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LIMEIRA/SP - O cantor sertanejo José Rico faleceu no auge de seus 68 anos no começo do ano de 2015, mas voltou às manchetes nas últimas semanas. Conhecido em todo o Brasil por formar uma dupla com Milionário, ironicamente, o cantor morreu e deixou uma dívida astronômica. E agora o seu "castelo" terá que ser leiloado.

Você não leu errado, José Rico tinha um imóvel que era considerado um castelo. O imóvel fica em Limeira, cidade do interior de São Paulo. A arquitetura do local lembra um castelo e ele era usado pelo cantor e sua família para momentos de lazer e trabalho. Afinal, no castelo de 100 quartos tem até um estúdio de música tinha!

 

Entenda polêmica em torno do imóvel de luxo de José Rico

Mas, o que aconteceu para a família não ficar com o castelo? Na realidade, foi um processo. Literal. Um músico que trabalhou com José Rico entrou com uma ação contra o cantor na Justiça pelo tempo que trabalhou que foi de 2009 até 2015. A ação alegava que ele não teve o seu contrato registrado na carteira de trabalho, não recebia pelas horas extras ou mesmo adicional noturno, além disso, não recebeu férias, fundo de garantia, 13º salários e para completar sofreu danos morais.

Vale ressaltar que o músico fazia com José Rico ao menos 19 shows por mês e participava de programas de TV quatro vezes ao ano. De acordo com informações do portal G1, a ação trabalhista entrou em 1ª e 2ª instância. Logo de cara, José Rico foi condenado a pagar tudo o que devia e ainda uma indenização por danos morais.

No ano de 2021, Marcelo Luis de Souza Ferreira, juiz do trabalho responsável pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), condenou José Rico a pagar R$ 6,7 milhões. A somatória chegou a esse valor porque inclui os gastos que o músico teve com o processo até aquele momento.

Por outro lado, a juíza Paula Cristina Caetano da Silva, da 2ª Vara do Trabalho de Americana, determinou que para o pagamento dessa dívida trabalhista o imóvel de José Rico será levado a leilão.

 

Qual é o valor do castelo do Zé Rico?

Ao todo, ainda de acordo do G1, o castelo tem 48 mil metros quadrados, mas segundo informa a Associação do Condomínio Jaguari - Santa Rosa (PML), a propriedade está em estado de abandono, há pichações, janelas quebradas entre outros.

Quem tiver interessado em comprar este imóvel terá que dar o seu lance em breve, entre os dias 13 e 19 de junho. Mas, vai ter que ter dinheiro viu porque o lance mínimo é de R$ 1,6 milhões de reais.

 

José Rico deixou dívida astronomia após sua morte

No final das contas o castelo de José Rico não estava nem terminado. Um ano antes de sua morte, o cantor concedeu entrevista para Michel Teló que tinha um quadro no Fantástico chamado "Bem Sertanejo", onde artistas do mundo sertanejo eram entrevistados.

Na ocasião, José Rico disse que o "castelo" era o seu mundo. "Estou construindo para mim e para os meus", pontuou na entrevista, mas ainda deixou um mistério no ar para os fãs da sua música.

No ano de 1996, José compôs uma música justamente chamada Castelo que faz parte do álbum "De cara com a Saudade". A letra da música conta que foi construído um castelo para deixar de presente à pessoa amada.

 

 

Texto por Thais Teles / PUREPEOPLE

SÃO PAULO/SP - O apresentador Roberto Justus quebrou o silêncio e falou pela primeira vez sobre o fim do seu casamento de oito meses com Adriane Galisteu. Sendo assim, durante uma entrevista mais do que reveladora, nesta última quarta-feira, 17 de maio, o artista frisou que a ex-mulher ‘era zero patricinha’ e que a falta de ‘elegância’ dela, acabou prejudicando a união.

Dessa forma, sem papas na língua, Roberto Justus contou: “Foi aquela coisa fulminante. Namoramos um pouquinho e fizemos a bobagem de casar, porque a gente é muito diferente. Outro dia ela falou uma coisa muito legal, que a gente era muito imaturo. E ela tem toda razão. Eu não era tanto, já tinha 43 anos, mas ela estava no entusiasmo, no auge da carreira, tinha uns 27, 28 anos. Dri gostava de jantar às duas da manhã, eu janto às oito da noite, sou todo caretão, gosto das coisas certinhas. Ela é superdescontraída com as coisas. Eu era muito metódico, muito perfeccionista “, disse ele, no podcast “Bagaceira chique”, de Luciana Gimenez.

 

Mais sobre Roberto Justus

Sendo assim, o empresário ainda chegou a comparar a sua antiga união com Galisteu, com a união com Ana Paula.

“Eu e a Paula somos bastante parecidos. Ela é toda patricinha, e eu, Mauricinho. Nós dois gostamos de nos arrumar e manter a casa perfeitinha. Isso é muito legal para você não ter atritos. A Galisteu, ela se veste no brechó, é zero patricinha. Ela fumava cigarro na época, eu sou super contra. São coisas que não davam. Tentei fazer ela parar, mas não consegui. Tem certas coisas que é difícil conviver. Foi uma paixão avassaladora, e do mesmo jeito que começou, terminou“, contou.

 

 

por Fernando Melo / AREAVIP

Após grave acidente nos EUA, Luciana Gimenez novamente é internada com fortes dores.

 

SÃO PAULO/SP - Na última quarta-feira (17/05), a assessoria de Luciana Gimenez, 53 anos, emitiu um comunicado nas redes sociais e informou que a apresentadora está internada. De acordo com o informe, a famosa sentiu fortes dores na parte inferior das costas, durante uma sessão de fotos.

 

Luciana Gimenez é hospitalizada e enfrenta dores e crise alérgica

A equipe de Luciana afirmou que ela seguirá hospitalizada para investigar o que pode estar causando o problema: “Após a visita de seu médico, Luciana Gimenez foi informada que permanecerá internada para investigações mais detalhadas sobre o motivo de suas dores.“, dizia o comunicado.

Além disso, ainda segundo os assessores de Gimenez, ela também teve que enfrentar uma crise alérgica após tomar medicamentos: “Ao ser medicada ontem, a apresentadora teve uma reação alérgica, que agora encontra-se sob controle“, afirmaram.

Luciana tinha gravações agendadas para seu programa “Superpop”, na RedeTV!, mas, por conta do estado de saúde da famosa, foram canceladas.

 

Luciana se pronuncia

Mais cedo, a prórpia apareceu nos stories do Instagram e comentou rapidamente sobre a internação: “(…) sim, eu estou no hospital, daqui a pouco já vou melhorar. Um beijo e já, já dou mais notícias. Na hora que eu tiver uma resposta eu volto para contar para vocês, mas vai ficar tudo bem, daqui a pouco eu estou saindo, estou positiva.“, disse.

 

Relembre

Este ano de 2023 tem sido bem complicado para Luciana. Em janeiro, ela sofreu um acidente enquanto esquiava em Aspen, nos Estados Unidos. Na época, ela fraturou a perna e precisou passar por uma cirurgia para colocar vários pinos e parafusos. Em abril, ela terminou seu relacionamento com Renato Breia. Já no início de maio, a apresentadora também teve que lutar contra uma infecção.

 

 

por Lívia Coutinho / PaiPee

RIO DE JANEIRO/RJ - Por essa ninguém esperava! Luísa Sonza quebrou a internet neste sábado (13) ao publicar um vídeo que está dando o que falar nas redes sociais da cantora. A artista surgiu mostrando que não se deixa abalar pelo frio e esquentou o clima com uma publicação de tirar o fôlego!

Na ocasião, a loira aproveitou um passeio de barco com a galera e atraiu olhares com uma coreografia pra lá de ousada, onde aparece mostrando seu gingado envolvente enquanto usa um biquíni verde e roxo que destacou ainda mais o corpão de milhões da cantora. “Queria estar assim hoje, na posição de ataque”, brincou Luísa na legenda.

“Luísa, eu te peço, vá com calma porque meu namorado tem Instagram também”, brincou uma seguidora, arrancando gargalhadas dos demais nos comentários da publicação. “Agora eu até duvidei um pouquinho da minha sexualidade”, admitiu outra internauta. “Realmente, me senti atacada vendo essa perfeição toda”, disparou um terceiro, exaltando a beleza da musa.

 

 

Por: Gabriela Ellin / METROPOLITANA

Claudia Raia revelou ter sofrido de crises de pânico durante a gravidez.

 

RIO DE JANEIRO/RJ - A atriz, de 55 anos, deu as boas-vindas recentemente ao pequeno Luca, fruto de seu casamento com Jarbas Homem de Mello. Em entrevista ao ‘Fantástico’ no Dia das Mães, no último domingo (14), Claudia – que também é mãe de Enzo Celulari, 26, e Sophia Raia, 20, com o ex-marido, Edson Celulari -, fez um desabafo ao revelar que a partir do sexto mês de gestação, começou a ter sintomas como insônia e taquicardia.

"Depois dos seis meses foi um pouco conturbado, porque eu tive um pouco de pânico, eu não dormia, tive insônias noturnas absurdas. Taquicardia – tinha uma pata de elefante que eu sentia no meu peito’’, confessou.

A beldade admitiu que a situação em si de estar próxima ao dia de dar à luz pode ter desencadeado suas crises, afirmando que precisou recorrer a medicamentos para controlar o seu sono.

‘’(...)Foi um pânico, na verdade. Eu nunca tive psiquiatra, nunca tomei remédio para dormir. Tive que tomar um remedinho para dormir. (...) Inconscientemente, foi chegando a hora e eu fui ‘panicando’, acho que não do parto, mas da própria situação. Eu acho que veio tardiamente esse medo!’’, disse Claudia.

 

 

por BANG Showbiz

MC Mirella e Dynho Alves confirmam gravidez: "Um turbilhão de sentimentos".

 

RIO DE JANEIRO/RJ - Os cantores MC Mirella e Dynho Alves anunciaram a gravidez do primeiro filho em suas redes sociais na última quinta-feira (11), após rumores. “Um turbilhão de sentimentos”, afirmou o casal.

Em um vídeo publicado no Instagram, eles celebraram a novidade. “Sim, estamos grávidos! Estamos gerando um serzinho que já é muito abençoado e amado”, disseram.

“Felicidade que não cabe no meu coração”, completou Dynho, que ainda revelou estar torcendo para que o bebê seja um menino.

Em meio a idas e vindas, o casal reatou em fevereiro e já apareceu em público junto. Ansiosos pela chegada do bebê, eles planejam fazer um chá revelação em breve. A previsão para o nascimento é janeiro de 2024.

 

 

por Thifany Fernandes / PaiPee

Leó, filho de Marília Mendonça, comemora Dia das Mães na escola e emociona avó e fãs.

 

Nesta última quinta-feira (11/05), Léo, filho de Marília Mendonça (1995-2021), surgiu em um vídeo durante uma apresentação na escola, em homenagem ao Dia das Mães. O pequeno, de três anos de idade, emocionou a vovó Ruth, mãe da eterna “Rainha da sofrência”, e aos fãs da cantora.

 

Homenagem do filho de Marília Mendonça ao Dia das Mães emociona

Nas imagens, que foram publicadas nos Stories de Dona Ruth, viralizaram nas redes sociais. Na ocasião, Léo aparece com um coração de papel colado no peito cantando uma música. Dentro do coração, estava escrito o nome de sua avó materna – Ruth. A mãe de Marília Mendonça, por sua vez, não conseguiu conter as lágrimas durante a apresentação do pequeno.

O momento também emocionou os fãs: “Um misto de amor, emoção, alegria, dor e saudade né!? Nem posso imaginar o que sentiu a dona Ruth durante a primeira apresentação do Leozinho para o dia das mães. Se em mim formou um nó na garganta…“, comentou uma seguidora; “Chorei“, disse outra; “Que lindo isso, eu tô chorando mas sei que a Marílinha está vendo ele lá de cima.“, afirmou uma terceira.

 

“O céu recebeu”

Vale lembrar que, desde a morte da sertaneja, dona Ruth divide a guarda de Léo com Murilo Huff, pai do menino. Antes de ser homenageada no evento, ela deixou um recado para a filha nos Stories do Instagram: “O céu recebeu a primeira apresentação do Leozinho para as mães.“, escreveu em uma das legendas. (Veja print na galeria de fotos acima!).

Marília Mendonça morreu aos 26 anos. Infelizmente, ela foi vítima de um acidente aéreo em novembro de 2021.

 

 

Lívia Coutinho / PaiPee

RIO DE JANEIRO/RJ - Aos 76 anos de idade, a atriz Renata Sorrah, que deu vida à personagem Nazaré Tedesco na novela ‘Senhora do Destino’, virou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais ao assumir sua bissexualidade durante um evento.

Junto com o ator Caio Blat, a celebridade foi prestigiar o espetáculo ‘Manifesto Transpofágico’, protagonizado pela atriz trans Renata Carvalho. Durante a apresentação, Renata perguntou à plateia quem era bissexual e Sorrah logo levantou o braço, enlouquecendo os fãs.

Vale ressaltar que, as pessoas que se identificam como bissexuais se relacionam tanto com homens, quanto com mulheres.

 

 

 

Por: Camilla Tochetto / METROPOLITANA

As artistas estão sendo vistas com mais frequência para divulgar o novo hit que mistura trapper e funk

 

RIO DE JANEIRO/RJ - A cantora, Tati Zaqui parece estar realmente querendo focar no trabalho e em se abrir para novidades, recentemente, a funkeira postou conteúdos ousados ao lado da trapper, Anaju, um teaser do clipe das duas e fotos bem provocantes no Instagram, divulgando a nova música envolvente das duas ‘Baby Encaixa’, em uma das legendas, Tati escreveu: “Bateu vontade de fazer amor, Tô chamando que eu sei que tu gosta ??. Ainda não foi ver o clipe? Corre que tu não vai se arrepender ? Link na bio ??” 

O vídeo que já conta com mais de um milhão de visualizações e as fotos que já passaram de mais de 150 mil curtidas, recebeu uma chuva de comentários dos seguidores especulando um possível conteúdo das duas. Um seguidor chegou a comentar: “Queria formar um trisal, estão aonde?” “chama eu” comentou outro, “Deusas”, “onde encontro vocês?” declarou outros. 

Tanto Tati Zaqui quanto Anaju possuem conta na maior plataforma de venda de conteúdo da América Latina, A Privacy, e com a aproximação das duas exposta nas redes sociais, os seguidores especularam uma possível collab das artistas na plataforma. 

Será que o feat vai se estender também na Privacy? Pra acompanhar as gatas na segunda maior plataforma de venda de conteúdo do mundo, é só assinar o perfil delas, a trapper @anajumendes vende a sua assinatura a R$69,90 com opção de descontos dado por ela para quem preferir assinar por 3 ou 6 meses o seu perfil. Já a @tatizaqui vende a sua assinatura por R$79,90 e também oferece descontos para quem preferir assinar o seu perfil por 3 ou 6 meses.  

SÃO PAULO/SP - Morreu na segunda-feira, dia 8, a cantora Rita Lee, rainha do rock brasileiro e nome que despontou durante o tropicalismo com a banda Os Mutantes, na década de 1960. Ela estava em sua casa, na capital paulista, com a família.

Reclusa nos últimos anos, a cantora recebeu um diagnóstico de câncer de pulmão em 2021. Após tratamentos, em abril de 2022, a doença teria entrado em remissão.

Rita Lee escreveu sobre sua morte bem ao seu estilo: "Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá. Fãs, esses sinceros, empunharão meus discos e entoarão "Ovelha Negra", as TVs já devem ter na manga um resumo da minha trajetória. Nas redes virtuais, alguns dirão: Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk."

O trecho está em sua autobiografia, na qual relata no mesmo tom, sempre direto e reto, tanto passagens divertidas, a exemplo das travessuras na infância e na adolescência, quanto trágicas, como o abuso de álcool e drogas e o estupro que sofreu aos seis anos, por um técnico que foi a sua casa consertar uma máquina.

Sem autopiedade, se refere a si própria com bom humor e sarcasmo, assim como aos outros um forte traço da construção de sua imagem como a maior roqueira do Brasil.

A experiência artística não começou muito bem. Quando Rita tinha entre seis e sete anos, a conceituada pianista Magdalena Tagliaferro lhe deu aulas de piano em troca de um tratamento que fez com seu pai, Charles, dentista de origem americana.

Em uma audição, a menina ficou tão nervosa que fez xixi no banquinho do piano. A professora a aconselhou a não seguir adiante na música porque ela tinha medo de palco.

Acontece que Rita, nascida em São Paulo em 31 de dezembro de 1947, morava na Vila Mariana, e o pacato bairro da zona sul, entre os anos 1950 e 1960, era terapia contra essa fobia. Na região, colégios tradicionais como o Marista Arquidiocesano, Cristo Rei, Bandeirantes e o Liceu Pasteur, onde Rita estudou, realizavam festas juninas, da primavera, pró-formaturas e outras, com palcos para apresentações em que os alunos experimentavam uma liberdade que contrastava com o autoritarismo da época.

Rita não seguiu o conselho da professora de piano e, na adolescência, participou de diferentes conjuntos, cantando e tentando tocar instrumentos, até chegar ao quarteto de meninas Teenage Singers.

A brincadeira ficou mais séria quando elas conheceram, em um festival no teatro João Caetano, em 1964, os meninos do Wooden Faces, do qual fazia parte Arnaldo Batista, que já se destacava no baixo. Aproximaram-se, Rita e Arnaldo, com 16 anos, iniciaram um namoro e, com o tempo, as bandas se uniram.

Do entra e sai de integrantes, ficaram seis, entre eles os namorados e Sérgio, irmão caçula de Arnaldo, guitarrista, que aos 13 anos largou a escola para se dedicar à música. Tornaram-se o Six Sided Rockers, que, além dos shows escolares, tocaram em programas da TV Record.

Em 1966, gravaram um compacto, com novo nome, Os Seis. Brigas e rearranjos depois, viraram três, com Rita Lee (principal vocalista e percussão) e os irmãos Arnaldo Batista (vocal, teclado e baixo) e Sérgio Dias (vocal e guitarra).

Passaram a ser Os Bruxos e foram convidados a se tornar banda fixa no programa "O Pequeno Mundo de Ronnie Von", da Record. O apresentador, fã do livro "O Império dos Mutantes", sugeriu que se tornassem Os Mutantes. Em 15 de outubro de 1966, estrearam no programa, com ousadia e originalidade, tocando, com guitarras, a Marcha Turca, de Mozart.

Deram a primeira entrevista, à Folha, e a cantora assim definiu o grupo: "Ele vem de outro planeta para tomar conta do mundo. É moço, inteligente e vai longe, porque encontrou o mundo cheio de mediocridade". Esse moço adorava guitarra, o que não era visto com bons olhos por gente influente da MPB.

Em julho de 1967, Elis Regina organizou a Marcha Contra a Guitarra Elétrica, passeata com artistas contra a "americanização" da música brasileira. Entre os presentes estava Gilberto Gil, que, curiosamente, três meses depois protagonizaria o que ficou conhecido como resposta àquela manifestação.

Ele convidou Os Mutantes para acompanhá-lo na música "Domingo no Parque", no 3º Festival de Música Popular Brasileira da Record. Com arranjos do maestro Rogério Duprat, a apresentação marcou a introdução da guitarra na MPB. As vaias efusivas e a conquista do segundo lugar no festival atestaram que aquilo vinha mesmo de outro planeta e que ainda ia longe.

Além de um rock sem a ingenuidade do iê-iê-iê da Jovem Guarda, o grupo chamou a atenção pelos figurinos e pela performance no palco, e nisso a liderança era de Rita. Depois de um vestido curto e de um coração vermelho desenhado com batom na bochecha, no festival de 1967, ela subiu o tom em 1968.

No 3º Festival Internacional da Canção, o FIC, em que Os Mutantes acompanharam Caetano Veloso em "É Proibido Proibir", Rita se apresentou com um vestido de noiva emprestado da atriz Leila Diniz, que havia usado o figurino em uma novela.

O evento ficou marcado pelo discurso de Caetano contra a reação da plateia, que vaiava e arremessava ovos, tomates, latas e garrafas nos artistas. "Vocês não estão entendendo nada. Se vocês forem em política forem como são em estética, estamos feitos", esbravejou.

Rita adorou, não tinha paciência com jovens de esquerda que só aplaudiam músicas de protesto, com letras e arranjos mais óbvios, e não entendiam quão transgressor podia ser a mistura da canção popular brasileira com o pop internacional em meio a experimentações sonoras.

Essa foi a base da tropicália, movimento artístico liderado por Gil e Caetano, do qual Os Mutantes fizeram parte. No LP "Tropicália", de 1968, a banda participou de três faixas, entre elas "Panis Et Circensis", com o provocativo refrão "Essas pessoas na sala de jantar/ Estão ocupadas em nascer e morrer".

Rita e os irmãos Batista investiram em composições próprias e lançaram em 1968 o primeiro LP. Até 1972, quando Rita sairia do grupo, seriam mais quatro, um por ano, emplacando hits como "Top Top", "Balado do Louco", "Vida de Cachorro" e "Ando Meio Desligado".

Fizeram de tudo nesse tempo, programas de TV, shows, entrevistas, musical no teatro, campanhas publicitárias e até participação em longa-metragem "As Amorosas", de Walter Hugo Khouri. Além de um som de vanguarda e de qualidade, os três encantavam com a mistura de carinha angelical a atitudes endiabradas.

Em tempos extremamente machistas, causava ainda mais impacto a irreverência de Rita, que só crescia. Em 1969, ela voltou a usar, no 4º FIC, o vestido de noiva, mas com uma novidade colocou um enchimento na barriga para se fazer de grávida.

A performance se deu na apresentação de "Ando Meio Desligado", na qual os Mutantes partem do efeito da maconha para algo romântico ("Ando meio desligado/ Eu nem sinto meus pés no chão/ Olho e não vejo nada/ Eu só penso se você me quer"). Na foto da contracapa do LP, Rita está na cama com os irmãos Batista, todos nus.

Foi demais para o conservador Flávio Cavalcanti, um dos mais populares apresentadores de TV do país, que quebrou o disco no ar. Mais sinal de sucesso, impossível. Do Brasil, a repercussão passou a ser internacional, com a presença nos palcos do Midem, tradicional evento do mercado fonográfico em Cannes, em 1969, e do Olympia, em Paris, em 1970. Na turnê francesa, o LSD se tornaria parte da banda.

Substâncias alucinógenas passaram a fazer parte do café da manhã, almoço e jantar de uma espécie de comunidade hippie que os Mutantes formaram na Serra da Cantareira, a Mutantolândia.

Mais do que farra, para o trio, assim como para muitos músicos naquela época, as drogas eram um caminho artístico, de expansão mental. O descontrole, contudo, logo apresentaria a conta para os jovens. Ao longo da vida, a cantora iria enfrentar um entra e sai de internações por abuso de álcool e drogas.

Casamento e banda viveram idas e vindas, até que ambos acabaram para Rita quando ela foi expulsa dos Mutantes em 1972, episódio do qual guardou muita mágoa. Da raiva e da depressão, emergiu a ânsia de provar que, apesar de "o clube do Bolinha dizer que, para fazer rock, era preciso ter colhão, também dava para fazer com útero, ovários e sem sotaque feminista clichê".

Compôs "Mamãe Natureza", que falava das incertezas pós-Mutantes: "Não sei se eu estou pirando/ Ou se as coisas estão melhorando/ Não sei se vou ter algum dinheiro/ Ou se eu só vou cantar no chuveiro". A música lhe deu a certeza de que conseguia compor, fazer arranjos, cantar e tocar sozinha. Ela não estava pirando em seguir carreira solo e logo ia ter "algum dinheiro".

Quem acreditou na força de Rita sem os Mutantes foi André Midani, presidente da gravadora Philips, poderoso do mercado fonográfico. Mesmo antes da expulsão, por insistência dele, a cantora havia feito dois discos solo.

Rita formou, pós-Mutantes, a banda Tutti Frutti e alugou uma casa na represa Guarapiranga para a sua comunidade sexo, drogas e rockinroll. Em 1975, o disco "Fruto Proibido" marcou a nova fase da cantora e uma ruptura na música brasileira. Com capa cor-de-rosa e canções com temática feminina, como "Luz Del Fuego", "Ovelha Negra" e "Agora Só Falta Você", mostrou que era, sim, coisa de mulher "Esse Tal de Roquenrou", outro sucesso do LP.

Em 1976, ela foi presa por porte de drogas, em um raro momento que estava limpa. "Se tivessem vindo uns dois meses atrás, iam achar muita coisa, mas agora estou grávida e não tem nem bituca aqui", disse aos policiais que entraram no seu apartamento. Rita estava no terceiro mês de gravidez de um namorado recente, Roberto de Carvalho, baterista da banda de Ney Matogrosso.

Apesar de não se envolver diretamente com política, a cantora não era flor que se cheirasse para a ditadura. Inimiga da "moral e dos bons costumes", amiga de Gil e Caetano, havia testemunhado contra um policial acusado de matar um rapaz em um de seus shows.

Solo fértil para a polícia "plantar" maconha. Foi grande a repercussão da prisão. Quando ela teve um sangramento, Elis Regina foi à delegacia e não saiu de lá até que um médico fosse chamado, em um episódio que deu início a uma forte amizade entre as duas e selou definitivamente a paz entre a MPB e a guitarra elétrica.

A quebra de fronteiras entre ritmos e influências, com a qual Rita já flertava antes mesmo da tropicália, tornou-se central na consolidação de sua carreira a partir do encontro com Roberto de Carvalho.

Com ele, como escreveu na autobiografia, seu "rockinho radical virou rockarnaval, tango, bossa, pop, bolero e tal". Roberto foi morar com Rita, e vivenciaria ao seu lado a gravidez e o nascimento do primeiro filho sob prisão domiciliar. Era só a primeira barra de muitas que enfrentaria ao lado da cantora.

Após o nascimento do primeiro dos três filhos do casal, Rita deixou os Tutti Frutti e iniciou com o marido a terceira fase de sua carreira, que seria a definitiva e a mais bem-sucedida. Entre o final dos anos 1970 e início dos 1980, explodiu com uma trilha sonora autobiográfica do casal apaixonado, em que uma mulher pela primeira vez cantava sem pudor sobre desejos sexuais.

Em uma sequência de hits que fariam dela um fenômeno do mercado fonográfico, convidava o parceiro para relaxar na banheira, sem culpa nenhuma, em plena vagabundagem, em "Banho de Espuma", vestir fantasias e tirar a roupa, molhada de suor de tanto se beijar, em "Mania de Você", ficar de quatro no ato e exigir "Vê se me dá o prazer te ter prazer contigo", em "Lança Perfume" —esse sucesso, aliás, ganhou versões em várias línguas, hebraico inclusive.

A cantora se tornou a cara de um feminismo menos sisudo. Foi convidada pela Globo para o especial "Mulher 80" e para criar a música de abertura do TV Mulher, que virou hino feminista, com versos assim: "Sexo frágil/ Não foge à luta/ E nem só de cama/ Vive a Mulher/ Por isso não provoque/ É cor-de-rosa choque".

Ela só não fazia sucesso com censores. Em 1981, por exemplo, das 30 músicas que submeteu à Censura, só nove foram liberadas para a gravação do LP "Saúde". Quase todas explodiram nas rádios. No ano seguinte, o LP "Flagra" vendeu dois milhões de cópias.

Multi-instrumentista, era versátil não só no palco. A personalidade transparente, o ar despudorado e o raciocínio rápido tornaram-na figura constante na mídia. Comandou o "Radioamador", na 89 FM, o "TVLeezão", na MTV, o "Madame Lee", no GNT, e integrou, no mesmo canal, o primeiro time de apresentadoras do "Saia Justa".

Em 1991, lançou o LP "Bossanroll", seu projeto financeiramente mais bem-sucedido. Mas chegou ao fundo do poço. Diante do ultimado de Roberto em relação a álcool e drogas, foi morar sozinha. Em seu sítio, trocava legumes por receitas de tarja preta.

Certo dia, de tão chapada, despencou da varanda, teve o maxilar esfacelado e perdeu 40% da audição do ouvido direito. Roberto cuidou de sua recuperação, e quando ela tirou os pontos e conseguiu cantar "Mania de Você", a pediu em casamento. Na saúde e na doença, ainda enfrentariam muitas recaídas de Rita, até que ela tomasse uma decisão mais firme de ficar "careta" a partir do nascimento da primeira neta, em 2005.

Foi o que deu tranquilidade à "vovó do rock" nos últimos anos. Após a aposentadoria dos palcos, em 2013, viveu com Roberto em uma casa de campo onde pintava, cozinhava, escrevia e cuidava dos bichos de estimação, esses, aliás, companhias da vida toda. Ativista da causa animal, teve de tudo, de cães e gatos a jiboia e jaguatirica.

A ideia de se aposentar veio na turnê dos 45 anos de carreira, em 2012, que se encerraria em Aracaju. A despedida foi a sua cara. Ao ver policiais abordando pessoas da plateia que fumavam maconha, interrompeu o show: "Me dá esse baseadinho que eu vou fumar aqui e agora. Seus cafajestes, filhos da puta". Foi detida.

Com o incidente, uma nova despedida foi marcada para 2013, no Anhangabaú, em 25 de janeiro, aniversário de São Paulo. Nada mais justo que tenha sido na cidade que nasceu e da qual, como cantou Caetano, Rita foi a mais completa tradução.

Na autobiografia, escreveu que seu maior gol foi ter feito um monte de gente feliz e que, quando morresse, cantaria para Deus: "Obrigada, finalmente sedada". E, seu epitáfio, definiu, deve ser o seguinte: "Ela não foi um bom exemplo, mas era gente boa".

 

 

por LAURA MATTOS / FOLHA de S.PAULO

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