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SÃO CARLOS/SP - A Vigilância Epidemiológica de São Carlos informa nesta quarta-feira (29/04) a situação epidemiológica do município para o novo coronavírus (COVID-19). Subiu de 29 para 30 os casos positivos para a doença, com 2 mortes confirmadas e uma ainda suspeita em investigação. 18 óbitos já foram descartados. Dos 30 casos positivos confirmados, 22 não foram internados e desses 8 pessoas já cumpriram o período de isolamento domiciliar e estão curadas, 14 ainda estão em isolamento domiciliar; 6 outras pessoas foram internadas, porém 5 já receberam alta hospitalar e 1 continua no hospital; 2 pessoas foram internadas e morreram com a doença. Um homem de 39 anos que estava internado desde o dia 18 de abril morreu nesta quarta-feira (29/04), porém o resultado foi negativo para a COVID-19. 430 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus, já que foram liberados hoje outros 11 resultados negativos para o novo coronavírus. Estão internadas neste momento 18 pessoas, sendo 11 adultos (enfermaria), 1 criança (enfermaria) e 5 adultos em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Em UTI Pediátrica não temos neste momento nenhuma criança internada. Também está internado na UTI em São Carlos um paciente de outro município

NOTIFICAÇÕES – Já passaram pelo sistema de notificação de Síndrome Gripal do município 1.806 pessoas desde o dia 21 de março, sendo que 1.481 pessoas já cumpriram o período de isolamento de 14 dias e 325 ainda continuam em isolamento. Essas pessoas não realizam mais exame para a COVID-19 (protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde). O boletim emitido diariamente pela Vigilância Epidemiológica de São Carlos contabiliza as notificações das unidades de saúde da Prefeitura, Hospital Universitário (HU), Santa Casa, rede particular e planos de saúde.

MUNDO - O Coordenador-chefe dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, John Coates, rebateu hoje (29) a opinião emitida no início desta semana por Yoshitake Yokokura, presidente da  Associação Médica Japonesa (JMA, sigla em japonês), condicionando a realização do evento à descoberta de uma vacina contra o novo coronavírus (covid-19).

Em entrevista à agência Associated Press da Austrália (AAP), Coates negou a necessidade de vacina para que as Olimpíadas ocorram, de fato, no ano que vem. “O conselho que estamos recebendo da Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que devemos continuar planejando essa data e é isso que estamos fazendo, e isso não depende de uma vacina. Uma vacina seria ótimo e continuaremos a ser guiados, como devemos, pela OMS e pelas autoridades de saúde japonesas, porque nisso tudo, a saúde e o bem-estar dos atletas e outros participantes dos Jogos são a prioridade número um".

De acordo com o presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, Yoshiro Mori, uma nova data está descartada.

"Não há chance. Pensando nos atletas e nas questões relacionadas à gestão dos eventos, é tecnicamente difícil adiá-los em dois anos", declarou Mori terça-feira(29), ao jornal japonês Kyodo News.

 

*Por Rafael Monteiro - Repórter da Rádio Nacional - AGÊNCIA BRASIL

SÃO CARLOS/SP - Em entrevista EXCLUISIVA a Rádio Sanca, conduzida pelo jornalista Ivan Lucas e o repórter Maicon Ernesto, o Secretário de Saúde, Marcos Palermo, falou com a nossa equipe e falou sobre o hospital de campanha, tema da entrevista, tendo em vista que a entrevista foi realizada dentro da estrutura do futuro hospital de campanha de São Carlos. 

Um dos pontos abordados pelo jornalista Ivan Lucas foi com relação a curva da pandemia, como está em São Carlos, a resposta do secretário foi que São Carlos está muito melhor do que cidades vizinhas, a exemplo de Araraquara, e que nos próximos 10 dias, a cidade de São Paulo entrará em colapso com relação aos leitos, faltando leitos para todos, pois a curva está ascendente na Capital Paulista, E QUE POSSIVELMENTE virá pacientes da capital para São Carlos, assim como para outras cidades do interior paulista que estejam com a pandemia mais controlada. 

Não se sabe ainda como será essa transferência, se ela realmente irá acontecer, mas segundo informações obtidas pela Rádio Sanca, os pacientes que podem vir para São Carlos são pacientes GRAVES, que necessitam de cuidados da UTI. Caso realmente aconteça, é necessário que os Sãocarlenses tomem o dobro de cuidado, pois, com mais pessoas infectadas na cidade, mesmo que internados, a contaminação pode aumentar. 

São Carlos nesse momento encontra-se com 29 casos confirmados da doença, 2 óbitos confirmados e 3 pessoas internadas na UTI.

Outros vários assuntos com relação a saúde foram abordados na entrevista, como a diminuição da taxa de mortalidade infantil de São Carlos, segundo Palermo, São Carlos está em primeira no ranking de cidades com menos mortalidade infantil, São Carlos também aumentou o índice de longevidade, ou seja, os idosos vivem mais em São Carlos. Várias outras notícias você pode assistir na entrevista EXCLUSIVA realizada nesta manhã pela Rádio Sanca. 

SÃO PAULO/SP - A pandemia provocada pelo novo coronavírus (COVID-19) traz como consequência uma crise que pegou economistas, pensadores, especialistas de mercado, empreendedores imobiliários e proprietários de patrimônio desprevenidos, ou pouco preparados, o que é reflexo do dinamismo do nosso mundo atual e da inter-relação existente entre negócios e mercados.

A saúde sendo um bem transversal e necessário para o desenvolvimento de todos os negócios, inclusive os mais tecnológicos – que ainda dependem de algum fator humano, seja em sua elaboração ou em seu consumo – se torna questão incerta, diante de uma doença que ainda está sendo compreendida e estudada pelo mundo.

Diante desses fatos, dizer que o coronavírus não trará impactos a algum setor (positiva ou negativamente) seria imprudente. No entanto, mesmo que especialistas em saúde e economia envolvidos na discussão relativa a esses impactos garantam que a situação é ‘passageira’, precisamos estar atentos a esse momento uma vez que o tempo de resposta a essa crise ainda é incerto e dependente dos resultados e ações realizadas no micro e no macro espaço.

Dessa forma, como entender o impacto da pandemia no desenvolvimento de um projeto imobiliário ou patrimonial?

Apesar da imprevisibilidade do momento, é certo afirmar que o “timming” dos projetos serão afetados, seja pela dificuldade de realizar processos, devido ao isolamento social, que que afeta processos burocráticos ou que dependam de atendimentos e protocolos; pelo adiamento de etapas – como a realização de pesquisas em campo ou o lançamento de empreendimentos – devido às restrições impostas pelos governos municipais e estaduais, no intuito de evitar aglomerações; e por fim, devido às incertezas que geram redução dos índices de confiança do consumidor, e consequentemente, a redução do consumo, uma vez que não há certeza da continuação da renda.

Podemos notar que os casos acima referem-se a um espaço curto de tempo e são afetados exclusivamente pela situação atual e pelo fato de que fomos pegos desprevenidos, ou não preparados para estas adversidades. Porém, a adaptabilidade das pessoas e negócios já se mostram presentes em muitos setores que, demandados pela necessidade, se reinventaram ou finalmente avançaram rumo ao seu desenvolvimento tecnológico, retomando-se parte do consumo e do atendimento das necessidades.

O mundo daqui em diante

Tem sido constante o debate sobre como será o mundo após a pandemia e existem diversas teorias sobre como será esse futuro próximo. O mais provável é que a forma como vivemos irá se transformar, seja nos modelos de trabalho, na forma que consumimos bens, na dependência tecnológica e na maneira que nos relacionamos.

Entretanto, é importante ter em mente que essas mudanças não são e não serão homogêneas. Como tudo o que se refere ao comportamento humano, as transformações deverão ser específicas em cada lugar, em cada mercado, em cada porte de cidade, ou em cada segmento econômico, em cada faixa de idade, em cada faixa de renda, tipo de cultura e outras tantas variáveis.

Não há a possibilidade de se traçar um cenário global ou mudança universal. Daí a importância de manter a cautela e o planejamento no mundo dos negócios, além de se estudar os reflexos destas alterações em seu projeto, seu público e na sua região.

Ciclo longo

Negócios de ciclo longo, em etapas iniciais ou intermediárias de planejamento, talvez não venham a sofrer impactos significativos em seu desenvolvimento, justamente por serem de ciclo longo, contam com todas as oportunidades para se adequarem a esse cenário futuro, ainda não decifrado.

Para isso, precisam se manter atentos as transformações que estão acontecendo a sua volta, na economia e no cenário político, da mesma maneira que aconteceria em um cenário sem crises, pois são etapas comuns em projetos de longo prazo.

Glebas urbanizáveis, bairros planejados, e projetos de grande porte não devem se dar ao luxo de parar ante as incertezas do mercado, mas sim manterem-se em desenvolvimento, para estarem preparados para os momentos de retomada e crescimento, já que suas etapas – da concepção, aprovação e lançamento de produtos imobiliários ao mercado – levam no mínimo (sendo otimista considerando as burocracias de nossas cidades) 2 a 3 anos para acontecerem.

Vale também destacar que o desenvolvimento de projetos imobiliários de longo prazo estão lastreados em seu primeiro momento no entendimento e dimensionamento do cenário demográfico (pessoas, domicílio e renda) e que, apesar de serem impactados em crises no aspecto “renda” – o que pode ser corrigido ao longo do planejamento – não sofrem impactos profundo nos aspectos quantidade de pessoas e tipo e tamanho de domicílios.

Você pode ser perguntar sobre como as mudanças comportamentais e as novas formas de viver ocasionadas por esta pandemia, podem afetar os seus negócios. Essas questões se manterão como foco dos estudos nas etapas de planejamento e desenvolvimento dos projetos, da mesma forma que as questões de novas tecnologias, as mudanças comportamentais das novas gerações e os diferentes produtos imobiliários, sempre se mantém nas elaborações dos Planos de Negócio de projetos deste porte.

Desenvolvimento de projetos de sucesso de ciclo longo não significa planejar o hoje, mirando uma situação para daqui há 5 ou 10 anos no futuro. Desenvolvimento de Patrimônio Imobiliário de ciclo longo é manter-se em planejamento constante, durante todo o período, adaptando projeto, produtos e revisitando seu mercado (e sua demanda) constantemente, para que a efetivação do negócio atinja os menores riscos.

 

*Por: Willian Rigon, Diretor Comercial e Marketing na Urban Systems

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta terça-feira (28) permissão para farmácias aplicarem teste rápidos de covid-19. O produto não é recomendado para o diagnóstico da doença, mas serve como ferramenta de auxílio e para verificar se pessoas já tiveram contato com a enfermidade.

O teste rápido detecta anticorpos da covid-19 em poucos minutos. Por isso deve ser aplicado após o sétimo dia de sintomas, quando o corpo já reagiu ao vírus. Antes deste período, a chance de "falso negativo" é alta. Segundo análise encomendada pelo Ministério da Saúde, o exame doado pela mineradora Vale ao governo federal erra 75% dos resultados negativos, se aplicado no tempo errado.

São Paulo recebe 1 milhão de testes rápidos de covid-19

A resolução aprovada pelos diretores da agência determina que farmácias devem informar a gestores de saúde locais sobre os resultados dos exames. "Resultados negativos não excluem infecção. Resultados positivos não devem ser usados como referência absoluta", disse o presidente substituto da Anvisa, Antonio Barra Torres. O ideal, afirmou, é que exames complementares sejam feitos para confirmar a doença.

O teste de "padrão ouro" é o RT-PCR, que detecta o material genético do vírus em amostras coletadas, por exemplo, por "swab", um instrumento semelhante a um cotonete usado em vias respiratórias dos pacientes, da nasofaringe e orofaringe. Apesar de preciso, este produto é mais caro e o processo, demorado.

Saiba como se proteger e tirar suas dúvidas sobre o coronavírus

A OMS (Organização Mundial da Saúde) não recomenda o uso de testes rápidos para diagnóstico.

"Fazemos hoje em território nacional testes, inclusive em via pública. Não há de se considerar risco de testes em ambiente protegido e sob regramento sanitário", disse Torres.

Segundo integrantes do ministério, há forte pressão do Palácio do Planalto para ampliar o número de testes no País. A Saúde tem sinalizado que pretende aumentar o público-alvo para exames de diagnóstico rápido.

No começo da crise, o Ministério da Saúde recomendava apenas a aplicação de testes rápidos para quem atua na "linha de frente" do combate à covid-19, como profissionais da saúde.

Em boletim epidemiológico publicado na última semana, no entanto, o ministério afirma que deseja "progressivamente" incluir idosos, portadores de condições de risco para complicações da covid-19 e a população economicamente ativa na rotina de testagem. A ideia seria também aumentar a "carteira" de curados e imunes à doença que poderiam retornar ao trabalho, dizem integrantes do governo.

Segundo integrantes do governo, a cúpula do Ministério da Saúde chegou a resistir à proposta, mas passou a apoiá-la recentemente. O novo ministro da pasta, Nelson Teich, tem dito que melhorar o grau de informação sobre a doença no Brasil é pilar de sua estratégia de resposta à pandemia, que tem como um dos pontos a saída do distanciamento social, como defende Bolsonaro.

Qualidade

Para o advogado e ex-diretor da Anvisa Renato Porto, o Brasil não pode dispensar comprovações de qualidade dos testes rápidos autorizados para venda no Brasil, mesmo durante a covid-19. Ele cita como essencial a apresentação de certificado de "boas práticas de fabricação", documento que assegura que o mesmo produto manterá qualidade ainda que fabricado em larga escala.

Porto afirma que o teste rápido é uma ferramenta útil para elaboração de políticas públicas de saúde sobre o novo coronavírus, ao permitir, por exemplo, medir se determinada região já foi exposta à doença. Com estes dados, um governo pode tomar decisões sobre relaxar ou reforçar medidas de isolamento. Ou uma empresa pode avaliar se já é hora de encerrar o home office.

Mas para o diagnóstico de um paciente o produto mais indicado segue sendo o teste RT-PCR, de alta precisão, disse o ex-diretor da agência. "O que falta nesse processo é protocolo de uso de teste rápido. No caso do teste para HIV, há regras e treinamento de equipes de saúde. Os profissionais acompanham o paciente, o governo sabe quem são essas pessoas", exemplificou.

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Com informações do R7

BRASÍLIA/DF - O governo federal editou nova portaria com restrições para entrada de estrangeiros no Brasil provenientes de alguns países. A Portaria nº 203, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (28), determina o fechamento de fronteiras aéreas para estrangeiros, independentemente de sua nacionalidade, por mais 30 dias.

A restrição leva em conta recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por motivos sanitários relacionados aos riscos de contaminação e disseminação do novo coronavírus. PUBLICIDADE A restrição não se aplica a: - brasileiro, nato ou naturalizado; - imigrante com residência de caráter definitivo, por prazo determinado ou indeterminado, no território brasileiro; - profissional estrangeiro em missão a serviço de organismo internacional, desde que devidamente identificado; - funcionário estrangeiro acreditado junto ao Governo brasileiro; - estrangeiro: cônjuge, companheiro, filho, pai ou curador de brasileiro; cujo ingresso seja autorizado especificamente pelo Governo brasileiro em vista do interesse público; e portador de Registro Nacional Migratório; - transporte de cargas; - passageiro em trânsito internacional, procedente ou não dos países a que se refere o artigo 2º, desde que não saia da área internacional do aeroporto; - pouso técnico para reabastecer, quando não houver necessidade de desembarque de passageiros das nacionalidades com restrição; e - passageiro com destino à República Federativa do Brasil que tenha realizado conexão nos países a que se refere o art. 2º da Portaria A portaria é assinada por Braga Netto (Casa Civil), Luiz Pontel de Souza (substituto de Justiça e Segurança Pública), Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e Nelson Teich (Saúde).

*Por R7

 

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito comunica que a pedido do Comitê Emergencial de Combate ao Coronavírus, interditou no final da tarde desta terça-feira (28/04), as vias que compreendem a região atrás do condomínio residencial Swiss Park e o campus II da USP, em virtude do alto fluxo de veículos e aglomerações de pessoas nessa região específica.
A SMTT ressalta que a interdição destas ruas não impede que os moradores de regiões próximas se desloquem para outros pontos da cidade. Nas vias fechadas para o trânsito de veículos não existem residências e nem estabelecimentos comerciais.
A medida foi tomada em caráter excepcional em razão da pandemia da COVID-19 e em cumprimento aos decretos municipal e estadual que determinam o isolamento social e proíbem aglomerações.

A Vigilância Epidemiológica de São Carlos informa nesta terça-feira (28/04) a situação epidemiológica do município para o novo coronavírus (COVID-19). Subiu de 28 para 29 os casos positivos para a doença, com 2 mortes confirmadas e uma ainda suspeita em investigação. Outro profissional da saúde foi confirmado positivo para COVID-19. 419 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus, já que foi liberado hoje um resultado negativo para o novo coronavírus. Estão internadas neste momento 13 pessoas, sendo 8 adultos (enfermaria), 2 crianças (enfermaria) e 3 adultos em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Em UTI Pediátrica não temos neste momento nenhuma criança internada.

NOTIFICAÇÕES – Já passaram pelo sistema de notificação de Síndrome Gripal do município 1.788 pessoas desde o dia 21 de março, sendo que 1.456 pessoas já cumpriram o período de isolamento de 14 dias e 332 ainda continuam em isolamento. Essas pessoas não realizam mais exame para a COVID-19 (protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde). O boletim emitido diariamente pela Vigilância Epidemiológica de São Carlos contabiliza as notificações das unidades de saúde da Prefeitura, Hospital Universitário (HU), Santa Casa, rede particular e planos de saúde.

MUNDO - A estratégia da Suécia de não impor a grande parte da sociedade medidas de isolamento social é amplamente apoiada pela população. Ela foi desenvolvida por cientistas e adotada pelo governo, mas nem todos os especialistas do país estão convencidos de que este foi o melhor caminho a seguir diante da pandemia de coronavírus.

Não existe quarentena na Suécia, como atestam as fotos compartilhadas ao redor do mundo de seus bares abertos e espaços ao ar livre abarrotados de gente. Ainda assim, é um mito que a vida segue "normalmente".

É verdade que poucos estabelecimentos fecharam. Mas dados apontam que a grande maioria da população adotou o distanciamento social voluntário, que é o cerne da estratégia da Suécia para retardar a propagação do vírus.

O uso do transporte público caiu significativamente. Um grande número de pessoas está trabalhando de casa. E a maioria da população se absteve de viajar no fim de semana da Páscoa. O governo também proibiu reuniões de mais de 50 pessoas e visitas a casas de repouso para idosos.

Cerca de nove a cada dez suecos dizem que mantêm pelo menos um metro de distância das pessoas — eram sete a cada dez há um mês, segundo uma grande pesquisa realizada pela empresa Novus.

Quão grave é a epidemia na Suécia?

Do ponto de vista da Agência de Saúde Pública da Suécia, a forma como a população reagiu é motivo de comemoração, embora com cautela.

A abordagem dos cientistas na Suécia gerou semanas de muito debate ao redor do mundo sobre se o país tinha adotado um plano sensato e sustentável ou submetido sua população a um experimento que causaria mortes desnecessárias e levaria ao fracasso em conter a propagação da covid-19.

A capital, Estocolmo, é o epicentro da epidemia no país até agora, mas o total de casos se mantém de certa forma estável, embora tenha ocorrido um pico no final desta semana devido em parte ao aumento dos testes realizados.

Ainda há espaço nas unidades de terapia intensiva, e um novo hospital de campanha erguido em um antigo centro de conferências ainda não foi usado.

"Em grande parte, conseguimos alcançar o que nos propusemos", diz o epidemiologista-chefe do governo, Anders Tegnell. "A assistência médica sueca continua trabalhando com muito estresse, mas não é preciso recusar atendimento a nenhum paciente."

Em contraste com outros países onde líderes políticos comandaram a resposta nacional à crise, Tegnell foi quem esteve à frente da maioria das entrevistas coletivas.

Em um tom tranquilo, ele comenta sobre a pandemia com falas fortemente centradas em números e com poucas menções ao impacto emocional da crise nas vítimas e em suas famílias.

Mas a Agência de Saúde Pública da Suécia mantém altos índices de aprovação durante toda a pandemia.

Por que a Suécia escolheu um caminho diferente?

A decisão da Suécia de deixar a maior parte da sociedade aberta, diferentemente da maioria da Europa, foi tomada após a equipe comandada por Tegnell prever impacto mais limitado do vírus sobre a população do país em comparação com outros cientistas, entre eles os que estão por trás de um grande relatório do Imperial College de Londres, que aparentemente influenciou o governo do Reino Unido a lançar mão de uma quarentena.

Além disso, a Agência de Saúde Pública da Suécia seguiu desde o início a ideia de que uma grande proporção de casos provavelmente seriam leves.

Mas negou que sua estratégia fosse baseada no objetivo de gerar uma "imunidade de grupo", uma controversa estratégia baseada no conceito de "gerenciar a disseminação" da doença para que a população ganhe imunidade contra o vírus.

Seu objetivo central era introduzir medidas de distanciamento social menos rigorosas e que pudessem ser mantidas por um longo período. Por exemplo: as escolas para menores de 16 anos permanecem abertas para permitir que os pais continuem trabalhando em áreas-chave.

Todos os outros países nórdicos optaram por restrições temporárias mais rigorosas, embora, em alguns deles, elas já tenham sido afrouxadas desde então.

O que os números nos dizem?

A Suécia, com uma população de 10 milhões de pessoas, é o 21º país do mundo com mais casos, segundo a Universidade Johns Hopkins — eram pouco mais de 18,1 mil até 25/4 — mesmo que na maioria das vezes apenas teste aqueles com sintomas graves. Agora, estão sendo introduzidas verificações de contágio mais amplas.

O país já registrou 2.192 mortes e tem uma taxa de mortalidade mais alta em relação ao tamanho da população do que em qualquer outro lugar da Escandinávia.

Ao contrário de alguns países, as estatísticas da Suécia incluem residentes em lares de idosos, responsáveis ​​por cerca de 50% de todas as mortes. Tegnell admite que essa é uma grande preocupação.

Os residentes estrangeiros, particularmente os da Somália, que têm maior probabilidade de viver em famílias multigeracionais, também estão super-representados nos números oficiais.

"Há muita gente morrendo", diz Claudia Hanson, epidemiologista do Karolinska Institutet, o maior centro de pesquisa médica da Suécia.

Ela critica a abordagem do governo e argumenta que uma parte maior da sociedade deveria ter sido temporariamente isolada em março, enquanto as autoridades avaliavam a situação.

Hanson está entre os 22 cientistas que escreveram um artigo publicado no principal jornal da Suécia na semana passada, no qual eles criticam a estratégia do governo e dizem que "funcionários sem talento" ficaram encarregados de tomar as decisões.

Mas Tegnell, um cientista experiente com mais de 30 anos na Medicina, segue amplamente popular na Suécia. "Ele é uma pessoa discreta. Acho que as pessoas o vêem como um líder forte e muito cuidadoso com o que diz", afirma Emma Frans, epidemiologista e escritora científica sueca. "Eu acho que isso é reconfortante para muitas pessoas."

Ela argumenta que muitos meios de comunicação nacionais e internacionais estão "buscando conflito" dentro da comunidade científica e diz que há um consenso de que a abordagem de Tegnell é "bastante positiva" ou, pelo menos, "não é pior do que outras estratégias".

Os suecos desenvolverão imunidade?

A história julgará quais países acertaram na resposta à pandemia. Mas o mais recente debate científico na Suécia está focado no número de suecos que podem ter contraído o vírus sem apresentar nenhum sintoma.

Isso é importante, porque muitos cientistas do país acreditam que os suecos podem ter níveis de imunidade muito mais altos em comparação com aqueles que vivem sob regulamentações mais rígidas.

Um relatório da Agência de Saúde Pública da Suécia desta semana sugeriu que cerca de um terço das pessoas em Estocolmo terão sido infectadas até o início de maio.

Depois, o índice foi revisado para 26%, após a agência admitir um erro de cálculo. Mas vários cientistas renomados estimam números ainda maiores.

Johan Giesecke, ex-cientista chefe do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), acredita que pelo menos metade de todos os habitantes de Estocolmo terá pegado o vírus até o final de maio.

O matemático Tom Britton, da Universidade de Estocolmo, diz que isso pode acontecer com metade da população da Suécia.

E, até que uma vacina seja desenvolvida, a epidemiologista Emma Frans diz que ter essa imunidade "provavelmente será importante" para a Suécia.

"Estudos de outros tipos de coronavírus mostraram que as pessoas ficam imunes. Talvez não seja uma imunidade de longo prazo, mas, mesmo que tenhamos uma imunidade a curto prazo, pode ser o suficiente para conter essa pandemia", diz Frans.

Por que ainda há incerteza?

A Agência de Saúde Pública da Suécia acredita que ainda é "muito cedo para dizer" qual o impacto das taxas de infecções assintomáticas sobre a proteção da população em geral.

"Ainda não sabemos muito sobre a imunidade", diz Anders Wallensten, que trabalha sob o comando de Tegnell. "Saberemos mais à medida que mais pessoas sejam testadas para ver se têm anticorpos, mas também, conforme o tempo passar e virmos se há mais relatos de reinfecções."

Essa incerteza significa que não há garantia de que as recomendações de distanciamento social serão suspensas em breve nas áreas com altas taxas de infecção, diz ele.

O que acontecerá a seguir na Suécia pode depender em grande parte de se as pessoas continuarão a manter o distanciamento social.

Alguns suecos reagiram com uma "explosão de nacionalismo" e um "sentimento de orgulho pela Suécia ter divergido da norma europeia", diz Nicolas Aylott, cientista político da Universidade Södertorn, em Estocolmo. "É uma espécie de eco de uma profunda sensação de que a Suécia é excepcional."

Mas o país está longe de estar unido quanto a isso. Nas redes sociais, há muita discordância vocal entre alguns residentes estrangeiros. Alguns defendem medidas mais duras, enquanto outros acreditam que o pior já passou.

Dados de telefones celulares sugerem que os moradores de Estocolmo estão gastando mais tempo no centro da cidade do que há duas semanas, e, no último final de semana, a polícia manifestou preocupação com a superlotação de locais da vida noturna.

O primeiro-ministro, Stefan Lofven, alertou que "não é hora de relaxar" e de começar a passar mais tempo com amigos e familiares.

Mas o calor da primavera está chegando, após um notoriamente longo e escuro inverno da Suécia, então, isso pode ser mais fácil de falar do que de fazer.

 

*Por: BBCNEWS

MUNDO - O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse nessa última segunda-feira (27) que a China poderia ter contido o coronavírus antes que ele se espalhasse pelo mundo e que seu governo está conduzindo "investigações sérias" sobre o que aconteceu.

"Estamos fazendo investigações muito sérias. Não estamos felizes com a China", disse Trump em entrevista na Casa Branca. "Há muitas coisas pelas quais ela pode ser responsabilizada."

"Acreditamos que poderíamos ter impedido isso na fonte. Poderíamos ter impedido que se espalhasse tão rápido e não se propagaria por todo o mundo."

As críticas de Trump são as mais recentes de seu governo destinadas à maneira pela qual a China se portou no surto de coronavírus, que começou no fim do ano passado na cidade chinesa de Wuhan e cresceu, tornando-se uma pandemia global que até agora matou mais de 207 mil pessoas no mundo, 55 mil nos Estados Unidos, de acordo com uma contagem da Reuters.

Na semana passada, o secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que os Estados Unidos "acreditavam fortemente" que Pequim falhou em informar o surto do coronavírus em tempo razoável e acobertou o perigo da doença respiratória causada pelo vírus.

O Ministério das Relações Exteriores da China nega as acusações.

 

*REUTERS

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