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Destaque para o segmento de livros, papelaria e artigos recreativos e esportivos, que concentra quase 60% dos novos postos de trabalho, conforme estudo da FecomercioSP

 

BIRIGUI/SP - O mercado de trabalho do comércio varejista em Birigui, formado atualmente por cerca de 6 mil empregos ativos, avançou em 304 postos de trabalho no acumulado de janeiro a agosto de 2023, após o registro de 2.445 admissões e 2.141 desligamentos, um avanço líquido 36,3% maior do que o saldo auferido no mesmo período do ano passado (+223).
 
No entanto, ao comparar o resultado com os oito primeiros meses de 2021, os números mostram que a atual geração de vagas foi um pouco menor. Naquele período, o varejo na cidade registrou um saldo positivo de 362 empregos. Os dados fazem parte do estudo desenvolvido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), em parceria com o Sindicato do Comércio Varejista de Birigui, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
 

 


Destaque para os livros
Ao observar os grupos de atividades do varejo em Birigui, o estudo mostra que quase 60% do saldo de 304 novos postos de trabalho neste ano são provenientes do segmento de livros, papelaria e artigos recreativos e esportivos (+177 vagas). “Mais especificamente dos estabelecimentos varejistas de livros, que tiveram em 2023 um avanço de 186 vínculos empregatícios com carteira assinada”, afirma o economista Jaime Vasconcellos, assessor da FecomercioSP.
 
Outro detalhe que chama a atenção, segundo Vasconcellos, é o saldo positivo de 54 empregos criados pelo grupo de padarias, hortifrútis, açougues e bebidas. Nesse caso, 30 dessas vagas foram geradas nos açougues.
 

 
“É impossível não constatar que o crescimento do volume de empregos em 2023 no varejo de Birigui resultou do avanço concentrado de vagas no ramo de livros, principalmente no trimestre junho, julho e agosto”, ressaltou o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Birigui, Maurício Pazian.
 
Na visão de Vasconcellos, da FecomercioSP, essa constatação é reforçada pelo aumento do ritmo de empregabilidade de outros segmentos do varejo nos primeiros oito meses do ano, na comparação entre 2022 e 2023. O grupo de combustíveis, por exemplo, passou de um saldo negativo de 5 vagas para um saldo positivo de 12 postos.  Já o varejo de comercializadores de eletrodomésticos, equipamento de informática, comunicação e móveis avançou de uma perda de 21 vagas para a geração de 25 empregos.
 
Desempenho negativo
Por outro lado, o estudo revela que o grupo de hipermercados, supermercados e lojas de departamentos registrou o quarto desempenho negativo para o período de janeiro a agosto deste ano.  O segmento de vestuário, calçados e outros artigos também não teve um bom desempenho, já que, após forte avanço no início do ano passado (+183 vagas), estabilizou e criou apenas 23 vínculos em 2023.
 
Na análise de Vasconcellos, esse grupo de vestuário e calçados tem sofrido quedas em razão da decisão das famílias em direcionar renda para o setor de serviços e outros segmentos varejistas, em especial de bens de consumo não adiável. “É uma realidade não só de Birigui, mas que acaba impactando o desempenho do mercado de trabalho do varejo em geral”, observa o assessor da FecomercioSP.

Serviços puxaram alta em agosto, com quase 38 mil novos empregos no mês; no comércio, avanço de mais de 13 mil vagas

 

SÃO PAULO/SP - Considerando o ritmo atual da geração de empregos no varejo do Estado de São Paulo, o setor deve abrir cerca de 35 mil novos postos formais de trabalho para o último trimestre de 2023, período marcado pelo aumento do consumo ocasionado pela injeção do décimo terceiro salário e, por consequência, pela criação de empregos visando às festas de fim de ano. Se a projeção da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) se confirmar, será um crescimento de 4,5% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado, quando aproximadamente 33,5 mil empregos foram criados.

Ainda de acordo com a Federação, em torno de 20% dessas vagas têm a possibilidade de se efetivarem a partir do início de 2024. De acordo com os dados da Entidade, pelo menos metade desses empregos será proveniente de atividades alimentícias, enquanto outros 30% serão gerados nas lojas de roupas, calçados e acessórios. 

 

EMPREGOS E SERVIÇOS EM ALTA

Os prognósticos positivos para o fim do ano têm origem, sobretudo, no ritmo atual dos serviços e do comércio, que apontaram aumento significativo de postos de trabalho celetistas no mês de agosto. Enquanto o primeiro gerou 37,8 mil vagas formais no mês [tabela 1], o segundo terminou o período com um saldo positivo de mais de 13 mil empregos [tabela 2].

 

[TABELA 1]

SALDO E ESTOQUE DO EMPREGO CELETISTA NOS SERVIÇOS NO ESTADO DE SÃO PAULO

Agosto de 2023

 

[TABELA 2]

SALDO E ESTOQUE DO EMPREGO CELETISTA NO COMÉRCIO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Agosto de 2023

 

Sob a análise da FecomercioSP, os números dos serviços surpreendem, já que se notava uma desaceleração no mercado desde fevereiro, quando foram registradas 50,9 mil vagas. Em julho, por sua vez, eram apenas 12,5 mil. Os dados de agosto representam, então, um aumento de 200% em comparação ao mês anterior — o que evidencia a resiliência dos players do setor. Já o comércio se destacou na economia paulista em agosto, terminando com o melhor saldo de empregos desde novembro de 2022, o que reforçou a reversão das perdas observadas nos primeiros meses do ano. 

Ainda de acordo com a Entidade, o direcionamento de renda para as atividades de consumo não adiável — aliado aos efeitos no consumo de uma inflação mais controlada e à redução do endividamento das famílias — contribuiu para o cenário positivo de agora. No entanto, vale ressaltar também que, ainda que o saldo de empregos do comércio, em agosto, tenha sido o maior de 2023, observou-se a geração mais tímida de vagas para o mês desde que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), base de dados utilizada para elaborar o estudo, passou por mudanças metodológicas.

A previsão é que ambos continuem com patamares relevantes de geração de emprego até o fim de novembro, principalmente por causa do pagamento do décimo terceiro, a partir do mês que vem, e pelas compras de fim de ano, além de datas como a Black Friday.

 

ADMINISTRATIVOS PUXAM SERVIÇOS, VAREJO ESTIMULA COMÉRCIO

Dentre as 14 atividades analisadas pela FecomercioSP no setor de serviços, quase todas (13) terminaram o mês de agosto com saldo positivo. O principal destaque foram os serviços administrativos e complementares, que abriram 14 mil vagas no período, além das atividades escolares, com 8 mil postos de trabalho. 

Na capital paulista, onde mais de 3 milhões de empregos celetistas estão ativos no setor, foram criadas quase 17 mil novas vagas em agosto. No ano, esse número é ainda maior: 64,2 mil. Já o setor de comércio registrou 133.679 admissões e 120.527 demissões no mês, isto é, pouco mais de 13 mil novas vagas. O ponto alto segue sendo o varejo, com 7.673 empregos gerados, seguido pelo atacado (4.026). Em ambas as divisões comerciais, as que mais geraram novas vagas foram, respectivamente, minimercados, mercearias e armazéns (945 vagas) e estabelecimentos atacadistas de produtos alimentícios em geral (1.049 vagas).

Na cidade de São Paulo, onde, atualmente, mais de 860 mil empregos celetistas ativos estão alocados no setor de comércio, foram criadas 4.125 mil vagas em agosto. No ano, esse número é de quase 10 mil postos de trabalho.

Seguindo tendência nacional, emprego no varejo na cidade desacelera em 2023. Na avaliação do Sincomercio de São Carlos, filiado à FecomercioSP,
orçamento familiar mais apertado e alto custo do crédito impactaram o setor

 

SÃO CARLOS/SP - Assim como a realidade de outras cidades brasileiras, o desempenho do emprego no varejo de São Carlos desacelerou no primeiro semestre deste ano. Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, mostraram que o mercado de trabalho do comércio varejista da cidade, formado atualmente por 11.771 empregos ativos, perdeu de janeiro a julho de 2023 exatas 38 vagas com carteira assinada, após o registro de 4.098 admissões e 4.136 desligamentos.

Não apenas o saldo negativo local de empregos nos sete primeiros meses de 2023 contrapõe o número positivo visto no mesmo período de 2022 (+301 vagas), como foi o pior resultado para tal época do ano desde 2020, quando o setor foi fortemente impactado pela pandemia. O estudo feito pela FecomercioSP, com base nos dados do Caged, detalha o cenário dos últimos quatro anos no gráfico abaixo.

Gráfico 1: Saldo do emprego celetista no varejo de São Carlos/SP nos períodos acumulados de janeiro a julho: 2020 a 2023

Fonte: Caged
Elaboração e cálculos: FecomercioSP

 

O desempenho timidamente negativo de 2023 se deveu primeiro ao enfraquecimento da geração de vagas em setores que ainda se mantiveram no positivo, como os estabelecimentos de eletrodomésticos e similares, material de construção e congêneres e o grupo formado pelas padarias, hortifrutis, açougues e bebidas.

Além  deles, acrescentam-se grupos que, ano passado, mais admitiram do que desligaram nos sete primeiros meses e, em 2023,  registraram o desempenho oposto, caso do varejo de livros, papelarias e artigos recreativos e esportivos, bem como dos hipermercados, supermercados e lojas de departamentos. Esses grupos passaram de saldo positivo para saldo negativo de vínculos celetistas, como mostra a tabela abaixo:

Tabela 1:

Conjuntura complexa

“O fenômeno que se nota no varejo local é similar aos cenários nacional e estadual, isto é, nos três casos temos um varejo com saldo negativo de vagas em 2020, mais com uma recuperação dessas perdas em 2021 e 2022 e agora novo saldo negativo de vagas (ainda que tímidos em proporção ao tamanho dos mercados de trabalho) no acumulado dos primeiros meses de 2023”, explica o assessor econômico da FecomercioSP, Jaime Vasconcellos.

Este cenário atual decorre de algumas variáveis. A primeira delas foi o fim dos efeitos positivos com a reabertura econômica pós-pandemia. Superada essa expansão do mercado após o baque trazido pela pandemia, uma estabilidade naturalmente seria sentida. O varejo é também impactado pelo maior direcionamento de renda familiar aos setores de serviços e turismo, que com após a reabertura pós-pandemia têm performado melhor que o comércio varejista.

Na opinião do presidente do Sindicato do Comércio Varejista de São Carlos e Região, Paulo Roberto Gullo, “outro apontamento importantíssimo é a conjuntura econômica mais desafiadora ao orçamento familiar em 2023, pois mesmo com inflação mais controlada, os indicadores gerais de endividamento e inadimplência das famílias, acrescido ao cenário de custo do crédito mais caro, impactam a economia, e em especial o varejo, importante divisão econômica que tem como característica ser aquela com o contato final com o mercado consumidor, sendo, portanto, um dos seus termômetros”.

Perspectivas positivas

Em geral, na avaliação da FecomercioSP, a tendência é que as vagas perdidas no varejo de São Carlos em 2023 se transformem em saldo positivo com o acréscimo dos desempenhos que ainda estão por vir nos próximos meses. No entanto, é preciso ressaltar que o desempenho projetado para o balanço de 2023 deverá ser bem abaixo dos 738 postos de trabalho que esta divisão comercial criou em todo ano de 2022.

O grande setor do comércio é formado por três divisões, o comércio varejista, o comércio atacadista

 

SÃO PAULO/SP - As vendas no Varejo cresceram 7,3% em março de 2023, em termos nominais, em comparação com o mesmo mês de 2022, aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). O resultado embute o efeito da inflação do período e reflete a receita de vendas observadas pelo varejista.

Conforme o levantamento, os macrossetores de Serviços e Bens Não Duráveis sustentaram o crescimento, com altas de 9,8% e 9,4%, respectivamente. Bens Duráveis e Semiduráveis cresceu 0,7%. Dentre os destaques em Serviços está o segmento Turismo e Transportes.

Já em Bens Não Duráveis o segmento de Drogarias e Farmácias foi um dos que apresentaram maiores variações positivas; enquanto em Bens Duráveis e Semiduráveis, o segmento de Óticas e Joalherias teve desempenho destacado.

De acordo com o superintendente de dados da Cielo, Vitor Levi, o resultado só não foi mais positivo porque alguns segmentos apresentaram retrações significativas. “O setor de Postos de Combustíveis, por exemplo, mesmo com a retomada dos impostos, apresentou queda de 9,6% na visão nominal em comparação com março de 2022. Esta diferença provavelmente acontece porque naquele momento os preços dos combustíveis atingiram máximas históricas. Isso gerou um crescimento atípico em 2022 e causou um efeito de queda em 2023 na comparação ano contra ano.”

 

Regiões

Pelo ICVA nominal – que não considera o desconto da inflação – os destaques foram as regiões Nordeste (+8,8%), Sul (+8,2%), Sudeste (+7,1%), Norte (+7,1%) e Centro Oeste (+5,3%).

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

Vendas reais atingiram R$ 1,3 trilhão entre janeiro e dezembro; valor é o maior registrado desde 2008

 
SÃO PAULO/SP - Com faturamento real recorde em 2022, o varejo paulista atingiu R$ 1,3 trilhão em vendas. O montante é R$ 84,3 bilhões acima do movimento registrado entre janeiro e dezembro de 2021 – uma taxa de expansão de 8,1%. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) realizado, desde 2008, pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
 
Das nove atividades pesquisadas, seis apontaram o melhor resultado do ano da série histórica, em termos de vendas anuais, dentre elas, vestuários, tecidos e calçados; farmácias e perfumarias; e autopeças e assessórios. De acordo com o levantamento, o primeiro semestre registrou os melhores índices de crescimento do varejo paulista dos últimos 14 anos, com crescimento de 11% em 2022 em comparação a 2021. Por outro lado, o cenário de volatilidade e incertezas no âmbito político-eleitoral fez com que o segundo semestre apresentasse alterações no ritmo de crescimento. O cenário de incertezas e os crescentes níveis de endividamento e inadimplência desaceleraram o consumo, que passou para 5% ao longo dos seis meses finais do ano. Apesar disso, o comércio conseguiu manter um grau positivo de desenvolvimento.
 
Para a FecomercioSP, o ano de 2022 foi excepcional ao se observar o montante do faturamento obtido pelo varejo paulista, uma vez que foi o melhor quanto à movimentação financeira. A queda na taxa de desemprego, que encerrou o ano passado em 9,3%, após atingir 13,2% no ano anterior – o que representa cerca de 3,9 milhões de desempregados a menos –, colaborou para a melhoria nos determinantes do consumo no ano. A média anual da massa de rendimento também atingiu o maior patamar da série, ao alcançar R$ 261,3 bilhões em dezembro (alta de 6,9%, mais de R$ 16,9 bilhões) em relação a 2021.
 
No que se refere a crédito, o sistema financeiro expandiu as concessões em 20% no período, mas também encareceu as taxas de juros para pessoas físicas. Na avaliação da FecomercioSP, nos últimos meses, embora apreensivos e contidos na tomada de crédito que comprometesse renda futura, os consumidores mantiveram um padrão de consumo positivo. O cenário permitiu que o varejo paulista registrasse o melhor ano para as vendas na história.
 

 
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
 
As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).
 
Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

Vendas em 2022 podem alcançar mais de R$ 1,1 trilhão, aponta FecomercioSP
 

 

SÃO PAULO/SP - Impulsionado pelas lojas de vestuário, tecidos e calçados – que, até setembro, apontaram aumento nas vendas em 22% –, o comércio varejista no Estado de São Paulo deve conquistar o seu melhor ano, desde 2008, quando se deu início à série histórica da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A projeção é que a comercialização cresça 9%, em 12 meses, na comparação com 2021, superando o movimento do período em R$ 88,6 bilhões.

A expectativa aponta para um faturamento anual de vendas reais de mais de R$ 1,1 trilhão. Frente ao cenário otimista, destaque para o primeiro semestre de 2022. Com desempenho 37% acima da média histórica para o primeiro semestre, o faturamento acumulado até junho somou mais de meio trilhão de reais – R$ 53 bilhões (ou 11%) a mais que o valor registrado em igual momento no ano passado.

Segundo estudo da FecomercioSP, é nítida a reação dos setores que mais sentiram as contingências impostas para o controle da pandemia, em 2020. Entre janeiro e junho de 2022, com exceção das concessionárias de veículos e das lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, todas as atividades analisadas demonstraram recorde histórico nas vendas.

Destaque positivo para as lojas de vestuário, que, durante as restrições impostas pelo avanço da covid-19, sofreram a maior retração da histórica (-31%). Em 2021, retomaram o crescimento, e, neste ano, o segmento tende a mostrar nova expansão, em virtude da demanda reprimida por roupas e calçados – após quase um ano de consumo essencialmente voltado a bens essenciais.
 


Faturamento recorde
Entre janeiro e setembro de 2022, o faturamento do comércio varejista bateu novo recorde histórico, ao atingir R$ 812 bilhões – quase R$ 70 bilhões acima de igual período do ano passado.

O bom desempenho pode ser justificado pelo melhor rendimento das famílias, graças à redução do desemprego e ao maior saldo de contratações formais, assim como pela normalização do cenário da pandemia, com reabertura das lojas e livre circulação de pessoas.

Além disso, o aumento de crédito foi importante para dar sustentação aos impactos causados pela inflação: 24% acima do registrado no primeiro semestre de 2021. Entre janeiro e setembro, o sistema financeiro injetou R$ 2,3 bilhões mediante novas concessões de empréstimos, 22% a mais que em 2021.

Incertezas para 2023
Segundo a FecomercioSP, 2023 deve ser um ano de incertezas quanto aos princípios a serem adotados na condução da política econômica. Além disso, o desempenho de 2022 torna mais árdua a tarefa de superar este patamar.

Consequentemente, para viabilizar o resultado positivo – com taxas setoriais mais modestas do que as registradas em 2022 –, será essencial que os fundamentos econômicos (como juros, câmbio e equilíbrio fiscal) se mantenham estáveis, sustentando a confiança dos agentes econômicos.

Caso isso ocorra, será possível alcançar novo crescimento do varejo paulista de até 2%, o que poderia ser considerado um excelente resultado, dada a excepcional performance registrada neste ano.
 

Se confirmada a projeção, resultado será semelhante ao registrado no mesmo período do ano passado
 

 

SÃO PAULO/SP - O varejo paulista deve encerrar o último trimestre do ano com a geração de cerca de 47,5 mil postos de trabalho com carteira assinada, de acordo a Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP), índice da Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Se confirmados estes números, a criação de vagas será semelhante à registrada no mesmo período de 2021, quando o segmento gerou 47.472 empregos celetistas no Estado.
 
Mensalmente, o setor comercial – formado pelas divisões varejista, atacadista e de comércio e reparação de veículos – tem mantido uma geração de vagas em torno de 15 mil novos vínculos, patamar relevante, embora menor que o observado em 2021. Contudo, para os últimos três meses do ano (especialmente em outubro e novembro), a expectativa é de que também haja uma aceleração na geração de empregos, graças à proximidade das tradicionais datas comemorativas, impactando principalmente os segmentos do varejo.
 
O desempenho das vendas e a empregabilidade do setor serão influenciados também pela capacidade da população de transformar a renda em consumo, aponta a FecomercioSP. Neste sentido, a desaceleração inflacionária, o avanço do crédito em 2022 e a queda do desemprego podem contribuir, mas os aumentos da inadimplência e do endividamento familiar, por outro lado, devem ser motivos de cautela.
 
No mês de agosto, o comércio paulista gerou 14.572 novas vagas, com contribuição importante da divisão varejista, responsável pelo surgimento de 9.136 vínculos empregatícios. Dentre as atividades que compõem o varejo, os hipermercados e supermercados se destacaram, criando 2.620 vagas. Já no acumulado do ano, o comércio registra quase 50 mil novos postos de trabalho, com liderança da divisão atacadista (24.020).
 
Na capital paulista, o oitavo mês do ano terminou com a geração de 4.716 novos empregos, puxados, assim como ocorreu no Estado, pelo varejo (2.775 vagas), em especial pelos hipermercados e supermercados (425 vagas). Desde janeiro, o comércio paulistano criou mais de 18 mil empregos. A divisão atacadista continua liderando, com 8.368 vagas. Ao todo, o setor comercial da capital conta com 862.996 vínculos trabalhistas ativos.
 

 
Emprego no setor de serviços
As atividades do setor de serviços foram responsáveis por criar mais de 41 mil (41.088) empregos celetistas, no mês de agosto. O número aponta para uma significativa retomada da geração de emprego, sendo o segundo melhor resultado mensal do ano. Esta aceleração foi resultado de dois movimentos setoriais e sazonais. Um deles foi o desempenho da divisão de serviços educacionais (9.990 vagas), puxado pelo retorno às aulas da segunda metade do ano letivo. O outro foram as atividades dos serviços administrativos (8.910 vagas), influenciadas pelo segmento de disponibilização de mão de obra temporária (especialmente relevante no último quadrimestre do ano). A tendência deste segundo apontamento, inclusive, deve ser mantida para os próximos meses, bem como a evolução do setor de serviços, em geral.
 
No acumulado no ano, de janeiro a agosto, são quase 295 mil empregos a mais no setor. Dentre os grupos, destaque para as divisões de educação (50.776 vagas), de transporte e armazenagem (40.278 vagas) e de alojamento e alimentação (40.591 vagas). Na capital, o mês de agosto registrou a criação de 14.170 novas vagas. No ano, por sua vez, são 110 mil postos de trabalho criados.
 
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) sofreu uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.

SÃO PAULO/SP – O Itaú Unibanco anunciou nesta quinta-feira sua plataforma para negociação de tokens e previu lançar ainda em 2022 esses produtos de investimentos para clientes de varejo.

O movimento faz parte do plano do maior banco da América Latina para capitalizar o crescente interesse dos clientes por ativos digitais e sair na frente num mercado que pode movimentar dezenas bilhões de reais nos próximos anos.

A iniciativa vem em meio a previsões de que uma fração relevante dos ativos financeiros, como recebíveis e debêntures, serão vendidos via token, uma representação digital de produtos.

A plataforma do Itaú fará a emissão, a distribuição e a custódia dos tokens, o que permite agilizar, baratear e simplificar sua emissão, custódia e negociação.

“Dá pra imaginar que cerca de 10% dos ativos de mercado nos próximos serão via tokens”, disse a chefe da recém-criada Itaú Digital Assets, Vanessa Fernandes, a jornalistas.

Em preparação para uma oferta para uma base mais ampla de clientes, o banco concluiu neste mês uma operação experimental com tokens de duplicatas de uma empresa cliente, numa emissão de 360 mil reais, com prazo de 35 dias, vendida no private bank.

Segundo Vanessa, com a simplificação e consequente redução dos custos das operações permitida por meio desse canal, os clientes poderiam ter melhores taxas de serviço, por exemplo.

Na prática, os clientes poderiam pagar taxas de administração menores do que as cobradas pelo banco sobre produtos tradicionais de investimento, como fundos, por exemplo.

A executiva explicou que a iniciativa responde à crescente demanda de clientes por ativos digitais, mas tem relação com as criptomoedas, como bitcoin e ethereum.

O banco, no entanto, avalia oferecer um serviço de compra e venda de criptomoedas a clientes de varejo, disse Vanessa. “Pode acontecer nos próximos dois anos”, afirmou ela.

O movimento representa uma virada na postura do banco, que nos últimos anos tem sido bastante conservador em relação às moedas digitais, muitas vezes limitando operações com clientes que negociam com esses tipos de ativos. Segundo ela, isso se deve em parte ao fato de hoje existirem melhores ferramentas para detectar e prevenir riscos, como os de lavagem de dinheiro.

 

 

Por Aluisio Alves / REUTERS

ISTOÉ DINHEIRO

PEQUIM - A atividade varejista e industrial da China caiu bruscamente em abril, uma vez que os lockdowns contra a Covid-19 confinaram trabalhadores e consumidores a suas casas e afetou gravemente as cadeias de abastecimento, lançando uma sombra sobre as perspectivas para a segunda maior economia do mundo.

Em março e abril foram impostos lockdowns totais ou parciais nos principais centros do país, incluindo Xangai, atingindo a produção e o consumo e aumentando os riscos para aquelas partes da economia global fortemente dependentes da China.

As vendas no varejo despencaram 11,1% em abril em relação ao ano anterior, a maior contração desde março de 2020, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas nesta segunda-feira, um declínio mais acentuado do que o previsto em pesquisa da Reuters.

A produção das fábricas caiu 2,9% em relação ao ano anterior, contrariando expectativa de aumento e marcando o maior declínio desde fevereiro de 2020, já que as medidas conta o vírus afetaram as cadeias de abastecimento e paralisaram a distribuição.

Analistas agora advertem que a atual retração da China pode ser mais difícil de ser superada do que a observada durante o início da pandemia do coronavírus no começo de 2020, sendo improvável que as exportações aumentem e com as autoridades limitadas em suas opções de estímulo.

"O resultado final é que, embora o pior já tenha passado, acreditamos que a economia chinesa terá dificuldades para voltar à sua tendência pré-pandemia", disseram analistas da Capital Economics.

Os investimentos em ativos fixos, com os quais Pequim conta para sustentar a economia à medida que as exportações perdem impulso, subiram 6,8% nos primeiros quatro meses do ano, em comparação com um aumento esperado de 7,0%.

 

 

 

Reportagem de Kevin Yao, Stella Qiu, Ellen Zhang e Ryan Woo / REUTERS

SÃO PAULO/SP - Varejistas de linha branca, móveis, eletrônicos e de moda investem nesta primeira semana do ano em liquidações agressivas. Apesar das vendas fracas de fim de ano, não é possível afirmar que os estoques do varejo estão muito acima do normal. Isso porque o desempenho tímido já era esperado, principalmente depois de uma Black Friday frustrante. No entanto, com a necessidade de elevar vendas em um cenário de renda defasada no País, grandes redes estampam descontos de até 80% em suas fachadas e sites.

Uma das empresas que preparam promoções é a Via (dona da Casas Bahia e Ponto). A liquidação da rede começou ainda no dia 30 de dezembro, como uma espécie de “esquenta” no site e no aplicativo. Agora também nas lojas físicas, a campanha vai até o dia 8 de janeiro e tem descontos de até 70% em diversas categorias de produtos. O pagamento também é facilitado. O parcelamento das compras, por exemplo, pode ser feito em até 30 vezes no cartão da Casas Bahia.

De acordo com o diretor regional da empresa, Alex Marques, os estoques da rede estão dentro do planejado, mas a expectativa é superar as vendas do mesmo período do ano passado. Ele admite que o segundo semestre mostrou desaceleração do consumo, mas afirma que a empresa viu um aumento do valor médio das compras. Como maior preocupação daqui para frente, ele cita o patamar alto do câmbio, já que boa parte do estoque da companhia é influenciado pelo dólar.

A Americanas, por sua vez, vai manter suas promoções até o dia 10, com descontos de até 80%. Além disso, o evento conta com até 50% de cashback (dinheiro de volta) quando a compra for feita por meio da Ame Digital - fintech da Americanas S.A. Já a bandeira Shoptime, que pertence à companhia, promove até o dia 31 de janeiro uma liquidação que oferece descontos de até 70%. A empresa afirma que, durante todo o mês, os clientes encontrarão cupons de descontos exclusivos no aplicativo da Shoptime.

No caso do Magazine Luiza, a empresa havia se preparado para um segundo semestre mais aquecido do que o que efetivamente ocorreu. Assim, a estratégia comercial da companhia para equalizar seus inventários envolveu Black Friday, vendas de Natal e a Liquidação Fantástica - nome dado à queima de estoque de janeiro da companhia.

A promoção começa nesta sexta-feira, com descontos de até 80%. Segundo a varejista, serão 19 mil ofertas, sendo 4 mil delas apenas do estoque próprio do Magazine Luiza e não no de lojistas virtuais. A empresa diz ainda que as ofertas antecipadas no site e nas lojas não aparecerão mais descontadas durante o evento oficial.

 

Vendas mais fracas de fim de ano

Apesar dos descontos elevados, uma dificuldade do varejo é lidar com o consumo reprimido, por causa da economia fraca e a alta da inflação, que pressiona o orçamento das famílias.

O presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, observa que uma boa performance do varejo depende dos pilares: renda, emprego, confiança e crédito. De todos esses indicadores, o mais crítico no momento, em sua visão, é o de renda.

"A renda hoje é mais crítica que o emprego e que a falta de crédito ou a falta de confiança. A liquidação sempre foi importante. O varejo vai ter de achar formas, que não uma grande sobra de estoque, para buscar chamar a atenção do consumidor com promoções", diz Terra. Ele cita negociações com a indústria e arquiteturas promocionais "mais inteligentes" como saída.

 

Moda

Do lado das varejistas de moda, a Renner estampa em seu site um saldão com descontos de até 60%, enquanto a Lojas Marisa anuncia redução de até 70% no preço de determinadas peças. Na Riachuelo, a temporada de saldos começou no dia 26 de dezembro e termina no dia 31 de janeiro, ou enquanto durarem os estoques. Já na Casa Riachuelo - bandeira de artigos para casa da companhia - a temporada de ofertas se estende de 27 de dezembro de 2021 a 31 de janeiro de 2022.

Os descontos variam em até 70% na Riachuelo, enquanto na Casa Riachuelo as dinâmicas são variadas, contando com promoções como leve 4 pague 3, além do parcelamento em dez vezes em compras acima de R$ 250. "Nossos estoques estão sob controle, mas há uma natural procura de mercado por oportunidades nesta época do ano, quando o mercado aproveita para liquidar produtos que não tiveram a venda esperada. Também há uma procura alta por produtos de alto verão nesta época do ano", disse o Élio Silva, diretor executivo de canais de marketing da Riachuelo.

 

3 perguntas para Paula Bazzo, planejadora financeira e líder de educação na SuperRico

Como não se enrolar financeiramente com os saldões de início de ano?

O ponto de partida para não se enrolar financeiramente nesse início de ano é a organização. É preciso saber quais são as obrigações de pagamento que se tem não só agora, mas no decorrer dos próximos meses também. Dessa forma, evita-se que o gasto além da capacidade financeira. Nesse momento de início de ano, é muito importante cuidarmos das contas que chegam nesse período e costumam ser mais pesadas. Temos IPTU, IPVA, matrícula das crianças, compras de material escolar, além dos gastos de fim de ano, que também costumam ser mais intensos. Se mesmo assim você entender que tem capacidade de pagamento para novas compras, ao fazê-las, é necessário ter cuidado com o excesso de parcelamento para não comprometer o orçamento futuro.

 

O que vale a pena comprar nesses saldões?

Ter cuidado com as compras por impulso é muito importante. Esse tipo de compra geralmente está vinculada a não ter objetivo pré-determinado. Se eu não tenho um orçamento e não sei como estou gastando, acabo gastando tudo. Para avaliar o que vale a pena, tenho de saber do que eu preciso. Uma dica é fazer uma lista de compras para evitar que, ao entrar em um site e ver coisas baratas, haja compras sem necessidade. Outro ponto essencial é perguntar porque se está comprando aquilo, se existe uma opção mais interessante ou semelhante e mais barata e se eu tenho capacidade real de pagamento. Por fim, as ofertas podem ser boas opções para adiantar a compra de presentes que devem ser entregues nos próximos meses.

 

Como saber se as ofertas veiculadas são reais?

Se você procura por uma oferta específica, muito provavelmente, já está de olho e tem noção de preço. Se não tiver, existem sites que acompanham os valores dos produtos ao longo do tempo. Buscapé, JáCotei, Baixou Agora e Zoom, são exemplos de sites e ferramentas com os quais se pode rastrear os preços dos produtos e entender se o preço anunciado na promoção realmente descontado. É muito importante também fazer a comparação de preço com outras lojas. Outro cuidado é olhar para o valor do frete. Por vezes há descontos nos preços dos produtos, mas o frete tem uma taxa mais cara. É importante entender se o frete, somado ao preço do produto, realmente justifica fazer a compra. É importante ainda que se atente ao tempo de entrega, pois ele pode inviabilizar aquela compra para você.

 

 

Talita Nascimento / ESTADÃO

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