BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro demitiu o terceiro presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, com pouco mais de 40 dias no cargo. A fritura de Coelho foi antecipada pelo Estadão no dia 13 de maio, assim como a preferência por Caio Paes de Andrade, secretário especial de desburocratização do Ministério da Economia para substituí-lo, o que foi formalizado na segunda-feira, 23.
A troca de comando do Ministério de Minas e Energia, com a escolha de Adolfo Sachsida para substituir Bento Albuquerque, levou a mudanças na diretoria estatal. O anúncio nesta segunda-feira pegou José Mauro Coelho de surpresa, que ficou apenas 41 dias no cargo. A demissão de Coelho ocorre no momento em que Bolsonaro está envolvido no esquema de liberação de verbas para compra de caminhões de lixo com indícios de superfaturamento revelado pelo Estadão.
Bento foi demitido após a Petrobras ter aumentado o preço do diesel dias depois de o presidente pedir ao ex-ministro e a Coelho que não aumentassem o preço durante uma transmissão nas redes sociais.
Ao escolher Sachsida, ex-secretário do ministro da Economia, Paulo Guedes, Bolsonaro cobrou mudanças na postura da empresa. O presidente não se conforma que a petroleira tenha um lucro bilionário e não possa dar uma “trégua” nos reajustes durante a guerra da Rússia com a Ucrânia, período de alta volatilidade dos preços internacionais. Bolsonaro quer que as movimentações sejam feitas em espaço de tempo maior.
Um auxiliar do presidente disse que não fazia sentido ele demitir Bento para ficar na mesma situação. Sachsida entrou no ministério com uma agenda de mudanças.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petrobras confirmou que recebeu um ofício do Ministério de Minas e Energia solicitando a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para destituir o atual presidente da empresa, José Mauro Coelho, e eleger Caio Paes de Andrade como membro do Conselho de Administração da companhia.
Segundo a Petrobras, o ministério solicitou que a avaliação do nome de Andrade pelo Conselho ocorra após a realização da AGE. A Petrobras disse ainda, que como foi eleito por voto múltiplo, a destituição de Coelho, se aprovada na assembleia, implicará na destituição de todos os membros do Conselho eleitos pelo mesmo processo. A estatal terá que realizar uma nova eleição para esses cargos.
A queda do presidente da Petrobras foi surpresa para os membros do conselho de administração da empresa, que "estavam no escuro", segundo o conselheiro Marcelo Mesquita disse ao Estadão/Broadcast. "Não sabemos de nada, fomos informados há poucos minutos pelo documento do MInistério de Minas e Energia (MME). Não conheço o Caio, não sabemos nada, estamos no escuro", disse Mesquita.
Formado em Comunicação Social pela Universidade Paulista, Caio Paes de Andrade é pós-graduado em Administração e Gestão pela Universidade Harvard e mestre em Administração de Empresas pela Duke University. De acordo com o MME, "o indicado reúne todas as qualificações necessárias para liderar a companhia (Petrobras)". Segundo o conselheiro Marcelo Mesquita, no entanto, o nome do indicado pelo governo ainda terá que passar pelo crivo do conselho de administração, que vai analisar se Andrade preenche todos os requisitos exigidos pelo estatuto da companhia, como ter administrado uma grande empresa nos últimos anos.
A escolha de Caio Paes de Andrade como novo presidente da Petrobrás tem potencial de agradar ao mercado uma vez que ele não deve alterar a política de preços da estatal, além de provavelmente apoiar o processo de privatização da companhia. Essa é a avaliação do economista-chefe da Necton, André Perfeito. "Pelo perfil do executivo não nos parece razoável supor que irá mudar a política de preço da Petrobras, muito pelo contrário. Da forma que vemos o Ministério da Economia está mais no controle do que nunca da petroleira", avaliou Perfeito.
Coelho é o terceiro presidente da Petrobras a ser demitido no governo Bolsonaro e foi escolha de Bento depois que dois nomes foram descartados - Adriano Pires e Rodolfo Landim – por conflitos de interesse com a indústria de óleo e gás. Foi Bento que fez a negociação e bancou o nome de Coelho depois de barrar a indicação de Caio Paes de Andrade.
Com o preço alto dos combustíveis e de energia elétrica ameaçando sua reeleição, Bolsonaro vem demonstrando insatisfação em relação à gestão de Coelho à frente da Petrobras. Neste mês, disse que que a petroleira está "gordíssima, obesa", em referência ao lucro da estatal de R$ 44,56 bilhões no primeiro trimestre do ano. "Petrobras, você é Brasil! Ou quem está aí dentro não pensa no seu país? O povo está sofrendo bastante com o preço do combustível", disse Bolsonaro a jornalistas após discursar em uma feira agropecuária em Maringá (PR).
A União é o maior acionista da empresa, ou seja, recebe a maior parte dos dividendos da estatal, que vão direto para o caixa do governo. A governança da estatal tem sido uma barreira a impedir uma mudança na política de reajustes de paridade internacional. Na nota que anunciou a mudança, o MME disse que o governo "renova o seu compromisso de respeito a governança da Empresa, mantendo a observância dos preceitos normativos e legais que regem a Petrobras".
Ao ressaltar que o Brasil vive atualmente um momento desafiador, com "extrema volatilidade dos hidrocarbonetos", o MME disse que "diversos fatores geopolíticos conhecidos por todos resultam em impactos não apenas sobre o preço da gasolina e do diesel". "Dessa maneira, para que sejam mantidas as condições necessárias para o crescimento do emprego e renda dos brasileiros, é preciso fortalecer a capacidade de investimento do setor privado como um todo. Trabalhar e contribuir para um cenário equilibrado na área energética é fundamental para a geração de valor da Empresa, gerando benefícios para toda a sociedade", diz a nota. / COLABOROU MATEUS FAGUNDES
Adriana Fernandes, Marlla Sabino e Denise Luna / ESTADÃO
JAPÃO - O presidente americano, Joe Biden, afirmou na segunda-feira (23/05), durante visita ao Japão, que os Estados Unidos interviriam militarmente se a China invadisse Taiwan.
"O senhor não quis se envolver militarmente no conflito na Ucrânia por razões óbvias", disse um repórter a Biden, durante coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, em Tóquio. "Está disposto a se envolver militarmente para defender Taiwan?"
"Sim", respondeu Biden. "Esse é o compromisso que fizemos."
Biden disse que qualquer esforço por parte da China para usar força contra Taiwan se trataria de uma ação similar à invasão da Ucrânia pela Rússia.
O presidente americano descarta um conflito militar direito com Moscou, mas enviou bilhões de dólares em auxílio militar que ajudaram a Ucrânia a impor uma resistência mais forte do que a esperada à ofensiva russa.
O líder americano afirmou que dissuadir a China de atacar Taiwan é uma das razões por que é importante que o presidente russo, Vladimir Putin, "pague um preço caro por sua barbárie na Ucrânia". Assim, seria transmitida à China e a outros países a mensagem de que uma ação do tipo é inaceitável.
Biden afirmou esperar que a China não tente tomar Taiwan à força, mas que isso depende de o "mundo deixar claro que esse tipo de ação resultará numa desaprovação de longo prazo pelo resto da comunidade [internacional]".
Os EUA tradicionalmente evitam oferecer uma garantia assim explícita de segurança a Taiwan, mantendo uma política de "ambiguidade estratégica" sobre quão longe estariam dispostos a ir se a China invadisse a ilha.
A Lei de Relações com Taiwan de 1979, que regula as relações entre os EUA e a ilha, não requer que Washington aja militarmente para defender Taiwan de uma eventual invasão chinesa, mas garanta que o território tenha os recursos para se defender e evite qualquer mudança unilateral do status de Taiwan por Pequim.
Após as declarações de Biden, a Casa Branca logo afirmou que os comentários não refletem uma mudança na política dos EUA.
Em resposta, a China afirmou nesta segunda que está pronta para defender seus interesses em relação a Taiwan.
"Ninguém deve subestimar a firme determinação, firme disposição e forte capacidade do povo chinês de defender a soberania nacional e a integridade territorial", disse a repórteres Wang Wenbin, porta-voz do Ministério do Exterior da China.
A China considera a ilha de Taiwan (ou Formosa) como parte do seu território, na forma de uma província dissidente, e considera a questão taiwanesa importante no âmbito das relações com os EUA. Se a ilha tentar sua independência, deve ser impedida à força, na interpretação chinesa.
Já o governo de Taiwan, ou oficialmente República da China, vê-se como um Estado soberano, com constituição, forças armadas, moeda e eleições democráticas.
Nos últimos anos, Pequim intensificou suas provocações militares contra Taiwan com o objetivo de fazer com que a ilha aceite se unificar à China comunista. "Eles já estão flertando com o perigo", disse Biden.
Sob a política de uma China, os EUA reconhecem Pequim como o governo do país e não mantêm relações diplomáticas com Taiwan. No entanto, Washington mantém contatos não oficiais com a ilha, incluindo uma embaixada de facto em Taipei, a capital, e fornece equipamentos militares para a defesa do território.
"Concordamos com a política de uma China. Mas a ideia de que ela [Taiwan] pode ser tomada à força simplesmente não é apropriada", disse o presidente americano.
Essa não foi a primeira vez que Biden prometeu defender Taiwan contra um ataque chinês. Assim como agora, quando o fez em outubro passado, representantes da Casa Branca logo afirmaram que a política americana para a ilha não havia mudado, e analistas classificaram os comentários de uma gafe.
lf (AP, Reuters, AFP)
SÃO PAULO/SP - Emocionado, o ex-governador João Doria anunciou a retirada de sua pré-candidatura à Presidência pelo PSDB no início da tarde desta segunda-feira, 23. Pressionado pela cúpula do partido, que escolheu apoiar o nome da senadora Simone Tebet (MDB) como representante da chamada terceira via, Doria resgatou sua trajetória política e disse se retirar da corrida de “coração ferido e alma leve”. Veja a íntegra do pronunciamento:
Boa tarde a todos.
Hoje é um dia de respostas, mas também um dia de perguntas.
As pessoas sempre me perguntam por que deixei uma vida de conforto à frente das minhas empresas bem sucedidas, para entrar na política?
Sou filho de um político cassado pelo golpe militar de 64. Meu pai, tal como eu, começou a vida pobre, mas lutou, trabalhou e alcançou uma vida confortável, dono de uma das maiores agências de publicidade do Brasil. Até o dia que decidiu, inspirado por Franco Montoro, a lutar por um Brasil melhor.
Pronunciamento - 23/05 https://t.co/sXh81wzXR9
— João Doria (@jdoriajr) May 23, 2022
Nele, era premente e urgente a necessidade de servir ao povo brasileiro, de combater a desigualdade e a injustiça social.
João Doria foi eleito deputado federal e, em abril de 64, foi cassado pelo golpe militar. Perdeu seus direitos políticos, todos os seus bens e foi obrigado a viver no exílio.
Inspirado pelos ideais e pela coragem de meu pai, e coincidentemente também motivado por Franco Montoro, colaborei desde cedo com a vida pública. Com Mário Covas fui Presidente da Paulistur e Secretário de Turismo, em São Paulo. Por conta de uma gestão bem sucedida, fui convidado a presidir a Embratur, emblematicamente criada por um projeto de lei de autoria de meu pai. Como militante e ativista, organizei, a pedido de Franco Montoro, o histórico comício das Diretas Já, na praça da Sé, em 25 janeiro de 1984, aqui em São Paulo.
Com perseverança, dedicação e trabalho, construí uma carreira sólida na iniciativa privada e coloquei de pé um grupo empresarial de sucesso.
2015 marcava o auge de uma recessão brutal que dizimou milhões de empregos, guilhotinou a renda, levou a inflação às alturas e destruiu sonhos. Nada muito diferente do que enfrentamos hoje. Inconformado, acompanhava as medidas econômicas equivocadas de um governo incompetente e o desvio de dinheiro público.
2016 seguindo os passos de meu pai, decidi disputar uma eleição.
Começa aí minha saga, no meu partido.
No PSDB disputei 3 prévias: para prefeito, para governador e para presidente. As 3 únicas prévias na história do partido. Venci as prévias em 2016. E logo depois, vencí as eleições para a prefeitura da maior cidade do país, no primeiro turno. Fato inédito na história política de São Paulo.
Guardo as melhores lembranças da prefeitura. E do meu amigo Bruno Covas.
Tenho orgulho de ter zerado a fila de exames nos postos de saúde, com o inédito Corujão da Saúde. Atendemos a população em situação de rua com os Centros de Acolhimento, recuperamos praças, avenidas e ruas. Promovemos a maior inclusão de crianças desassistidas no redimensionamento das creches e escolas municipais. Lançamos os programas de concessão do Parque do Ibirapuera, do Pacaembu e do Anhembi, entre outras conquistas importantes para a cidade.
Em 2018, novamente disputei e fui vitorioso nas prévias do PSDB para a eleição a governador do Estado de São Paulo. Mais uma vez, venci as prévias e venci as eleições, sendo eleito governador de São Paulo.
Tenho orgulho de ter feito uma gestão transformadora no estado, reconhecida até mesmo por adversários. Diante do desafio histórico da pandemia, me empenhei pessoalmente para trazer ao Brasil 124 milhões de doses da vacina contra a covid 19. Procurei fazer o certo. Salvamos vidas e a economia. Na pandemia, São Paulo cresceu 5 vezes mais do que o Brasil, gerando um terço de todos os novos empregos do país. Por todo o território nacional, a vacina foi sinal de esperança, salvando milhões de brasileiros. Vencemos com a ciência, os discursos do ódio, das fake news e o negacionismo.
Assim como, na saída da prefeitura, quando deixei o comando da cidade nas mãos do saudoso Bruno Covas, desta vez também, deixei o governo de São Paulo em boas mãos. Rodrigo Garcia está levando em frente um trabalho que começou com uma equipe de craques, e que certamente lhe renderá a vitória nas eleições deste ano. Rodrigo será, com muita justiça, reeleito governador de São Paulo.
Em dezembro do ano passado, mais uma vez disputei as prévias do partido para ser candidato a presidente da república. E mais uma vez, as vencí.
Fica aqui minha gratidão aos brasileiros da cidade de São Paulo que me deram mais de 3 milhões de votos na prefeitura, aos quase 11 milhões de votos ao governo de São Paulo. E aos mais de 17 mil militantes do PSDB, que me escolheram como candidato a presidente do Brasil.
Agradeço também aos mais de seis milhões de brasileiros que, nas pesquisas de opinião pública, já manifestaram a intenção de votar no meu nome para presidente, antes mesmo do começo da campanha eleitoral.
O Brasil precisa de uma alternativa para oferecer aos eleitores que não querem os extremos. Que não querem aquele que foi envolvido em escândalos de corrupção. E nem aquele que não deu conta de salvar vidas, não deu conta de salvar a economia e que envergonha nosso país em todo o mundo.
Para esta missão, coloquei meu nome à disposição do partido.
Hoje, neste 23 de maio, serenamente, entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB. Aceito esta realidade com a cabeça erguida. Sou um homem que respeita o bom senso, o diálogo e o equilíbrio. Sempre busquei e seguirei buscando o consenso, mesmo que ele seja contrário à minha vontade pessoal. O PSDB saberá tomar a melhor decisão no seu posicionamento para as eleições deste ano.
Me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve. Com a sensação inequívoca do dever cumprido e missão bem realizada. Com boa gestão e sem corrupção.
Saio com o sentimento de gratidão e a certeza de que tudo o que fiz foi em benefício de um ideal coletivo, em favor dos paulistanos, dos paulistas e dos brasileiros.
Saio como entrei na política: repleto de ideais, com a alma cheia de esperança e o coração pulsante, confiante na força do povo brasileiro que têm fé na vida e em Deus.
Peço desculpas pelos meus erros. Se me excedí, foi por vontade de acertar. Se exagerei, foi pela pressa em fazer com perfeição. Se acelerei foi pela urgência que as ações públicas exigem.
Os acertos foram fruto do trabalho em equipe, da ousadia e da coragem, do propósito que sempre perseguí. De sempre fazer bem feito o que tem que ser feito.
Respeito e Trabalho. Fazer do possível o impossível. Esse é meu mantra. Levo por onde eu for.
Agradeço a minha equipe aguerrida, aos membros do partido que sempre me defenderam, aos que lutaram ao meu lado, aos que foram leais e que defenderam a democracia interna do partido. E defendem, como eu, a liberdade e a igualdade no Brasil.
Agradeço aos colaboradores, que estiveram comigo na prefeitura e no Governo do Estado, que se empenharam para os resultados históricos que alcançamos.
Agradeço aos militantes do PSDB, extraordinários guerreiros que nunca me abandonaram.
Agradeço a Deus pela disposição que sempre me deu, pela capacidade de trabalho, senso de justiça e paz no coração.
Agradeço igualmente à minha família, à Bia, aos meus queridos filhos, Johnny, Felipe e Carol, ao meu querido irmão Raul e sua linda família. Agradeço também a todos os verdadeiros amigos que sempre me apoiaram, em todas as minhas decisões.
Por fim, relembro aqui o belo poema atribuído a Cora Coralina: “Tem mais chão nos meus olhos do que o cansaço das minhas pernas, mais esperança nos meus passos, do que tristeza nos meus ombros. Mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça”.
Seguirei como observador sereno do meu País. Sempre à disposição de lutar a guerra para a qual eu for chamado. Na vida pública ou na vida privada.
Que Deus proteja o Brasil.
Muito obrigado e até breve.
BRASÍLIA/DF - O deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva, conhecido como Tiririca (PL-SP), disse que pode “desistir da eleição” em 2022 por um conflito na sigla partidária.
“Estão querendo pegar meu número para dar para o Eduardo Bolsonaro”, disse à CNN Brasil. O filho do presidente da República também deve tentar reeleição pelo partido.
Ao UOL, Tiririca disse que se ele soubesse que ia perder o número de campanha, “tinha trocado de partido no período da janela” partidária. Desde 2010, Tiririca utiliza o “2222” para ser eleito nas urnas.
O número é similar ao novo número de candidatura ao Planalto de Jair Bolsonaro: 22 pelo PL (Partido Liberal). Em 2018, o presidente disputou as eleições pelo PSL, com o número 17.
Tiririca disse que soube da mudança por um congressista de outra legenda e que ninguém do PL até agora entrou em contato com ele. “Se for verdade, vou desistir da eleição. Isso é como transferir boa parte dos meus votos para Eduardo Bolsonaro”, declarou.
O Poder360 entrou em contato com a assessoria do deputado Eduardo Bolsonaro e do PL e questionou sobre o eventual uso do número 2222 pelo filho do presidente as eleições, mas até a publicação desta reportagem, não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.
AFEGANISTÃO - Apresentadoras e repórteres de canais de TV no Afeganistão entraram no ar com os rostos cobertos no domingo (22/05), após uma ordem do Talebã.
No dia anterior, algumas delas tinham desafiado o decreto ao manter os rostos à mostra.
Depois de tomar o poder no ano passado, o Talebã vem impondo cada vez mais restrições à vida das mulheres.
Mulheres apresentam noticiários e outros programas em canais populares como TOLOnews, Ariana Television, Shamshad TV e 1TV.
A apresentadora do TOLOnews, Farida Sial, disse à BBC: "Nós somos muçulmanas, então ok, usamos hijab, escondemos o cabelo, mas é muito difícil para uma apresentadora cobrir o rosto por duas ou três horas consecutivas e falar".
Ela pede que a comunidade internacional pressione o Talebã para reverter o decreto."Eles querem apagar as mulheres da vida social e política", disse Sial.
O Ministério do Talebã para a Prevenção do Vício e a Promoção da Virtude ordenou que todas as mulheres usem um véu facial em público ou ficam sob risco de punição — o decreto começou a valer para apresentadoras de TV a partir do sábado (21/5).
Depois que algumas mulheres inicialmente se recusaram a obedecer, uma autoridade do Talebã disse que conversaria com os responsáveis pelas apresentadoras, que podem penalizadas.
Sonia Niazi, apresentadora da TOLOnews, disse à agência de notícias AFP: "Resistimos e fomos contra [cobrir o rosto]".
Mas ela disse que o canal foi pressionado e que as apresentadoras devem ser transferidas para outros cargos ou demitidas se não obedecerem.
Khpolwak Sapai, vice-diretor do canal, disse em um post no Facebook: "Estamos profundamente tristes hoje".
Outra jornalista afegã, que pediu para não ser identificada, disse à BBC: "Hoje é mais um dia trágico para as mulheres do meu país".
E um executivo de TV disse que muitas apresentadoras temem que a próxima etapa seja tirá-las completamente do ar.
A maioria dos muçulmanos em todo o mundo não considera que a religião obrigue cobrir os rostos em público. E o Talebã inicialmente parecia estar adotando uma abordagem mais flexível depois de assumir o controle do país em agosto do ano passado.
Nas últimas semanas, no entanto, eles impuseram uma série de restrições à vida das mulheres, incluindo a atribuição de dias separados para visitar parques públicos e impedi-las de fazer viagens mais longas sem um homem.
SÃO CARLOS/SP - Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação, juntamente com o Parque Ecológico e o ONOVOLAB, realiza de 23 a 27 de maio a Semana da Biodiversidade.
Vários setores estarão envolvidos no evento com atividades presenciais com palestras, oficinas, trilhas e passeios monitorados. Confira a programação completa:
23 DE MAIO | 2ª FEIRA | 9H30
Biodiversidade no Município de São Carlos com Prof. Dr. Matheus Reis, diretor da SMMACTI Lançamento do Coletivo dos Apreciadores da Natureza
Local: ONOVOLAB
Apoio: Banco Santander
24 DE MAIO | 3ª FEIRA | 9H
Oficina de Observação e Contemplação da Natureza com o guia Matheus Reis Número de Vagas: 15 Inscrições: https://forms.gle/aqFb2g5peTHwvXvH
Local: Parque do Espraiado
25 DE MAIO | 4ª FEIRA | 13H
Visita VIP ao Parque Ecológico, com acesso aos bastidores Número de Vagas: 20 Inscrições: https://forms.gle/RdKBws3vV4MPCgKQ6
Local: Parque Ecológico
26 DE MAIO | 5ª FEIRA | 8H30
Passeio monitorado na trilha ecológica do Horto Municipal com Priscila Oliveira Número de Vagas: 20 Inscrição: https://forms.gle/o4y5Q6TPHro9KwCi9
Local: Horto Municipal
27 DE MAIO | 6ª FEIRA | 9H
Palestra de encerramento Importância da restauração para a Biodiversidade: A experiência do Sítio São João com Flavio Marchesin, responsável pela Escola da Floresta
Local: ONOVOLAB
Apoio: Banco Santander
SÃO CARLOS/SP - O vereador Bruno Zancheta (PL), em pronunciamento na sessão plenária da Câmara na última terça-feira (17), voltou a cobrar uma solução urgente para a falta de professores na rede municipal de ensino.
“Diversas unidades escolares estão sofrendo muito com a falta de professores, muitas vezes tendo que readequar o andamento da escola, como por exemplo, remanejar os horários de entrada e saída de cada turma”, afirmou o parlamentar. “Necessitamos de medidas efetivas para que isso pare de ocorrer”.
Bruno ressaltou que essa questão tem sido alvo de cobrança de todos os vereadores. “Como professor e Secretário da Comissão de Educação da Câmara Municipal, sei da importância de cada aula e nossas crianças e jovens não podem ser prejudicados,” completou ele, indignado com a situação.
COREIA DO SUL - No segundo dia de seu giro pela Ásia, o presidente americano Joe Biden se reuniu com o novo chefe de estado sul-coreano, Yoon Suk-yeol, no sábado (21). Após um longo encontro, os dois líderes reafirmaram sua vontade de reforçar sua aliança no plano militar e econômico. A Coreia do Norte, que atravessa uma crise sanitária após ter detectado os primeiros casos de Covid-19, esteve no centro das discussões.
Biden e Suk-yeol mostraram que estavam de acordo sobre uma política linha dura com Pyongyang. Eles afirmaram que os Estados Unidos estavam prontos a utilizar armas convencionais e nucleares para dissuadir qualquer ataque à Coreia do Sul e que contemplavam intensificar as manobras militares conjuntas na península da Coreia e arredores.
Os serviços de inteligência sul-coreanos informaram que Pyongyang se preparava para realizar um teste nuclear.
Washington não exclui uma “provocação” do país durante ou justo depois da viagem de Biden à Ásia. Segundo Suk-yeol, Biden e ele discutiram sobre as diferentes maneiras de “coordenar com os Estados Unidos o uso de efetivos estratégicos se fosse necessário”, indicou, citando “aviões de combate e mísseis”.
Mas os dois chefes de Estado também se comprometeram a ajudar a Coreia do Norte no plano sanitário, já que grande parte da população do país não foi vacinada contra a Covid-19. Biden se disse aberto a um encontro com Kim Jong Un.
“Se eu forneceria vacinas à Coreia do Norte? A resposta é sim. Nós oferecemos vacinas não somente à Coreia do Norte, mas também à China. Nós estávamos prontos a ajudar imeditamente a Coreia do Norte, mas não tivemos nenhuma resposta. Sobre a possibilidade de um encontro com o líder norte-coreano, isso dependerá se ele for sincero e sério”, declarou o presidente americano.
Difícil acreditar que a tímida iniciativa americana obtenha resposta, já que Pyongyang nunca respondeu às propostas de encontros feitas pela administração Biden. Por ora, apesar das dificuldades enfrentadas pelo regime na luta contra a pandemia, Kim Jong Un parece se contentar com a ajuda oferecida pela China, sua aliada.
Depois da Coreia do Sul, Biden seguiu, neste domingo (22), para o Japão, onde se reúniu com o primeiro-ministro Fumio Kishida e o imperador Naruhito. Na terça-feira (24), o presidente americano vai ao encontro do grupo Quad, formado pela Austrália, Estados Unidos, Índia e Japão.
O Japão e a Coreia do Sul são considerados países importantes na estratégia americana de barrar a influência chinesa e manter o que Washington chama de “Indopacífico livre e aberto”.
(Com informações da AFP)
Nicolas Rocca, correspondente da RFI
BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro descartou no sábado (21), em sua conta no Twitter, a edição de medida provisória (MP) para tributar compras feitas no exterior por meio de plataformas na internet.

“Não assinarei nenhuma MP para taxar compras por aplicativos como Shopee, AliExpress, Shein etc como grande parte da mídia vem divulgando. Para possíveis irregularidades nesse serviço, ou outros, a saída deve ser a fiscalização, não o aumento de impostos”, escreveu Bolsonaro, na postagem.
Atualmente, a isenção de Imposto de Importação ocorre para encomendas de até US$ 50. No entanto, o benefício só é concedido se a remessa ocorrer entre duas pessoas físicas, sem fins comerciais.
Segundo o secretário Especial da Receita Federal, Júlio César Gomes, em entrevista ao programa Brasil em Pauta da TV Brasil, no início deste mês, muitos vendedores se fazem passar por pessoas físicas quando, na verdade, são empresas constituídas para se valer de isenções, o que constitui fraude.
César Gomes chamou esses aplicativos de “camelódromos virtuais". Segundo ele, hoje o Brasil recebe cerca de 500 mil dessas encomendas por dia.
De acordo com o secretário, a Receita Federal está intensificando o combate a bens contrabandeados ou que burlam as regras tributárias vigentes por meio de um programa de rastreabilidade fiscal recém-lançado. Na entrevista, o secretário também afirmou que estava em estudo a edição de uma medida provisória com foco nos “camelódromos virtuais”.
AGÊNCIA BRASIL
A economia ultrapassa 36% com o novo contrato
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Renda é responsável pelo gerenciamento dos atendimentos do sistema SINE “Mais Emprego”, conhecido como “Casa do Trabalhador”, local onde são realizados mais de 3 mil atendimentos mensalmente, entre eles encaminhamento para vagas de emprego, entrada no seguro desemprego e auxílio para criação da carteira de trabalho digital.
Para realizar esse atendimento no SINE, atualmente a Prefeitura conta uma empresa terceirizada que atua com 09 operadores do programa “Mais Emprego”, 01 coordenador de atendimento, 01 técnico de manutenção do sistema SINE e 04 captadores de vagas.
Como o contrato nº 84/2020 se encerrava em 17 de maio, um novo processo licitatório foi aberto. O contrato anterior era de R$ 839.476,56 anualmente, sendo R$ 69.956,38 mensal. Com o novo contrato assinado, nº 38/2022, a economia chegou a R$ 25.273,35 mensalmente e R$ 303.280,20, anualmente.
“Desde que assumi a Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Renda, a pedido do prefeito Airton Garcia, trabalhamos de maneira cautelosa com os recursos públicos. Com essa nova licitação a economia total é de 36%. A proposta agora é ampliar o número de operadores e demais postos, buscando melhorar ainda mais o atendimento na “Casa do Trabalhador”, que já conta com um fluxo de espera de 30 minutos nos atendimentos agendados, bem como para ampliar o número de oferta de vagas com novos captadores”, explica Danieli Favoretto Valenti, secretária de Trabalho, Emprego e Renda.
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