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São Carlos também antecipa de 5 para 4 meses a dose de reforço

 

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde informa que neste fim de semana o plantão de vacinação acontece no sábado (04/12) e no domingo (05/12) no Ginásio Milton Olaio Filho, das 7h30 às 18h30.

A partir deste sábado (04/12) o Departamento de Vigilância em Saúde também vai reduzir de 5 para 4 meses o intervalo da dose de reforço da vacina contra a COVID-19.

A antecipação vale para quem tomou as duas doses de AstraZeneca, Coronavac e Pfizer, com qualquer idade. A medida foi adotada devido ao atual cenário epidemiológico da doença no mundo e a proximidade das festas de final de ano.

Na próxima semana (de 06 a 10/12) a vacinação contra a COVID-19 será realizada nos seguintes locais: Unidade Básica de Saúde (UBS) do Cidade Aracy, das 7h30 às 16h; na FESC da Vila Nery (drive) e na Fundação Pró-Memória das 8h às 16h e também no Ginásio Milton Olaio Filho, das 7h30 às 18h30.

Na terça-feira (07/12) e na quinta (09/12) tem plantão de vacinação nas unidades básicas de saúde (UBS’s) da Vila São José, Redenção, Cidade Aracy e do Santa Felícia, das 16h às 19h. 

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria de Saúde de São Carlos, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, comunica que de acordo com Documento Técnico (29ª atualização) do Programa de Imunização e recomendação do Comitê Científico de Saúde do Estado de São Paulo, a partir desta quinta-feira (02/12) está liberada a aplicação da dose de reforço em pessoas com 18 anos ou mais que completaram o esquema vacinal com vacina Janssen (dose única) há pelo menos 2 meses. Todos receberão a dose de reforço da vacina Pfizer.

Já os imunossuprimidos que receberam a dose única da Janssen, com 18 anos ou mais, podem receber a dose de reforço após intervalo de 28 dias. Até o momento não há contraindicação de realização de dose adicional para gestantes ou puérperas, desde que essa seja realizada com a vacina da Pfizer.

Em São Carlos foram aplicadas 6.490 doses da Janssen.  Para receber a dose de reforço com o imunobiológico da Pfizer é preciso levar a carteira de vacinação e documentos pessoal com foto. 

“Reforçamos que a Imunização completa contra a COVID-19 continua sendo de vital importância na proteção de vidas, reduzindo o risco de manifestações mais graves da doença. Por isso é fundamental que as pessoas recebam o número recomendado de doses para obter proteção máxima contra variantes existentes e emergentes”, ressalta Crislaine Mestre, diretora de Vigilância em Saúde,

Para receber a vacina contra a COVID-19, tanto a primeira, segunda ou dose de reforço, as pessoas podem procurar o ônibus itinerante que nessa semana está percorrendo os seguintes bairros: Douradinho na terça (30/11); Itamarati na quarta (01/12); São Carlos VIII na quinta (02/12) e na sexta-feira (03/12) o Jacobucci. O horário é sempre das 8h às 12h, independente do local.

A Prefeitura também disponibiliza vacinação contra a COVID-19 na FESC da Vila Nery (Drive) e na Fundação Pró-Memória, das 8h às 16h; na Igreja Guadalupe, no Cidade Aracy, das 10h às 19h e no Ginásio Milton Olaio Filho das 7h30 às 18h30h. Nesta terça-feira (30/11) e na quinta (02/12) tem plantão de vacinação nas unidades básicas de saúde (UBS’s) da Vila São José, Redenção e do Santa Felícia, das 16h às 19h. 

IBATÉ/SP - Na sexta-feira (26) a Prefeitura de Ibaté por meio da Secretaria de Saúde deu início a Campanha de Vacinação contra a Covid-19 em escolas da rede Estadual de ensino, direcionada para os adolescentes entre 12 a 17 anos.

A primeira unidade a receber o serviço foi a Etec de Ibaté "Centro Paula Souza", e na próxima semana outras unidades da cidade contarão com a vacinação.

De acordo com a Secretária da Saúde de Ibaté, Elaine Sartorelli Breanza, com essa iniciativa a cidade terá a possibilidade de acelerar o processo de vacinação no município.

"Durante a semana nos reunimos com diretores das escolas propondo a imunização dos alunos de 12 a 17 anos que estão com o esquema vacinal em atraso. Orientamos aos alunos sobre a obrigatoriedade de portar a carteira de vacinação e documento com foto", explicou.

BRASÍLIA/DF - O Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica na noite de quinta-feira (25)  em que orienta que os 4 milhões de brasileiros que se vacinaram com o imunizante da Janssen tomem uma dose de reforço entre dois e seis meses após a primeira aplicação. A recomendação do ministério é que seja utilizado a vacina do mesmo fabricante.

Segundo a nota, a orientação foi baseada em estudos científicos que mostram aumento significativo na imunidade após a aplicação de mais uma dose da vacina, principalmente com intervalo mais longo, de seis meses.

Se a dose de reforço, segundo estudos, for aplicada com um intervalo de seis meses, os níveis de anticorpos aumentam nove vezes após uma semana com a imunização da Janssen. Esse índice segue aumentando em até 12 vezes quatro semanas após a aplicação do reforço.

A nota técnica citou uma pesquisa norte-americana que demonstrou que a dose de reforço, quando aplicada com um intervalo mínimo de dois meses, fornece até 94% de proteção contra a covid-19. Com dose única do imunizante, o índice é de 75%. O estudo também demonstrou que os níveis de anticorpos aumentaram de quatro a seis vezes com a dose de reforço.

Os resultados embasaram o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês) a também recomendar a dose de reforço da Janssen.

No caso de mulheres que se vacinaram com a Janssen e que estejam grávidas, a recomendação é que a dose de reforço seja feita com a vacina da Pfizer.

O Brasil recebeu, até agora, 6,6 milhões de doses de vacinas da Janssen. No momento, cerca de 2 milhões de doses estão em análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).

Veículo vai percorrer a região do grande Santa Felícia nesta quarta, quinta e sexta-feira

SÃO CARLOS/SP - De acordo com o Departamento de Gestão do Cuidado Ambulatorial da Secretaria de Saúde de São Carlos, a equipe do ônibus itinerante da vacina contra a COVID-19, imunizou 95 pessoas nesta terça-feira (23/11), durante as 4 horas que permaneceu no Residencial Miguel Abdelnur.

Foram aplicadas 9 doses da Astrazeneca, 20 doses da Coronavac e 66 da Pfizer. 14 pessoas receberam a primeira dose da imunização, 71 pessoas receberam a segunda dose já com atraso e 10 receberam a dose de reforço (terceira dose).

A partir desta quarta-feira (24/11) até sexta-feira (26/11) o ônibus itinerante vai percorrer a região do grande Santa Felícia, sempre das 8h às 12h. 

No veículo itinerante uma equipe capacitada aplica os três tipos de imunológicos de acordo com cartão de imunização de cada pessoa ou do cadastro na www.vacinaja.sp.gov.br no caso da primeira dose.

Em São Carlos podem receber a vacina pessoas com 12 anos ou mais. Já a dose adicional (terceira dose) pode ser aplicada em pessoas com 18 anos ou mais. A nova orientação é somente para as pessoas que tomaram as duas doses há pelo menos cinco meses.

Veículo vai percorrer os bairros para aplicar tanto a primeira, como segunda e dose de reforço

 

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde, por meio dos Departamentos de Gestão do Cuidado Ambulatorial e de Vigilância em Saúde, vai disponibilizar a partir desta terça-feira (23/11) um ônibus itinerante para percorrer diversos bairros da cidade com uma equipe de saúde para realizar a vacinação contra a COVID-19.

Essa é mais uma estratégia da Prefeitura de São Carlos para imunizar os munícipes e principalmente diminuir o número de faltosos que neste momento ultrapassa 18 mil pessoas, sendo que 2.987 deixaram de tomar a segunda dose da Astrazeneca, 4.322 da Coronavac e 10.906 da Pfizer. 13.369 pessoas deixaram de tomar a dose de reforço (terceira dose).

Neste veículo itinerante uma equipe capacitada estará preparada para aplicar os três tipos de imunológicos de acordo com cartão de imunização de cada pessoa ou do cadastro na www.vacinaja.sp.gov.br no caso da primeira dose.

O ônibus percorrerá das 8h às 12h os bairros que estão sendo escolhidos de acordo com o número de casos positivados e faltosos com relação a vacina, possibilitando dessa forma a ampliação da população vacinada e consequentemente a diminuição da contaminação pelo vírus.

Para receber a dose adicional é necessário comprovar que tomou a segunda dose há pelo menos cinco meses

 

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria de Saúde, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, comunica que por orientação do Plano Estadual de Imunização (PEI), a partir desta quinta-feira (18/11), toda a população adulta, ou seja, com 18 anos ou mais, poderá se vacinar com a dose adicional (terceira dose) da vacina contra COVID-19.

A nova orientação é somente para as pessoas que tomaram as duas doses há pelo menos cinco meses, ou seja, quem completou seu ciclo vacinação até o mês de junho. 
A dose adicional estava sendo aplicada em São Carlos nas pessoas com 60 anos de idade ou mais, nos profissionais da saúde, imunossuprimidos e nos profissionais da educação de 40 a 59 anos, porém o intervalo exigido da segunda para a terceira dose era de seis meses.

De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, Crislaine Mestre, já foram aplicadas na cidade mais de 431 mil doses, sendo que desse total somente 22.270 doses foram adicionais, o que corresponde a 8,75% da população. “Antes da dose de reforço também precisamos que 20.550 faltosos nos procurem para tomar a segunda dose, entre eles 8.089 jovens com 18 anos. Reforçamos a importância da população completar o ciclo vacinal para garantir a imunização contra COVID-19”, ressalta Crislaine Mestre.

Em São Carlos a vacina contra a COVID-19 está sendo aplicada, sem agendamento, na FESC da Vila Nery (Drive) e na Fundação Pró-Memória das 8h às 16h; na Igreja Guadalupe, no Cidade Aracy, das 10h às 19h, no Ginásio Milton Olaio Filho das 7h30 às 18h30 e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) do Santa Felícia, Redenção e da Vila São José, das 16h às 19h.

JANSSEN – Ainda seguindo o Governo Federal, quem tomou a dose única da vacina da Janssen deverá tomar uma segunda dose após oito semanas e, após cinco meses de completar o ciclo vacinal, já poderá receber a dose de reforço. O Estado de São Paulo, porém, não conta com estoque deste imunizante e aguarda o envio de doses do Ministério da Saúde para definir a adesão às novas diretrizes com relação a esta vacina.

Para receber a terceira dose os profissionais da educação precisam ter de 40 a 59 anos

 

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, informa que a partir desta quarta-feira (17/11) os profissionais da educação de 40 a 59 anos já podem receber a dose adicional (terceira dose) da vacina contra a COVID-19. Vale destacar que é preciso ter recebido a segunda dose da vacina há ao menos seis meses para ter direito à terceira dose. O reforço será aplicado tanto em quem trabalha na rede pública quanto na rede particular. 

A Saúde também permanece vacinando pessoas com 12 anos ou mais e aplicando a segunda dose de todos os imunizantes, além da terceira dose nos imunossuprimidos, idosos com 60 anos, profissionais da saúde e agora nos profissionais da educação de 40 a 59 anos. 

Em São Carlos a vacina contra a COVID-19 está sendo aplicada, sem agendamento, na FESC da Vila Nery (Drive) e na Fundação Pró-Memória das 8h às 16h; na Igreja Guadalupe, no Cidade Aracy, das 10h às 19h e no Ginásio Milton Olaio Filho das 7h30 às 18h30.

Nesta quarta-feira (17/11), dentro do Dia D, a vacina também estará sendo aplicada em todas as 12 Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e nas 23 Unidades de Saúde da Família (USF’s). O horário de vacinação será das 8h às 16h, com exceção das unidades do Santa Felícia, Redenção e da vila São José que nesta quarta-feira (17/11) o horário será estendido até às 19h.

IBATÉ/SP - Dados divulgados pelo site Vacivida – do governo estadual – nesta quarta-feira, 10 de novembro, mostram que mais de 4,2 mil pessoas não retornaram às Unidades Básicas de Saúde (UBS's), para receber o reforço da vacina contra a Covid-19, na cidade de Ibaté. Desse total, mais de 3,4 mil pessoas não tomaram a 2ª dose e 801 ainda não tomaram a 3ª dose de reforço.

Elaine Sartorelli Breanza, secretária municipal de saúde, informa que a imunização só pode ser considerada efetiva, após a aplicação da segunda dose. “Estamos suplicando para que essas pessoas compareçam às UBSs Jardim Cruzado, Jardim Icaraí e Popular, para completar o esquema vacinal”, alertou. “Quem tomou apenas a primeira dose não está imune da doença”, completou. 

A secretária ressalta que ter a população vacinada com as duas doses é importante para o controle da circulação do vírus, principalmente neste momento em que se avizinha as festividades de final de ano. “Procurem uma das UBSs, de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h, e se vacinem. Vamos se proteger e resguardar nossos familiares”, pediu.

De acordo com estudos e comprovações científicas, a vacina não impede que o imunizado contraia o vírus, porém, inibe as formas mais graves da doença que podem evoluir para um quadro de extrema gravidade ou até de morte. “Só com a segunda dose, que a pessoa fica mais protegida contra a Covid-19, e contribui com a redução da circulação do vírus na nossa cidade”, afirma Elaine. 

A vacinação contra a Covid-19 continua sendo realizada em pessoas acima de 12 anos completos sem comorbidades; 2ª dose agendada em Carteira de Vacinação[observar a data neste documento]; antecipação da 2ª dose da vacina Pfizer [O intervalo da segunda dose para pessoas acima de 18 anos foi reduzido para 21 dias da data agendada em Carteira de Vacinação]; dose extra para idosos acima de 60 anos [com intervalo de seis meses a partir da segunda dose]; e imunossuprimidos com mais de 18 anos que tenham tomado a última dose do esquema vacinal (2ª dose ou dose única) há pelo menos 28 dias.

Para receber a segunda dose da vacina não há necessidade de agendamento, basta levar a carteira de vacinação, CPF e documento com foto. 

De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão que aprova a eficácia e aplicação dos imunizantes no país, se uma determinada vacina prevê duas aplicações, significa que as duas doses são necessárias para fortalecer o sistema imunológico, deixando a pessoa mais preparada para enfrentar um possível combate ao vírus do Covid-19.

Elaine lembra que, atualmente, Ibaté não possui nenhum caso ativo da doença e que apenas um paciente aguarda resultado de exame em isolamento domiciliar. “Dos 4.186 casos confirmados desde o primeiro confirma aqui na nossa cidade, 4.086 já se recuperaram totalmente da doença e, infelizmente, tivemos um total de 100 óbitos”, divulga a secretária. 

A Secretaria Municipal da Saúde ressalta que trabalha seguindo todos os protocolos de atendimento e segurança do Ministério da Saúde, e reforça o pedido para que todos continuem utilizando máscara de proteção facial, álcool em gel e respeitem o distanciamento social. “Essa é a melhor forma de prevenir a disseminação do Coronavírus na nossa cidade”, finaliza Elaine.

SÃO PAULO/SP - Recentemente, os Estados Unidos autorizaram o uso da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. A liberação ocorreu depois da conclusão de um estudo, ainda não publicado, com cerca de 2 200 participantes nessa faixa etária, que apontou uma eficácia de 90% da fórmula, sem efeitos colaterais importantes.

A farmacêutica já anunciou que pedirá à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a ampliação do público alvo também no Brasil. Deve ser a primeira de outras. “Temos vacinas em fase final de testes com os mais novos, sendo que algumas já foram usadas com segurança em dezenas de milhões de crianças e adolescentes pelo mundo”, explica o infectologista pediátrico Renato Kfouri, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Só que, mesmo antes de chegarem aos pequenos, as vacinas já estão sendo vítimas de uma campanha difamatória. Diretores da Anvisa foram ameaçados para negarem a autorização para a Pfizer mesmo antes da formalização do pedido.

Enquanto isso, sites maliciosos e influenciadores divulgam notícias falsas sobre as vacinas, exagerando ou mesmo inventando mortes e reações adversas graves. O movimento, embora tímido frente à alta adesão dos brasileiros à campanha de imunização, preocupa os especialistas.

“A vacinação infantil é um prato cheio para a desinformação, porque decidir pelos filhos é ainda mais difícil do que decidir por si. Isso pode fazer com que as pessoas fiquem mais hesitantes e, portanto, vulneráveis às fake news”, aponta a infectologista Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo.

Sendo assim, vamos a um compilado de informações importantes sobre o assunto.

 

Crianças precisam mesmo ser vacinadas?

Sim, por vários motivos. O principal é que, no Brasil, 2 400 crianças e adolescentes já morreram de Covid-19, sendo que a maioria (60%) não tinha uma doença ou fator que aumentasse o risco de versões graves da infecção. Para ter ideia, o número de vítimas é quase duas vezes maior do que o de todas as doenças preveníveis (sarampo, meningite etc.) somadas no período de um ano.

“Nos outros países, há muito menos mortes e hospitalizações infantis do que aqui, então entendemos que é um instrumento especialmente benéfico para nós”, compara o infectologista Marco Aurélio Sáfadi, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

De fato, é preciso reconhecer que a doença costuma ser mais branda no início da vida. Mas isso não quer dizer que ela não traga riscos. “Além de ser a doença evitável com vacina que mais matou crianças e adolescentes no país no último ano, temos também a Covid longa, que pode acometer os mais novos”, opina Kfouri.

No mais, há ainda a possibilidade de reduzir a circulação do coronavírus, chegando o mais próximo possível da sonhada imunidade coletiva. As crianças não são grandes vetores da doença, como se pensava, mas ainda podem passar seu agente causador adiante. “Em um momento de reabertura e volta às aulas, a vacinação reforça a segurança da retomada”, completa Kfouri.

De acordo com o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, a vacinação de um milhão de crianças evitará 57 mil casos de Covid-19 e 200 hospitalizações entre esse público. É por meio de cálculos de risco e benefício como esses que as autoridades sanitárias e médicas tomam decisões sobre o assunto.

Depois de analisarem todas as evidências, os norte-americanos e as entidades de outros países concluíram que o risco assumido quando uma criança se infecta pelo vírus é maior do que o de ela ter eventos adversos relevantes. “Se nos Estados Unidos o benefício supera o risco, imagine aqui, onde a probabilidade de morrer ao contrair Covid-19 é sete vezes maior do que lá”, aponta Kfouri.

E tem mais. No contexto atual da pandemia, as crianças podem estar mais vulneráveis. “Com os adultos e idosos amplamente imunizados, assim que chega uma nova variante, como a Delta, ou há uma explosão de casos local, o vírus se espalha com muita facilidade entre os não vacinados”, aponta o diretor da SBP.

 

Eficácia e segurança das vacinas da Covid-19 em crianças

Com razão, a maior preocupação dos pais é em relação à segurança do imunizante. “Estamos falando de vacinas novas, que não foram usadas ainda em larga escala nas crianças, mas, até agora, os estudos e dados de vida real mostram que o risco de eventos adversos é baixo, até porque a dose usada nelas é menor”, comenta Rosana.

Esse é um fator interessante. Como as crianças respondem muito bem às vacinas em geral, pois contam com um sistema imune ativo e funcional, é possível reduzir a dose. No caso da Comirnaty, produto da Pfizer, ela equivale a um terço do total do adulto.

Há ainda estudos sendo conduzidos com bebês e crianças menores, dos 2 aos 5 anos, com um décimo da dose completa, e outros que avaliam a possibilidade de usar uma única picada das vacinas de RNA mensageiro. “Em teoria, a quantidade menor deve estar relacionada a uma segurança ainda maior”, completa Rosana.

Já as vacinas de vírus inativado, como a Coronavac, que apresentam o Sars-CoV-2 morto ao sistema imune, foram testadas em estudos pequenos com crianças e já entraram em programas de imunização no mundo. “É uma tecnologia muito antiga e extremamente segura, então é uma alternativa muito interessante para esse público”, analisa Kfouri.

Argentina, Chile, China, Índia e Emirados Árabes Unidos estão usando vacinas desse tipo nos pequenos, a partir dos 3 ou dos 6 anos de idade.

Vale lembrar que o imunizante que protege da gripe, feito com o mesmo processo, é aplicado em bebês com 6 meses de vida. Outra coisa: mesmo depois da aprovação, as fórmulas seguem sendo monitoradas de perto.

 

Os eventos adversos dos mais novos

Até agora, eles são bem semelhantes aos dos adultos. Os mais comuns são passageiros e inofensivos: dor, vermelhidão e inchaço no lugar da aplicação, febre, dores musculares e de cabeça. “Nos estudos, não foram observados eventos graves, mas o número de crianças incluídas é pequeno demais para detectar as reações mais raras e preocupantes”, pondera Sáfadi.

Isso acontece com os adultos também, com qualquer vacina ou remédio. Os efeitos colaterais mais dignos de nota só aparecem quando milhões de pessoas recebem um composto.

No caso da miocardite e da pericardite, inflamações cardíacas que foram registradas em adolescentes que receberam vacinas de RNA mensageiro, como a da Pfizer, foram 50 a 60 casos por milhão entre meninos de 12 a 17 anos, geralmente após a segunda dose. "Nos outros públicos, como as meninas e meninos mais jovens, a incidência foi ainda menor", aponta Kfouri.

“E não houve nenhuma morte relacionada a isso. A maioria dos registros foi leve e evoluiu bem, sem complicações”, destaca Kfouri. “Cabe dizer ainda que o risco de ter miocardite grave é muito maior ao contrair Covid-19, mesmo entre crianças”, emenda o médico.

 

Como deverá ser a campanha brasileira 

Por enquanto, há no horizonte pelo menos duas vacinas que podem chegar em breve às crianças. Além da Pfizer, que deve submeter o pedido à Anvisa ainda em novembro, é possível que a Coronavac também seja oferecida aos pequenos. Em agosto, o Instituto Butantan fez a solicitação, mas a Anvisa julgou que os dados sobre segurança e eficácia eram insuficientes.

Com o acúmulo de evidências do mundo real e a decisão de outras agências regulatórias, como a do Chile, é possível que o pedido seja refeito. E isso é visto com bons olhos pelos especialistas.

Além de ser feita por um método consagrado, o fato de ter uma eficácia menor não seria um grande problema no caso das crianças. “Nessa população, que responde bem às vacinas, elas tendem a funcionar melhor. Creio que é uma questão de tempo para a Anvisa ter mais dados que embasem a liberação”, diz Rosana.

A partir daí, seria possível até otimizar melhor os recursos. “As vacinas mais eficientes em proteger da infecção poderiam ser destinadas aos idosos e reforço dos profissionais de saúde”, calcula Sáfadi.

Resta saber se haverá quantidade o suficiente para cobrir a população infantil. “A maior dúvida é se haverá doses para contemplar todas as crianças, ou se será preciso focar naquelas com comorbidades, que é o mínimo que devemos fazer”, pontua a infectologista.

Outra questão em aberto é se as vacinas vencerão a guerra ideológica em curso, que compromete a estratégia que mais salvou vidas na história da humanidade. Pelos números do Brasil, que chegou atrasado na campanha, mas já ultrapassou vários países, dá para ter uma dose de esperança.

 

 

 

Chloé Pinheiro / VEJA SAÚDE

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