Serpentes, no Mar Negro, mostra que o presidente russo, Vladimir Putin, acha impossível 'quebrar' a Ucrânia, disse o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, em Madri, nesta quinta-feira.

"No final, será impossível para Putin subjugar um país que não aceita seu governo", disse Johnson em entrevista coletiva após uma cúpula da Otan, enfatizando a unidade da aliança contra a Rússia.

"Vimos o que a Ucrânia pode fazer para afastar os russos", disse ele. "Vimos o que eles fizeram em Kiev e em Kharkov, agora na Ilha das Serpentes. Acho que a coisa certa para nós é continuar no caminho que a Otan traçou, não importa o quão difícil seja", acrescentou.

 

 

AFP

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