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Pesquisa revela, ainda, que demanda por serviços de delivery superou, pela primeira vez, hábito de cozinhar em casa; 87% dos entrevistados esperam pela vacina

 

SÃO PAULO/SP - Um dos impactos mais discutidos desde o início da pandemia, a forma de consumir mudou para quase todos os paulistas, como mostra pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Nove em cada dez (90,9%) dizem que, por causa da crise de covid-19, alteraram os padrões de consumo. O número é 18,6 pontos porcentuais maior do que o registrado pela Federação em outubro de 2020 – quando, no mesmo levantamento, 72,3% pessoas apontavam ter mudado os hábitos de compras.
 
A Federação ouviu, assim como tinha sido da primeira vez, 400 consumidores em todo o Estado de São Paulo entre outubro de 2020 e maio de 2021.
 
Para a Entidade, o aumento se explica, em primeiro lugar, pelo agravamento da pandemia no primeiro trimestre deste ano, adiando a esperada retomada econômica do País. Ao contrário, com a queda nas taxas de emprego e o crescimento do custo de vida, as pessoas estão evitando arriscar o orçamento, sobretudo com itens não essenciais.
 

Tabelas 1, 2 e 3 – Mudanças nos padrões de consumo no Estado de São Paulo
Base: 400 entrevistas
Fonte: FecomercioSP

 


 

 

No entanto, é relevante observar, em segundo lugar, que os programas de auxílio emergencial e as medidas adotadas pelo Poder Público e pelas empresas para conter a crise tiveram impacto na percepção da renda: caiu, por exemplo, o número de pessoas que notaram queda nos rendimentos – era metade (53,5%) da população em 2020, ao passo que é 41,1% agora. Na contramão, inclusive, subiram os respondentes que declaram ter mais renda atualmente do que antes da pandemia: 10,4%, ante 6,5% em outubro de 2020.
 
Estes dados ajudam a compreender por que segmentos como turismo e vestuário atravessam contextos mais turbulentos do que outros, como educação e habitação, por exemplo. Sete em cada dez entrevistados (69,3%) dizem ter cortado gastos com viagens turísticas durante a pandemia – mais do que o dobro do registrado na primeira pesquisa, em outubro de 2020 (30,3%). Já 64,1% deles estão consumindo menos em lojas de roupas e calçados, um aumento de 22,3 pontos porcentuais em relação a um ano atrás (41,8%).
 
Por outro lado, o levantamento de agora mostra que os paulistas ajustaram as ordens de prioridade, passando a gastar mais com educação (apenas 5,2% dos entrevistados cortaram este tipo de gasto, ante 10% em 2020) e com artigos do lar (3,9% hoje e 6,8% no ano passado). São números que demonstram como, em meio às quarentenas, as pessoas resolveram investir em cursos que podem ser feitos a distância e na adaptação da casa aos períodos de isolamento.
 
Contudo, os impactos nos padrões de consumo não são apenas da ordem dos custos. Na verdade, os consumidores parecem estar mais conscientes do próprio papel, bem como das empresas, nas questões sustentáveis e socialmente responsáveis – que, no mundo todo, têm sido discutidas dentro do escopo do conceito de ESG: se metade deles (50,6%) já se importava com o tema antes da pandemia, outras 24,2% revelam que passaram a levá-lo em conta antes de comprar um produto ou serviço.
 
Esses dados relevantes mostram, na leitura da FecomercioSP, que as empresas serão cada vez mais pressionadas – senão pela legislação, pelos consumidores – a levar em conta as questões ambientais e de responsabilidade social. É uma postura que, mais do que ser viável economicamente (já que agrega valor ao negócio), é imperativa: quem não se adaptar, perderá vigor no mercado.
 
Delivery ultrapassa fogão de casa
Um dos achados mais relevantes da pesquisa é que, ao contrário do que acontecia no ano passado, agora a demanda por serviços de delivery de comida supera a medida de cozinhar mais em casa, comprando os alimentos no supermercado.
 
Hoje, seis em cada dez paulistas (65,8%) dizem que estão pedindo refeições por aplicativos de entrega com mais frequência do que antes da pandemia. Este número era de 55,5% em outubro de 2020. Por outro lado, 64,1% deles afirmam, agora, que preparam os alimentos em casa com mais frequência do que faziam até a chegada do covid-19. No passado, a taxa era de 72,3%.
 

Tabelas 4, 5 e 6 – Mudanças nos padrões de consumo no Estado de São Paulo
Base: 400 entrevistas
Fonte: FecomercioSP

 

 

 
Para a Federação, isso aconteceu por diversos fatores: um deles é que, em casa, as pessoas passaram a usar os aplicativos para consumo com mais frequência. Era uma tendência já visualizada em 2020, mas que cresceu significativamente. Outro é que, com a rotina doméstica mais organizada, o hábito de cozinhar em casa perdeu a força que tinha no início da quarentena.
 
Por outro lado, a estratégia de entregar vouchers de presentes online aos consumidores para estimular o consumo a distância mostrou um aumento tímido: em outubro passado, 18,8% das pessoas diziam ter comprado mais por este meio. Agora, a taxa é de 22,9%. Isso se explica muito pela importância cultural que o brasileiro atribui ao ato de entregar presentes em mãos, sem distanciamento.
 
Confiança na vacina
O levantamento da FecomercioSP ainda permite argumentar que é somente a vacinação em massa que trará a confiança dos consumidores de volta. Isso se vê com mais intensidade quando perguntados sobre quando pretendem voltar a viajar: 31,2% respondem que o farão quando o País estiver amplamente imunizado, enquanto 24,2% admitem que, uma vez vacinados, já farão alguma viagem.
 
Esta realidade apontada na pesquisa permite prever que, num país plenamente vacinado, a demanda do turismo interno aumentará rapidamente, por causa do câmbio valorizado – que impede viagens ao exterior – e pela própria volta à vida normal, circulando sem restrições. Este cenário só não acontece hoje, justamente, em decorrência do ritmo da imunização.
 
Mais importante ainda é o fato de a imensa maioria (87,9%) dos ouvidos na pesquisa dizer que vai tomar a vacina assim que puder. Há, ainda, 5,6% de desconfiados, mas que não encobrem a grande fatia da população ansiosa por retomar a vida normal, com o fim da pandemia.
 
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

Turismo, serviços e comércio não essencial perderam o equivalente ao PIB da Sérvia; para FecomercioSP, eles não vão reverter prejuízos em 2021

 
SÃO PAULO/SP - Cerca de R$ 225,7 bilhões foi o volume de perdas totais contabilizado em 2020 pelo turismo, pelos serviços, pelo segmento de veículos e pelo varejo não essencial no Brasil – as áreas mais impactadas pela pandemia entre os setores e segmentos. Para se ter uma ideia da perda, esse montante é maior do que tudo o que países como a Sérvia (R$ 222 bilhões) e a Tunísia (R$ 214 bilhões) produzem em um intervalo de um ano. Os dados fazem parte de um levantamento produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
 
O estudo mostra ainda que muitos deles não devem se recuperar neste ano: a expectativa é que o varejo essencial experimente uma retração de 1%, e que o turismo, mesmo com a retomada das suas atividades, ainda acabe 2021 no vermelho: -5% de receitas (Tabela 1) depois de uma variação expressiva para baixo em 2020, que beirou os 40%.
 
De fato, o turismo brasileiro perdeu R$ 52,1 bilhões em faturamento em 2020 em comparação ao ano anterior, considerando a correção da inflação acumulada no período. O resultado foi um dos piores da história do setor, representando uma queda de 38,1% em comparação com o que o setor faturou em 2019.
 

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Mas quem mais perdeu no ano passado foram os serviços que, pelos dados, faturaram praticamente R$ 100 bilhões a menos em relação a 2019 – uma retração de 11,7%. Eles foram os mais afetados por diferentes medidas de restrição de circulação adotadas como forma de conter a disseminação do covid-19 e que, para esses agentes, significaram passar longos períodos com as portas fechadas.
 
Outrora um setor pujante da economia brasileira, as vendas de veículos também caíram, deixando um prejuízo de R$ 41,2 bilhões (queda de 11,5% na comparação com 2019). Esse dado, por sua vez, pode ser explicado pelo fato de, na pandemia, as famílias estarem evitando aumentar os gastos. Tudo isso em meio a um contexto de crescimento do desemprego e do custo de vida e da queda na renda.
 
Entra na conta ainda o varejo não essencial, como lojas de roupas, por exemplo, que fechou 2020 com um rombo de R$ 32 bilhões em comparação ao ano anterior, representando a perda de um décimo do seu tamanho (-10,3%).
 
Varejo cresce por causa de demandas essenciais
Apesar das retrações expressivas, o varejo como um todo registrou um aumento de 4,8% (R$ 83 bilhões a mais em vendas) – puxado pelas atividades consideradas essenciais, como supermercados, farmácias, lojas de materiais de construção e postos de combustíveis, que tiveram ganhos de R$ 115,7 bilhões em 2020 – um salto de 8,2% na comparação com 2019. Já o varejo não essencial, como se esperava, faturou 10,3% a menos.
 
No entendimento da FecomercioSP, o desempenho se explica pela injeção do auxílio emergencial no orçamento das famílias, de R$ 190 bilhões, cuja boa parte foi direcionada para este tipo de consumo.
 
Dado o cenário atual, a Entidade entende que que esses setores não se recuperem tão rápido: na verdade, a tendência que as concessionárias de veículos, o varejo não essencial e os serviços não revertam essas perdas neste ano, mesmo com um possível crescimento daqui em diante. O problema é que, como muitas dessas empresas são pequenas, há uma forte possibilidade de que elas não sobrevivam a mais um ano com a mesma turbulência econômica.
 
Retomada lenta em 2021
O estudo da FecomercioSP mostra, por outro lado, que a melhora do cenário vai ajudar na retomada tímida de setores importantes da economia brasileira, como os serviços, com projeção de crescerem 2%, e das lojas de veículos, com alta de 5% no faturamento. Não significa, no entanto, que vão recuperar as perdas do ano passado, quando caíram 11,7% e 11,5%, respectivamente.
 
Mesma situação do varejo essencial que, depois de cair 10,3% em 2020, vai faturar 2% a mais em 2021: um sinal pequeno de retomada que, na verdade, não será suficiente para recompor o que foi perdido no ano passado.
 
Como atravessar a crise?
Em todo o País, o contingente de pessoas trabalhando diminuiu em 1 milhão ao longo de 2020 – de 8,7 milhões de pessoas para 7,7 milhões –, resultado do fechamento de cerca de 200 mil empresas durante o ano passado, segundo estudo da FecomercioSP.
 
Resultado direto das perdas contabilizadas no levantamento, ela exige que algumas medidas sejam tomadas pelo Poder Público. A Federação tem atuado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em torno de linhas de crédito com taxas, carências e parcelamentos condizentes com a situação delicada que micros e pequenas empresas vivem no contexto atual. Um modelo que pode ser seguido, inclusive, é o do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
 
Em 2020, o dinheiro disponibilizado pelo governo federal por meio de programas como esse – além das taxas, carências, tipos de parcelamento e prazos oferecidos às micros e às pequenas empresas – foi fundamental para evitar uma crise ainda maior entre as empresas de menor porte. Não à toa, a FecomercioSP tem pleiteado, em paralelo, que o programa se torne permanente, e não apenas uma medida pontual no contexto da pandemia.
 
Outro pedido é que o governo crie um auxílio emergencial correspondente a quatro parcelas, cada uma equivalente a 10% do faturamento mensal médio verificado no ano passado. Além disso, a Entidade ainda segue solicitando que os tributos das três instâncias estatais, vencidos em abril até junho deste ano, sejam consolidados com carência estabelecida de seis meses e possibilidade de parcelamento em até 60 vezes.
 
São posturas como essas que vão dar fôlego para as empresas atravessarem o período crítico atual e terem condições de protagonizar a retomada que o País precisa.
 
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

Intenção de consumo e confiança dos consumidores desabam em meio às restrições de atividades na cidade

 

SÃO PAULO/SP - No momento em que o sistema financeiro tem limitado a oferta de crédito, as famílias paulistanas estão recorrendo cada vez mais ao cartão para manter o consumo, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Hoje, oito em cada dez (78,9%) delas possuem alguma dívida deste tipo – taxa muito próxima do recorde histórico, de 79,7%, registrado em junho de 2012. Também é o maior número de lares endividados no cartão de crédito, na capital, desde novembro de 2019, quando ficou em 75,5%.
 
Para a Federação, os dados evidenciam uma deterioração das condições econômicas das famílias paulistanas, que encontram em dívidas (como a do cartão de crédito) as poucas saídas que restam para consumir – principalmente itens básicos, como alimentos.
 
Isso se vê também no aumento gradativo do porcentual de lares endividados na cidade, que atingiu a marca de 61,7% em abril – o maior desde o mesmo mês do ano passado, quando estava em 63,7%. A taxa ficou abaixo dos 60% entre junho de 2020 e fevereiro de 2021. Em números absolutos, são 2.452 milhões de pessoas com dívidas na capital paulista, atualmente. Por outro lado, os porcentuais de lares com contas atrasadas (18,8%) e daqueles que não têm condições de pagá-las agora (8,3%) permaneceram estáveis: eram de 18,4% e de 8,4% em março, respectivamente.
 
A FecomercioSP entende que os consumidores devem privilegiar o controle de suas despesas no contexto atual, principalmente no caso do cartão de crédito, em que, apesar da possibilidade de negociação com as instituições financeiras, quaisquer tipos de juros, multas e taxas significam a perda de um dinheiro que poderia ser utilizado no consumo.
 
Restrições abalam consumidores
Em meio às fases mais restritivas do Plano São Paulo, entre março e abril, além dos problemas econômicos evidenciados pelas taxas de endividamento, os consumidores da cidade de São Paulo estão mais inseguros em ir às compras. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), outra pesquisa elaborada pela Entidade, caiu 4,2% em abril: dos 73 pontos, no mês anterior, para 69,9 agora. O indicador vinha crescendo desde agosto do ano passado, apesar de cair 0,8 ponto porcentual entre fevereiro e março.
 
Todas as variáveis que compõem o indicador caíram em abril, com destaques negativos para a perspectiva profissional dos entrevistados (-7,2%), a compra de bens duráveis no momento atual (-6,5%) e os planos para consumir (-5,4%). Chama a atenção, porém, o patamar da variável sobre o nível de consumo, o menor entre todas as outras: com 49,1 pontos, indica que há muita insatisfação com as despesas domésticas.
 
Na comparação com abril de 2020, a queda do ICF é de 29,2% agora.
 

 
Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) teve queda mais brusca: 7%, em relação a março, e 6,3%, na comparação com abril de 2020. O indicador está nos 112 pontos agora. As duas variáveis que o compõem registraram baixas contundentes: O Índice Condições Econômicas Atuais ficou em 64,3 pontos – um patamar 8,1% menor do que o de março (69,9 pontos). O Índice de Expectativas do Consumidor, por sua vez, retraiu 6,7%, saindo dos 141,6 pontos para 132,1. No entanto, ao contrário de todos os outros indicadores, este subiu significativamente (7,5%) na comparação com o mesmo mês de 2020, quando a pandemia já ganhara força no País.
 

 
No geral, o entendimento da FecomercioSP é de que os consumidores devem manter cautela no curto prazo, levando em conta que a reabertura das atividades em São Paulo seguirá lenta, assim como o ritmo da vacinação da população no município. Para os empresários, a orientação é continuar com estratégias de vendas tais como oferecer promoções e tipos mais flexíveis de pagamento.
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Notas metodológicas
 
ICF
O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente
pela FecomercioSP desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego Atual; Perspectiva Profissional; Renda Atual; Acesso ao Crédito; Nível de Consumo; Perspectiva de Consumo e Momento para Duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de 100 pontos é considerado insatisfatório, e acima de cem pontos, satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias, assim como para as instituições financeiras.
 
ICC
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados com aproximadamente 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura. Esses dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, se apresenta como: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.
 
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

Setor vai crescer 2,5% em maio, mas puxado por demanda por materiais de construção, e não por atividades sensíveis à data, como roupas, calçados e eletrodomésticos

 
SÃO PAULO/SP - Outrora uma das datas mais importantes para o varejo paulista, o Dia das Mães não terá impacto significativo no desempenho do setor neste ano, segundo um estudo feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) que projeta crescimento tímido de 2,5% no faturamento deste mês em comparação a maio de 2020 — quando, ao contrário, os varejistas viram suas receitas caírem a um dos menores níveis da história (-13,3%). Essa alta, na verdade, será motivada principalmente pela demanda por materiais de construção, cujas lojas devem faturar 22,8% a mais do que em maio do ano passado.
 


Mais do que isso, o que evitará um resultado negativo no mês, de -0,2%, será o auxílio emergencial pago pelo governo federal que, embora menor do que aquele de 2020, vai injetar R$ 1,54 bilhão no consumo das famílias paulistas em maio. Isso significa que, se não fosse pelo benefício, o varejo faturaria R$ 56,2 bilhões — e não R$ 57,7 bilhões, como prevê a Federação para o período.
 
A perda de força do Dia das Mães, porém, se vê melhor olhando para as projeções das atividades mais sensíveis à sazonalidade da data: entre elas, apenas as lojas de vestuário, tecidos e calçados devem crescer neste mês: 12,6% em relação a maio de 2020, quando o País experimentava o primeiro período crítico na pandemia de covid-19. Fazendo a comparação com maio de 2019, em um contexto de normalidade, no entanto, nota-se que elas perderão quase dois terços do seu tamanho (-59,9%).
 


As lojas de móveis e decoração, porém, vão viver um dos piores Dia das Mães dos últimos anos: além de perderem 17,7% do tamanho em comparação a maio de 2020, a queda será de 32,5% em relação a 2019, em um cenário ainda sem pandemia. É uma situação semelhante aos revendedores de eletrodomésticos e eletrônicos, que não apenas verão uma retração de 8,2% comparando com o ano passado como ainda experimentarão uma baixa de 24,4% ao fazer a mesma operação para maio de 2019.
 
No geral, as atividades sensíveis ao Dia das Mães vão fechar o mês de maio em declínio de 3,1% em comparação a 2020 e de 4,8% em relação ao ano anterior, último sem pandemia — quando a data ainda era uma das mais relevantes para o varejo.
 
Os números dos supermercados, cujo faturamento cairá 3,9% em relação a maio de 2020, mas vai subir 15,5% na comparação ao mesmo mês de 2019, também chamam atenção: eles sugerem novamente que, neste Dia das Mães, as famílias vão usar o auxílio emergencial para comprar alimentos — a principal destinação do benefício desde o início da pandemia.
 
Por fim, a previsão ainda pode ser confirmada observando as projeções do gasto médio familiar, com base em um indicador inédito elaborado pela FecomercioSP a partir deste mês. Por meio delas, é possível ver um aumento apenas no consumo de roupas, que deve subir 11% dentro do orçamento familiar em maio na comparação com 2020. Porém, relacionando os números com maio de 2019 – o último Dia das Mães sem pandemia –, esses gastos serão 61,1% menores agora.
 

 

 
   

Todos os outros gastos vão cair na comparação com o ano passado: itens de beleza (-0,6%), eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-9,5%), mobiliários e artigos do lar (-18,9%) e alimentação e produtos de higiene (-5,3%). Isso significa que, no geral, as famílias vão gastar 4,5% a menos de seus orçamentos com compras para o Dia das Mães – número que é de -7,5% na comparação com 2019.
 

Para a Federação, a pesquisa apresenta um cenário de desconfiança e preocupação das famílias, que veem, de um lado, o auge da crise de covid-19 no País e, de outro, o declínio de suas condições econômicas – com aumento do endividamento, da inflação e do desemprego e, em paralelo, queda da renda. E, se o auxílio emergencial surge como um alento para a manutenção do consumo, a projeção também mostra a fragilidade conjuntural que existe para além dele.
 
Uma mudança no contexto depende, ainda no entendimento da Entidade, do sucesso no controle da pandemia: é assim que os indicadores de emprego e renda podem voltar a subir e que as famílias, então, se sentirão mais seguras para voltar ao consumo.
 
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

Números da Entidade mostram que setor está evitando contratar e investir em meio às restrições; limitação de funcionamento também tende a aumentar aglomerações

 
SÃO PAULO/SP - Em um contexto adverso para o comércio paulista, com quedas nos empregos, nas vendas e, consequentemente, nos investimentos do setor, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) solicitou, ao Palácio dos Bandeirantes que flexibilize o horário de funcionamento das atividades comerciais quanto ao que está determinado, hoje, pelo Plano São Paulo para a fase de transição. Em reunião, na última semana, com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, os pedidos foram realizados. A Entidade formalizou a solicitação com o envio de um ofício ao governador na terça-feira (27).
 
Para a Federação, limitar a todo o território paulista o atendimento entre 11h e 19h, como está previsto neste momento, tem o efeito contrário do pretendido pelo governo, porque não considera as dinâmicas de cada um dos municípios do Estado e, ainda, tende a aumentar a concentração de pessoas nos corredores comerciais e no transporte público. Assim, a medida mais adequada seria justamente expandir ao máximo o horário de atendimento destas atividades, deixando a cargo das prefeituras, em conjunto com os setores econômicos, a adoção de limites quando forem necessárias.
 
Com isso, o governo estadual conseguirá diminuir os riscos de aglomerações – que pautam as mudanças de fases dentro do Plano São Paulo – e, além disso, favorecerá a recuperação econômica no Estado.
 
Dados da FecomercioSP têm evidenciado a amplitude da atual crise e da necessidade de medidas de amparo aos negócios. Só na capital paulista, por exemplo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) caiu 9% neste mês de abril. O indicador está no seu menor patamar desde setembro do ano passado. Da mesma forma, o Índice de Expansão do Comércio (IEC), que mede a propensão dos comerciantes da cidade a investir, registrou queda de 7,6% neste mês, saindo de 91,6 pontos, em março, para 84,6, agora (também o menor nível em sete meses).
 
No caso do IEC, o desempenho negativo se explica pela forma como as duas variáveis que o compõem retrocederam em abril – período posterior à fase mais rígida do Plano São Paulo, em março. As Expectativas para Contratação de Funcionários (ECF), que diz respeito à empregabilidade do comércio, caiu 8% – de 115,5 para 106,2 pontos agora. O Nível de Investimento (NIE) dessas atividades, por sua vez, retrocedeu 7%: de 67,7 pontos, em março, para 63, em abril. Isso significa sucintamente que o setor não está contratando e, ao mesmo tempo, está entesourando um capital que poderia servir para aquecer novamente a economia paulista.
 
São números assim que justificam, por si só, a necessidade de dar prosseguimento às mudanças solicitadas pela Entidade – que, como se vê, se pautam pela segurança dos consumidores e da sociedade como um todo, assim como pela importante retomada econômica do Estado.
 
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

Especialistas convidados abordam como o programa pode ajudar os empresários a ganhar produtividade e competitividade nos negócios

 
SÃO PAULO/SP - Para apresentar os benefícios do Programa Brasil Mais, criado para apoiar os empreendedores brasileiros, a FecomercioSP convida o subsecretário de Inovação e Transformação do Ministério da Economia (ME), Igor Manhães Nazareth, para conversar com o coordenador-executivo do Conselho de Comércio Eletrônico (CCE), Vitor Magnani, e com o presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho (CERT), José Pastore. Aberto ao público, o encontro virtual Brasil Mais: Gestão, Produtividade e Crescimento será realizado no dia 30/4, sexta-feira, às 9h, via YouTube. Os interessados podem se inscrever gratuitamente pelo link: https://representa.fecomercio.com.br/brasil-mais
 
Lançado às vésperas da pandemia de covid-19, o Programa Brasil Mais – do Ministério da Economia (ME) em parceria com o Sebrae, o Senai e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) –, vai selecionar 6,6 mil empreendedores paulistas do comércio e serviços para participar do programa ao longo do ano; o próximo ciclo começa em julho.
 
O objetivo da discussão é, mais do que apresentar o Brasil Mais aos empreendedores, mostrar como pode ajudá-los a simplificar processos, reduzir desperdícios, incorporar tecnologias e, com tudo isso, ganhar produtividade e competitividade nos negócios. Isso pode ser feito, no escopo do programa, com a adoção de práticas de gestão que permitem o manuseio de ferramentas, informações e avaliações na elaboração de um plano de ação efetivo.
 
Os ciclos do programa, que duram quatro meses, começam quando o empreendedor envia o seu autodiagnóstico. Então, um Agente Local de Inovação (ALI), do Sebrae, responde a ele apresentando potencialidades e ferramentas para inovar e otimizar os processos. O foco, nesta etapa, é sempre reduzir custos e aumentar faturamento. Dali em diante, o agente acompanha o negócio por meio de indicadores estabelecidos dentro do plano de ação até o fim do ciclo, quando um novo autodiagnóstico é feito.
 
No encontro, os três debatedores vão explicar, orientar, esclarecer e, principalmente, responder às dúvidas dos participantes sobre o Brasil Mais. Uma oportunidade enriquecedora de estar diante de profissionais que podem ajudar os negócios a se guiarem dentro do escopo do programa.
 
Serviço:
Webinário FecomercioSP | Brasil Mais: Gestão, Produtividade e Crescimento Data: 30 de abril, sexta-feira
Horário: 9h
Inscrições: https://representa.fecomercio.com.br/brasil-mais
Gratuito
 
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

Serviços de alojamento e alimentação registram queda de mais de 100 mil vagas celetistas entre março de 2020 e fevereiro mês deste ano; últimos desempenhos, por outro lado, foram positivos

 
SÃO PAULO/SP -
Os setores de serviços e do comércio do Estado de São Paulo somaram 47,6 mil empregos formais perdidos no acumulado dos 12 meses entre março de 2020 e fevereiro deste ano. O resultado é puxado principalmente pela queda das vagas celetistas dos serviços, que foi de 41.515 no mesmo período, impactado, por sua vez, pela pandemia e as medidas de restrição de circulação que voltaram a ser adotadas neste ano com o recrudescimento da pandemia. Os números fazem parte da Pesquisa do Emprego no Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Entre os meses analisados, a atividade que mais perdeu postos formais de trabalho foi a de serviços de alojamento e alimentação: ao todo, o saldo negativo foi de quase 104,6 mil vagas. Chamam atenção ainda os desempenhos ruins dos segmentos educacional (-36.019 empregos) e das artes, cultura, esporte e recreação (-11.604). O resultado do setor de serviços só não foi pior no acumulado dos doze meses porque atividades administrativas (saldo positivo de 64.744 vagas), profissionais, científicas e técnicas (15.896) e de informação e comunicação (13.075) contrabalancearam as perdas.


Dos de 41,5 mil empregos a menos no setor de Serviços do Estado, a maioria vem da capital, onde o setor perdeu 29.801 vagas celetistas, mostram os dados. A metrópole paulista, aliás, puxou o ritmo negativo da atividade de alojamento e alimentação: deixou de ter 51.701 postos entre março do ano passado e fevereiro de 2021. O caso dos estabelecimentos de transporte, armazenagem e correio, que ficaram no negativo na cidade em 7.630 empregos, também é significativo, assim como Educação, com -14.687 vagas.

 
Já no comércio, a retração mais significativa no Estado veio dos estabelecimentos de venda ou reparação de veículos, que perderam 7.837 postos formais de trabalho em doze meses. O varejo, por sua vez, ficou no vermelho em 4.429 vagas.
 
Os comerciantes da capital, no entanto, têm um cenário ainda mais desolador: extinção de 25.942 vagas celetistas no mesmo período, com destaque para os 17.560 empregos a menos no varejo.
 

 
   

Os números foram menores do que o dos serviços, no entendimento da Federação, porque o comércio ainda vê de um lado os bons resultados das atividades essenciais, como supermercados, farmácias e lojas de materiais de construção, apesar do desempenho seriamente prejudicado das não essenciais, que não podem atender o público em meio às medidas de isolamento social.
 
Para a FecomercioSP, o horizonte que se aproxima não oferece visões melhores: sem uma nova regulamentação do Poder Público sobre a suspensão de contratos de trabalho ou de reduções das jornadas e com restrições ao funcionamento ainda mais severas, o desempenho do emprego formal em São Paulo pode ser similar aos patamares do segundo trimestre de 2020, quando o setor de serviços teve saldo negativo de 133 mil vagas apenas em abril e o comércio fechou o mesmo mês com 74 mil postos celetistas a menos. Isso tudo sem contar que, neste auge da pandemia, há também uma deterioração significativa do poder de consumo das famílias em um cenário de preços inflacionados – o que coloca as empresas em uma conjuntura ainda mais frágil.
 
Desempenho de 2021 ainda é positivo
Se no acumulado dos 12 meses o cenário é de perdas, tanto o setor de serviços quanto o comércio registram saldos positivos considerando apenas o ano de 2021.
 
No mês de fevereiro, o movimento de postos celetistas nos serviços ficou positivo em 55.435 vagas no Estado. Na capital paulista, o número de contratações foi 21.129 maior do que o de desligamentos, mantendo o saldo de empregos no azul. No bimestre, há evolução respectiva de 74.554 e 33.006 vagas nos serviços do Estado e da capital.
 
O comércio conseguiu também aumentar a empregabilidade das suas três divisões e ainda viu crescimento em algumas atividades desde o final de 2020, como no caso da divisão atacadista e do varejo de materiais de construção. Em fevereiro, o setor também teve mais contratações do que desligamentos num saldo positivo de 15.141 vagas celetistas. Considerando os dois primeiros meses do ano, o balanço também é positivo em 9.373 postos de trabalho.
 
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo – (PESP) passou por uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do Novo Caged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados], do Ministério da Economia, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.
 
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

Em cenário sem benefício do governo federal, queda seria duas vezes maior, aponta FecomercioSP; lojas de vestuário perderão dois terços do tamanho

 
SÃO PAULO/SP - Mesmo com a injeção de R$ 1,54 bilhão do auxílio emergencial destinado ao consumo das famílias, a partir de abril, a manutenção das medidas de restrição de circulação de pessoas, de funcionamento de lojas e de fechamento de atividades não essenciais sobre o varejo paulista fará com que o setor feche o mês que vem com um faturamento 3% menor do que abril de 2020 – que, à época no auge da primeira onda de covid-19, registrara retração recorde de 23%.
 
Os números são parte de uma projeção da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), para o mês de abril, levando em conta o retorno do benefício pago pelo governo federal, agora no valor médio estimado de R$ 250 por pessoa.

Em abril do ano passado, o prejuízo do conjunto das atividades do varejo no Estado fora de R$ 16,4 bilhões, o que, somado à estimativa para abril de 2021, significará um rombo de R$ 17,9 bilhões no caixa do setor, levando em conta os dois períodos.
Neste cenário, em que as restrições implementadas em março pelo governo estadual permaneçam ao longo de abril, a previsão da Federação é que as atividades impactadas pelas medidas, consideradas não essenciais, percam 43% do faturamento em comparação a abril de 2020. No caso das atividades essenciais, ao contrário – como supermercados e farmácias –, a previsão é de alta de 4%.
 
Pelos cálculos da Entidade, a atividade varejista mais impactada pelo contexto será o de vestuário e calçados, que perderá mais de dois terços do seu tamanho em abril (-68%) frente ao mesmo mês de 2020. Em seguida estão as concessionárias de veículos (-56%), as lojas de móveis e decoração (-41%) e as de eletrodomésticos e eletrônicos (-35%). Todas elas fazem parte do grupo de atividades que, consideradas não essenciais, passam por limitação de funcionamento ou fechamento integral, sem contar o impacto da ausência de pessoas em circulação.
 
No lado oposto, as lojas de materiais para construção devem registrar aumento de 17% no faturamento em comparação a abril de 2020, o que indica que o auxílio emergencial será – assim como foi no fim do ano passado – usado por muitas famílias para promover reformas domésticas. Os supermercados, que se mantiveram em alta ao longo do último ano, vão faturar 2% a mais. Chama a atenção, no entanto, a previsão de queda de 7% nas receitas das farmácias e perfumarias.
 
O levantamento da FecomercioSP ainda mostra que, apesar da retração do varejo em razão das restrições, a chegada do auxílio emergencial será um alento para o setor. Em um cenário sem o benefício, a queda seria o dobro: -6%.
 
Assim, embora o auxílio diminua os impactos econômicos da segunda onda, a previsão é de um mês de abril com quedas sensíveis nas vendas do varejo, tanto por causa da renda das famílias quanto pelas restrições de operação de muitos agentes do setor.
 
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do PIB brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

Fechamento de lojas de materiais de construção pode aumentar perda média do varejo paulista em R$ 1 bilhão em março, estima Entidade

 

SÃO PAULO/SP - O governo paulista anunciou na quinta-feira (11) a adoção de uma Fase Emergencial do Plano SP a partir de segunda-feira (15) – intensificando ainda mais as restrições da anterior, a Fase Vermelha. Agora, algumas atividades antes consideradas essenciais, como as lojas de materiais de construção, por exemplo, terão funcionamento completamente restritos. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) avalia que o Estado só terá um resultado mais efetivo com fiscalização constante e intensiva sobre atividades clandestinas, ilegais e que geram aglomerações. Além disso, a Entidade cobra urgência no maior amparo público à economia e aos empregos.
 
Estimativa da FecomercioSP prevê que, com o fechamento das lojas de materiais de construção, o comércio varejista paulista possa registrar uma perda média de R$ 12 bilhões no mês de março – R$ 1 bilhão a mais do que a previsão anterior, quando da adoção da Fase Vermelha. É um prejuízo semelhante à média dos meses de abril e maio de 2020. Na capital, a estimativa de perda média, com as novas restrições, é de R$ 6,5 bilhões até o final do mês.
 
Números como esses reforçam os pedidos da FecomercioSP em meio ao recrudescimento da pandemia: as restrições de circulação e de funcionamento das atividades devem ser acompanhadas de planos formais de apoio às empresas e consequentemente aos empregos por parte do Poder Público.
 
Pleitos recorrentes da Federação vão nessa direção, como a revisão das medidas tributárias em torno do aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre diversas atividades no Estado, reabertura dos programas de parcelamento desse tributo e a aprovação de crédito emergencial direcionado para as micros e as pequenas empresas que, em meio a uma nova restrição rígida de circulação de pessoas, podem ter dificuldades em manterem seus negócios em 2021.
 
O mesmo vale para o governo federal que, em um momento grave para o País, deve retomar com urgência medidas de proteção ao trabalho e à renda das famílias, como o auxílio emergencial e, no caso dos empresários, a ampliação do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
 
Pelas novas regras – que começam a valer na segunda-feira (15) e se estendem até o dia 30 de março – fica, também, suspensa a entrega de alimentos e produtos nos estabelecimentos comerciais, sendo o drive-thru permitido entre 5h e 20h e o delivery 24h para bares, restaurantes e outros estabelecimentos. Além disso, ficou determinado o toque de recolher, das 20h às 5h.
 
A Federação destaca, ainda, que o comércio formal não é responsável pela proliferação do novo coronavírus, já que a flexibilização das regras de funcionamento desse setor existe desde agosto em diversas regiões do Estado. Além disso, como Entidade de representação, auxiliou desde o início da pandemia na construção dos protocolos sanitários para garantir a segurança de clientes e empregados, além de informar e orientar permanentemente os empresários de sua base sobre a necessidade do integral cumprimento das regras voltadas para a contenção da pandemia difundidas pelas autoridades.


Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

Mudança anunciada pelo governo paulista pode gerar perda média de R$ 11 bilhões no varejo do Estado

 
SÃO PAULO/SP
- Diante da decisão do governo paulista de colocar todo o Estado sob as regras de restrição da Fase Vermelha do Plano SP, anunciada na quarta-feira (3) pelo governador João Doria, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) avalia que não haverá eficácia esperada sem fiscalização constante e intensiva das irregularidades e atividades clandestinas.
 
A Entidade estima que o comércio varejista paulista possa registrar perda média de R$ 11 bilhões no mês, diante da restrição das atividades não essenciais, cifra semelhante aos impactos mensurados de recuo médio mensal de abril e maio de 2020, meses mais críticos da pandemia no ano passado. Na capital, a estimativa de perda média seria de R$ 6 bilhões no mês em medição.
 
A Entidade reforça que, sem fiscalização constante e intensiva das atividades clandestinas, principais fatores de disseminação do vírus, a regressão de fase não terá a eficácia esperada. A medida, que se inicia neste sábado (6) e vai até o próximo dia 19 de março, prevê ainda toque de restrição de circulação entre 20h e 5h. Cabe ressaltar que, no entendimento da Entidade, o comércio formal não é responsável pela proliferação do novo coronavírus, já que a flexibilização das regras de funcionamento desse setor existe desde agosto em diversas regiões do Estado.
 
Além disso, a FecomercioSP, auxiliou na elaboração e na aplicação por parte das empresas dos protocolos sanitários, a fim de garantir a segurança dos consumidores e da população em geral na retomada das atividades. Nesse sentido, a FecomercioSP tem cumprido o seu papel – também firmado nas ocasiões em que tratou das propostas de protocolos –, de informar e orientar permanentemente os empresários de sua base sobre a necessidade do integral cumprimento das regras voltadas para a contenção da pandemia difundidas pelas autoridades.
 
Sem que essa operação de fiscalização seja realizada, os setores penalizados pelos impactos econômicos negativos da regressão de fase serão principalmente aqueles formalmente estabelecidos, que desde o começo da crise, estão respeitando as normas estipuladas pelos órgãos de saúde e pelas autoridades estatais.
 
Por fim, a FecomercioSP considera que, em paralelo à regressão de fase do Plano SP, se faz imprescindível por parte do Poder Público a oferta de amparo formal às empresas e consequentemente aos empregos. Isso poderia ser materializado, por exemplo, no atendimento a pleitos recorrentes da Federação para o  governo estadual,  como a revisão das medidas tributárias em torno do aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre diversas atividades no Estado, reabertura dos programas de parcelamento desse tributo e a aprovação de crédito emergencial direcionado para as micro e as pequenas empresas que, em meio a uma nova restrição rígida de circulação de pessoas, podem ter dificuldades em manterem seus negócios em 2021.
 
Já na esfera federal, é essencial a retomada das medidas emergenciais de proteção ao trabalho e à renda das famílias, com suspensão da folha de pagamento, parcial ou total, com apoio do governo para complemento de renda, com a ampliação do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) além de nova liberação de recursos para o auxílio emergencial.

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Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

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