ARARAQUARA/SP - Um detendo da Penitenciária II de Itirapina-SP, que recebeu o benefício da “saidinha de Natal” de 2023, e não retornou sistema prisional, foi abordado pela Polícia Militar Rodoviária, na manhã de quinta-feira (4), na cidade de Araraquara.
Os agentes faziam patrulhamento de rotina pela Rodovia Washington Luís (SP-310), e na altura do km 291 avistaram o sujeito caminhando pelo acostamento da pista.
Ele foi abordado e prontamente informou aos policiais que tinha recebido o benefício da saidinha, mas perdeu o horário do ônibus de Araraquara para São Carlos-SP, onde pegaria outro ônibus com destino a Itirapina.
Segundo consta, o detendo, de 33 anos, está no regime semiaberto e saiu da penitenciária no dia 22 de dezembro e deveria retornar ao presídio até as 23h59 da última quarta-feira (3). O homem então foi apresentado na delegacia para o registro do Boletim de Ocorrência de Captura de procurado e realização dos procedimentos de reinserção ao sistema carcerário.
Os agentes da Polícia Civil e Militar tentaram contatar o diretor da Penitenciária de Araraquara por telefone para confirmar a possibilidade de inseri-lo na unidade, mas não conseguiram e então o levaram pessoalmente. Na penitenciária o diretor relatou que não poderia recebê-lo, pois o procedimento somente seria permitido até as 23h59 do dia anterior.
Diante da situação, o capturado foi levado novamente para a delegacia, de onde seria encaminhado para a Cadeia Pública de Santa Ernestina-SP. No local ele deverá passar por audiência de custódia.
Ed Junior / PORTAL MORADA
Homens tentaram se esconder em uma trilha da região para fugir da polícia
BOFETE/SP - Dois homens foram presos na terça-feira (2) com mais de 500 porções de drogas no bairro Siriema, em Bofete, interior de São Paulo.
A equipe da Força Tática do 12° Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I) realizou abordagem a dupla que tentou se esconder em uma trilha na região.
Com os suspeitos, foram apreendidas 377 porções de maconha, 143 porções de cocaína e 23 de haxixe, além de sete frascos de lança-perfume, seringas e apetrechos para o preparo e embalo dos entorpecentes.
A dupla foi conduzida ao Plantão Policial de Botucatu, onde permaneceu presa.
LOS ANGELES - As estrelas de Hollywood estão se preparando para dançar a noite toda, com o sucesso de bilheteria "Barbie" liderando as indicações para o Globo de Ouro de domingo, o pontapé inicial da temporada de premiações do setor.
A primeira grande festa em Tinseltown desde as contenciosas disputas trabalhistas do ano passado, os prêmios Globo de Ouro homenagearão o melhor do cinema e da televisão, de acordo com cerca de 300 jornalistas de entretenimento de todo o mundo. Isso é uma mudança em relação ao passado, quando cerca de 80 pessoas escolhiam os vencedores.
"Barbie", a aventura da boneca de empoderamento feminino, lidera a lista com nove indicações. O filme dirigido por Greta Gerwig e estrelado por Margot Robbie deve levar o troféu de melhor filme musical ou comédia, superando "Os Rejeitados", "Pobres Criaturas" e outros, de acordo com especialistas entrevistados pelo site Gold Derby.
O drama histórico "Oppenheimer", com oito indicações, é o favorito para melhor filme de drama. A história sobre o homem por trás da bomba atômica competiu com "Barbie" ano passado em um confronto de bilheteria apelidado de "Barbenheimer".
"Barbie" reinou como o filme de maior bilheteria de 2023, com 1,4 bilhão de dólares em vendas de ingressos. "Oppenheimer" terminou em terceiro lugar com 952 milhões de dólares.
"Posso ver os dois se saindo muito bem no domingo à noite", disse Joyce Eng, editora sênior do Gold Derby.
Robbie e Ryan Gosling, que interpretou o namorado da Barbie, Ken, foram indicados nas categorias de atuação, assim como Cillian Murphy, que retratou J. Robert Oppenheimer.
Leonardo DiCaprio, Robert De Niro e Lily Gladstone estão concorrendo ao Globo de Ouro de interpretação por "Assassinos da Lua das Flores", filme de Martin Scorsese sobre o assassinato de nativos americanos na década de 1920 em Oklahoma.
Bradley Cooper está concorrendo a melhor ator e melhor diretor pelo filme biográfico de Leonard Bernstein "Maestro".
O Globo de Ouro é a primeira grande premiação desde que Hollywood sofreu duas greves amargas de roteiristas e atores no ano passado. As paralisações de trabalho interromperam a produção de filmes e televisão, bem como muitos eventos de tapete vermelho, durante meses.
Por Lisa Richwine / REUTERS
EUA - Os fãs de Elvis Presley que não puderam ver seu herói quando ele estava vivo poderão ter um vislumbre da apresentação do Rei do Rock ‘n’ Roll no final deste ano, graças à realidade virtual.
O Elvis Evolution usará inteligência artificial e projeção holográfica, realidade aumentada e teatro ao vivo para recriar eventos da vida e da música de Presley, disse a Layered Reality, a empresa de entretenimento imersivo que está desenvolvendo o show.
“Será uma celebração alegre da vida de Elvis; o homem, a música e seu legado cultural”, disse o fundador e executivo-chefe da Layered Reality, Andrew McGuinness, à Reuters.
Os visitantes serão levados em uma viagem de Tupelo, Mississippi, onde Presley nasceu em 1935, até Memphis, Tennessee, onde fica Graceland, e Las Vegas.
“O ponto alto da experiência é uma apresentação de Elvis com IA”, disse ele.
A Layered Reality fechou um acordo com o Authentic Brands Group, proprietário do espólio de Elvis Presley, para desenvolver o Elvis Evolution.
A empresa britânica teve acesso a milhares de fotos pessoais do astro e horas de vídeos caseiros para criar as novas apresentações usando IA, disse McGuinness.
O interesse global pelo cantor, amplamente aclamado como o artista solo mais vendido de todos os tempos, com mais de 500 milhões de discos vendidos, continua intacto 46 anos após sua morte, aos 42 anos.
A biografia de Baz Luhrmann, “Elvis”, lançada em 2022, criou uma nova geração de fãs, enquanto o filme “Priscilla”, de Sofia Coppola, em 2023, explorou o complexo relacionamento do cantor com sua esposa.
McGuinness disse que Elvis Evolution atrairia tanto os fãs obstinados quanto os curiosos para descobrir mais sobre o cantor de “Can’t Help Falling in Love”.
Depois de Londres, Elvis Evolution viajará para cidades como Las Vegas, Tóquio e Berlim, acrescentou.
por Reuters
BRASÍLIA/DF - As vendas de veículos automotores em todo o país cresceram 12,02% em 2023 na comparação com 2022, revela balanço da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
No ano passado, foram emplacadas 4.108.041 unidades contra 3.667.325 de 2022. Quase todos os segmentos fecharam o ano com alta: automóveis (9,13%) comerciais leves (20,44%), ônibus (12,63%) e motos (16,10%). Apenas o setor de caminhões terminou o ano com baixa: -16,39%.
Em dezembro, o total de veículos vendidos nas concessionárias foi de 400.020 unidades, o que representa expansão de 10,74% ante novembro (361.222 unidades) e 9,03% na comparação com dezembro do ano anterior (117.909 unidades).
Segundo o presidente da Fenabrave, Andretta Júnior, 2023 representa um ano de recuperação para o setor automotivo e foi o primeiro ano desde 2019 em que foram emplacados mais de dois milhões de automóveis e comerciais leves. “Temos que lembrar o impulso das medidas provisórias que estimularam o setor e que mostram que é necessário buscar soluções permanentes que mantenham o mercado aquecido”, disse.
Andretta Júnior ressaltou que, além das medidas provisórias com estímulos fiscais, a melhoria do crédito por conta da queda da taxa de juros foi fundamental para a elevação de 12%.
“A disponibilidade e o custo do crédito têm muita influência na decisão de compra pelos consumidores. Com a queda da inadimplência houve maior disponibilização de crédito pelas instituições financeiras e isso foi percebido pelo mercado”, afirmou.
Para a Fenabrave, as vendas globais de veículos devem aumentar 13,54% em 2024, o que totaliza 4.518.871 unidades emplacadas. Para os automóveis e comerciais leves a estimativa é a de aumento de 12%, totalizando 2.440.887 unidades.
A venda de caminhões deve crescer 10%, com 114.571 unidades emplacadas e o segmento de ônibus deve alcançar as 29.546 unidades vendidas, um aumento de 20%. Os implementos rodoviários podem crescer 10%, com 99.296 unidades vendidas. A estimativa para as motocicletas é a de 1.834.571 de unidades comercializadas, o que corresponde a um incremento de 16%.
Por Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil
BRASÍLIA/DF - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou que as investigações sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro desvendaram a existência de três planos contra ele, que previam a prisão e o enforcamento dele na Praça dos Três Poderes. De acordo com o ministro, que é o relator dos julgamentos relacionados aos ataques na Corte, a ordem dos financiadores dos ataques era convencer o Exército a aderir a um golpe de Estado.
Em entrevista ao jornal O Globo, Moraes afirmou que um dos planos consistia na sua prisão por parte das Forças Especiais do Exército, que o encaminharia para Goiânia. Outra ideia se baseava em um homicídio, com o corpo do ministro sendo largado no caminho para a capital goiana. A terceira possibilidade era mais extrema, com enforcamento do magistrado na Praça dos Três Poderes.
"Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição", afirmou Moraes ao jornal.
O magistrado disse que não reforçou a sua segurança após os ataques golpistas, mas que aumentou a vigilância sobre a sua família.
Em julho do ano passado, Moraes estava acompanhado da sua mulher e do seu filho no aeroporto de Roma, na Itália, quando foram hostilizados pelo casal de brasileiros Ricardo Mantovani e Andreia Munarão. Um relatório da PF analisou que "aparentemente" o filho do ministro levou um tapa no rosto desferido por Mantovani.
Quase um ano depois da invasão e depredação da sede dos Poderes, o STF já condenou 30 acusados pelos atos golpistas. Outras 29 ações penais viraram o ano em aberto e devem ser finalizadas na primeira semana de fevereiro, quando a Corte voltar do recesso.
Em entrevista ao Estadão, Moraes afirmou que o STF agiu com "celeridade e eficiência" para responder aos ataques contra os Três Poderes. Ao todo, o ministro é relator de 1.345 processos contra golpistas do 8 de janeiro.
"A democracia é intocável e o STF não permitirá qualquer tipo de impunidade. (...) As Instituições mostraram sua maturidade e fortaleza, defendendo a Constituição, a democracia e o Estado de Direito", afirmou Moraes ao Estadão.
Moraes disse que Abin monitorava os seus passos
Moraes também afirmou ao O Globo que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) fazia o monitoramento dos seus passos para "quando houvesse necessidade" de realizar a sua prisão.
Em outubro, a sede da Abin foi alvo de buscas e apreensões pela Polícia Federal (PF) após os investigadores identificarem o uso de um sistema de espionagem da agência para mais de 30 mil rastreamentos. Moraes está na lista de alvos.
O programa de espionagem utilizado é israelense e tem capacidade de detectar um indivíduo com base na localização de aparelhos que usam as redes 2G, 3G e 4G. Segundo a PF, 1.800 usos desse programa foram destinados à espionagem de políticos, jornalistas, advogados, adversários do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ministros do Supremo.
Golpistas tentariam convencer Exército após GLO, diz Moraes
Na entrevista, Moraes também disse que existia uma ordem dos financiadores dos atos golpistas para uma invasão do Congresso Nacional até que houvesse um decreto de uma Garantia de Lei e da Ordem (GLO) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após a GLO, eles tentariam convencer o Exército a aderir ao movimento antidemocrático.
"De vários financiadores, (a ordem era que) deveriam vir, invadir o Congresso e ficar até que houvesse uma GLO para que o Exército fosse retirá-los. E, então, eles tentariam convencer o Exército a aderir ao golpe. O que mostra o acerto em não se decretar a GLO, porque isso poderia gerar uma confusão maior, e sim a intervenção federal", disse o ministro do Supremo ao O Globo.
Perguntado sobre as lições deixadas pelo 8 de janeiro, Moraes defendeu a regulação das redes sociais, chamando-as de "terra sem lei" e disse também que políticos que tiverem participação comprovada nos ataques devem ser "alijados" da vida pública. "Quem não acredita na democracia não deve participar da vida política do País", afirmou.
POR ESTADAO CONTEUDO
BRASÍLIA/DF - Quase um mês após ter sido destituído da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), Ednaldo Rodrigues pode retornar ao comando da entidade. No final da tarde desta quinta-feira (4), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar suspendendo a decisão da Justiça do Rio que havia retirado Rodrigues do cargo.
O ministro atendeu, em parte, ao pedido do Partido Comunista do Brasil (PcdoB), que ingressou com ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no STF na semana passada, questionando a decisão do TJRJ que retirou Rodrigues do posto.. Além disso, o PcdoB argumentou que havia “risco iminente de não inscrição da seleção brasileira Sub 23 no torneio pré-olímpico, cujo prazo termina nesta sexta (5).
Na decisão liminar, Gilmar Mendes, relator do caso, ressalta que a Fifa, entidade máxima que regula o futebol no mundo, encaminhou sucessivos ofícios ao Brasil afirmando não reconhecer como legítimo o interventor indicado pelo TJRJ para a CBF, José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O ministro reitera ainda o risco de a seleção olímpica masculina perder o Pré-olímpico.
"Nessa situação, há risco de prejuízo iminente, uma vez que a inscrição de jogadores da seleção brasileira no torneio qualificatório para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, que deve ser ultimada até hoje (5), restaria inviabilizada".
Antes de conceder a liminar, Gilmar Mendes, também considerou as manifestações feitas na manhã de hoje (4) pelo Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet Branco, e pela Advocacia Geral da República (AGU). Ambos defenderam a suspensão da decisão do TJRJ que retirou Rodrigues do comando da CBF.
Ao concluir o despacho, Gilmar Mendes ressalta “que o provimento acautelatório ora concedido não importa em qualquer intervenção estatal na CBF; pelo contrário, privilegia a sua autonomia ao restaurar a efetividade do ato próprio por meio do qual a entidade elegeu seus dirigentes, qual seja a Assembleia Geral Eleitoral realizada em 23 de março de 2022”.
ARGENTINA - Um clássico marcado pela violência extrema voltará a ser jogado na Argentina após 27 anos. Aldosivi e Alvarado, times de Mar del Plata, se reencontrarão na Primera Nacional, equivalente à segunda divisão do país, em 2024 para reativar uma rivalidade histórica que completa 70 anos.
Aldosivi e Alvarado foram sorteados para se enfrentar na fase interzonal da Primera Nacional. O primeiro clássico ainda não tem data exata para acontecer, mas está previsto para março. Ao todo, serão dois jogos entre os rivais nesta temporada.
Último clássico durou 30 minutos
O último jogo entre os rivais durou apenas 30 minutos. Em 10 de agosto de 1997, Aldosivi e Alvarado se enfrentaram pelo Torneio Marplatense. Brigas estouraram no estádio e nas ruas, um muro do estádio foi derrubado, e os jogadores deixaram o gramado devido ao gás lacrimogêneo. O árbitro acabou interrompendo o jogo por questões de segurança.
Desde então, o clássico tornou-se "proibido". Nem mesmo nos tradicionais torneios amistosos de verão da Argentina os organizadores se animaram a realizar o duelo, por temor da violência.
Em 2011, a Copa da Argentina teria uma rodada especial com clássicos entre as equipes participantes. A polícia de Mar del Plata, porém, vetou a realização de Aldosivi x Alvarado. Estima-se que o número de policiais necessários para um jogo entre os rivais é igual ao utilizado em um Boca Juniors x River Plate.
Palco do clássico está abandonado
Outro componente na história diz respeito ao palco do clássico. O estádio José María Minella está deteriorado, com a arquibancada principal fechada desde 2021, por risco de cair.
O estádio é histórico: foi uma das sedes da Copa do Mundo de 1978, tendo recebido, inclusive, três jogos do Brasil no torneio: contra Suécia, Espanha e Áustria.
O Minella serve como palco dos jogos tanto de Aldosivi quanto Alvarado. A princípio, será também o estádio para a realização dos clássicos de 2024, embora ainda dependa da autorização da polícia local.
Números do clássico proibido entre Aldosivi e Alvarado
A história do clássico entre Aldosivi e Alvarado
Aldosivi e Alvarado começaram a se enfrentar em 1954, mas no início não representavam a maior rivalidade de Mar del Plata, que cabia a outros times locais, como San Lorenzo e Kimberley.
Os clubes transitaram majoritariamente nas ligas regionais de Mar del Plata, até passarem a disputar também os torneios nacionais. A rivalidade cresceu a partir de 1988, quando torcedores do Alvarado começaram a apoiar a torcida do Norte, adversário do Aldosivi na ocasião. Na partida em questão, houve briga entre os dois lados, um prenúncio do que viria nos anos seguintes.
Depois de 1997, a liga de Mar del Plata excluiu os times dos torneios regionais. Depois, passou a colocá-los em chaves diferentes para que não se enfrentassem.
Agora, 27 anos depois, Aldosivi e Alvarado voltarão a se enfrentar no clássico proibido da Argentina.
EUA - A renúncia de Claudine Gay, a primeira pessoa negra a se tornar reitora da prestigiada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, está sendo celebrada como uma grande vitória pelos conservadores que se opuseram a ela por motivos ideológicos desde que ela assumiu a vaga, em julho de 2023.
Embora as alegações de plágio na tese de doutorado dela tenham sido um fator decisivo para que Gay deixasse o posto mais importante de Harvard, a saída dela é mais do que apenas um escândalo de desonestidade acadêmica.
Gay ficou em maus lençóis em dezembro de 2023 por sua participação em um painel do Congresso sobre antissemitismo nos campi universitários.
As respostas tépidas e burocráticas dos membros do painel, incluindo Gay, sobre como lidar com os apelos ao genocídio dos judeus levaram à renúncia da reitora da Universidade da Pensilvânia, Liz Magill.
Depois desse episódio, Harvard ofereceu apoio contínuo ao mandato de Gay como reitora. Mas a batalha não acabou.
Para seus críticos de direita, Gay representa muito do que eles detestam no ensino superior americano moderno, que consideram dominado por uma ideologia de esquerda que coloca maior ênfase na diversidade étnica e de gênero do que no rigor acadêmico.
"Foi um exercício velado de raça e gênero quando escolheram Claudine Gay", escreveu nas redes sociais o candidato presidencial republicano Vivek Ramaswamy, formado em Harvard, após a renúncia.
O colunista do New York Times Bret Stephens, chamou a atenção para o histórico acadêmico relativamente fraco de Gay, de 53 anos, que não inclui livros publicados e apenas 11 artigos em periódicos científicos. Ele condenou o que chamou de "modelo de justiça social do ensino superior".
Ele escreveu que a "podridão intelectual" no ensino superior americano "não vai parar de se espalhar até que as universidades retornem à ideia de que seu propósito central é identificar, nutrir e libertar as melhores mentes, e não arquitetar utopias sociais".
As alegações de plágio que levaram à renúncia de Gay foram trazidas à tona por Christopher Rufo, um ativista de direita conhecido pela batalha cultural sobre o suposto ensino da teoria crítica da raça nas escolas dos Estados Unidos.
Numa publicação nas redes sociais em dezembro de 2023, Rufo expôs o que seria uma estratégia para os conservadores buscando dar visibilidade a histórias que, na opinião deles, os principais meios de comunicação estão ignorando.
"Lançamos a história de plágio de Claudine Gay pela direita", escreveu Rufo.
"O próximo passo é introduzir isso no aparato midiático controlado pela esquerda, legitimando a narrativa para atores de centro-esquerda que podem derrubá-la. Então, fazer pressão".
Os esforços de Rufo foram amplificados por meios de comunicação como o New York Post e o Washington Free Beacon, que na segunda-feira (1/1) publicaram detalhes de uma nova denúncia anônima apresentada a Harvard incluindo evidências adicionais de suposto plágio no trabalho publicado por Gay.
Na sua carta de renúncia, Gay disse que recebeu "ataques pessoais e ameaças alimentadas por uma animosidade racial", acrescentando que as últimas semanas deixaram claro que é preciso fazer mais para "combater o preconceito e o ódio em todas as suas formas".
Foi um sentimento ecoado, com raiva mais concentrada, por parte da esquerda.
"Então, o que aprendemos é o seguinte: fanáticos de má-fé que fingem estar preocupados com o antissemitismo usarão tranquilamente as mulheres de cor — especialmente as negras — como bode expiatório e para-raios para grandes questões sistêmicas", escreveu a romancista Celeste Ng nas redes sociais.
"E que as pessoas que desejam a manutenção desse status-quo vão fazer de tudo para mantê-lo inalterado."
A atual polêmica de Harvard atingiu o seu auge com a renúncia de Gay, mas o esforço conservador mais amplo para minar — e, em última análise, suplantar — as instituições de ensino superior dominadas pelos liberais continua.
Na Flórida, o governador Ron DeSantis — atual candidato presidencial republicano — substituiu a liderança do New College of Florida, cancelando seus programas de diversidade e inclusão, demitindo membros do corpo docente e colocando ativistas de direita, incluindo Rufo, entre seus administradores.
Seu objetivo, em parte, é oferecer um contraponto conservador à moderna faculdade de artes liberais.
Donald Trump, como parte do seu plano "Agenda 47" para um segundo mandato, apelou para mudanças na forma como as universidades americanas são creditadas, para enfatizar a "defesa da tradição americana e da civilização ocidental".
Ele também se comprometeu a acabar com os programas de equidade, forçar as universidades a reduzir os custos gerais e tributar as doações das escolas que não respeitarem esses pontos.
Harvard poderá, em última análise, substituir Gay por alguém que tenha uma disposição acadêmica e política semelhante e que continue defendendo formas de diversificar o corpo discente de Harvard.
Mas, ao derrubar a reitora de uma das universidades mais prestigiadas do país — aquela envolvida na luta do Supremo Tribunal sobre as preferências raciais nas admissões no início deste ano — os conservadores alcançaram uma vitória substancial a partir da qual podem avançar.
História por Anthony Zurcher - Correspondente da BBC
ESPANHA - Pela primeira vez, a Espanha gerou mais da metade de sua eletricidade através de fontes renováveis, como a solar e a eólica, informou o operador da rede elétrica espanhola na quinta-feira (4).
Segundo dados da Rede Elétrica Espanhola (REE), em 2023 a geração de eletricidade a partir de fontes renováveis alcançou quase 135.000 gigawatts por hora, ou seja, 50,4% do “mix” elétrico nacional.
Este percentual, superior em oito pontos ao de 2022 (42,2%), representa um recorde “histórico” para a Espanha, que superou pela primeira vez a marca de 50% de energia elétrica renovável, informou a REE em um comunicado.
Segundo o grupo espanhol, a energia solar foi a primeira fonte de eletricidade pelo segundo ano consecutivo, produzindo mais de 63.000 gigawatts/hora, ou seja, 23,3% da eletricidade gerada na Espanha.
As instalações fotovoltaicas produziram 37.000 gigawatts/hora, ou 14% do “mix” elétrico nacional. Esta cifra é superior à das usinas hidrelétricas, que geraram 9,5% da eletricidade na Espanha.
Estes dados “são a prova irrefutável de que a transição ecológica avança a passos firmes no nosso país”, explicou, em um comunicado, Beatriz Corredor, presidente de Redeia, matriz da Rede Elétrica.
O governo do socialista Pedro Sánchez se comprometeu a aumentar em até 74% a cota de renováveis na matriz energética espanhola até 2030, graças ao sol abundante e aos ventos abundantes em várias regiões do país.
Consequentemente, multiplicaram-se os megaprojetos de parques solares e eólicos, incentivados por investimentos maciços, sobretudo em áreas pouco povoadas do norte e do centro do país.
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