fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 

SUÍÇA - A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou relatório sobre a epidemia de tabaco: 5,6 bilhões de pessoas (ou 71% da população mundial) estão protegidos por algum tipo de medida de controle. O número é cinco vezes maior do que o registrado em 2007. A organização diz que a implementação de políticas específicas sobre o assunto levou o mundo a ter 300 milhões de fumantes a menos nos últimos 15 anos.

O relatório destaca que as Ilhas Maurício, na África, e os Países Baixos, na Europa, se juntaram ao Brasil e à Turquia como exemplos internacionais. O grupo segue os seis critérios principais de controle do tabaco, conhecidos pela sigla em inglês MPOWER: monitorar o uso e as políticas de prevenção, proteger as pessoas da fumaça, oferecer ajuda para quem deseja abandonar a prática, alertar sobre os perigos, criar barreiras contra publicidade e aumentar os impostos.

“Os dados mostram que, de forma lenta, mas segura, cada vez mais pessoas estão protegidas dos danos do tabaco por políticas de práticas ótimas baseadas em evidências”, disse o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Parabenizo as Ilhas Maurício, por serem o primeiro país da África, e os Países Baixos, por serem o primeiro da União Europeia, a introduzirem o plano completo de políticas de controle do tabaco da OMS no nível mais alto. A OMS está disposta a prestar apoio a todos que quiserem seguir o exemplo desses países e protegerem sua população contra um flagelo mortal.”

Oito países precisam cumprir apenas mais um dos critérios MPOWER para entrar no grupo de líderes em controle do tabaco: Espanha, Etiópia, Irã, Jordânia, Madagascar, México e Nova Zelândia. Por outro lado, existem 44 países que não adotam nenhum dos critérios e 53 países que sequer proíbem o fumo dentro de estabelecimentos de saúde. E apenas 50% de todos os países têm locais de trabalho e restaurantes que proíbem a prática.

A OMS reforça que criar espaços livres de fumo é importante para que as pessoas respirem um ar mais limpo e para que a população seja protegida dos efeitos mortais do tabaco. Ambientes assim também são importantes para estimular as pessoas a deixaram de fumar e evitar que outras sejam atraídas para a prática.

As estimativas são de que em torno de 1,3 milhão de pessoas morram todos os anos como fumantes passivos em todo o mundo. A exposição à fumaça do cigarro aumenta os riscos de ataques cardíacos, de acidente vascular cerebral (AVC), doenças respiratórias, diabetes do tipo 2 e diferentes tipos de câncer.

 

Desafios no Brasil

O Brasil alcançou o nível mais alto das medidas de controle do tabaco em 2019, mas isso não significa que o país esteja livre dos problemas relacionados ao produto. Os dados mais recentes, que são da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, mostram que o total de adultos fumantes no país é de 12,6%. E uma das principais causas de morte no país, o câncer de pulmão, é causado pelo tabagismo em 80% dos casos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O diretor executivo da Fundação do Câncer, cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni, disse à Agência Brasil que o país precisa continuar investindo em políticas públicas para diminuir a circulação do tabaco e o número de fumantes.

“O Brasil é um exemplo pela política de controle do tabaco, mas é preciso ficar atento, não esmorecer e continuar nesse trabalho de combate. Nós precisamos intervir mais no preço do cigarro, que ainda é um dos mais baratos do mundo. E sabemos que umas medidas mais importantes para a redução do tabagismo é o aumento do preço e da taxação. Também seria fundamental aumentar o controle das divisas para coibir ao máximo o comércio ilegal”, disse Maltoni.

Uma das maiores preocupações, nesse sentido, é o consumo de cigarros eletrônicos, principalmente pelos mais jovens. Uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de 2009 proíbe a comercialização e propaganda relacionada ao produto, mas isso não impede que se tenha acesso por meios ilegais. Relatório divulgado em maio do ano passado pelo sistema Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, indica que um a cada cinco jovens de 18 a 24 anos usa cigarros eletrônicos no Brasil.

“A indústria do tabaco vem tentando ampliar o número de dependentes, principalmente a população mais jovem, com esse apelo de que o cigarro eletrônico seria menos danoso, menos problemático. E a gente sabe que isso é mentira”, diz Luiz Augusto Maltoni. “Os países que permitiram o uso, como os Estados Unidos, têm tido um número crescente de dependentes, muitos com doenças graves, induzidas pelo cigarro eletrônico. Existe uma síndrome chamada Evali, uma inflamação nos pulmões pelo uso específico do cigarro eletrônico, que tem provocado insuficiência respiratória nos mais jovens. Além disso, existem substâncias tóxicas e cancerígenas, e o risco de explosões dos dispositivos, que causam queimaduras graves no corpo”, acrescentou o médico.

 

 

por Rafael Cardoso / NEWSRONDONIA

Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado em 29 de agosto, tem como objetivo reforçar as ações de sensibilização e mobilização da população para os danos causados pelo tabaco.

 

ARARAQUARA/SP - Uma pesquisa chinesa divulgada no Brasil pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), atestou que as chances de agravamento da Covid-19 são 14 vezes maiores entre as pessoas com histórico de tabagismo em comparação com as que não fumavam. Em 29 de agosto, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, com o objetivo de conscientizar a população sobre os danos causados pelo cigarro e suas substâncias.

De acordo com o médico oncologista, Dr Luís Henrique de Carvalho, o tabagismo é um fator de risco grave para o desenvolvimento de uma série de doenças cardíacas, pulmonares, vasculares, além de aumentar o risco de doenças infecciosas, como a Covid-19, e principalmente o desenvolvimento de diversos tipos de câncer.

“A nicotina e todas as substâncias que estão presentes no cigarro causam muitas interações moleculares que prejudicam o sistema respiratório. Como já sabemos, a Covid-19 é uma doença que pode ser extremamente agressiva aos pulmões. Isso faz com que os fumantes entrem no grupo de risco da doença”, explicou.

Segundo o médico, o baixo nível de oxigênio no sangue e a exposição a outras toxinas do tabaco levam à disfunção da camada que reveste o interior dos vasos sanguíneos e linfáticos, o que pode levar a um processo inflamatório generalizado.

 

Câncer e tabagismo

Além das doenças infecciosas, o tabagismo também é um dos principais causadores de cânceres de vários tipos. Dr. Luís Henrique explica que a interação da nicotina (entre outras substâncias presentes nos cigarros) modifica o processo celular do corpo e abre portas para o crescimento de tumores.

“Pesquisas estatísticas mostram que o risco de pessoas fumantes desenvolverem câncer é 30% maior que as que não fumam, mas o que vemos no dia a dia é um número ainda maior que este. O tabagismo é responsável por até 90% da mortalidade dos pacientes com câncer de pulmão, ou seja, é uma taxa extremamente alta”, disse.

De acordo com o médico oncologista, o hábito de fumar pode ser responsável pelo desenvolvimento de alguns tipos de leucemia, como a leucemia mieloide aguda, o câncer de bexiga, o câncer de pâncreas, alguns tipos de tumores de fígado, câncer de colo de útero e tumores ligados a toda a parte respiratória e digestiva alta, como o câncer de laringe, cordas vocais, cavidade oral, faringe, esôfago, estomago, traqueia, dos brônquios e do próprio pulmão.

 

Enfrentando o vício

Para o Dr. Luís Henrique, a definição de uma data para abordar o combate ao tabagismo é uma iniciativa importante para demonstrar apoio e incentivo ao enfrentamento do vício. “O cigarro é feito para que a pessoa não consiga parar de fumar e crie dependência química. É extremamente prejudicial”.

Deixar o tabagismo é uma tarefa difícil e, para conseguir êxito, as pessoas podem procurar serviços de saúde, seja na rede pública ou particular, que ofereçam orientação e ajuda. 

“Ganha-se muito deixando de fumar. Há benefícios em qualidade de vida e sobrevida. Se pensarmos então no impacto social e econômico que essas doenças trazem, vamos ter ainda mais motivos para brigar contra esse tipo de disseminação”, disse.

Quem é o Dr. Luís Henrique de Carvalho?

De origem paulista e formado pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), o Dr. Luís Henrique de Carvalho também tem um coração araraquarense, com vínculo familiar na região. Atualmente é Coordenador do Centro de Pesquisas Clínicas em Oncologia da Clínica Spero e do Centro de Oncologia da Santa Casa de Araraquara.

Atua ainda como Médico Oncologista e Coordenador do Grupo de Cuidados Paliativos da Unimed Araraquara, além de se dedicar como Professor Regente dos Internatos em Clínica Médica e Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Araraquara.

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Maio 2024 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
    1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25 26
27 28 29 30 31    
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.