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EUA - A escolha do 8 de março como Dia Internacional da Mulher é associada com frequência à morte de operárias no início do século 20, mas sua origem está mais conectada com o poder de organização de movimentos feministas do que a tragédias.

Antes mesmo do incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York, em 1911 -citado com frequência para explicar a data oficial-, já eram organizadas grandes passeatas em defesa de direitos das mulheres e procurava-se uma data para celebrar essa luta.

Entre o fim do século 19 e o início do século 20, crescia principalmente na Europa e nos Estados Unidos a atividade de movimentos feministas que reivindicavam o direito a voto e melhores condições de trabalho.

As cidades da época viviam uma transformação intensa: para muitas famílias nesses países, era a primeira vez que mulheres brancas saíam da condição de donas de casa para trabalharem como operárias e se submeteram a jornadas extensas em locais de trabalho insalubres e com altos índices de acidentes.

Uma das primeiras grandes manifestações pelos direitos das mulheres ocorreu em 26 de fevereiro de 1909, em Nova York. Cerca de 15 mil mulheres fizeram uma passeara pelas ruas da cidade reivindicando condições melhores de trabalho. Nessa época, elas ficavam até 16 horas por dia no trabalho, seis dias por semana. Esse teria sido o primeiro Dia Nacional da Mulher nos Estados Unidos.

Em agosto do ano seguinte, a alemã Clara Zetkin propôs na reunião da 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas a criação de uma jornada anual de protestos por igualdade de direitos. Ainda não havia a reivindicação de uma data internacional para concentrar essas reivindicações. O primeiro dia oficial da mulher chegou a ser celebrado em 19 de março de 1911.

O incêndio na Triangle Shirtwaist Company, em Nova York, ocorreu no dia 25 de março de 1911. Um total de 146 trabalhadores morreram: 125 mulheres, que eram maioria na fábrica, e 21 homens. O desastre escancarou as péssimas condições às quais as mulheres estavam submetidas, o que contribuiu para a criação de normas de segurança mais rígidas. Anos antes as trabalhadoras da mesma fábrica da Triangle já haviam feito greves para reivindicar melhores condições de salário, o que foi recusado pela empresa.

O 8 de março só se tornaria uma referência de data para a luta feminista em 1917, quando operárias foram às ruas para protestar contra a fome e a Primeira Guerra Mundial. O protesto já foi reconhecido como um marco para o início da Revolução Russa, que culminaria regime socialista soviético.

A data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1975 como Dia Internacional da Mulher para celebrar suas conquistas sociais e políticas, mas já era comemorada ao longo das décadas anteriores.

 

 

FOLHA de S.PAULO

SÃO CARLOS/SP - Para prestar uma homenagem às mulheres, na data comemorativa do Dia Internacional das Mulheres, torna-se importante resgatar a memória daquelas que se destacaram no panorama internacional, que aplainaram os nossos caminhos e nos deixaram um legado de lutas e conquistas. Joana D’Arc (liderou tropas contra os ingleses durante a guerra dos 100 anos), Golda Meir (primeira-ministra israelense), Marie Courie (física e química polonesa, conduziu pesquisas sobre radioatividade), Elisabeth Blackwell ( primeira médica  a exercer medicina nos EUA), dentre muitas outras.

 O que essas mulheres tiveram em comum com as contemporâneas? Coragem, liderança, luta, determinação, atitude empreendedora. As mulheres de hoje estão adquirindo um novo protagonismo na nossa sociedade, face às mudanças socioculturais, as quais estão exigindo que elas participem do mercado de trabalho, em uma dupla jornada já que estão conciliando com os papéis de dona de casa. Muitas delas, mesmo após a pandemia, decidiram abrir suas próprias empresas.

 O caminho que estão percorrendo para desenvolver uma atitude empreendedora tem exigido uma série de transformações e ressignificação de atitudes. Elas passaram a se responsabilizar pela própria subsistência e de suas famílias. Com características de liderança, poder de adaptação e persistência, elas já representam, 10,1 milhões (2021 SEBRAE) de donas de negócios. De acordo com pesquisa feita pelo SEBRAE, o estudo revela que, entre 2019 e 2021, cresceu a proporção de mulheres de negócios que são chefes de domicílio. No fim de 2021, elas já representavam quase 50% do universo de empreendedores. Estas mulheres estão rompendo com os preconceitos machistas da nossa sociedade.

 É urgente remover os obstáculos que ainda impedem a total integração de milhões de brasileiras ao mundo dos negócios. Essa ação passa pela reformulação de novas políticas públicas e pela mudança de uma cultura que ainda deposita nas costas da mulher a maior parte da responsabilidade pela administração da casa e pelos cuidados com as crianças e idosos. É revelador desse ambiente cultural  que as mulheres ainda respondem  por apenas 34% do total dos negócios brasileiros, formais e informais.

No mês em que é celebrado o Dia Internacional das Mulheres, os diversos atores - públicos e privados – que atuam no universo do empreendedorismo, precisam refletir sobre estas profundas desigualdades. Se queremos assegurar às novas gerações de empreendedoras as mesmas condições de competitividade dos homens, é fundamental avaliarmos  muito mais do que  o nosso marco legal, mas  também as nossas práticas diárias e hábitos culturais que ainda perpetuam esse estado de iniquidade.

Essa luta deve incluir os profissionais 50 +. Algumas empresas já estão investindo em programas de requalificação e combate ao etarismo, já que em 2040, 57% dos trabalhadores  terão 50 anos. (O Estado de. Paulo, domingo, 21 de agosto de 2022- Caderno de Economia e Negócios). No livro, - Empreender na Maturidade, Reinvente-se- (São Paulo, editora Senac,2020), a autora, Mara Sampaio, destaca que “ os seniores têm demonstrado que ainda há fôlego para encontrar e percorrer uma nova estrada e é no empreendedorismo que muitos encontram a nova direção”. A longevidade veio para ficar e o nosso país já é envelhecido. Hoje as pessoas idosas correspondem a 14,7% da população (31,2 Milhões), lembrando que as mulheres representam  51,7% do total . São estas as  empreendedoras do presente e do futuro. Faz-se necessário, começar  a mudar a nossa forma de agir. Precisamos aproveitar com entusiasmo os anos a mais que todos estamos recebendo nesta etapa que se inicia aos 60.

Para finalizar, cito a mensagem do pensador argentino, Carlos Bernardo Gonzalez Pecotche “Interessar-se por novos motivos ajuda a viver em permanente juventude. Sejamos como os rios que renovam constantemente suas águas. “

 

Dra. Sandra Márcia Ribeiro Lins de Albuquerque

Evento promovido pelo IFSC/USP assinala “Dia Internacional da Mulher”

 

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em parceria com o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), realizam no dia 08 de março, a partir das 15h00, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” e com transmissão ao vivo pelo Canal Youtube do Instituto, o evento “Missão... Mulher”, uma roda de conversa que assinala o “Dia Internacional da Mulher”.

Seis mulheres com diversas profissões e pertencentes a gerações diferentes irão dialogar entre si sobre o que é ser Mulher, suas dificuldades e aspirações no seio profissional, familiar e social, tendo como pano de fundo a preservação da saúde;

Em um cenário que simula uma grande sala de convívio e que estimula, por isso, uma conversa amena longe de palestras, simpósios ou apresentações formais para públicos específicos, este evento irá contar com as seguintes convidadas:

*Profª Drª Sabrina Peviani (Fisioterapeuta) - De forma remota, por se encontrar na cidade de Cacoal - Rondônia -, ela irá falar sobre a saúde da mulher, principais fatores de risco, tratamentos e prevenção;

*Drª Fernanda Mansano Carbinatto (Farmacêutica) - Abordará os riscos das mulheres contraírem varizes, e ainda o perigo de se desenvolverem úlceras venosas por determinados fatores;

*Drª Natália Inada (Pesquisadora) - Falará sobre os riscos do HPV e do câncer de colo do útero;

*Drª Eliana Duchêne (Advogada) - Abordará aspectos relacionados com o Direito da Família, que atingem diretamente as mulheres: divórcio, a guarda dos filhos e o direito à habitação, estão entre os assuntos;

*Profª Yvonne Primerano Mascarenhas (Cientista) - Relata como era difícil a ascensão das mulheres no mundo académico e social, motivo pelo qual atualmente, e entre as suas inúmeras atividades, se dedica a motivar as meninas e meninos a ingressarem na universidade;

*Barbara Kolstock Monteiro (Psicóloga) - Irá falar sobre as causas dos problemas relatados pelas restantes convidadas, propondo soluções de acompanhamento psicológico que amenizem ou neutralizem os efeitos nefastos.

Esta roda de conversa será moderada pelo Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior (Pesquisador do CEPOF) e por Rui Sintra (Jornalista e Assessor de Comunicação do IFSC/USP).

Para assistir este evento ao vivo, acesse o Canal Youtube do IFSC/USP - https://www.youtube.com/ifscusp1

A segunda edição da Operação Maria da Penha resultou em 12.855 prisões, 58,3 mil boletins de ocorrência e 41,6 mil medidas protetivas de urgência concedidas, requeridas ou expedidas 

 

SÃO PAULO/SP - Criada para proteger e combater todos os tipos de violência contra as mulheres no país, a segunda edição da Operação Maria da Penha resultou em 12.855 prisões. A ação, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em parceria com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e as secretarias de Segurança Pública estaduais, teve os resultados divulgados na sexta-feira (7).

A operação, iniciada no final de agosto, seguiu até o dia 27 de setembro. Além das prisões, registrou, ainda, 58,3 mil boletins de ocorrência e 41,6 mil medidas protetivas de urgência concedidas, requeridas ou expedidas.

A primeira fase da operação Maria da Penha foi realizada em 2021 e contou com 108,6 mil profissionais nos 26 estados e no Distrito Federal, que atenderam mais de 127 mil mulheres. Houve 14,1 mil prisões e 39,8 mil medidas protetivas requeridas ou expedidas.

Nas duas etapas, a iniciativa teve o apoio da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM) e da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), ambas do MMFDH.

Denuncie

A operação também chamou atenção para os canais de denúncias como o Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher). Sob a gestão do MMFDH, o serviço recebe denúncias de violência, além de compartilhar informações sobre a rede de atendimento e de orientar sobre direitos e legislação vigente.

O canal pode ser acionado por meio de ligação gratuita, site da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH)aplicativo Direitos Humanos, Telegram (digitar na busca “Direitoshumanosbrasil”) e WhatsApp (61-99656-5008). O atendimento está disponível 24h por dia, inclusive aos sábados, domingos e feriados. 

Saiba onde mulheres em situação de violência podem encontrar ajuda

Números

Entre janeiro e junho deste ano, o painel de dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos registrou 43,3 mil denúncias de violência contra a mulher e 217,8 mil violações de direitos humanos contra essa parcela da população.

Ciclo da violência

Titular do MMFDH, a ministra Cristiane Britto chama a atenção para os relacionamentos abusivos e o enfrentamento ao ciclo da violência – que consiste na forma como a agressão se manifesta em algumas das relações abusivas.

Ele é composto por três etapas – a fase da tensão, quando começam os momentos de raiva, os insultos e as ameaças, deixando o relacionamento instável; a fase da agressão, quando o agressor se descontrola e explode violentamente, liberando a tensão acumulada; e a fase da lua de mel, na qual o agressor pede perdão e tenta mostrar arrependimento, prometendo mudar o modo de agir.

“O feminicídio é o estágio final do ciclo da violência. Geralmente, tudo começa com algo considerado por muitos como simples, seja um empurrão ou agressão verbal, por exemplo, até chegar na situação irreversível. Por isso, nós, mulheres, precisamos estar atentas aos sinais que envolvam violência física, psicológica, moral, sexual, patrimonial e às situações de risco”, enfatiza a ministra.

Fatores de risco 

Entre os fatores de risco para o feminicídio estão isolamento social, ausência de rede de serviços de saúde e de proteção social bem estruturada e integrada, pouca consciência de direitos, histórico de violência familiar, transtornos mentais, uso abusivo de álcool e de outras drogas, dependência afetiva e econômica, presença de padrões de comportamento muito rígidos, exclusão do mercado de trabalho, deficiências, vulnerabilidades relacionadas a faixas etárias e à escolaridade.

Legislação

Sancionada em 2015, a Lei do Feminicídio (Lei nº 13.104/15) definiu o crime como circunstância qualificadora do homicídio, além de incluí-lo no rol das práticas hediondas. Segundo o Código Penal brasileiro (CP), o feminicídio consiste no assassinato cometido em razão da condição do sexo feminino. Em resumo, é quando o crime envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo e discriminação à condição da mulher. 

A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06), que completou 16 anos em 2022, criou mecanismos para enfrentar e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. A legislação criou, ainda, medidas de assistência e proteção. 

O que é violência doméstica?

A violência doméstica e familiar é aquela que mata, agride ou lesa física, psicológica, sexual, moral ou financeiramente a mulher. É cometida por qualquer pessoa, inclusive mulheres, que tenha uma relação familiar ou afetiva com a vítima, ou seja, que resida na mesma casa – pai, mãe, tia, filho – ou tenha algum outro tipo de relacionamento. Nem sempre o autor da violência é o marido ou o companheiro.  

Tipos de violências 

Violência física é qualquer ação que ofenda a integridade ou a saúde do corpo, como bater ou espancar; empurrar, atirar objetos na direção da mulher; sacudir, chutar, apertar; queimar, cortar, ferir. 

Já as violações sexuais consistem em qualquer ação que force a mulher a fazer, manter ou presenciar ato sexual sem que ela queira, por meio de força, ameaça ou constrangimento físico ou moral. Entre os exemplos estão obrigá-la a fazer sexo com outras pessoas; forçá-la a ver imagens pornográficas; induzi-la ou obrigá-la ao aborto, ao matrimônio ou à prostituição.  

No que se refere à violência psicológica, conforme a Lei nº 13.772/18, é “qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima, prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação da intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir, ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação”. 

As violações psicológicas incluem xingar; humilhar; ameaçar e amedrontar; tirar a liberdade de escolha ou a ação; controlar o que faz; vigiar e inspecionar celular e computador da mulher ou seus e-mails e redes sociais; isolar de amigos e de familiares; impedir que trabalhe, estude ou saia de casa; fazer com que acredite que está louca.  

No âmbito patrimonial, a violência consiste em qualquer ação que envolva retirar o dinheiro conquistado pela mulher com seu próprio trabalho, assim como destruir qualquer patrimônio, bem pessoal ou instrumento profissional. Entre as ações, constam destruir material profissional para impedir que a mulher trabalhe; controlar o dinheiro gasto, obrigando-a a fazer prestação de contas, mesmo quando ela trabalha fora; queimar, rasgar fotos ou documentos pessoais.  

violência moral é caracterizada por qualquer ação que desonre a mulher diante da sociedade com mentiras ou ofensas. É também acusá-la publicamente de ter praticado crime. Os exemplos incluem xingar diante dos amigos; acusar de algo que não fez; falar coisas que não são verdadeiras sobre ela para os outros.

(Com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública)

SÃO PAULO/SP - A candidata a deputada federal por São Paulo Patrícia Zanella (Rede-SP) afirmou nesta quinta-feira (22) que o Brasil deve ter, por lei, um Congresso Nacional com paridade de gênero, refletindo o eleitorado do país. Disse também que a temática será objeto de seu primeiro projeto de Lei, caso eleita.

Zanella também afirmou que não basta lançar candidaturas femininas, sendo necessárias ações, pelos partidos, de formação política para mulheres, providenciando estrutura de campanha e cargos dentro da própria hierarquia das legendas.

A candidata, que concorre pela segunda vez ao cargo no Legislativo, disse também que foca a educação, a saúde e a temática ambiental como temas prioritários caso seja eleita, dizendo que seu eleitor pode ser qualquer brasileiro que acredita em um país justo e sustentável.

Perguntada sobre a possível revogação de reformas em um eventual governo do ex-presidente Lula (PT), Zanella diz que não é preciso revogar toda a reforma trabalhista, mas que se devem adicionar novas temáticas, como a possibilidade de ações afirmativas nas empresas. Ela declarou, porém, ser favorável à revogação da emenda constitucional que criou o teto de gastos.

Também declarou-se a favor da permanência do auxílio emergencial como um recurso permanente e diz ser necessário um aumento do valor para algo além dos R$600.

Sobre educação, disse que é muito difícil ser acadêmico no Brasil pelas dificuldades financeiras e pelos cortes de gastos em pesquisa e desenvolvimento. Assim, afirmou que possui como prioridade propor o aumento das bolsas providas pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e o aumento do investimento na temática na totalidade.

Abordada sobre a mudança climática, Zanella ressaltou que as comunidades mais afastadas e mais vulneráveis socioeconomicamente sofrem mais com os eventos extremos do clima, e afirmou que o Congresso Nacional não tomou nenhuma ação na atual legislatura, mesmo com o que já era mapeado pelos acadêmicos.

Afirmou, portanto, ser necessário um suporte do Estado e especialmente do Poder Legislativo, a fim de mudar a legislação, frear o desmatamento e atuar mais eficientemente no tema, com maiores investimentos em saneamento básico. Também disse ser a favor de uma reforma agrária e a demarcação de terras indígenas.

 

 

MATHEUS TUPINA / FOLHA de S.PAULO

SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal de São Carlos realizou na noite da última segunda-feira (28/03), no Teatro Municipal “Drº Alderico Vieira Perdigão”, uma sessão solene comemorativa ao Dia Internacional da Mulher.

O Poder Legislativo prestou homenagens oficiais a mulheres de destacada participação em diversos setores no município. A solenidade atende à Lei Municipal Nº 14.429/2008. As homenageadas receberam o “Prêmio Jurandyra Fehr”.

Na oportunidade foram homenageadas a primeira-dama Rosária Mazzini, as secretárias municipais Ana Beatriz Sodelli (Infância e Juventude) Danieli Favoretto Valenti (Trabalho, Emprego e Renda) e também Adriana Rocha, Ana Beatriz de Oliveira, Ana Rita de Araújo Nogueira, Dora Soares de Oliveira, Elisama Rodrigues dos Santos Barbosa, Gladys Marques Mancini, Juliana Aparecida Borges Barbosa, Juliana Regina Estrada Beltrame, Julieta Lui, Lucinei Tavoni, Luzia Fonseca Françoso, Priscila Vasconcelos Chiaradia, Rosemary Moreno, Sara Lúcia de Freitas Osório Bononi, Vanessa Rocheta Palermo e Vera Lúcia Derigi.

Rosária Mazzini ficou emocionada com a homenagem. “É um orgulho fazer parte desse grupo de mulheres com uma história de vida forte e de respeito”, agradeceu a primeira-dama de São Carlos.

SÃO CARLOS/SP - Na última segunda (21), a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres, em conjunto com o Conselho Municipal em Defesa dos Direitos da Mulher (CMDM), realizou uma etapa preparatória à 7ª Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres, que ocorrerá no dia 31 deste mês. 

A presidenta da Frente, a vereadora Raquel Auxiliadora, explicou que a iniciativa partiu da reunião de fevereiro da Frente Parlamentar. “No mês passado, nos propusemos, enquanto Frente, a analisar todas as deliberações das seis Conferências Municipais anteriores. Além de analisar nossas conquistas, nosso principal objetivo era estudar as reivindicações históricas do movimento de mulheres na cidade de São Carlos.”

Após apresentação organizada pelo CMDM, constatou-se a reivindicação de abertura do Centro de Referência da Mulher (CRM) em todas as Conferências, desde a primeira em 2004. Sobre isso, comenta Raquel, "o CRM é um equipamento público de acolhimento para mulheres em situação de risco, com atendimento e direcionamento personalizado.”

Raquel continua, “implantei o CRM em 2007 enquanto gestora de políticas públicas para mulheres no governo Newton Lima (PT). Em 2016, foi fechado pelo governo Altomani (PSDB) e desde então, sua reabertura é pauta prioritária do movimento de mulheres da cidade.” 

E conclui, “em 2021, nosso mandato aprovou emenda à Lei Orgânica do Município para destinar verba à reabertura do CRM, articulação que só foi possível graças ao acúmulo da luta das mulheres são-carlenses.”

BRASÍLIA/DF - O Senado aprovou, na terça-feira (15), projeto de lei que incentiva ações de atendimento ao homem para prevenir casos de violência contra a mulher. O projeto visa prestar assistência ao homem, de forma a dar-lhe apoio para evitar possíveis episódios de violência doméstica. O texto prevê ainda serviço telefônico gratuito e rede de atenção psicossocial à saúde mental do homem. Agora, o projeto segue para a Câmara dos Deputados.

O objetivo do projeto é combater a cultura machista, na qual os gêneros são hierarquizados, com a mulher sendo submissa ao homem, e oferecer apoio emocional ao homem, para ajudá-lo a rejeitar comportamentos que reforcem tal comportamento.

“Muitos homens convivem com as pressões antagônicas do machismo arraigado, legado pela nossa cultura patriarcal, e do respeito aos direitos fundamentais das mulheres, que não são sua propriedade e não se sujeitam à sua tutela, como bem estabelecido na doutrina dos direitos humanos e da democracia”, afirmou a relatora do projeto, Leila Barros (Cidadania-DF).

BRASÍLIA/DF - A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, falou, em pronunciamento especial para o Dia da Mulher, sobre as ações conduzidas pela pasta para melhorar a vida das brasileiras. Segundo ela, só no ano passado, foram investidos cerca de R$ 236 bilhões em políticas voltadas às mulheres.

A ministra destacou que nos últimos três anos foram sancionadas cerca de 30 leis que beneficiam as mulheres. Elas também contaram com prioridade em vários programas como os de moradia e regularização fundiária, o Auxílio Emergencial e o Auxílio Brasil.

Em seu pronunciamento, Damares Alves deu especial destaque ao combate à violência contra a mulher. Segundo ela, serão investidos mais de R$ 600 milhões no Plano de Enfrentamento ao Feminicídio até 2023. O plano contará com atuação conjunta de cinco ministérios. Além disso, serão inauguradas 23 novas casas da mulher brasileira. A ministra também falou sobre a equipagem das polícias especializadas e do treinamento das delegacias comuns para atendimento às vítimas de violência. “Nenhuma mulher ficará para trás”, disse a ministra.

Assista na íntegra:

 

 

AGÊNCIA BRASIL

SÃO PAULO/SP - A Fórmula 4 Brasil, que terá início em maio, surge em meio à carência de competições de base no automobilismo nacional. O evento tem seis fins de semana previstos até novembro, com três provas em cada. Entre os 16 pilotos, que estão divididos em quatro equipes, Aurélia Nobels é a única garota. Não que seja um cenário estranho à jovem de apenas 15 anos, acostumada a ser minoria nos torneios que disputa.

"Há poucas meninas no esporte e é bem difícil, porque a gente sofre com os meninos, por ser um esporte bem machista. Mas meus pais sempre apoiaram muito, meus amigos também. Quando falei [que seria piloto], eles [amigos] ficaram até chocados, porque ver uma menina nesse esporte é difícil, mas estão sempre me apoiando, perguntando e ficam felizes com os resultados", contou Aurélia, à Agência Brasil.

O sobrenome da piloto, aliás, não deixa dúvidas da origem estrangeira. Aurélia nasceu em Boston (Estados Unidos) e tem pais belgas. A família vive no Brasil desde que a jovem tinha três anos, mas o carinho pelo país vem de antes, também motivada pelo automobilismo.

"Quando era pequeno, tinha uma bandeira brasileira no quarto, porque gostava do Ayrton Senna. Ele era meu ídolo. Sempre sonhei conhecer o Brasil, tive oportunidade profissional [para isso] e depois de mudar para cá. Toda a família mudou, gostou muito e aqui ficamos", recordou o pai de Aurélia, Kevin Nobels.

Dos quatro filhos de Kevin, dois seguiram o caminho do esporte a motor - o irmão mais novo de Aurélia, Ethan, também pilota. Ambos iniciaram no kart com Tuka Rocha, piloto com destaque na Stock Car, que faleceu em 2018 em um acidente aéreo. A jovem tinha dez anos quando conheceu a modalidade e participa de torneios desde 2017. Além de pistas brasileiras, ela já competiu na Europa e foi a única representante feminina na categoria OK Junior (12 a 14 anos) no Campeonato Mundial de Kart de 2020, em Portimão (Portugal).

"Eu achei bem diferente [competir na Europa], em relação ao kart e às pistas. Sobre machismo, eles veem menos diferenças entre meninos e meninas. Além disso, há mais meninas [pilotando] na Europa", descreveu Aurélia, que tem a paulistana Bia Figueiredo, ex-piloto de Stock Car e Fórmula Indy, entre as referências na modalidade - ao lado do monegasco Charles Leclerc e do britânico Lewis Hamilton, ambos da Fórmula 1. 

"Eu a conheci [Bia] no começo da minha carreira. É uma pessoa incrível, muito gente boa. Ela até me mandou mensagem quando entrei na TMG [equipe de Aurélia na Fórmula 4], já trabalhou com Thiago [Meneghel, chefe da escuderia]", contou.

A temporada brasileira da Fórmula 4 será a primeira de Aurélia dirigindo um monoposto. Para se adaptar, a jovem fez testes na Europa - o carro da F4 de lá é o mesmo que será utilizado por aqui - e conheceu as pistas que terá pela frente em 2022, a bordo de um Fórmula 3.

"[O monoposto] É bem diferente do kart, que é a base de tudo. O carro é mais pesado e mais rápido e o freio é mais duro. Tem de trabalhar bastante o físico para aguentar o carro e fazer bastante simulador para conhecer as pistas, saber onde é a primeira curva, onde frear", disse a piloto.

Aurélia sonha com a Fórmula 1, que não tem uma piloto mulher desde a italiana Giovanna Amati, que participou dos treinos oficiais de classificação em três etapas da temporada 1992. Já a última a disputar uma prova foi a compatriota Leila Lombardi, que esteve em 12 corridas, entre 1974 e 1976. De lá para cá, as britânicas Susie Wolff - atualmente a chefe-executiva da equipe Venturi, na Fórmula E (monopostos elétricos) - e Katherine Legge são as que mais chegaram perto de competir na principal categoria do automobilismo.

"É muito difícil, poucas pessoas conseguem, mas espero que dê certo e eu consiga chegar lá um dia", afirmou a jovem, que, a partir de 2023, com 16 anos, fica apta a participar das seletivas para a W Series, categoria internacional voltada somente a mulheres e que teve a catarinense Bruna Tomaselli na temporada passada.

E quanto à bandeira que defenderá? Em 2020, no Mundial de kart, Aurélia e o irmão competiram pela Bélgica. Apesar do sangue meio norte-americano, meio europeu, Aurélia quer representar o país onde cresceu e no qual a família decidiu viver.

"Vim para cá muito cedo, moro há 12 anos, então me considero brasileira. Prefiro representar o Brasil", concluiu a piloto, que tem as bandeiras dos três países estampada no capacete.

O primeiro fim de semana da Fórmula 4 Brasil será o de 14 e 15 de maio, em Mogi Guaçu (SP). Nos dias 30 e 31 de julho, as provas serão em Brasília. A categoria volta para Mogi Guaçu nos dias 25 e 26 de setembro. A quarta etapa está marcada para Goiânia, em 22 e 23 de outubro. A temporada chega ao fim nos dias 19 e 20 de novembro, outra vez em Brasília.

 

 

Por Lincoln Chaves - Repórter da EBC

AGÊNCIA BRASIL

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