SÃO CARLOS/SP - Em 2022 já foram registradas em São Carlos 799 notificações, com 260 casos positivos de Dengue, sendo 238 autóctones e 22 importados e 1 óbito registrado no último dia 12 de abril. Para Chikungunya foram registradas 5 notificações, com 5 casos descartados. Para Febre Amarela foi registrada 1 notificação, com 1 caso descartado. Para Zika nenhuma notificação foi registrada até agora.
O número de notificações registradas nesse segundo bimestre de 2022 já ultrapassa o ano inteiro de 2021 quando foram somadas 670 notificações, com 136 casos positivos para a Dengue, sendo 102 autóctones e 34 importados. Nenhum óbito foi registrado no ano passado. Para Chikungunya foram registradas 30 notificações, com 30 resultados negativos para a doença. Para Febre Amarela foi registrada 1 notificação, com 1 caso descartado. Para Zika foram registradas 12 notificações, com 12 casos descartados.
A Prefeitura de São Carlos, por meio das secretarias de Saúde e de Serviços Públicos, permanece realizando o mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypyi, transmissor da Dengue, Zika, Chikungunya e Febra Amarela. Os trabalhos começaram no último dia 19 de abril pelo bairro Romeu Tortorelli, seguindo para a região do grande Santa Felícia, local onde a equipe de Agentes de Combate à Endemias continua realizando a vistoria dos imóveis com eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti e recolhimento de inservíveis.
No total já foram recolhidas 82 toneladas de entulhos entre resíduos descartados em locais errados e inservíveis, nem todos com criadouros, mas que poderiam se tornar.
A Secretaria de Serviços Públicos não está recolhendo móveis como guarda-roupas, sofás, armários nem fogões e geladeiras. “Esse tipo de material deve ser descartado nos Ecopontos. Estamos ajudando os agentes a recolher inservíveis que acumulam água nas residências, nas ruas e terrenos baldios”, explica Mariel Olmo, secretário de Serviços Públicos.
Crislaine Mestre, diretora de Vigilância em Saúde, solicita a colaboração da população. “As pessoas precisam cuidar das suas residências, somente dessa forma vamos evitar a Dengue. Também precisam atender os Agentes de Combate à Endemias para receber orientações e para que eles possam eliminar caso já exista algum criadouro. Em caso de sintomas a população deve procurar a unidade de saúde mais próxima da sua residência”, ressalta a diretora.
Durante o mutirão as equipes estão encontrando um número grande de garrafas, pneus, latas, lonas, material reciclável em local sem cobertura, brinquedos espalhados nos quintais, além de caixote de leite, balde, prato de planta, vaso com planta na água, bebedouro de animal, vaso sanitário, tambor, caixa d’água, fonte e sucata.
A eliminação dos criadouros ainda é a principal medida preventiva de combater o mosquito Aedes aegypyi. Após o término do mutirão no Santa Felícia as equipes seguem para o Jardim Centenário.
SÃO CARLOS/SP - O Parque Ecológico de São Carlos “Drº Antônio Teixeira Vianna” realiza no domingo (01/05), Dia do Trabalho, a primeira caminhada sustentável. A distância a ser percorrida é de 6 Km, um trajeto que dever ser percorrido em aproximadamente 1h20 em piso de terra batida e pontos com areia.
Para participar os interessados devem se inscrever na administração do Parque até a próxima sexta-feira (29/04). Menores de 18 anos, podem participar juntamente com um adulto também inscrito. O horário de atendimento é das 8h às 12h e das 13h às 16h. A taxa de inscrição é um 1 kg de ração para cães ou gatos, sendo que toda a arrecadação será repassada para o Banco Municipal de Rações. As vagas são limitadas.
A concentração acontece a partir das 7h30 ao lado do recinto do jacaré de papo amarelo no interior do Parque. A largada está prevista para as 8h. Não será permitido o uso de chinelos, sandálias, bermudas, saias e vestidos, portanto para o passeio deve-se usar sapatos fechados e confortáveis, calça comprida confortável e adequada para prática esportiva.
“Não será permitido afastar-se do grupo e dos monitores. Lembramos que estaremos em uma área natural de vegetação típica de Cerrado, onde ocorre diversas espécies de animais silvestres/selvagens em vida livre, como serpentes, lobo guará, cachorro do mato, gato do mato, aranhas, entre outros”, ressalta Fernando Magnani, diretor de Proteção Animal da Secretaria de Serviços Públicos.
O evento está sujeito a alterações ou até mesmo cancelamento de acordo com alterações meteorológicas. A atividade não gera premiações.
Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones (16) 3361-4456 ou (16) 3361-2429.
SÃO CARLOS/SP - O vereador Bruno Zancheta fez uma afirmação categórica em sessão realizada na última terça-feira (19) no legislativo sobre a situação da saúde em nossa cidade. O parlamentar criticou também a falta de materiais básicos nas UBS, USFs e UPAs.
“A saúde de São Carlos está na UTI, em estado grave. Há demora no atendimento nas UPAs, faltam materiais básicos nas unidades de saúde para fazer curativo (gaze, esparadrapo), não dá para aceitar. Os médicos que atendem nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), tem trocado medicações que seriam aplicadas nos pacientes pois elas estão em falta e isso tudo é inaceitável. Não vou culpar nenhuma pessoa, a culpa é da gestão, está faltando gestão. Precisamos de soluções em caráter emergencial”, afirmou Bruno Zancheta.
Ele fez questão de destacar o trabalho realizado pelos servidores da saúde. “Quero destacar o trabalho incansável de cada servidor da área da saúde, que mesmo com todas essas dificuldades, tem se desdobrado para que as coisas funcionem”, disse Bruno Zancheta.
SÃO CARLOS/SP - Um jovem foi até a Polícia para registrar um boletim de ocorrência, onde o mesmo foi vítima de assalto neste último domingo, 24, em São Carlos.
Segundo consta, o jovem de 20 anos estava em uma festa, quando teria sido alvo de um ‘boa noite cinderela’ e não se lembra de mais nada. Enquanto estava grogue, levaram todos os seus documentos e o aparelho celular.
SÃO CARLOS/SP - Um homem foi agredido em um bar na noite deste último domingo, 24, por uma mulher, no Jardim Santa Paula, em São Carlos.
Segundo informações, o homem estava ‘de boa’, quando foi ao sanitário e durante o trajeto se deparou com uma mulher e segundo a vítima, sem motivos foi agredido, e só parou de apanhar quando a turma do deixa disso chegou e separou.
O Boletim de Ocorrência foi registrado na Central de Polícia Judiciária de São Carlos.
SÃO CARLOS/SP - A Embrapa chega a 27ª edição da Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow) com soluções para diversas cadeias produtivas do agro brasileiro, entre elas, a da carne, piscicultura e a de insumos. Os visitantes poderão ver demonstrações, ao vivo, de análises de carne por ressonância magnética nuclear (RMN), da qualidade da água de tanques de criação de peixes, e de solos, conhecer fertilizantes à base de nanotecnologia, para agricultura familiar, práticas agrícolas para criação de abelhas-sem-ferrão e bioinsumo para reduzir os efeitos da seca, entre outras.
As tecnologias serão apresentadas no período de 25 a 29 de abril, no estande localizado na E14a1 do mapa da feira, em Ribeirão Preto (SP), por três unidades de pesquisa, Embrapa Instrumentação (São Carlos, SP), Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) e Embrapa Solos (Rio de Janeiro, RJ).
A Embrapa Instrumentação leva para a Agrishow resultados consolidados de pesquisas desenvolvidas em parceria com startups, que fazem parte do seu ecossistema de inovação, e já com impactos positivos no mercado nacional e internacional. Pelo menos quatro das seis tecnologias que serão apresentadas contaram com a participação de agtechs, sediadas em São Carlos, cidade do interior paulista com forte vocação para o empreendedorismo.
O SpecFit é uma delas. A tecnologia realiza análise de carne por ressonância magnética nucelar (RMN) em segundos. Desenvolvido em parceria com a startup Fine Instrument Technology (FIT) para análise de produtos da agroindústria, o SpecFit fará análise de carne, ao vivo, na Agrishow, utilizando a RMN. A técnica foi reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Association of Official Agricultural Chemists (AOAC) para avaliação do teor de lipídeos em carnes, produtos cárneos e pescados. O equipamento, presente em mais de 20 países, nos quais está sendo utilizado para medir o teor de óleo de frutos de dendê, permite a geração de informações precisas na carne e em produtos processados e industrializados à base de proteína animal. Pesquisadores da Embrapa Instrumentação e da startup estarão no estande para fornecer outros detalhes. Mais informações em: https://www.fitinstrument.com/
Sonda Multiparâmetros Aqua Probe – Fundamental na criação de peixes, a qualidade da água pode ser a causa do sucesso ou fracasso do negócio. Para ajudar os piscicultores, a Embrapa Instrumentação e a startup Acqua Nativa desenvolveram a Sonda Multiparâmetros Acqua Probe, capaz de aferir em tempo real e de forma remota – por meio de celular, tablet ou computador – as propriedades da água de viveiros destinados ao cultivo de organismos aquáticos, como peixes e crustáceos. Entre os 12 parâmetros que a tecnologia é capaz de monitorar estão níveis de pH, temperatura, oxigênio dissolvido, potencial de oxirredução, turbidez da água, além da clorofila-a e condutividade elétrica. O equipamento nacional, que custa um quarto do valor do importado, integra o Projeto BRS Acqua, liderado pela Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas, TO), que está sendo executado com o objetivo de fortalecer e ampliar a aquicultura. Mais informações em: https://www.embrapa.br/
A Plataforma IA AGLIBS é outra tecnologia que tem a assinatura de uma startup no desenvolvimento, a Agrorobótica. A tecnologia faz a mensuração, reporte, verificação e comercialização (MRVC) de carbono na agricultura e a digitalização da fertilidade e textura do solo, sendo a mesma tecnologia - hardware e software - utilizada pela Nasa em seus robôs para explorar os solos do Planeta Marte. O AGLIBS utiliza a espectroscopia de emissão óptica com plasma induzido por laser (LIBS) e está sendo empregada de forma pioneira no Brasil e no Mundo. A plataforma IA AGLIBS auxilia os agricultores a resolver grandes problemas do Planeta Terra como mitigação das mudanças climáticas e segurança alimentar. A geração de valor para o agricultor que utiliza a tecnologia consiste em sustentabilidade, agregação de valor nas commodities carbono neutro; aumento da rentabilidade - redução de custos com corretivos e fertilizantes. Mais informações em: https://www.embrapa.br/
Nanocristais de celulose – Semelhantes a grãos de arroz ou agulhas, porém com espessura cerca de 200 mil vezes menor, os nanocristais extraídos de fontes renováveis e sustentáveis, conhecidos como green materials (
Insumos agrícolas
Biofertilizante para agricultura familiar – Gerado a partir do tratamento do esgoto doméstico pela Fossa Séptica Séptica Biodigestora, o adubo orgânico pode substituir a aplicação do nitrogênio sintético na adubação de pequenas lavouras e pode ser uma excelente alternativa para produtores que não têm acesso a nenhum tipo de fertilizante químico. Em experimentos com milho para silagem conduzidos por pesquisadores da Embrapa Instrumentação, o biofertilizante, acrescido de fósforo e potássio, demonstrou resultados de produções semelhantes de grãos, comparadas às áreas com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK). Na feira, o produtor rural poderá conhecer o adubo orgânico e ver as diferenças entre plantas de milho adubadas com e sem o insumo. Mais informações em: https://www.embrapa.br/
Sachê biodegradável – Desenvolvido à base de produtos naturais entre a Embrapa Instrumentação e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o sachê de liberação controlada de agroquímicos, solúvel em água, consiste em um material selado por prensagem, que contém em seu interior o insumo desejado. O sachê é formado por uma mistura de materiais poliméricos com elevada biodegradabilidade, ao ser inserido no solo, libera o conteúdo de forma gradual, conforme vai se decompondo. Entre as vantagens da inovação estão a diminuição da quantidade de insumos para a mesma atividade agrícola, além de prevenir danos à saúde do produtor rural, porque o agroquímico é inserido no interior do sachê. Mais informações em: https://www.embrapa.br/
Boas Práticas agrícolas
Boas Práticas para Instalação e Manejo de Colônias de Abelhas sem Ferrão – A Embrapa Meio Ambiente investe no desenvolvimento de tecnologias para criação e uso sustentável das abelhas-sem-ferrão. Seu objetivo é gerar renda a partir da biodiversidade brasileira de abelhas e aumentar a produtividade dos cultivos dependentes delas para polinização. A produção de mel e polinização de diversas espécies de culturas é uma grande contribuição das abelhas nativas sem ferrão para a agricultura brasileira. A Kombi da A.B.E.L.HA. (Associação Brasileira de Estudos das Abelhas) com a qual a Embrapa Meio Ambiente mantém parceria no desenvolvimento de tecnologias para criação e uso sustentável das abelhas sem ferrão, estará na feira com abelhas nativas para mostrar os benefícios delas para a sociedade. Mais informações em: https://www.embrapa.br/
Produção Integrada de Morango – A Produção Integrada de Morango (PIMo) permite ao agricultor utilizar cerca de dez vezes menos defensivos químicos, aumenta a produtividade por planta e ainda gera um fruto mais valorizado pelo mercado consumidor. Esse sistema de produção segue o princípio das boas práticas agrícolas e observa regras estabelecidas pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), que coordena nacionalmente o Programa de Produção Integrada Agropecuária (PI Brasil), enquanto a Embrapa Meio Ambiente coordena o Programa Produção Integrada de Morango, iniciado em 2006. A Staw Agricultura é uma das propriedades que utiliza a PIMo e possui o Selo Brasil Certificado desde 2019, o primeiro morango do estado do Paraná a receber esse selo pela adoção da produção integrada. A Staw também recebeu o Certificado de Conformidade Orgânica para produção de morango in natura, morango congelado e morango liofilizado, pela Ecocert Brasil Certificado. https://www.
Mitigação da Seca por Bactérias Benéficas – O Auras é um bioinsumo produzido a partir da rizobactéria Bacillus aryabhattai, extraída das raízes do mandacaru (Cereus jamacaru), para ser aplicado em lavouras, principalmente milho para aumentar a resiliência e a capacidade de adaptação das plantas ao estresse hídrico, promovendo o crescimento da cultura mesmo em condições de seca. A solução da Embrapa Meio Ambiente, em parceria com a NOOA Ciência e Tecnologia Agrícola, é resultado de mais de 12 anos de pesquisa. O AURAS® além de propiciar maior segurança no ambiente de produção, promove também maior estabilidade no ambiente biológico e otimiza o uso da água pela planta. O bioinsumo é capaz de reduzir os efeitos causados pelas estiagens prolongadas, minimizando riscos e expressando o verdadeiro potencial das lavouras. Na Agrishow informações sobre o correto uso do Auras serão repassadas pelos técnicos da Embrapa e da NOOA e o produto industrializado será demonstrado pela empresa. Mais informações em: https://digital.
Pacote tecnológico
SpecSolo - O pacote tecnológico, conhecido como SpecSolo®, é uma tecnologia inovadora destinada à análise de solos por espectroscopia no infravermelho próximo (NIR) que faz uso de técnicas de Big Data e Inteligência Artificial, desenvolvidas com o auxílio de um robusto banco de dados com mais de 1 milhão de amostras de solos representativos do Brasil. Desenvolvido pela Embrapa Solos, em parceria com a iniciativa privada, tem a vantagem de analisar as amostras de solo de forma não destrutiva, rápida e econômica. Dezenas de parâmetros de fertilidade (carbono orgânico do solo, pH, cálcio, magnésio, fósforo, potássio dentre outros) e física do solo (argila, silte e areia) podem ser analisados simultaneamente em apenas 30 segundos. A análise convencional demora dias para apresentar os mesmos parâmetros. Pesquisadores da Embrapa Solos vão demonstrar o modo de funcionamento (incidência da luz infravermelha sobre as amostras de solo). Mais informações em: https://www.embrapa.br/
Corredor de Inovação e Caravana Fert Brasil
Além das tecnologias no estande, a Embrapa vai participar da Agrishow com outras ações.
No dia 25, às 15 horas, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Embrapa e Sebrae-SP, vão celebrar a parceria para implantação do Corredor de Inovação Agropecuária do Estado de São Paulo, que visa integrar os polos de desenvolvimento das regiões de Jaguariúna, Campinas, Piracicaba, São Carlos e Ribeirão Preto.
Estudo coordenado pelo Mapa e a Embrapa Agricultura Digital para apoiar o projeto aponta que o Corredor tem potencial para se posicionar entre os cinco maiores em agricultura e o primeiro em agricultura tropical no mundo. Saiba mais aqui (https://www.gov.br/
Além do lançamento do Corredor de Inovação, haverá ainda um workshop, a partir das 16h, para discutir ações estratégicas para consolidação da iniciativa. O evento será realizado no Espaço Gastronomia, estande da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, na Agrishow.
No dia 26, às 16 horas, na Arena do Conhecimento, o pesquisador da Embrapa Solos, José Carlos Polidoro, fará uma palestra sobre a “Caravana Embrapa Fert Brasil”.
Ele vai apresentar detalhes sobre o cronograma e as regiões que serão visitadas, além de aspectos que serão abordados pelos pesquisadores junto aos produtores rurais. Mais informações em: https://www.embrapa.br/busca-
Representantes da Embrapa Agroenergia (Brasília, DF), Embrapa Territorial (Campinas, SP), Embrapa Acre (Rio Branco, AC), Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP), Embrapa Agrobiologia (Seropédica, RJ) e equipe de Relações Institucionais e Governamentais da Embrapa (Brasília – DF) estarão na feira para realizar prospecções e articulações com stakeholders.
SÃO CARLOS/SP - Nesta 6ª feira (22), um homem de 39 anos acionou a Polícia Militar após ter sido assaltado na Rua José Quatrochi, no bairro São Carlos V, São Carlos.
Segundo informações, o 190 da Polícia Militar foi acionado sobre o assalto. A vítima estava aguardando os Militares na Rua Miguel Petroni. Quando a Polícia chegou a vítima disse que havia ido até um ponto de drogas para comprar cocaína, pois é usuário, mas que as duas mulheres, supostas traficantes, haviam dito que não recebiam em cartão.
Assim sendo, a vítima teria ido até ao banco, sacado R$ 30,00 e retornado ao local para comprar o entorpecente, mas teria sido rendido por indivíduos que teriam chegado em um veículo.
Ainda segundo a vítima, um dos suspeitos estaria em poder de uma arma de fogo e sob ameaças teriam roubado o seu carro Fiesta. Os Policiais saíram em patrulhamento e no bairro Santa Angelina se deparou com o veículo Monza usado pelos bandidos, puxando o carro da vítima (Fiesta). Os ocupantes do Monza teriam tentado fugir, mas acabaram sendo detidos. As mulheres que estavam vendendo drogas também foram detidas.
A ocorrência foi encaminhada à Central de Polícia Judiciária, onde a autoridade após ouvir as partes separadamente, autuou P.H.O, de 34 anos e J.W.F, de 28 anos, e foram recolhidos ao Centro de Triagem de São Carlos.
Dentro do Monza a Polícia Militar localizou uma réplica de pistola.
SÃO CARLOS/SP - Pesquisadores de São Carlos, em parceria com uma empresa privada, deram um passo importante para entender como o campo magnético gerado por ímãs acelera ou retarda a corrosão metálica em equipamentos eletrônicos, agrícolas, industriais, hospitalares e outras estruturas. Com apenas uma placa de circuito impresso e uma câmera fotográfica nas mãos, eles demonstraram, em tempo real, que um ímã com campo magnético uniforme, ou seja, que tem a mesma intensidade em toda a região estudada, retarda a corrosão, enquanto um heterogêneo acelera o processo.
Ímãs, ou eletroímãs, são componentes comuns em aparelhos de uso diário e são amplamente utilizados em medicina, indústrias, transporte, agricultura, e sistemas de energia elétrica. Os processos corrosivos são responsáveis por gastos da ordem de trilhões de dólares anualmente, atingem mais de 3% do PIB de países industrializados e cerca de 4% no Brasil, afetam o meio ambiente liberando resíduos tóxicos e compromete a segurança das estruturas metálicas.
Por isso, esforços vêm sendo empregados para entender o fenômeno, a fim de reduzir os efeitos da corrosão, uma vez que não é possível eliminá-la. O estudo realizado pelos pesquisadores da Embrapa Instrumentação, em parceria com a Universidade de São Paulo e com a empresa LMA Magnet Consultancy, localizadas em São Carlos, mostrou que há uma relação entre o tamanho da placa e o ímã.
Eles observaram que, quando a placa de cobre é bem menor do que o ímã, a corrosão ocorre de forma bem mais lenta do que sem ele. Mas quando é ao contrário, ímã menor que a placa, a corrosão acontece rapidamente nas bordas, onde o campo magnético do ímã é muito heterogêneo.
Pela lente da câmera, que pode até ser a de um celular, os pesquisadores conseguiram visualizar o efeito do ímã na deterioração da placa de metal. Outra vantagem do procedimento é que ele pode ser aplicado a outros metais e meios corrosivos. Assim, o estudo pode fornecer informações valiosas sobre o processo de corrosão na presença de campo magnético em diversas condições ambientais.
Muitos estudos apontaram que o campo magnético de um ímã pode retardar a corrosão metálica em ambiente natural, isto é, sem energia elétrica aplicada. No entanto, trabalhos mais recentes demostram que, em alguns casos, o efeito pode ser inverso, ou seja, o ímã pode acelerar a corrosão.
Embora diversas hipóteses tenham sido levantadas para explicar o motivo pelo qual um ímã pode tanto acelerar como retardar a corrosão, nenhuma delas havia sido comprovada experimentalmente até então. A principal causa seria a morosidade para medir a corrosão natural e, principalmente, o fato da maioria dos métodos de medição interferir no processo deste tipo de corrosão.
Nesse sentido, o estudo realizado pela estudante de doutorado Cilhei Igreja Nascimento Mitre no Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), sob a orientação do pesquisador da Embrapa Instrumentação, Luiz Alberto Colnago, traz importantes contribuições para entender o processo.
“A partir de agora pesquisadores de diversas áreas da química, física e engenharia podem usar ímãs para retardar a corrosão de peças metálicas ou programar inspeções mais frequentes, quando estrutura metálicas estão sob ação de campo magnético heterogêneo, condição na qual se encontra a maioria das aplicações dos ímãs”, conta a doutoranda.
O artigo sobre o estudo foi publicado pela npj Materials Degradation em março deste ano. A revista integra o portfólio da conceituada Nature, principal publicação científica internacional, com mais de 150 anos, pertencente ao grupo editorial alemão Springer. O artigo “In-operando analysis of the corrosion patterns and rates under magnetic fields using metallic film” está disponível em: https://www.nature.com/
De olho na corrosão
Cirlei estudou primeiro o processo pela sofisticada ressonância magnética nuclear (RMN), técnica que demonstrou ser eficiente para monitorar o efeito do ímã na corrosão. Com a RMN, Cirlei já havia observado que o campo magnético tinha potencial para retardar os processos de corrosão em estruturas metálicas altamente usadas atualmente.
Os pesquisadores monitoraram a corrosão metálica na presença e na ausência de campos magnéticos, usando solução aquosa de ácido clorídrico. Para isso, utilizaram o cobre, foco de várias investigações por causa das suas inúmeras aplicações em eletrônica, comunicações, linhas de energia elétrica para serviços públicos domésticos e de água, máquinas agrícolas, entre outros.
O estudo “Use of Time Domain Nuclear Magnetic Resonance Relaxometry to Monitor the Effect of Magnetic Field on the Copper Corrosion Rate in Real Time” foi publicado pelo jornal Magneto Chemistry também em março e está disponível em: https://www.mdpi.com/2312-
No entanto, com a RMN não era possível visualizar processo ocorrendo, uma vez que a ação é realizada dentro do aparelho, totalmente fechado, gerando apenas sinais, interpretados estatisticamente pelos pesquisadores.
Por isso, no doutorado em andamento, também sob a supervisão de Colnago, especialista em aplicações de RMN no agro, a estudante desenvolveu o método simples para observar visualmente e registrar com câmeras fotográficas ou celulares o momento em que o ímã acelera ou retarda a corrosão. Ela utilizou uma placa de cobre, de fazer circuito impresso, e uma solução para remover o cobre das partes em que se desejava gravar.
“Assim, os processos dinâmicos da corrosão sob um campo magnético, como rotação da solução corrosiva podem ser registrados, em tempo real, durante a deterioração do metal, utilizando câmeras digitais ou de celular, ou seja, sem exigir o uso de equipamentos sofisticados e de forma mais rápida. Observamos o fenômeno ocorrer instantaneamente”, disse Cirlei.
Com o método simples, que permitiu a visualização da ação do campo magnético, os autores concluíram que o ímã homogêneo dificulta a saída dos produtos da corrosão, por fazer com que o material corroído fique preso mais tempo sobre a placa metálica, impedindo a chegada de novos agentes corrosivos.
“No caso do ímã heterogêneo, o campo magnético muito forte nas bordas do ímã, atrai o agente corrosivo para essa região fazendo com que a corrosão se acelere. Constatamos que, quando uma peça metálica está dentro da região homogênea de um ímã, a corrosão é reduzida. Mas quando a peça metálica está sob a ação de um ímã heterogêneo a corrosão é acelerada”, afirmaram o orientador e a estudante.
Eles explicam que, como o ímã com campo magnético heterogêneo é comum em motores, equipamentos eletrônicos, médicos, industrial e eletrodomésticos, a corrosão deve ser melhor avaliada, bem como medidas protetivas mais eficientes devem ser tomadas para aumentar o tempo de vida das peças metálicas.
Muitos autores acreditam que o efeito ambíguo do campo magnético é atribuído a diferenças no meio corrosivo, como tipo metálico, força de campo magnético, direção em relação à superfície do metal ou presença de gradientes.
Prejuízos milionários
O fenômeno de corrosão eletroquímica é um grande problema na sociedade moderna, uma vez afeta todos os materiais metálicos, desde pequenos componentes eletrônicos, presentes na vida cotidiana, como portões metálicos, janelas, churrasqueiras, grades, até grandes infraestruturas, entre elas, pontes e navios.
No campo, os equipamentos agrícolas e sistemas mecanizados não estão imunes à corrosão. A deterioração compromete a vida útil de máquinas e instrumentos, onerando o produtor rural com manutenção e, muitas vezes, até com a substituição do bem. A corrosão é observada com mais frequência em implementos que usam adubo mineral, como plantadeiras, adubadeiras, sistemas de fertirrigação entre outros sistemas.
A corrosão é considerada extremamente grave por estudiosos do mundo todo. Os prejuízos causados com os processos corrosivos chegam a cerca de 2,5 trilhões de dólares anualmente, ou 3,4% do PIB mundial de países industrializados, segundo dados divulgados pela organização sem fins lucrativos NACE Internacional, na conferência Corrosion 2016, em Vancouver, Canadá. Além disso, a corrosão traz imensos danos ambientais e risco à vida humana.
No Brasil, estudo realizado pela International Zinc Association (IZA) com apoio da USP mostra que a perda é equivalente a 4% do PIB, cerca de 236 bilhões em 2015. Como não é possível impedir a deterioração metálica, o que pode ser feito para retardar são processos físicos e químicos, como pintura, zincagem, niquelação, entre muitas outras formas. Esses procedimentos podem reduzir a velocidade da corrosão e aumentar o tempo de vida das estruturas metálicas.
De acordo com NACE International, a implementação de melhorias de prevenção da corrosão pode resultar em uma economia global entre 15 a 35% do custo dos danos, ou entre US$ 375 a 875 bilhões de dólares.
As pesquisas foram apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e pela Deutsche Forschungsgemeinschaft (DFG, Fundação Alemã de Pesquisa).
Vídeo da ação da corrosão.
https://drive.google.com/
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