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O novo PA vai substituir o Centro de Campanha. E os pacientes respiratórios leves vão ser atendidos em unidade da Prefeitura que vai atender esses casos específicos

 

SÃO CARLOS/SP - Os diretores e a equipe médica e administrativa da Santa Casa receberam nesta terça-feira (7), no auditório do hospital, representantes da Prefeitura, da Câmara de Vereadores, da ACISC e do CIESP, para discutir sobre alternativas para viabilizar a abertura de 10 novos leitos de UTI Adulto para pacientes com suspeita de COVID-19.

A Santa Casa propôs transformar o Centro de Campanha - onde hoje são atendidos os pacientes com sintomas respiratórios leves - em uma Unidade de Pronto Atendimento. Nesta nova unidade, vai haver 2 consultórios, 2 salas de observação, 1 sala de procedimentos, 1 sala de emergência, 1 sala de triagem e um espaço amplo para recepção.

Nessa nova organização, o SMU (Pronto-Socorro da Santa Casa hoje), passaria a receber os pacientes mais graves (vítimas de acidente ou com sintomas de AVC, por exemplo) trazidos pelo SAMU e pelo Corpo de Bombeiros.

E os pacientes com sintomas respiratórios leves que antes se dirigiam ao Centro de Campanha, vão ser atendidos em unidade da Prefeitura, que vai ser montada ao lado da UPA da Vila Prado. A Santa Casa também vai disponibilizar exames de Raio-X e de sangue em apoio às UPAs.

Com essa reestruturação, vai ser possível colocar 10 novos leitos de UTI Adulto COVID em funcionamento na Sala Verde do SMU da Santa Casa.

“Como a Secretaria de Saúde relatou as dificuldades que ainda enfrenta para reestruturar as UPAS e absorver os pacientes que hoje são atendidos pela Santa Casa, resolvemos então montar uma unidade de Pronto Atendimento dentro do hospital. Dessa forma, a população não vai ficar desassistida e conseguiremos, também, garantir a segurança tanto dos nossos funcionários quanto dos pacientes internados com suspeita de COVID na nova ala que vai ser montada na Sala Verde”, explica o diretor técnico da Santa Casa, Vitor Marim.

Para que essas mudanças saiam do papel, a Santa Casa precisa de mais profissionais de saúde, já que o hospital vai passar a ter 2 unidades de pronto atendimento.

Para isso, o secretário da Fazenda, Mario Antunes, afirma que “o recurso não pode ser um impedititivo para andamento desse projeto, que é tão fundamental para mantermos a qualidade do atendimento da saúde em São Carlos”.

ENTENDA O CASO

No dia 2 de julho, a Câmara de Vereadores convocou uma audiência pública para discutir sobre a instalação dos 10 novos leitos de UTI Adulto COVID na Santa Casa.

Na ocasião, o diretor clínico da Santa Casa, Flávio Guimarães, explicou que para colocar os 10 novos leitos em funcionamento o mais rapidamente possível, o espaço mais adequado seria a Sala Verde do SMU, por já possuir uma estrutura pronta para abrigar leitos de UTI, como rede de oxigênio e rede de ar. No entanto, para que essa NOVA ALA COVID pudesse ser usada, somente os casos mais graves, de alta complexidade, deveriam passar a ser direcionados para a Santa Casa. “Isso porque não seria possível atender em um mesmo espaço, pacientes de baixa complexidade que poderiam ser atendidos em outras unidades (como as UPAs e Unidades Básicas de Saúde) e pacientes com suspeita de COVID. Porque isso colocaria em risco a saúde de quem procurou o hospital por outras doenças”, afirmou o diretor clínico.

O Secretário de Saúde, Marcos Palermo, e outros representantes da saúde, por outro lado, relataram que as UPAs não tinham estrutura para absorver os atendimentos feitos hoje na Santa Casa. Por isso, a Santa Casa propôs abrir uma unidade de pronto atendimento dentro do hospital.

“A Santa Casa tem feito todo o esforço para pensar em alternativas e estratégias para viabilizar os novos leitos de UTI. Penso que, com essa nova proposta do hospital, não podemos mais perder tempo. Temos que fazer um esforço conjunto, para que tudo isso comece a funcionar o quanto antes”, afirma o vereador Paraná Filho, que convocou a audiência pública na semana passada.

“Muito importante a Santa Casa ter, mais uma vez, oferecido uma alternativa para a saúde do município. Mas não temos que começar a estudar e a estabelecer prazos para reorganizar o fluxo dos atendimentos em saúde de São Carlos, de acordo com o que estabelece o Ministério da Saúde”, afirma o vereador Elton Carvalho, presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores.

O Secretário de Saúde, Marcos Palermo, reforçou que os 10 novos leitos devem ser mantidos no hospital pós-pandemia. “Os leitos de UTI não COVID da Santa Casa estão todos ocupados. A taxa de ocupação tem se mantido em 100%. Por isso, a criação desses novos leitos é um investimento na saúde em São Carlos. A ideia é de que eles sejam mantidos, mesmo depois da pandemia”, afirma o secretário.

Também participaram da reunião desta terça-feira, 7 de julho, o provedor da Santa Casa, Antonio Valério Morillas Júnior; a vereadora Cidinha do Oncológico; a diretora da Vigilância em Saúde Epidemiológica, Crislaine Mestre; a supervisora da Vigilância Sanitária, Fernanda Cereda; Mateus de Aquino, secretário de Comunicação e presidente do Comitê Emergencial de Combate ao Coronavírus, Mário Antunes, secretário da Fazenda; Caco Colenci, secretário de Planejamento e Gestão; Alexandre Carreira Martins Gonçalves, procurador geral do município; Rodolfo Tibério Penela, diretor de Fiscalização; Hícaro Leandro Alonso, diretor de Procedimentos Licitatórios da Prefeitura e também membros do comitê emergencial; o diretor do CIESP, Emerson Chu; e o secretário-geral da ACISC, Mozart Pedroso.

LEME/SP - A Prefeitura do Município de Leme, através da Secretaria de Saúde, realizou nos últimos meses repasses de recursos financeiros para o término do prédio antigo que abriga a nova UTI Adulta e a UTI Neonatal na Santa Casa de Misericórdia de Leme, ampliando a quantidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva em Leme.

Através de diversos repasses realizados, foi possível finalizar as obras do antigo prédio do hospital, que abrigará os complexos de UTI – Unidade de Terapia Intensiva adulta e neonatal infantil. Ao todo, serão 20 novos leitos de UTI na Santa Casa de Leme.

 “Desde o início do combate ao coronavírus, repassamos mais de R$ 1,7 milhão para obras de infraestrutura do Pronto Socorro e da nova UTI, além da aquisição dos móveis e equipamentos necessários ao bom funcionamento, tanto do Pronto Socorro quanto da UTI. Destaco que a nova UTI adulta já funcionará imediatamente e nos próximos meses também funcionará a tão sonhada UTI Neonatal. Os investimentos foram realizados, deixando a Santa Casa preparada para todos os desafios e com grande estrutura para atender a nossa população”, afirma o prefeito Wagner Ricardo Antunes Filho.

A nova UTI será inaugurada na próxima terça-feira, dia 30 de junho.

Informações adicionais podem ser adquiridas diretamente na Santa Casa de Misericórdia de Leme através do telefone 3573-6500.

 

 

*Por: PML


10 leitos de tratamento intensivo estão disponíveis a pacientes com COVID-19 e são referenciados pela rede pública de saúde

 

SÃO CARLOS/SP - Os dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar) já estão em funcionamento e representam um grande reforço no sistema de saúde da região. Com os novos leitos, São Carlos passa a contar com 18 leitos de UTI para atendimento de pacientes com COVID-19, sendo 10 do HU-UFSCar e 8 da Santa Casa. 

"Os leitos do HU mais que dobram a capacidade atual de UTI-SUS na cidade de São Carlos. São destinados a pacientes em situação crítica e que precisam de cuidados intensivos. Estão equipados com todos os equipamentos necessários para estabilizar e prolongar a vida dos pacientes", conta Ângela Leal, Superintendente do HU-UFSCar.

O HU-UFSCar não tinha leitos de UTI. Dos 10 leitos inaugurados, dois têm isolamento privativo. "A UTI amplia o atendimento do Hospital para alta complexidade. Pacientes graves poderão ser tratados aqui. Além disso, os alunos agora também terão à disposição um cenário de prática mais rico e complexo", relata a Superintendente do HU-UFSCar, Ângela Leal.

A nova UTI também conta com área para prescrição médica e sala de serviço, área para acolhimento de familiares (recepção), farmácia exclusiva para o setor, sanitários, vestiários, copa e salas administrativas para apoio logístico. "Trabalhamos ativamente junto ao MEC e à Ebserh para liberação dos recursos. A nova UTI fortalece nossa academia na área da saúde, formando profissionais qualificados e gerando conhecimento. Além disso, amplia a prestação de serviços via SUS, beneficiando a comunidade de São Carlos e região", afirma a Reitora da UFSCar, Wanda Hoffmann. 

Desde o início da pandemia, o HU-UFSCar adotou uma série de medidas para conter a transmissão do novo Coronavírus e melhor organizar o fluxo de atendimentos. Além dos 10 novos leitos de UTI, outros 44 leitos já haviam sido disponibilizados para internação de pacientes COVID-19. Até o último sábado (16), já haviam passado pelo Hospital quase 650 pacientes, entre suspeitos e confirmados de COVID-19. 

Novo Centro Cirúrgico - Até o final do mês, o Hospital Universitário (HU) entregará um centro cirúrgico e uma moderna Central de Material e Esterilização (CME). Iniciada em dezembro de 2018, toda a obra (UTI, centro cirúrgico e CME) foi contratada por R$ 9,3 milhões, sendo R$ 7,5 milhões de investimentos do Ministério da Educação (MEC) e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada à pasta, e o restante dos recursos investidos pelo próprio Hospital.

 

Ampliação contempla também Centro Cirúrgico que será liberado no fim deste mês

 

SÃO CARLOS/SP - O Hospital Universitário Prof. Dr. Horácio Carlos Panepucci (HU) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), vinculado à Rede Ebserh [Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares], inaugura, nesta sexta-feira, 15 de maio (Hoje), dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para tratamento de pacientes com Covid-19. A nova UTI conta com dois leitos de isolamento dos dez disponíveis. Há também um posto central com área para prescrição médica e sala de serviço; área para acolhimento de familiares (recepção); farmácia satélite; sanitários/vestiários com área de paramentação e higienização das mãos; além de copa e salas administrativas para apoio logístico.

Foram investidos R$ 7,5 milhões pela Ebserh, por meio do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), gerido pela própria estatal. No mesmo projeto, foi contemplada a construção de um moderno Centro Cirúrgico com cinco salas operatórias e Central de Materiais e Esterilização, ambas em fase de entrega, prevista para o final deste mês. Além disso, a Ebserh promoveu processo seletivo emergencial, que possibilitou, até agora, a contratação de 54 profissionais temporários, que se juntarão aos demais trabalhadores do HU-UFSCar e, com remanejamento de pessoal, possibilitará o atendimento aos pacientes acolhidos na UTI.

Ao novo espaço de terapia intensiva entregue nesta sexta, soma-se também uma área exclusiva com 44 leitos de enfermaria que já havia sido disponibilizada pelo HU para casos leves e moderados de Covid-19. Com a UTI, o atendimento se complementa: "Antes da UTI precisávamos encaminhar os pacientes graves para outras unidades de Saúde, agora conseguiremos atender aqui no Hospital também esses pacientes, contribuindo ainda mais com a cidade e região no combate à pandemia, e elevando a classificação do Hospital como de alta complexidade", afirma Ângela Leal, Superintendente do HU-UFSCar. 

Para a Reitora da UFSCar, Wanda Hoffmann, a entrega dessa obra representa a continuidade do processo de ampliação do HU-UFSCar. "Nos últimos anos, aumentamos o número de leitos, investimos em ensino, pesquisa e extensão e, em breve, entregaremos o Centro Cirúrgico. Esse é o nosso compromisso com nossa academia da área da Saúde e com a população de São Carlos e região: ampliar a assistência hospitalar, oferecer um serviço de ponta para a melhoria da vida das pessoas e formar profissionais da Saúde bem qualificados", afirma.

Quem quiser acompanhar a inauguração, o evento será transmitido ao vivo pelo Youtube, no link https://youtu.be/20QI5snkXx8.

Um paciente dá entrada no pronto-socorro sentindo muita falta de ar. Com a escalada do novo coronavírus, os médicos começam a investigação de imediato. Correm para medir taxa de oxigênio no sangue, avaliar lesões pulmonares, perguntar o histórico de outras doenças. Nos quadros mais severos, não dá tempo de tentar outro método: a pessoa acaba entubada e, às pressas, vai parar em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O roteiro descrito acima é comum entre pacientes da covid-19 que conseguem vagas em UTIs, locais destinados aos casos mais agudos da doença, segundo relatam médicos intensivistas e gestores de hospitais ouvidos pelo Estado. A pandemia que já deixou 4.008 mortos no Brasil também tem obrigado as unidades a repensar lógicas de atendimento, alterar rotina de visitas e redobrar cuidados diante dos riscos de a própria equipe acabar infectada.

Por enquanto, ainda não existe vacina ou tratamento contra o coronavírus com eficácia cientificamente comprovada. Para explicar o atendimento prestado às vítimas e o dia a dia nas unidades intensivas, a reportagem conversou com profissionais do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e dos Hospitais Sírio-Libanês e Israelita Albert Einstein, referências da rede pública e privada de São Paulo.

Nessas unidades, pacientes chegam a passar mais de três semanas na UTI -- muitos deles sedados, com a musculatura paralisada, e só respirando com auxílio de aparelhos. Para se ter ideia, levantamento recente da Secretaria Estadual da Saúde, da gestão João Doria (PSDB), indica que 41,5% das pessoas internadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 acabam em unidades intensivas. Destas, quatro a cada dez vão precisar de respiradores para tentar sobreviver.

A porta de entrada

O pronto-socorro é a principal porta de entrada dos pacientes graves, segundo profissionais que estão na linha de frente do combate à pandemia. Nos hospitais, triagens foram adaptadas para separar o atendimento de casos suspeitos de coronavírus das demais pessoas.

“A maioria chega por demanda espontânea, buscando atendimento depois de apresentar principalmente sintoma de insuficiência respiratória”, descreve Jaques Sztajnbok, chefe da UTI do Emílio Ribas. Cansaço, congestão nasal, coriza, dor de cabeça, febre, diarreia são sinais que também podem aparecer.

Em tese, a outra maneira de conseguir vaga é se alguma unidade médica pedir, através de um sistema específico, que o paciente seja transferido para lá por não dispor de estrutura adequada para cuidados intensivos. “Em tese” porque, hoje, os 30 leitos de UTI do Emílio Ribas já estão ocupados -- e, portanto, incapazes de receber novas pessoas.

“Cerca de três semanas atrás, solicitaram 17 vagas em um único dia. No outro, mais 30. Aí, passamos 24 horas sem pedidos e, em seguida, vieram mais 54. O susto mesmo foi logo depois: 104 solicitações”, conta Sztajnbok. Com o avanço da pandemia, o governo Doria já chegou a projetar a lotação de todas as 3,5 mil vagas públicas do Estado em maio.

Hospitais privados também demonstram preocupação com o volume de casos mas até o momento não há relatos de internação negada. Além de por meio dos PSs, pacientes chegam às UTIs por recomendação médica após consultas presenciais, por domicílio ou até por telemedicina, conforme relata o intensivista e clínico-geral do Einstein, Leonardo Rolim. “É uma nova porta de entrada. Em um dia, fizemos 1 mil atendimentos por telemedicina: se for percebida alguma necessidade, o médico já encaminha.”

A internação

Médicos afirmam que a decisão de internar depende de uma somatória de fatores, como a instabilidade da pressão arterial ou retenção de gás carbônico. Para a análise, um dos principais exames é a oximetria, responsável por medir a saturação de oxigênio no sangue, cujos valores em uma pessoa saudável ficam acima de 95%.

“Quando o porcentual aparece abaixo de 90%, em ar ambiente, é sinal grave”, diz Sztajnbok. “Um paciente que chega com falta de ar importante, com valores muito baixos, vai direto para a sala de emergência. Às vezes, é entubado imediatamente.”

Também é praxe realizar tomografia de tórax, pela qual especialistas conseguem detectar lesões característica do novo coronavírus. “É um padrão que a gente chama de ‘vidro fosco’, que aparece por exemplo em pneumonias bacterianas, mas em várias áreas dos dois pulmões”, explica o diretor de governança clínica do Sírio-Libanês, Fernando Ganem.

Para casos menos graves, o socorro pode ser feito por métodos não-invasivos. Basicamente, se aumenta a oferta de oxigênio através de equipamentos como máscara para nebulização ou catéter de alto fluxo. “Alguns pacientes, apenas com essa medida, conseguem ter a reação normalizada”, afirma Rolim, do Einstein.

Já em cenário de piora, a equipe médica, primeiro, aplica sedativos e relaxante muscular no paciente -- cuidado necessário para evitar tosses involuntárias que acabam despejando grandes cargas de Sars-Cov-2, o vírus causador da covid-19. Em seguida, vai inserindo um tubo pela boca ou narina até a traqueia que, acoplado a um ventilador mecânico (o respirador), compensa a falta de atividade dos pulmões.

A segurança

Segundo especialistas, equipes médicas acabam ficando mais expostas ao coronavírus na hora de fazer a entubação ou extubação (quando o aparelho é removido) do paciente. “É um momento em que há contato. Precisa fazer a visualização direta, levantar a língua, expor a epiglote… Se ele tossir, a carga de vírus é enorme”, afirma Sztajnbok.

Considerada altamente contagiosa, a doença tem levado hospitais a adotar sistemas especiais de segurança nas UTIs. Para chegar aos quartos, isolados uns dos outros, os profissionais precisam se paramentar com máscara, luva, avental e face shield, o escudo facial que protege de microgotículas dispensadas no ar. Procedimentos de vestir - e principalmente de retirar - os equipamentos de proteção seguem protocolos rígidos.

Em algumas unidades, agora só um membro das equipes multiprofissionais vai presencialmente até o paciente -- em vez do time completo (intensivista, enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta respiratório). Controlando acesso, seguranças anotam o nome de cada médico e avisam caso alguém da equipe já tenha ido lá antes.

Acompanhantes também foram vetados ou sofreram redução no tempo de visita. No Sírio, por exemplo, há pessoas internadas que falam com familiares através de tablets ou notebooks. “É um problema social que temos encontrado”, afirma Ganem. “Quando o paciente está consciente, ele fica muito deprimido pela situação de isolamento.”

No Emílio Ribas, as UTIs têm antecâmaras com pressão negativa, sistema que impede o ar “infectado” de sair e contaminar outros ambientes. Já o Einstein comprou 150 aparelhos portáteis de pressão negativa para enfrentar o coronavírus. Antes da pandemia, o hospital contava com dois equipamentos similares.

A UTI

Por representar casos de maior instabilidade, pacientes na UTI precisam ser monitorados 24 horas por dia e as equipes médicas devem estar prontas para intervir imediatamente. “Existe um padrão muito curioso, que já foi constatado na literatura lá fora. Por volta do sétimo ao décimo dia, o paciente infectado tem uma virada”, relata Ganem. “Em questão de horas, uma pessoa que estava respirando por conta própria pode ter um descompasso e precisar receber ventilação.”

“O coronavírus é uma doença nova e complicada, com a qual ainda estamos aprendendo a lidar”, diz Sztajnbok -- na UTI do Emílio Ribas, 100% dos atendidos estão entubados. “Nem sempre há o mesmo padrão de lesão pulmonar. Cada comportamento, demanda uma estratégia diferente de ventilação mecânica. O aparelho é complexo, difícil de pilotar. Muitas vezes, a expertise dos médicos é a diferença entre salvar muitas vidas ou morrer muita gente.”

Já no Einstein, cerca de 50% dos internados em terapia intensiva precisam do respirador, segundo Rolim. “Temos pacientes que saíram da internação em terapia intensiva depois de três ou quatro dias. Entre os entubados, a média é de dez dias”, afirma.

Em pacientes de covid-19, os médicos também têm percebido maior intercorrência de insuficiência renal comparado a outras infecções respiratórias. Por isso, aparelhos de diálise chegam a ser usados em até 20% dos casos, segundo estimam. Também há registro pacientes que desenvolvem tromboses, mas sem consenso médico de que esse comportamento destoa de outras patalogias.

Principais Equipamentos da UTI

  1. Monitor multiparamétrico: monitora sinais vitais e trasmite para uma central para acompanhamento médico;
  2. Bomba de infusão: dispositivo eletrônico que aplica de forma contínua medicamentos previamente programados
  3. Respirador: equipamento responsável pela ventilação mecânica
  4. Diálise: máquina que substitui a função dos rins
  5. Cama com balança: permite pesar o paciente sem precisar deslocá-lo, o que é útil para detectar quadros de desidratação ou retenção de líquidos

O(s) tratamento(s)

Integrantes de rede de pesquisa para avaliar segurança e eficácia de medicamentos contra a covid-19, o Sírio e o Einstein têm ministrado hidroxicloroquina para pacientes. Além dos estudos clínicos, outra forma de aplicação é para uso compassivo - quando o doente, com risco de vida e sem tratamento convencional, consente em tentar uma droga nova.

“Como o Ministério da Saúde liberou para casos graves, a gente deixa a critério do médico titular”, afirma Ganem, do Sírio. “Temos médicos que optam por não usar cloroquina. Outros, introduzem. A gente respeita a autonomia do médico, desde que a legislação e as autoridades tenham autorizado." O hospital tem desenvolvido, ainda, testes com plasma.

No Einstein, também são usadas drogas como azitromicina, antibiótico para tratamentos de infecções respiratórias, e dexametasona. “Qualquer intervenção em que não há comprovação, idealmente tem de ser submetida a estudo clínico”, diz Rolim. "O pesquisador responsável avisa sobre benefícios e riscos. Se o paciente não for capaz de consentir, um representante legal assina o termo.”

"Quando o paciente vem para a UTI, a gente sempre oferece a possibilidade receber a hidroxicloroquina. Houve uma politização muito grande sobre o uso ou não uso, mas o fato é que a discussão deve se dar no âmbito médico”, afirma Sztajnbok. No Emílio Ribas, também testa outra possibilidade com remdesivir, antiviral usado contra ebola. “Sem resultado clínico, não existe um tratamento para Sars-Cov-2: o que existem são várias drogas sendo testadas.”

 

*Por: Felipe Resk / ESTADÃO

Equipe do Hospital ganha reforço no combate à Covid-19 e para atuação na UTI

 

SÃO CARLOS/SP - O Hospital Universitário Prof. Dr. Horácio Carlos Panepucci (HU) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), convocou nesta sexta-feira, 24 de abril, por meio do Diário Oficial da União, mais profissionais aprovados no processo seletivo emergencial realizado pela Ebserh para ampliar as equipes de saúde no combate à pandemia de Covid-19. Ao todo foram convocados 126 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeuta.
Esta é a segunda convocação do HU - a primeira ocorreu no último dia 14 - e considerou os profissionais não contratados na primeira chamada e aqueles necessários para completar o quadro que atuará na UTI do Hospital, cuja obra está em fase de finalização. "Esse quantitativo de funcionários é necessário para o adequado funcionamento da UTI, que está iniciando suas atividades, especialmente neste momento de combate à pandemia de Covid-19", afirma Ângela Leal, Superintendente do HU-UFSCar.
Nos dias 28 e 29 de abril os profissionais convocados deverão comparecer ao HU para entrega de currículo e apresentação dos documentos necessários para contratação, além da documentação comprobatória de títulos e experiência sobre os quais foram informados no ato de inscrição.
Com a formação de cadastro reserva, novas convocações ocorrerão de acordo com a necessidade do Hospital. O processo seletivo emergencial não impactará no concurso público em andamento, que continua seguindo seus trâmites normais.

Seleção e atuação da Rede Ebserh
Nessa seleção emergencial, a Rede Ebserh autorizou a abertura de 6 mil vagas para médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas, engenheiros e arquitetos. A Rede Ebserh está trabalhando em parceria direta com os ministérios da Saúde e da Educação, com participação nos Centros de Operações de Emergência (COE) desses órgãos, e tendo como diretriz o monitoramento da situação da pandemia no País e em suas 40 unidades hospitalares. Também tem atuado na realização de treinamento de funcionários da Rede, promoção de webaulas, definição de fluxos e instituição de câmaras técnicas de discussões com especialistas.
Em algumas regiões, as unidades da Rede Ebserh servem como hospitais de referência ao enfrentamento do Covid-19, enquanto que em outras, atuam como retaguarda em atendimentos assistenciais para a população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

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