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SÃO PAULO/SP - Empresas brasileiras de diferentes setores que exportam para os Estados Unidos estão sendo impactadas pelas novas tarifas anunciadas pelo governo norte-americano. A medida, que entra em vigor no dia 1º de agosto, levou à paralisação temporária de atividades industriais, férias coletivas e redirecionamento de exportações.

Em matéria transmitida pelo Jornal Nacional, em Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, uma siderúrgica que produz ferro gusa interrompeu as atividades na tarde desta sexta-feira (25). O supervisor do setor de carvão, Elton Silva, coordenou o último carregamento de minério de ferro antes da paralisação. “Não é um momento muito legal. A gente sai de férias, infelizmente, umas férias meio forçadas, não é umas férias programadas. A gente sai com pesar, com preocupação”, afirmou.

O serviço de manutenção da fundição segue até domingo (27), quando o forno será totalmente desligado. Carlos Alberto Souza, operador de sistemas de abastecimento, também foi incluído nas férias coletivas. “Quando é uma férias programadas você administra as coisas: posso viajar, posso pescar, posso passear com esposa, com filhos, mas uma férias assim, a gente tem que ficar em casa mesmo aguardando”, disse.

A percepção é formada a uma semana do prazo programado para as sobretaxas entrarem em vigor, em 1º de agosto. O governo dos EUA prepara um decreto para instituir a medida.

Folhapress | 07:45 - 26/07/2025

Essa siderúrgica é uma das várias em Minas Gerais que suspenderam a produção de ferro gusa — insumo utilizado na fabricação de aço e ferro fundido, com aplicação na indústria e na construção civil. A decisão foi motivada pela mudança tarifária anunciada pelo ex-presidente Donald Trump, que impõe novas taxas sobre produtos brasileiros.

“Hoje a minha produção aqui é 80% exportado para os Estados Unidos, e o comprador lá do nosso material nos pegou de surpresa na segunda-feira anunciando a suspensão das entregas. Produzir material para ficar no chão sem ter um comprador não justifica, por isso a paralisação”, explicou o empresário André Ribeiro, dono de uma das usinas afetadas.

Segundo João Pedro Revoredo, mestre em economia pela UFMG, os empresários estão buscando alternativas para reduzir prejuízos. “Os agentes, eles respondem às informações que têm, né? Por agora o que ele sabe é que vai ter essa tributação na semana que vem, essa tributação adicional, o que penaliza o negócio deles. A partir desse primeiro momento, ele está querendo se precaver. Já é possível observar alguns efeitos, ainda que incipientes, como, por exemplo, férias coletivas”, destacou.

O ferro gusa é um dos principais produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. Até junho de 2025, o volume dessas exportações superou US$ 600 milhões.

Em Mato Grosso do Sul, produtores de carne redirecionaram os embarques que iriam para os EUA para mercados como China, Sudeste Asiático e Oriente Médio. O sindicato local informou que a tarifa de 50% anunciada pelo governo americano inviabiliza a continuidade das exportações.

Em Santa Catarina, uma empresa do setor madeireiro com 60 anos de atividade adotou férias coletivas por tempo indeterminado, pela primeira vez, por falta de compradores. “A gente está aguardando o posicionamento de ambos os governos. Acredito que deva existir bom senso neste momento para preservar os empregos que possa dar continuidade aos negócios o mais rápido possível”, declarou João Jairo Canfield, CEO do Grupo Ipumirim.

 

 

por Guilherme Bernardo

SÃO PAULO/SP - A inteligência artificial generativa (GenAI, na sigla em inglês) deve impactar 31,3 milhões de empregos no Brasil e afetar ao menos 13 áreas profissionais, que representam 5,538 milhões de trabalhadores, segundo análise da consultoria LCA 4intelligence feita com base em estudo da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

De acordo com o levantamento, 5,4% dos trabalhadores brasileiros estão hoje em ocupações com alto nível de exposição a esse tipo de tecnologia, como o ChatGPT, e podem ter suas funções quase que totalmente automatizadas, impactando o número de contratações. O percentual representa um aumento de 4,3% em comparação a estudo de 2012.

A lista inclui profissões como analista financeiro, agente e corretor de Bolsas de valores, desenvolvedor de páginas na internet, vendedor por telefone, entre outras.

O grau de impacto na função é medido pelo nível de exposição. Quanto maior esse nível, chegando ao 4, mais a profissão deverá ser impactada pela inteligência artificial.

Os dados da OIT adaptados para o mercado de trabalho do Brasil pela LCA apontam que a proporção de trabalhadores brasileiros com algum tipo de exposição à IA subiu de 26,8%, em 2012, para 30,5%, em 2025.

A análise da LCA aponta, no entanto, que embora essas profissões sejam altamente impactadas, ainda haverá a necessidade de intervenção humana, fazendo com que haja uma transformação dos empregos e não uma extinção das funções, como ocorreu em outros momentos de transformação do mercado de trabalho no Brasil e no mundo.

Segundo Bruno Imaizumi, autor do estudo da LCA, o que ocorrerá é uma "reestruturação de tarefas dentro das ocupações, com a IA assumindo partes rotineiras, liberando tempo para atividades mais complexas e criativas". Ele vê a possibilidade de ganhos de produtividade para esses trabalhadores.

Luís Guedes, professor da FIA Business School, ressalta ainda que o conceito de "impacto" sobre as profissões é amplo e requer uma análise cuidadosa. "Se no início do século 20 alguém perguntasse quem seria afetado pela eletricidade, a resposta provavelmente seria 'todos'", diz. De forma semelhante, a inteligência artificial deve transformar quase todas as ocupações, mas isso não implica a extinção dessas funções.

O professor aponta também que o processo de transição é uma questão social em que os trabalhadores com menor escolaridade são os mais vulneráveis. Assim, de acordo com Guedes, a requalificação é uma responsabilidade da sociedade e do Estado.

O professor diz que as pequenas e médias empresas, por exemplo, devem contar com incentivos e formação técnica para acompanhar as mudanças tecnológicas e, consequentemente, manter e adaptar grande parte do trabalhadores brasileiros.

A pesquisa da LCA aponta que embora países como o Brasil sejam impactados pela GenAI, as mais afetadas serão nações com alta renda, que concentram trabalhadores mais qualificados.

"A maior exposição dos países de renda elevada à IA generativa está relacionada a uma combinação de fatores: maior digitalização, infraestrutura tecnológica, qualificação dos trabalhadores, urbanização, presença de setores intensivos em informação e tecnologia", afirma Imaizumi.

Veja as 12 profissões mais impactadas pela IA generativa

  • Escriturários gerais
  • Analistas financeiros
  • Desenvolvedores de páginas de internet (web) e multimídia
  • Agentes e corretores de Bolsa, câmbio e outros serviços financeiros
  • Agentes de empréstimos e financiamento
  • Operadores de máquinas de processamento de texto e mecanógrafos
  • Operadores de entrada de dados Trabalhadores de contabilidade e cálculo de custos
  • Trabalhadores de serviços estatísticos, financeiros e de seguros
  • Trabalhadores encarregados de folha de pagamento Trabalhadores do serviço de pessoal
  • Trabalhadores de apoio administrativo em geral
  • Vendedores por telefone

Guedes aponta, no entanto, que o avanço da tecnologia não deve ser encarado apenas como uma ameaça, pois é esperado que surjam novos cargos diretamente ligados à inteligência artificial. Além disso, a reestruturação do mercado deve abrir espaço para novas especializações e perfis profissionais.

O uso da inteligência artificial e a mudança nas profissões já estão impactando o dia a dia dos trabalhadores –especialmente os mais jovens– com a diminuição de ofertas de emprego e o consequente empobrecimento dessa população, em especial no Sul global.

Relatório apresentado na Conferência Global de Mercado de Trabalho realizada em janeiro deste ano em Riad, na Arábia Saudita, aponta que, os países do Sul global, 6 em cada 10 jovens entre 15 e 24 anos estão na informalidade, em média. Nas nações mais pobres, são 8 a cada 10.

Em 2023, havia 1,1 bilhão de jovens nesta faixa etária e a projeção para 2033 é que o Sul global abrigue 1,2 bilhão de jovens, dos quais somente 420 milhões terão empregos, a maioria precários.

No relatório da OIT adaptado pela LCA para o Brasil, os jovens de 14 a 17 anos ocupam o terceiro grupo mais vulnerável a ser atingido pela IA generativa. Ao menos 12,8% dos trabalhadores nesta faixa etária estão no gradiente 4, refletindo a maior presença de jovens em funções administrativas e operacionais.

As mulheres são outro grupo afetado. Segundo a consultoria LCA, no Brasil, 7,8% das mulheres estão em profissões no gradiente 4, proporção que é mais do que o dobro da masculina (3,6%).

Isso se explica pelo fato de que há concentração de mulheres em ocupações administrativas, em escritórios e no atendimento ao cliente. O mesmo impacto está estimado para quem tem ensino superior incompleto ou apenas o ensino médio. Esse público representa 13,9% dos que serão afetados.

A pesquisa revela que o setor público, por concentrar o maior número de cargos administrativos, apresenta funções mais suscetíveis à automação e, consequentemente, mais fáceis de serem substituídas pela inteligência artificial. Nesse contexto, para o professor da FIA Bussiness School, a adoção da IA no serviço público surge como uma oportunidade para promover transformações significativas, especialmente em áreas com maior potencial de automação.

Segundo Guedes, a IA deve atuar como um copiloto dos agentes públicos, auxiliando-os na tomada de decisões mais eficazes e na redução da burocracia que consome grande parte do seu tempo. Dessa forma, a tecnologia pode contribuir para tornar o trabalho público mais eficiente.

Além disso, o especialista destaca que a IA deve ser utilizada para "tratar de maneira desigual os desiguais", ou seja, para direcionar esforços e recursos na atenção às demandas daqueles que mais necessitam.

O professor também reforça a importância do letramento em IA como uma prioridade para empresas e governos. Programas de capacitação são fundamentais para que servidores e cidadãos compreendam o funcionamento da tecnologia, seus limites, riscos éticos e desafios de segurança da informação.

A IA generativa afeta ainda quem tem carteira assinada. Ao menos 13,2% desses profissionais no Brasil se encontram no cenário de maior exposição. O setor público, especialmente órgãos e secretarias, também deve ter alto impacto, pois possui alta concentração de funções administrativas e de processamento de informações.

O estudo mostra ainda que à medida que a idade avança, o percentual de trabalhadores em ocupações pouco expostas à GenAI cresce. Quase 60% dos trabalhadores com 50 anos ou mais não devem ser afetados pela automação, padrão que se explica pelo fato de os mais experientes ocuparem cargos menos rotineiros.

Para adaptar o estudo da OIT à realidade brasileira, a LCA 4intelligence utilizou microdados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Foram consideradas 435 ocupações presentes no Brasil, classificadas de acordo com o nível de exposição definido pela OIT, e analisada a probabilidade de influência da IA dentro de cada ocupação.

 

 

 por Folhapress

BRASÍLIA/DF - O Brasil gerou 257.528 vagas com carteira assinada em abril de 2025. O resultado representa o melhor desempenho para o mês desde o início da série histórica do Novo Caged, iniciada em 2020. O saldo foi positivo nas 27 Unidades da Federação e nos quatro setores avaliados.
 

De janeiro a abril, o país gerou 922.362 vagas formais. No acumulado dos últimos 12 meses (maio de 2024 a abril de 2025), o saldo chega a 1,6 milhão de postos de emprego. Os números foram divulgados na tarde desta quarta-feira, 28 de maio, pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

48 MILHÕES - Os dados de abril são resultantes de 2.282.187 admissões e 2.024.659 desligamentos. Com as 257 mil vagas do mês, o país superou pela primeira vez na história o marco de 48 milhões de vínculos com carteira assinada no país.

SERVIÇOS À FRENTE - O grande gerador de vagas no mês foi o setor de serviços, com criação de 136.109 vagas formais, crescimento de 0,58%, principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que geraram 52.446 vagas em abril. O setor do Comércio gerou 48.040 postos (0,45%), a indústria 35.068 vagas (0,39%), a Construção 34.295 (1,16%) e a Agropecuária 4.025 (0,22%).
 

Um resumo dos dados do Novo Caged em abril de 2025, com dados nacionais, por estados e regiões


ESTADOS - Entre os estados, São Paulo foi o maior gerador de postos no mês (72.283), seguido por Minas Gerais (29.083) e Rio de Janeiro (20.031). Considerando variações relativas, os destaques foram Espírito Santo (+0,93), Goiás (+0,91%) e Piauí (+0,88%).
 

SALÁRIO - Também os salários tiveram crescimento, com o valor médio real de admissão chegando a R$ 2.251,81 em abril, aumento de R$ 15,96 (+0,71%) em comparação com o valor de março (R$ 2.235,85). Se comparado com o mesmo mês do ano anterior, o ganho real foi de R$ 6,62 (+0,28%).
 

ACUMULADO - Assim como em abril, os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos no primeiro quadrimestre de 2025. O setor de Serviços gerou no ano 504.571 vagas (+2,19%). Em seguida veio a Indústria, com 190.477 postos de trabalho (+2,13%). O terceiro maior gerador no ano foi o setor da Construção, com 135.202 postos (+4,73%). A Agropecuária gerou 55.605 (+3,09) e o Comércio 36.523 (+0,35%).

 

 

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Município abriu 42 postos de trabalho em outubro, segundo dados do Caged, divulgados nesta semana

 

SÃO CARLOS/SP - São Carlos mantém uma trajetória favorável na geração de empregos, registrando saldo positivo por dez meses consecutivos. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, em outubro, o município criou 42 novos postos de trabalho. No acumulado do ano, a cidade abriu 4.062 vagas, dentre as quais, 1.902 foram geradas pelo setor industrial. O levantamento do Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, foi divulgado nesta semana.

“Ao longo de 2024, estamos percebendo um fortalecimento do setor industrial na cidade, com empresas lançando novos produtos, abrindo novos mercados e  aumentando sua capacidade de produção, e os dados do Caged reforçam esta percepção. Importante lembrar que os empregos na indústria, em geral, têm um caráter mais duradouro, pois o industrial investe no treinamento de sua mão de obra, o que reflete na melhoria da economia da cidade como um todo, pois em geral, a indústria paga os melhores salários em relação aos demais setores da economia”, explica Marcos Henrique dos Santos, diretor titular do Ciesp São Carlos.

Os dados do Caged são coletados junto às empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, isto é, não incluem os trabalhos informais. O estudo apontou que em outubro houve 4.013 admissões e 3.971 desligamentos gerados pelos principais setores econômicos de São Carlos, em um estoque de 89.098 empregos formais. 
A indústria gerou 67 novas vagas, enquanto o comércio abriu 64 postos de trabalho, no mês. Já o saldo na construção foi de 15 empregos e no agronegócio, 11. O setor de serviços, que vinha positivo desde o início do ano, teve uma queda em outubro e acabou fechando 115 postos de trabalho.  

Para o diretor do Ciesp, a geração de empregos pode se manter para os próximos meses. “Sempre é difícil prever o longo prazo no Brasil, mas tudo indica que esta tendência de aumento do emprego na indústria se mantenha. Os indicadores de crescimento do PIB e a manutenção da cotação do dólar em patamares elevados, que favorece a exportação, beneficiam a indústria da cidade, que tem grande diversificação na linha de produtos e que se mostra competitiva nos mais variados segmentos”, ressalta.

Com a expectativa positiva, a recomendação é que os interessados em trabalhar na indústria estejam atentos e busquem qualificação para estar preparados sempre que a oportunidade de trabalho aparecer.

BRASÍLIA/DF - O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que o Brasil está passando pelo melhor momento em termos de geração de emprego e que agora pretende dar atenção especial aos pequenos empresários. "Precisamos fazer com que pequenos e médios empreendedores tenham todo incentivo do governo", disse o presidente, em entrevista ao podcast PODK Liberados, apresentado pelos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Barros (PDT-DF). A entrevista foi gravada na quarta-feira, 6, e exibida pela RedeTV! e no YouTube na noite deste domingo, 10.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados no dia 30, o mês de setembro teve um saldo positivo de 247.818 carteiras assinadas, o melhor resultado desde 2022, considerando a série histórica do Novo Caged, iniciada em 2020 (sem ajustes).

Lula ainda reforçou a importância da distribuição de renda. "Crescimento tem que ser distribuído na mão de todos os brasileiros e nós sabemos fazer política social para as pessoas que mais necessitam. Vejam quantas pessoas estavam andando de avião e quantos estão agora", afirmou o presidente, que citou também a política de valorização do salário mínimo.

Em trecho da entrevista que já havia sido divulgado pela RedeTV!, Lula disse que o pacote de corte de gastos deve contar a participação do Congresso e de empresários. "Quero saber se o Congresso está disposto a fazer corte dos gastos, porque aí fica uma parceria do bem para que todo mundo faça um sacrifício necessário para a economia ficar em ordem", afirmou.

Lula também falou sobre a recriação dos Ministérios da Cultura e da Igualdade Racial, que haviam sido extintos na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e de Michel Temer (MDB), respectivamente. "Estamos construindo isso porque achamos necessário. Durmo tranquilo com a certeza de que vamos consertar esse País."

 

ESTADAO CONTEUDO

SÃO PAULO/SP - A Ericsson - que acaba de completar 100 anos de atuação no Brasil - vai abrir em 2025 uma nova empresa no País, com a atuação totalmente voltada para a oferta de produtos e serviços para redes privativas - segmento que representa uma das maiores apostas da indústria de telecomunicações para ampliar suas fontes de receitas.

O novo negócio da multinacional sueca por aqui ficará a cargo da Ericsson Enterprise Wireless Solutions (EEWS), subsidiária do grupo que já atua em outros países, como Estados Unidos, México e partes da Europa. Essa empresa antigamente chamava-se Craddlepoint e foi comprada pela Ericsson em 2020 pela quantia de US$ 1,1 bilhão.

"O seu objetivo aqui será implementar um modelo de mercado capaz de atender as operadoras em casos de usos específicos de redes", disse o presidente da Ericsson para o Cone Sul da América Latina, Rodrigo Dienstmann.

As redes privativas são redes de internet que atendem a demandas customizadas de empresas, como atividades dentro de fábricas, exploração de minas, logística de transportes, agropecuária, entre outros setores produtivos.

Essas operações têm necessidades particulares, como a cobertura de internet em áreas extensas ou a segurança reforçada contra interrupção do sinal. Daí as empresas contratam equipamentos e serviços sob demanda.

A expectativa é de um impulso no mercado de redes privativas ao redor do mundo nos próximos anos, uma vez que a chegada do sinal 5G permite conexões mais rápidas e com menor tempo de resposta entre os dispositivos - características fundamentais para uso de drones, veículos, robôs industriais.

A Ericsson já trabalha com redes privativas no Brasil. A empresa forneceu, por exemplo os equipamentos para a rede privativa 5G da Nestlé, em Caçapava (SP), em um projeto que também envolveu a Embratel - conforme mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Segundo Dienstmann, a chegada da EEWS ao Brasil vai permitir uma atuação mais focada no segmento. "O negócio tradicional da Ericsson é de grandes contratos de fornecimento de equipamentos para as operadoras, com valores na faixa de centenas de milhões de dólares. Já o novo negócio terá um número muito maior de contratos, espalhados em várias operações, embora com valor individual menor", disse.

Dienstmann acrescentou que o grupo vai reforçar a prospecção de novos negócios, o que será feito em parceria com as operadoras de internet. O objetivo é desenvolver soluções específicas para as atividades dos setores produtivos.

O executivo acrescentou que o maior desafio de crescimento para esses mercado ainda é a oferta de dispositivos industriais que já captem o 5G, mas isso tende a mudar pouco a pouco. "No mundo, as redes privadas estão no começo do ciclo. Esse mercado está em desenvolvimento".

No Brasil, corporações como Gerdau, Stellantis e Weg também já têm projetos com 5G em conjunto com as fornecedoras da tecnologia Ericsson, Nokia, Huawei, Embratel, IBM, NTT, entre outras.

 

ESTADÃO CONTEUDO

BRASÍLIA/DF - Sete em cada dez trabalhadores brasileiros autônomos desejam um emprego com carteira assinada depois de sete anos da reforma trabalhista, que incentivou a informalidade do mercado de trabalho com a promessa de criar 6 milhões de empregos. É o que mostra pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV-Ibre).

Aprovada em julho de 2017, a reforma trabalhista alterou a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em mais de cem pontos. A reforma decidiu, por exemplo, que os acordos entre patrões e empregados prevalecem sobre a lei.

Ela impôs obstáculos para o trabalhador processar empresas, permitiu que direitos como férias fossem parcelados e enfraqueceu os sindicatos ao acabar com a contribuição obrigatória –mudança retificada pelo STF.

A promessa era frear o desemprego, que crescia desde a crise político-econômica de 2015. Na época, o então ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que 6 milhões de empregos seriam gerados em dez anos. Seriam dois milhões já nos dois primeiros anos, segundo Ronaldo Nogueira, então ministro do Trabalho.

Apesar da reforma, o desemprego se manteve alto. A taxa de desocupação, que estava em 6,6% em 2014, disparou após a crise de 2015, chegando a 12,9% em julho de 2017, quando a reforma foi aprovada. A taxa patinou no mesmo patamar nos anos seguintes até atingir o pico de 14,9% em março de 2021, agravada pela pandemia.

"O que fizemos foi flexibilizar o contrato de trabalho, porque na minha cabeça estava o seguinte: é melhor você arrumar trabalho flexível do que não ter emprego", afirmou Michel Temer, em 2020.

 

70% DOS AUTÔNOMOS QUEREM CLT

Sete anos depois da reforma, 67,7% dos autônomos sonham em trabalhar com carteira assinada. Pelos critérios do FGV-Ibre, o Brasil tem 25,4 milhões de autônomos, enquanto a população total ocupada era de 100,2 milhões em março de 2024. A pesquisa do instituto consultou 5.321 pessoas e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos.

O desejo da CLT é maior entre os autônomos mais pobres: 75,6% dos informais com renda de até um salário mínimo (R$ 1.412) preferem um trabalho com carteira assinada. Entre aqueles com renda entre um e três mínimos, esse nível chega 70,8%, enquanto essa proporção cai.

Os trabalhadores autônomos ganham mal. Cerca de 44% deles recebem até um salário mínimo.

A maioria dos informais é homem e negro. 38% dos informais têm entre 45 e 65 anos, 66% são homens e 54,5% se declaram pretos e pardos.

A insegurança financeira é maior para esses trabalhadores. Enquanto apenas 45% deles conseguem prever sua renda para o próximo semestre, esse percentual chega a 67,5% entre funcionários com carteira assinada.

A renda dos autônomos também varia muito. O salário de 19,8% deles pode oscilar mais de 20% de um mês para o outro, enquanto o mesmo acontece com apenas 4,7% entre aqueles com CLT.

"A reforma contribuiu para o aumento do trabalho flexível, mas poucos ganham bem, e preferem a CLT", comenta Rodolpho Tobler, pesquisador da FGV Ibre.

"A pesquisa demonstra a insatisfação das pessoas com a reforma: os informais que ganham menos são os que mais querem carteira assinada. É uma opção menos pior. O emprego com carteira assinada não é bom, mas é melhor ter FGTS, férias, 13º e seguro-desemprego", avalia José Dari Krein, professor da Unicamp.

 

"POR NECESSIDADE, NÃO POR DESEJO"

A maioria das vagas que foram criadas desde a reforma foi precária. Entre julho de 2017 e junho deste ano, os autônomos passaram de 21,7 milhões para 25,4 milhões, crescimento de 17%. "A saída de crise foram essas pessoas que migraram para a informalidade por alguma necessidade, não por desejo", diz Rodolpho Tobler, pesquisador da FGV Ibre responsável pelo levantamento. "Esses autônomos com renda mais baixa preferem ter carteira assinada e benefícios sociais, o que o terceirizado não tem."

As empresas se beneficiaram. "Ao enfraquecer sindicatos, limitar o acesso à Justiça e permitir que os empregadores negociem sem os sindicatos, a reforma desequilibrou as forças e aprofundou a desorganização do mercado de trabalho", diz o professor de economia da Unicamp José Dari Krein, doutor em economia social do trabalho. "Em um mercado mais vulnerável, crescem os contratos de tempo parcial e o trabalho por conta própria."

A piora das vagas com CLT também empurrou mais gente para a informalidade. "Uma parte das pessoas vai trabalhar por conta porque os empregos com carteira pagam mal e a reforma ainda flexibilizou os direitos oferecidos por ela", diz o professor.

A produtividade também caiu, diz Tobler. "Muitos conseguiram voltar a trabalhar, mas a maioria não está na área para a qual se preparou, e não apresentam a produtividade que poderiam. As pessoas não estão na área que deveriam, estão por necessidade."

A promessa de sucesso no mercado informal, porém, frustra quem tenta ganhar dinheiro por conta. "O fundamento da reforma é a ideia de que cada trabalhador tem autonomia: ele não precisa de instituições de defesa porque teria poder de igualdade com o empregador", afirma Krein. "Nesse incentivo à individualização e competição, algumas pessoas vão se dar bem, mas a maioria, não."

Ainda em 2017, o Congresso aprovou a lei das terceirizações. Também com a promessa de mais empregos, a lei permitiu que as empresas terceirizassem até sua atividade principal. "A terceirização pode formalizar mais trabalhadores, mas paga ainda menos", diz Krein. Uma pesquisa de 2015 indicava que os terceirizados trabalhavam três horas a mais e ganhavam 25% menos no Brasil.

A taxa de desocupação só começou a cair depois da pandemia. Ela baixou a 7,9% em dezembro de 2022 até chegar ao índice mais baixo desde 2012: 6,9% na média de abril, maio e junho de 2024, segundo o IBGE.

Para Krein, a queda do desemprego não tem relação com a reforma trabalhista. "Tem muito mais a ver com a retomada do pós-pandemia e do aumento do salário mínimo, que amplia o consumo e melhora a atividade econômica, que gera empregos", disse.

"Nosso maior problema é mensurar a reforma trabalhista. Teve turbulência políticas no período, impeachment, recessão, mas a reforma facilitou a geração de empregos, facilitou as contratações e desburocratizou", afirma Tobler.

 

 

POR FOLHAPRESS

SÃO CARLOS/SP - São Carlos tem um motivo especial para comemorar o Dia do Trabalho na próxima quarta-feira, 1º de maio. Graças a dedicação e força dos trabalhadores, 86 mil empregados formais, a economia da cidade tem números que merecem ser comemorados. 
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) que registra bimestralmente os dados de admissões e dispensa de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) apontam que São Carlos registrou no primeiro bimestre deste ano um saldo positivo de 666 novos postos de empregos em fevereiro, em janeiro o saldo era de 329 empregos. Um crescimento de 102,4%.
Segundo o CAGED São Carlos registrou em fevereiro deste ano 4.231 admissões ante 3.565 desligamentos (demissões) gerando o saldo positivo de 666 empregos. O setor de serviços que emprega 41.137 pessoas na cidade foi responsável pela contratação de 2.250 trabalhadores, seguido do comércio que admitiu 942 e a indústria outras 693 pessoas.  
Um dos fatores que contribuíram para esse saldo positivo de empregos é o trabalho desenvolvido pela Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Renda (SMTER), gestora da Casa do Trabalhador que abriu 787 novas vagas de emprego desde janeiro deste ano. Atualmente a Casa do Trabalhador está com 189 vagas de emprego abertas nas áreas de administrador, agente fiscal, ajudante de mecânico de radiadores, ajudante de obras, ajudante de transporte, analista de PCP, atendente de loja, auxiliar administrativo, auxiliares contábil, de instalação, de jardinagem, montador de baús e carrocerias de caminhão, produção de coleta de ovos, barman, avicultor, carpinteiro, consultores de vendas, de viagens, costureira em geral, eletricista, cozinheiro em geral, engenheiro mecatrônico, esteticista, frentista, fresador ferramenteiro, funileiro de automóveis, garçom, mecânico de automóveis, montador de estruturas metálicas, montador de móveis de madeira, motorista carreteiro, motorista de caminhão, motorista de ônibus rodoviário (fretado), operador de caixa entre outras vagas cujos requisitos podem ser consultados na íntegra  no site da Prefeitura de São Carlos no www.saocarlos.sp.gov.br clicando no ícone vagas de emprego. 

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Além das vagas de emprego, outro dado positivo para impulsionar economia da cidade é que São Carlos tem disponível para liberação R$ 5 milhões pelo Banco do Povo, um micro crédito produtivo do Governo do Estado de São Paulo e da Prefeitura com o objetivo de promover a geração de emprego e renda por meio de concessão de empréstimos para o desenvolvimento das empresas e incentivo para quem quer iniciar um novo negócio.
O BPP São Carlos libera crédito de R$ 200,00 a R$ 21 mil para empreendedores formais: MEI, ME, LTDA, EIRELI, produtores rurais com CNPJ e empreendedores informais sem CNPJ, boleiros, doceiros, saladeiros, artesãos, sacoleiros, vendedores de produtos de catálogos, costureiros, motofretistas, motoristas de vans, caminhões, entre outros. As linhas de crédito têm juros mais baixos e os empréstimos tem taxas de 0,35% a1,0%.
O BPP São Carlos tem registrado aumento da procura pelo crédito e os dados mostram que no mês de janeiro foi liberado R$ 21 mil, fevereiro R$ 108 mil e março R$ 121.2 mil.
“Uma parcela do aumento das contratações de trabalhadores na cidade se deve ao trabalho realizado pela Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda que buscou desde 2023 qualificar a mão de obra de quem busca vagas de emprego na Casa do Trabalhador. A qualificação teve como meta, além de preparar melhor os candidatos na busca pelo emprego, a tendência de procura dos empregadores por profissionais qualificados. Já em relação ao Banco do Povo notamos uma procura maior dos empreendedores por mais crédito no primeiro trimestre deste ano para empreender e investir no negócio próprio”, ressaltou Danieli Valenti, secretária municipal de Trabalho, Emprego e Renda.

Oportunidades de trabalho são oferecidas por centenas de empresas estabelecidas nas cidades da região

 

SÃO CARLOS/SP - O Portal de Vagas da Sólides, empresa de tecnologia líder no Brasil em gestão de pessoas para pequenas e médias empresas (PMEs), está com mais de 139 vagas abertas atualmente em São Carlos, Araraquara e cidades da região. As vagas são de centenas de empresas parceiras da Sólides.

As oportunidades são para diversas áreas de atuação como administrativo, agronegócio, comercial, compras, educação, engenharia, financeiro, jurídico, marketing, recursos humanos, saúde, tecnologia e turismo. As modalidades de trabalho são presencial, híbrido e remoto.Há vagas para todas as senioridades, de estagiário a especialista, além de vagas afirmativas. Os interessados encontram as vagas disponíveis aqui.

“Em 2023, o Portal de Vagas ajudou milhares de pessoas a encontrar emprego e também as nossas empresas parceiras a conseguirem preencher suas oportunidades utilizando o que há de melhor no processo de recrutamento e seleção disponibilizado pela Sólides. Neste ano, nossa intenção é continuar aprimorando nosso sistema e fortalecer ainda mais nosso papel de braço direito do RH nas pequenas e médias empresas de todo o Brasil”, afirma Mônica Hauck, CEO e cofundadora da Sólides.

O grupo de vestuário, calçados e outros artigos novos foi um dos poucos que apontou crescimento no saldo de empregos, segundo estudo da FecomercioSP e do Sincomercio Mogi Mirim
 

 

MOGI MIRIM/SP - Em 2023, o mercado de trabalho celetista do setor varejista de Mogi Mirim obteve o menor crescimento desde 2020. Em números absolutos, foram criados 25 postos de trabalho com carteira assinada no ano passado, após o registro de 2.545 admissões e 2.520 desligamentos. Esse saldo positivo foi 80,3% menor do que o observado em 2022 — quando 127 vagas foram geradas, e 89,4% inferior aos 236 empregos criados em 2021. [gráfico 1]

Os dados fazem parte do estudo feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), em parceria com o Sindicato do Comércio Varejista de Serviços e Turismo (Sincomercio) de Mogi Mirim, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

 

Ao analisar os grupos de atividades do varejo de Mogi Mirim, o estudo mostra que as maiores diferenças de saldos empregatícios entre os balanços de 2022 e 2023 foram vistas no comércio de combustíveis para veículos automotores (+17 vagas para -1 vaga); no varejo de materiais de construção, vidros, ferramentas, tintas e similares (+62 vagas para -6 vagas); e nas farmácias, perfumarias e lojas de artigos médicos e ópticos (+14 vagas para -56 vagas). Pelo lado positivo, o destaque ficou por conta dos estabelecimentos de vestuário, calçados e outros artigos novos, que, em 2022, geraram 15 postos — em 2023, esse número subiu para 46 novos vínculos empregatícios. [tabela 1]

 

[TABELA 1]
SALDOS E ESTOQUE DE EMPREGOS CELETISTAS
NO COMÉRCIO VAREJISTA DE MOGI MIRIM/SP
 

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TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS
A realidade do comércio varejista de Mogi Mirim não é diferente da tendência apontada nos mercados de trabalho do setor no Estado de São Paulo e no Brasil. Em ambos os casos, também houve desaceleração do ritmo de crescimento dos empregos com carteira assinada no decorrer dos anos, ainda que tenham sido em menor proporção porcentual do que em Mogi Mirim .
 
Na visão da FecomercioSP, dois fatores ajudam a explicar esse arrefecimento. Primeiro, a desaceleração era esperada depois dos relevantes avanços de empregabilidade com a reabertura dos estabelecimentos, após o principal período de impacto da pandemia. Tanto que os melhores números foram registrados em 2021 e 2022. O segundo se refere à própria conjuntura do setor comercial, que se tornou mais desafiadora em 2023. “Isso acontece porque vínhamos de um período com pressão inflacionária, que levou à necessidade de elevação dos juros para a sua contenção, fora o avanço generalizado de endividamento e inadimplência familiar”, explica Jaime Vasconcellos, assessor econômico da Entidade.
 
Essas dificuldades impostas ao consumo das famílias atingiram o desempenho do varejo e, por consequência, a sua capacidade e confiança de gerar postos de trabalho. Também contribuiu para esse cenário o maior direcionamento do orçamento das famílias para alguns segmentos de Serviços. O fim dos efeitos positivos da reabertura pós-covid-19, aliado à conjuntura econômica mais adversa, ocasionou o arrefecimento do ritmo de crescimento da geração de empregos celetistas no Comércio, trajetória que deve se manter em 2024, principalmente no primeiro semestre.

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