ALEMANHA - Um paciente de 60 anos está em remissão sustentada do HIV, sendo a sétima pessoa a alcançar esse estágio, aponta prévia de artigo científico aceito para publicação na revista Nature.
Conforme a versão inicial do documento, revisado por pares, o homem, de Berlim, foi diagnosticado com HIV-1 subtipo B em dezembro de 2009. Ele permaneceu sem sintomas por cinco anos. Em abril de 2015, a sua condição se deteriorou e ele recebeu o diagnóstico de leucemia mieloide aguda.
A terapia antirretroviral (ART), que diminui a carga viral no corpo até que o HIV não seja transmitido em relações sexuais, foi iniciada no paciente em paralelo ao tratamento da leucemia. Em outubro de 2015, para o tratamento da leucemia, o homem recebeu um transplante de células-tronco alogênicas, e teve remissão do câncer.
O paciente teve a terapia antirretroviral descontinuada em 2018, o que significa que a remissão já é sustentada por seis anos. Para os pesquisadores, o caso demonstra uma potencial cura do HIV.
A cura é excepcionalmente rara, aponta o artigo, documentada em apenas seis casos entre os estimados 88 milhões de indivíduos que adquiriram HIV desde o início da epidemia. Até agora, as curas bem-sucedidas estão limitadas a indivíduos que receberam transplantes alogênicos de células-tronco para cânceres hematológicos.
Este caso é crucial, conforme o artigo, porque desafia o entendimento de longa data sobre o que é necessário para alcançar a cura ou remissão sustentada do HIV.
Por muito tempo, o mecanismo principal para a cura sem terapia antirretroviral era a resistência ao vírus mediada pela mutação CCR5?32 homozigótica, variante genética rara que confere resistência natural à infecção pelo vírus HIV.
Estes resultados demonstraram que a resistência ao HIV mediada por CCR5?32 não é essencial para uma remissão duradoura, ressaltando a importância de reduções efetivas do reservatório viral nas estratégias de cura do HIV. A análise após o transplante não detectou vírus competente para replicação no sangue ou nos tecidos intestinais do paciente.
Neste caso, os autores sugerem que a chave para a remissão foi o tratamento agressivo da leucemia e os mecanismos imunológicos induzidos pelo transplante.
A última pessoa a demonstrar sinais de remissão foi um homem conhecido como paciente de Genebra, em 2023, depois de receber um transplante de medula óssea.
Todos os pacientes até então tem essa situação muito particular em comum: sofriam de câncer de sangue e se beneficiaram de um transplante de células-tronco que renovaram profundamente seu sistema imunológico.
A primeira pessoa com HIV curada foi Timothy Ray Brown, também conhecido como "paciente de Berlim". Nascido nos Estados Unidos, ele foi diagnosticado com HIV em 1995, quando vivia na Alemanha, e em 2006 recebeu o diagnóstico de leucemia.
O segundo homem curado, Adam Castillejo, ficou conhecido como "paciente de Londres". Ele tinha linfoma de Hodgkin e passou pelo transplante de medula com material de um doador com a mutação no gene em maio de 2016. Em setembro de 2017, Castillejo deixou de tomar drogas anti-HIV e seus exames de sangue não apresentaram mais sinais do vírus.
Em fevereiro de 2022, pesquisadores anunciaram o terceiro caso de cura, dessa vez envolvendo uma mulher submetida a um tratamento diferente. A paciente, que como Brown tinha leucemia, foi atendida no Weill Medical College, em Nova York, e recebeu sangue do cordão umbilical de um doador com a mutação no CCR5 e células-tronco sanguíneas parcialmente compatíveis de um parente de primeiro grau.
Pouco tempo depois, em julho, foi divulgado o quarto caso de cura do HIV. O homem de 66 anos, que não quis revelar sua identidade, recebeu o apelido de "paciente de City of Hope" (em tradução livre, cidade da esperança) em referência à unidade de saúde da Califórnia em que foi tratado.
por Folhapress
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, promove nesta sexta-feira (28/11), das 8h às 15h30, no auditório do Paço Municipal, o Simpósio HIV – Fique Sabendo 2025, que tem como tema “Informação que Transforma, Prevenção que Salva”.
O encontro é direcionado a profissionais da saúde e estudantes de São Carlos e região, reunindo especialistas renomados. Entre os palestrantes confirmados estão o infectologista Dr. Paulo Abrão, da Escola Paulista de Medicina e presidente da Sociedade Paulista de Infectologia; Dra. Carolina Toniolo; Dra. Sigrid Sousa Santos; Dr. Daniel Litardi e Dr. Leonardo Pozzi e a ativista Silvia Almeida.
A iniciativa reforça a importância da testagem rápida, do diagnóstico precoce e do cuidado integral na prevenção do HIV e de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Durante a campanha, diversos pontos da cidade oferecem testes rápidos gratuitos e sigilosos, como na USP I e II, na UFSCar, na Unidade de Simulação e Saúde (USS), além do atendimento contínuo no Centro de Atendimento de Infecções Crônicas (CAIC), nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas Unidades de Saúde da Família (USFs).
Os atendimentos são realizados por equipes capacitadas, garantindo acolhimento, privacidade e orientações adequadas. A Secretaria Municipal de Saúde reforça que o diagnóstico precoce é fundamental para o início oportuno do tratamento, contribuindo para a interrupção da cadeia de transmissão.
A supervisora do CAIC, enfermeira Cíntia Ruggiero, destaca que a campanha Fique Sabendo tem ações ao longo de todo o mês. “Iniciamos a programação no dia 18 de novembro, na UFSCar, distribuindo kits de prevenção no Pré-Tusca, contendo autotestes, preservativos, gel e material educativo, além da oferta de PrEP. No dia 25, realizamos testes rápidos de HIV e sífilis na Fundação Casa. Já no dia 5 de dezembro, estaremos com a equipe no Centro de Simulação da UFSCar, das 8h às 15h”, explicou.
Para a diretora Denise Martins Gomide, a testagem rápida é fundamental. “A importância desses testes está na possibilidade de diagnóstico ágil e precoce de infecções como HIV, sífilis e hepatites B e C, permitindo o início imediato do tratamento, melhorando a qualidade de vida e contribuindo para a redução da transmissão”, afirmou.
“O Simpósio HIV – Fique Sabendo reforça o compromisso de São Carlos com a promoção da saúde, a prevenção e o cuidado integral. Nossa missão é garantir informação de qualidade, ampliar o acesso à testagem e fortalecer as estratégias de enfrentamento ao HIV e às demais ISTs. Diagnosticar cedo salva vidas e impede novas transmissões. Por isso, trabalhamos para que a população tenha acompanhamento acolhedor, seguro e contínuo em todas as unidades da rede municipal. Agradeço aos profissionais, parceiros e instituições que se unem a nós neste esforço coletivo. Saúde pública se faz com responsabilidade, conhecimento e, sobretudo, com cuidado às pessoas”, afirma Leandro Pilha, secretário de Saúde.
O evento conta com apoio institucional da Unimed São Carlos e da Santa Casa. Em virtude do Simpósio HIV – Fique Sabendo 2025 nesta sexta (28) não haverá atendimento ao público no CAIC. Todos os pacientes já foram avisados e reagendados.
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde de São Carlos, por meio do Centro de Atendimento de Infecções Crônicas (CAIC), divulgou o Boletim Epidemiológico de HIV referente ao segundo quadrimestre de 2025. O levantamento mostra aumento de registros na cidade e orienta estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento.
Entre maio e agosto, 20 novos casos foram notificados. A faixa etária mais atingida continua sendo a de 25 a 29 anos, com predominância masculina: dois homens para cada mulher. A taxa de detecção no período chegou a 19,86 casos por 100 mil habitantes.
As autoridades de saúde reforçam a importância da prevenção combinada, que inclui ampliação do uso da PrEP (profilaxia pré-exposição), testagem regular e início imediato do tratamento antirretroviral (TARV). De acordo com especialistas, o tratamento garante qualidade de vida e torna o vírus intransmissível quando a carga viral se mantém indetectável.
A supervisora do CAIC, Cíntia Ruggiero, lembra que a testagem é gratuita em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Saúde da Família (USFs) e no próprio CAIC. “O diagnóstico precoce é considerado fundamental para garantir mais saúde e qualidade de vida às pessoas que vivem com HIV”, afirma.
Entre as ações da Secretaria estão a ampliação dos pontos de testagem rápida, distribuição de preservativos e gel lubrificante, capacitação de profissionais e campanhas educativas em escolas e comunidades.
“A cada boletim buscamos não apenas mostrar os números, mas reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. O HIV hoje é uma condição controlável, desde que o tratamento seja iniciado o quanto antes. Nossa missão é garantir acesso ao tratamento e, sobretudo, combater o estigma, que ainda afasta muitas pessoas dos serviços de saúde. Em São Carlos temos uma rede preparada e gratuita para atender a população e realizar a testagem”, destaca Denise Martins Gomide, diretora de Vigilância em Saúde.
De janeiro a agosto deste ano, o CAIC realizou 6.374 consultas, aplicou 1.952 vacinas, fez 2.461 exames e 9.209 testes rápidos. Atualmente, 1.833 pacientes com HIV fazem acompanhamento na unidade.
O CAIC funciona na Avenida São Carlos, nº 3.392, no Tijuco Preto (esquina com a Rua José de Alencar), de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h. Informações pelos telefones (16) 3419-8240 ou 3419-8250.
EUA - Um estudo internacional publicado em junho na revista científica Lancet avaliou que uma versão genérica do lenacapavir, novo medicamento considerado revolucionário na prevenção do HIV, poderia ter um custo mil vezes menor que o valor atual.
Comercializado pela biofarmacêutica Gilead, o tratamento hoje custa US$ 25,3 mil por pessoa ao ano (cerca de R$ 136 mil), podendo chegar a US$ 44,8 mil (R$ 241 mil) em algumas situações. Se fosse produzido por outros laboratórios, porém, o tratamento poderia custar de US$ 25 a US$ 47 por ano (de R$ 135 a R$ 253), segundo o levantamento.
Segundo os autores do estudo, se 5 a 10 milhões de pessoas usarem o lenacapavir por ano, o custo de produção poderia chegar aos US$ 25 por pessoa ao ano.
Os pesquisadores afirmam, contudo, que a produção de versões genéricas depende de uma combinação complexa de fatores técnicos, regulatórios e financeiros. É preciso, por exemplo, que os países estejam autorizados a produzir. A Gilead firmou acordos de licenciamento com seis fabricantes, mas limitados a 120 países de baixa renda e excluindo países de renda média, que concentram a maior parte das novas infecções.
Além disso, os fabricantes precisam dominar a síntese do princípio ativo, cuja fórmula foi publicada pela própria farmacêutica, e atender a rigorosos padrões internacionais de qualidade. A cadeia produtiva exige acesso a matérias-primas específicas, fornecidas principalmente por empresas da Índia e da China, e capacidade para fabricar tanto os comprimidos usados no início do tratamento quanto as soluções injetáveis semestrais, afirma o estudo.
COMO FUNCIONA O LENACAPAVIR
Aprovado em junho pela FDA (agência reguladora dos EUA), o lenacapavir surge como nova opção de PrEP (profilaxia pré-exposição) contra o HIV, com 99,9% de eficácia na prevenção da infecção, de acordo com dois estudos clínicos de fase 3 também publicados na revista The Lancet. É um medicamento injetável que requer apenas duas doses por ano.
O remédio é administrado por via subcutânea ou intramuscular e se acumula no tecido, sendo liberado lentamente ao longo de meses. No Brasil, a PrEP disponível atualmente é apenas oral, com comprimidos diários distribuídos gratuitamente pelo SUS.
A medicação representa um avanço significativo, por ser o primeiro da nova classe de antirretrovirais chamada inibidores de capsídeo, que atuam bloqueando a cápsula do vírus e impedindo sua multiplicação. "É uma inovação tanto em segurança quanto em eficácia", disse à Folha o infectologista Paulo Abrão, professor da Unifesp e presidente da Sociedade Paulista de Infectologia, em março, quando analisou os dados da Gilead publicados na Lancet.
O estudo que mostrou as diferenças no custo também aponta que o lenacapavir seria mais fácil de seguir do que os tratamentos orais, que exigem uso diário e estão sujeitos a esquecimentos.
Há também benefícios ambientais. Enquanto a PrEP oral exige 365 toneladas de insumos por ano para atender 2 milhões de pessoas, o lenacapavir precisaria de apenas 4 toneladas do princípio ativo e 8 toneladas de excipientes, segundo os autores do estudo. Isso significaria menos embalagens, menos transporte e menor emissão de carbono.
FOLHAPRESS
BRASÍLIA/DF - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, entregou nesta semana à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) relatório com dados sobre redução da transmissão do HIV de mãe para filho, a chamada transmissão vertical.
Em 2023, a taxa foi menor que 2%. E a incidência de HIV em crianças foi inferior a 0,5 caso por mil nascidos vivos.
A entrega do relatório aconteceu no Rio de Janeiro durante o XV Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis (SBDST), XI Congresso Brasileiro de Aids e VI Congresso Latino-Americano de IST/HIV/Aids.
Com os resultados, o Brasil pleiteia a certificação internacional de eliminação da transmissão vertical do HIV.
O ministro destacou que o dossiê afirma claramente que o Brasil é o maior país do mundo a ter alcançado a eliminação da transmissão vertical do HIV.
“Essa conquista também é fruto do trabalho incansável de profissionais da saúde, estados, municípios e da reconstrução do SUS, liderada hoje com firmeza pelo presidente Lula e pela ex-ministra Nísia Trindade”, disse Padilha.
O representante da OPAS no Brasil, Cristian Morales, reforçou a conquista dos resultados pelo país, que pode se juntar a outros 19 pelo mundo que eliminaram a transmissão vertical.
“E o que é mais importante: tem milhares de mulheres agora que podem realizar o sonho de ser mães e poder trazer ao mundo crianças sem o perigo de viver com HIV. Mas temos desafios agora de manter o financiamento constante para manter esses resultados”, complementou.
Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade por AIDS no Brasil foi de 3,9 óbitos em 2023, a menor desde 2013. Em 2023 e 2024, o país registrou mais de 95% de cobertura de pelo menos uma consulta pré-natal, testagem de HIV em gestantes e tratamento de gestantes vivendo com HIV e/ou AIDS.
Também foram lembradas as estratégias de prevenção, como Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que teve 184.619 usuários em 2025. Para o ministério, a distribuição gratuita nos Sistema Único de Saúde (SUS) é essencial para prevenir a infecção pelo HIV. Outro destaque é a expansão dos testes rápidos do tipo duo HIV e sífilis, em que gestantes tem prioridade.
AGÊNCIA BRASIL
SÃO CARLOS/SP - O Centro de Atendimento de Infecções Crônicas (CAIC), vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgou o Boletim Epidemiológico de HIV referente ao primeiro quadrimestre de 2025. O relatório apresenta um panorama da infecção no município, com o objetivo de orientar ações de prevenção, diagnóstico e tratamento, além de ampliar os cuidados com as pessoas vivendo com HIV/Aids.
Entre janeiro e abril deste ano, foram registrados 20 novos casos de HIV em São Carlos. No mesmo período de 2024, foram 23. A faixa etária mais acometida é a de 25 a 29 anos, com maior incidência entre homens — média de dois casos masculinos para cada caso feminino. A taxa de detecção foi de 19,86 casos para cada 100 mil habitantes.
A divulgação dos dados reforça a necessidade de intensificar as estratégias de prevenção combinada. Entre elas, estão a ampliação do acesso à PrEP (profilaxia pré-exposição), a testagem regular e o início imediato do tratamento antirretroviral (TARV) após o diagnóstico. Essas medidas são essenciais para garantir qualidade de vida às pessoas com HIV e reduzir as chances de transmissão do vírus.
A testagem é oferecida gratuitamente em todas as unidades de saúde do município. Segundo especialistas, o diagnóstico precoce e o início oportuno do tratamento permitem que a pessoa viva com saúde e sem risco de transmitir o vírus.
O município tem intensificado ações como a ampliação dos pontos de testagem rápida, distribuição de preservativos e gel lubrificante, capacitação de profissionais e campanhas educativas em escolas e comunidades.
“Reforçamos a importância da testagem regular, principalmente entre populações-chave e pessoas em situação de vulnerabilidade. O enfrentamento da epidemia de HIV passa também pela superação do estigma, a promoção dos direitos humanos e o fortalecimento das políticas públicas de saúde”, destaca Denise Martins, diretora de Vigilância em Saúde.
Os dados completos do boletim estão disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
SÃO CARLOS/SP - O Centro de Atendimento de Infecções Crônicas (CAIC) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), apresentou boletim Epidemiológico de HIV referente a 2024, com o objetivo de divulgar dados atualizados sobre a situação da infecção pelo HIV, contribuindo para o planejamento de ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e cuidado às pessoas vivendo com HIV/AIDS.
Ano passado foram registrados 51 novos casos, na faixa etária de 25 a 29 anos, a maioria do sexo masculino (2 homens para 1 mulher).A taxa de detecção está em 19,86 casos a cada 100 mil habitantes.
De acordo com a equipe do CAIC os dados evidenciam a importância da ampliação das estratégias de prevenção combinada, com destaque para o uso de PrEP (profilaxia pré-exposição), a testagem regular e o início imediato do tratamento antirretroviral (TARV) para todas as pessoas diagnosticadas, garantindo qualidade de vida e reduzindo a transmissão do HIV.
A testagem para HIV está disponível de forma gratuita na rede pública de saúde. O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno permitem que a pessoa vivendo com HIV tenha uma vida longa e saudável, além de eliminar o risco de transmissão para outras pessoas ( indetectável=intransmissível).
Em 2024 a Secretaria Municipal de Saúde ampliou os pontos de testagem rápida, fez a distribuição de preservativos e gel lubrificante, ofereceu capacitação de profissionais de saúde e campanhas educativas em escolas e comunidades.
“Reforçamos a importância da testagem regular, principalmente entre a populações-chave e em situação de maior vulnerabilidade. O enfrentamento do HIV exige o combate ao estigma, a promoção dos direitos humanos e o fortalecimento das políticas públicas de saúde”, afirma Denise Martins, diretora de Vigilância em Saúde.
Ano passado a cidade recebeu a Certificação do Selo Prata de Boas Práticas pela Eliminação da Transmissão Vertical do HIV. A Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical (TV) do HIV é uma estratégia do Ministério da Saúde para fortalecer a gestão e a rede de atenção do Sistema Único de Saúde. O objetivo é aprimorar as ações de prevenção, de diagnóstico, de assistência e de tratamento das gestantes e das crianças. Além disso, busca garantir a qualificação da Vigilância Epidemiológica e dos sistemas de informação, monitoramento e avaliação contínua das políticas públicas voltadas à eliminação da transmissão vertical do HIV.
SÃO CARLOS/SP - O Centro de Atendimento a Infecções Crônicas (CAIC), coordenado pelo Departamento de Vigilância em Saúde, realizará de 4 a 6 dezembro, dentro da programação do Dezembro Vermelho e da Campanha Fique Sabendo, testes de HIV e Sífilis por livre demanda, além da distribuição de preservativos e palestras com o tema prevenção e atualização sobre PrEP e PEP (Pré e pós exposição).
Dezembro Vermelho é uma campanha que chama a atenção para as medidas de prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos das pessoas infectadas com o vírus HIV, a Aids e outras ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis).
No país, 92% das pessoas em tratamento já atingiram o estágio de estarem indetectáveis, ou seja, estado em que a pessoa não transmite o vírus e consegue manter a qualidade de vida sem manifestar os sintomas da Aids.
Essa conquista se deve ao fortalecimento das ações do Ministério da Saúde para ampliar a oferta do melhor tratamento disponível para o HIV, com a incorporação de medicamentos de primeira linha para tratar os pacientes.
Além disso, o SUS coloca à disposição da população as estratégias e tecnologias mais avançadas para a prevenção da infecção pelo vírus, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós Exposição (PEP); além de ampliar o acesso ao diagnóstico precoce e ações específicas para populações-chave para resposta ao HIV.
O CAIC São Carlos, centro de atendimento a doenças e agravos de notificação compulsória e tratamento contínuo que trabalha em consonância com os programas nacionais e estaduais realizando a busca ativa, prestando assistência e divulgando indicadores que permitem a formulação de políticas e programas voltados ao diagnóstico precoce e tratamento imediato às pessoas portadoras de HIV, Sífilis, Hepatites Virais B, E e C, Tuberculose e Hanseníase, vai realizar as seguintes ações essa semana:
- Dias 04,05 e 06/12
Ações de testagem para HIV e sífilis por livre demanda
Horário: 7h30 às 15h
Local: CAIC - Avenida São Carlos, nº 3392, esquina com a rua José de Alencar - Tijuco Preto
- Dia 06/12/24
Distribuição de preservativos, folhetos e autotestes
Local: Rodoviária
Horário: das 14 às 16h
- Dia 09/12/24 - Bate papo sobre: Prevenção de HIV/Aids e outras infeções sexualmente transmissíveis. Atualização sobre PrEP e PEP (Pré e pós exposição)
Local: FESC Sala 24 – Rua São Sebastião, 2828 – Vila Nery
Horário: 14h
Público alvo – profissionais da Saúde
Durante todo o ano os testes também podem ser realizados na sede do CAIC e nas unidades de saúde no horário normal de atendimento ao público. “O objetivo da campanha Fique Sabendo é levar os testes de HIV/AIDS a mais pessoas, com garantia de sigilo, confiança, qualidade no processo diagnóstico, vinculação à referência e acesso oportuno ao tratamento”, afirma Denise Braga, chefe de Seção de apoio da Vigilância Epidemiológica.
Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (16) 3419-8240 ou 3419-8250.
SÃO CARLOS/SP - O Centro de Atendimento à Infecções Crônicas (CAIC),em virtude da baixa procura pela vacina quadrivalente contra o papilomavírus humano (HPV4) para pessoas de 15 a 45 anos que tomam Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP), reforça que o imunizante continua disponível em todas as unidades básicas de saúde (UBS’s), nas unidades de saúde da família (USF’s) e no próprio CAIC.
O HPV é uma infecção sexualmente transmissível associada ao desenvolvimento de cânceres como colo do útero, ânus, vulva, pênis e orofaringe. A transmissão pode ocorrer mesmo sem penetração e infecções persistentes aumentam o risco de neoplasias.
Estudos mostram que a vacina HPV4 é altamente eficaz na prevenção das complicações do HPV, incluindo câncer cervical. Reduz significativamente a prevalência e lesões genitais, com eficácia comprovada em diferentes grupos populacionais.
Usuários de PrEP não vacinados devem receber o esquema completo da vacina composto por três doses do imunizante. A vacina é contraindicada para gestantes e pessoas alérgicas a seus componentes.
Guilherme Angelicio, supervisor do Centro de Atendimento à Infecções Crônicas (CAIC), relata que 526 pessoas estão registradas no Sistema Único de Saúde (SUS) em uso de PrEP e realizam acompanhamento regular de saúde no CAIC, sendo que a maioria está apta a receber a HPV4, porém somente 27 pessoas procuraram as unidades para receber o imunizante
“Para receber a vacina somente é necessário comprovação de uso de Profilaxia Pré-Exposição ao HIV como o formulário de prescrição do imunizante, cartão de acompanhamento ou receita médica. Com a ampliação, será possível ajudar ainda mais na prevenção e tratamento das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e cânceres causados pela doença”, afirma Denise Martins, diretora de Vigilância em Saúde.
No CAIC, localizado na Rua José de Alencar, nº 36, esquina com a Avenida São Carlos, no Parque Arnold Schimidt, a vacina é disponibilizada de segunda a sexta das 8h às 11h. Já nas unidades básicas de saúde (UBS’s) e unidades de saúde da família (USF’s), com exceção da UBS da Vila São José e da USF Aracy - Equipe II, que passam por reforma, a vacinação também é realizada de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30.
Outras informações sobre a vacina quadrivalente contra o papilomavírus humano (HPV4) podem ser obtidas pelos telefones do CAIC (16) 3419-8240 ou (16) 3419- 8250.
EUA - Linda Inez Leccese, 30 anos, foi detida no dia 14 de maio de 2024, acusada de solicitação, após ter sido diagnosticada com HIV, vírus causador da Aids. A prisão ocorreu no Condado de Washington, em Ohio, Estados Unidos.
De acordo com o The Independent, Linda teve relações sexuais com 211 clientes de vários estados desde 1º de janeiro de 2022, data em que ela fez o teste e descobriu sua condição. A maioria desses encontros ocorreu na Market Street, na pequena cidade de Marietta. A investigação revelou que não havia garantia de sexo protegido, e pessoas possivelmente infectadas podem estar espalhadas por toda a Costa Oeste dos Estados Unidos.
Mark Warden, vice-chefe do Gabinete do Xerife do Condado de Washington, afirmou que sua equipe está contatando indivíduos locais específicos, incentivando qualquer pessoa que tenha tido relações sexuais com Linda a procurar as autoridades e ser "brutalmente honesta".
Barbara Bradley, administradora do Departamento de Saúde de Marietta e Belpre, declarou que o Departamento de Saúde oferece um ambiente livre de julgamentos, com total confidencialidade, encorajando as pessoas a buscarem ajuda e fazerem exames.
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