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MANAUS/AM - A Marinha vai averiguar informações sobre um "possível" vazamento de petróleo a 438 km da costa do Amapá, após receber ofício do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) com pedido de análise sobre presença de embarcações na área onde teria ocorrido um vazamento.

"As informações serão cuidadosamente analisadas e as ações cabíveis serão adotadas", disse a Marinha, em nota no começo da noite desta segunda-feira (5). Segundo a Força, o ofício do Ibama foi recebido no fim da tarde. "Todas as informações e denúncias sobre poluição ambiental sempre serão investigadas pela Marinha, em colaboração com outros órgãos competentes", cita a nota.

O documento do órgão ambiental foi elaborado na sexta (2), com pedido à Marinha para que analise a presença de embarcações onde teria ocorrido o vazamento. A área está fora da ZEE (Zona Econômica Exclusiva), a faixa que vai além do mar territorial e sobre a qual o Brasil exerce soberania.

"A Marinha fiscaliza e ordena, regularmente, o tráfego aquaviário nas águas interiores e nas águas jurisdicionais brasileiras, espaço marítimo conhecido como Amazônia Azul, a fim de garantir a segurança da navegação, a proteção da vida humana no mar e a prevenção da poluição ambiental provocada por embarcações", disse a Força na nota.

O alerta sobre a possibilidade de um vazamento de petróleo foi feito pelo instituto Arayara, uma ONG (organização não governamental) que atua contra combustíveis fósseis. O instituto comunicou o Ibama sobre um "possível" vazamento a 438 km da costa do Amapá. Segundo a ONG, a possibilidade é que o vazamento tenha uma embarcação como origem.

O ofício foi enviado ao Ibama na terça (30). Também foram comunicados o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Não existe confirmação sobre a existência ou não de um vazamento de petróleo, o que só seria possível por meio de uma verificação in loco, segundo o instituto. Essa verificação também encontraria dificuldades, pois a imagem de satélite usada para a suspeita de vazamento é de setembro de 2023.

Há dúvidas sobre quem deveria agir em caso de um vazamento de petróleo num ponto fora da zona exclusiva. A área é reivindicada pelo país para extensão da ZEE, segundo a ONG.

A mancha detectada teria 170 km2, como consta no ofício do instituto Arayara. "Portanto, um incidente relevante", afirmou.

O instituto usou imagens do satélite Sentinel-1, processadas por um sistema de monitoramento da organização Skytruth. A chance de que seja uma mancha de petróleo é de 70%, conforme o sistema utilizado.

"Destacamos a necessidade de atenção para a movimentação de embarcações de petróleo na região e a detecção de manchas de vazamento em países vizinhos", cita o ofício. "Esta constatação reforça a urgência de um monitoramento e fiscalização mais abrangentes, a fim de prevenir recorrências desse gênero no futuro."

Mais próximo da costa do Amapá, a uma distância de 160 a 179 km, está o chamado bloco 59, no qual Petrobras e o governo Lula (PT) querem prospecção de petróleo ainda em 2024. O Ibama negou licença ao empreendimento em maio de 2023, e a estatal recorre.

Em 2019, manchas de óleo inundaram praias dos nove estados do Nordeste, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, no maior desastre ambiental que atingiu a costa brasileira. Desde a primeira detecção de manchas, em agosto de 2019, foram recolhidas 5.300 toneladas de óleo em 1.013 localidades.

O derramamento atingiu 2.000 km do litoral brasileiro, e impactou a vida de pescadores, comunidades e de quem depende do turismo. Catorze unidades de conservação foram atingidas.

As investigações da Polícia Federal apontaram o navio petroleiro NM Bouboulina, de bandeira grega, como o responsável pelo lançamento do óleo.

 

 

por VINICIUS SASSINE / FOLHA de S.PAULO

SANTOS/SP - Um estudo da plataforma Human Climate Horizons (HCH) divulgado nesta semana indica que o nível do mar poderá subir entre 20.09 cm e 24.27 cm junto à costa brasileira, até 2059, se não forem reduzidas as emissões globais de gases de efeito estufa (GEE).

Desenvolvido conjuntamente pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e pelo Laboratório de Impacto Climático (CIL), o aplicativo reúne uma série de informações que permitem perceber os possíveis impactos das alterações climáticas em mais de 24 mil regiões do mundo.

Ao se debruçar sobre as potenciais consequências das alterações climáticas para as terras costeiras, o levantamento revela que, caso a temperatura média global continue aumentando no ritmo atual, as inundações se tornarão cada vez mais frequentes, atingindo uma área cada vez maior, onde vivem hoje cerca de 14 milhões de pessoas.

Os responsáveis pelo estudo citam, como exemplo, a cidade de Santos, no litoral paulista. Ao fazer a avaliação de três possíveis cenários (baixa emissão de gases de efeito estufa; emissão intermediária e emissão muito alta), a plataforma projeta que o nível do mar, na região do maior porto da América Latina, subirá, respectivamente, 22.84 cm, 24.64 cm e 27.74 cm até 2059.

Risco de inundações

“Centenas de cidades altamente povoadas enfrentarão um risco acrescido de inundações até meados do século. Isto inclui terras que abrigam cerca de 5% da população de cidades costeiras como Santos, no Brasil; Cotonou, no Benin, e Calcutá, na Índia”, informa o estudo, ao destacar que “muitas regiões baixas ao longo das costas da América Latina, África e Sudeste Asiático podem enfrentar uma grave ameaça de inundação permanente, parte de uma tendência alarmante com potencial para desencadear uma reversão no desenvolvimento humano nas comunidades costeiras em todo o mundo”.

Outro município brasileiro, citado entre os que correm o risco de ver submergir até 5% de seu território, é a cidade do Rio de Janeiro, que, nos mesmos três cenários, enfrentaria uma elevação do nível do mar da ordem de 19,13cm (baixas emissões de GEE); 20,93cm (emissões intermediárias) e 23,84cm (emissões muito altas).

A Human Climate Horizons lembra que as emissões de gases de efeito estufa decorrentes da atividade humana contribuem para elevar a temperatura média do planeta. E que o aquecimento global, por sua vez, acelera o derretimento de camadas de gelo e glaciares, resultando em um maior volume d´água e, consequentemente, no aumento da superfície dos oceanos. O que fez com que a extensão das inundações costeiras tenham aumentado nos últimos 20 anos.

A Human Climate Horizons divulgou os novos dados “hiperlocais” dias antes do início da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 28), evento que ocorrerá em Dubai, nos Emirados Árabes, de 30 de novembro a 12 de dezembro.

Durante a COP28, representantes de governos, empresas e da sociedade civil devem fazer um balanço da implementação do Acordo de Paris, estabelecido na COP21, em 2015, quando cada país signatário estabeleceu metas próprias de redução de emissão de gases de efeito estufa, denominada Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês).

A NDC brasileira, atualizada em 2023, estabelece que o Brasil deve reduzir as próprias emissões em 48% até 2025 e 53% até 2030, em relação às emissões de 2005.

 

 

Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil

RIO DE JANEIRO/RJ - O primeiro Congresso Nacional de Manguezais (ConMangue) começou na segunda-feira (17), em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, com alertas sobre as condições do mar e da necessidade de estancar o processo de degradação das águas. Na abertura do encontro, o coordenador Nacional da Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos e Comunidades Tradicionais Extrativistas Costeiros e Marinhos (Confrem), Flávio Lontro, disse esperar que o somatório de vozes faça um coro para que empresários e governos consigam ouvir o apelo de que o mar está morrendo.

“A previsão de futuro que a gente projeta são as piores possíveis, porque se a coisa for do jeito que está, a Terra vai virar um deserto e o mar vai ser inavegável. Para nós que dependemos do mar para trabalhar e fazer o nosso dia a dia vai ser muito ruim”, alertou.

Lontro adiantou que pretende encaminhar uma proposta ao prefeito de Niterói, Axel Grael, para que seja criada uma matéria nas escolas que ensine os conceitos de preservação ambiental aos estudantes. Ele sugere ainda que o prefeito encaminhe a proposta a outros prefeitos do país.

“Tomara que o ConMangue start [comece] essa coisa toda. Vou reforçar com o prefeito para ver se consigo sensibilizá-lo para inserir a grade de meio ambiente nas escolas para formar as crianças para podermos mudar um pouco o panorama futuro, também tenho filhos e netos e não é isso que quero deixar para eles”, disse.

O presidente da Guardiões do Mar e coordenador-geral do Projeto Do Mangue ao Mar, Pedro Paulo Belga, lembrou que a ONG foi criada para provar que a Baía de Guanabara estava viva, e ao longo do tempo vem realizando ações para garantir a qualidade dos manguezais da região.

“É intenção com este congresso que nos próximos dias possamos ver o quanto os manguezais [são resilientes], mas nós também somos resilientes. Precisamos juntar nesses quatro dias a academia, o poder público, as unidades de conservação, as ONGs e os povos da pesca. Acho que daqui vão sair grandes ideias, porque estamos trabalhando e falando com todos que vivem no manguezal e do manguezal.

Pedro Belga informou que em uma década, de 2013 a abril de 2023, em projetos desenvolvidos pelas instituições, foram plantadas 120 mil árvores nos mangues da Baía de Guanabara. “Nós plantamos 33 árvores por dia, mil árvores por mês, 12 mil árvores por ano e chegamos a marca de 120 mil árvores plantadas na Baía de Guanabara”, revelou.

O biólogo lembrou que a preservação dos mangues influencia até a socioeconomia. “A gente não plantou só para a Baía de Guanabara, plantamos para o mundo, porque os mangues são sequestradores de carbono, geram sociobiodiversidade, fomentam a socioeconomia, então, a minha gratidão a todos vocês que estão aqui hoje”.

Segundo Pedro Belga, a maior faixa contínua de manguezais conservados do estado do Rio de Janeiro está na Baía de Guanabara. “São milhares de famílias de pescadores artesanais, de catadores de caranguejo e quilombolas que vivem neles e deles, e, por isso, nós cuidamos deles há tanto tempo. Nos últimos 25 anos, a Guardiões do Mar dedicou boa parte de seus trabalhos na conservação e na recuperação desses ambientes. Além disso, trabalhamos a educação ambiental para que as pessoas entendam a real importância dos manguezais, e que mesmo estando longe deles, morando na serra, por exemplo, elas podem de forma positiva ou negativa impactar esse ecossistema”, disse.

A diretora do Departamento de Oceano e Gestão Costeira do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Ana Paula Prates, informou que entre as prioridades da pasta para a política que trata da mudança de clima no Brasil está a formulação de medidas de conservação dos manguezais.

“Trabalhar fortemente com ações de conservação para os ambientes mais vulneráveis à mudança do clima e ao mesmo tempo os ambientes que nos auxiliam no combate a essas mudanças, como é o caso dos manguezais e recifes de corais. Dentro das nossas prioridades está a construção de uma estratégia nacional para conservação e uso sustentável dos manguezais do Brasil. Queremos completar até o ano que vem, e contamos muito com esses espaços como o Congresso e com toda essa participação, principalmente, dos movimentos sociais como a Confrem que está aí representada”, disse por meio de vídeo.

A gerente setorial de Responsabilidade Social da Transpetro, Juliana Assis, disse que a participação dela no encontro reafirma o diálogo da empresa com comunidades tradicionais relacionadas à pesca da região. “Participar do primeiro Congresso Nacional de Manguezais é reafirmar nosso diálogo e relacionamento com as comunidades tradicionais de pescadores artesanais, caiçaras, catadores de caranguejo e quilombolas. Temos várias ações previstas, o que inclui atividades de limpeza nas baías de Guanabara e Sepetiba e outras iniciativas que vão além da pesca, como as oficinas de turismo, previstas para começarem no ano que vem, e a formação de multiplicadores adolescentes para replicar conhecimento sobre educação ambiental”, disse ao apresentar as linhas de atuação socioambiental da companhia, voltadas ao desenvolvimento humano e social das comunidades onde atua.

O prefeito de Niterói, Axel Grael, comemorou o fato do ConMangue ocorrer na cidade. “Realizar o Congresso Nacional de Manguezais em Niterói é uma iniciativa que tem tudo a ver com nossas políticas públicas que ajudam a preservar nosso meio ambiente e nosso ecossistema. Vamos incluir a sociedade no debate em torno desses ambientes que estão em constante modificação e integram importantes berçários de nossa fauna”, disse em mensagem.

O prefeito não participou da abertura do encontro porque viajou a Cabo Frio por causa da morte do prefeito da cidade José Bonifácio, 78 anos de idade, vítima de câncer de fígado.

Certificado

Antes de começar, o ConMangue, que é produzido pela ONG Guardiões do Mar, por meio do Projeto Do Mangue ao Mar, em convênio com a Transpetro, recebeu o Selo Prima Consciência Climática. “A certificação de neutralização de carbono resulta de um levantamento de todas as emissões de gases que contribuem para o efeito estufa, previstas durante o evento, bem como garante, a partir de um cálculo seguro, a compensação ambiental do carbono emitido”, informaram os organizadores.

Para reduzir os impactos gerados, a Guardiões do Mar plantará mudas de mangue em uma área de um hectare da APA de Guapi-Mirim.

 

 

Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil

HANÓI/PEQUIM  - Um navio de pesquisa chinês e cinco navios de escolta estavam na zona econômica exclusiva (ZEE) do Vietnã neste final de semana, perto de blocos de gás operados por empresas russas no Mar do Sul da China, um dia depois que o Vietnã fez um apelo para que os navios partissem.

O navio chinês Xiang Yang Hong 10 começou a operar na ZEE do Vietnã em 7 de maio, representando a incursão mais significativa desde 2019, de acordo com Ray Powell, que lidera o Projeto Myoushu da Universidade de Stanford no Mar do Sul da China.

Ele disse que a conduta da China e a reação do Vietnã são uma "escalada preocupante".

A China reivindica a maior parte das águas ricas em energia do Mar do Sul da China, incluindo áreas que estão dentro da ZEE do Vietnã.

Um impasse em 2019 durou mais de três meses e teve como alvo em grande parte um bloco então operado pela petrolífera estatal russa Rosneft. Menos de dois anos depois, a Rosneft vendeu seus ativos no Mar do Sul da China para a empresa estatal russa Zarubezhneft, que opera alguns dos campos de gás onde a atual disputa está em andamento.

Nas últimas semanas, o navio de pesquisa chinês, às vezes flanqueado por uma dezena de navios, tem se movido em grande parte pelo bloco de gás 04-03, operado pela Vietsovpetr, uma joint venture entre a Zarubezhneft e a PetroVietnam, de acordo com dados de rastreamento de embarcações compartilhados com a Reuters pela South China Sea Chronicle Initiative (SCSCI), uma organização independente sem fins lucrativos.

O navio também cruza regularmente os blocos 132 e 131 que o Vietnã licenciou para a Vietgazprom, uma joint venture entre a gigante russa Gazprom e a PetroVietnam. A China lançou ofertas concorrentes para licenciar esses dois blocos.

As três empresas e a embaixada russa em Hanói não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, respondendo a uma pergunta sobre o impasse, disse que a China tem soberania sobre as Ilhas Spratly e suas águas adjacentes, e jurisdição sobre as águas relevantes.

 

 

Reportagem de Francesco Guarascio e Andrew Hayley; Reportagem adicional de Khanh Vu / REUTERS

GROENLÂNDIA - Perdas de gelo generalizadas da Groenlândia resultaram em quase 30 centímetros de aumento global do nível do mar que deve ocorrer em um futuro próximo – e novas pesquisas sugerem que não há como detê-lo, mesmo que o mundo parasse de liberar o aquecimento do planeta emissões hoje.

O estudo, publicado na segunda-feira na revista Nature Climate Change, descobriu que a perda geral de gelo da camada de gelo da Groenlândia provocará pelo menos 25 centímetros de aumento do nível do mar, independentemente dos cenários de aquecimento climático. Essa é geralmente a mesma quantidade que os mares globais já aumentaram no último século da Groenlândia, Antártica e expansão térmica (quando a água do oceano se expande à medida que aquece) combinadas.

Pesquisadores do Serviço Geológico da Dinamarca e da Groenlândia observaram mudanças no volume do manto de gelo dentro e ao redor da Groenlândia e viram que o escoamento da água derretida tem sido o principal fator. Usando “teoria bem estabelecida”, os cientistas foram capazes de determinar que cerca de 3,3% da camada de gelo da Groenlândia – equivalente a 110 trilhões de toneladas de gelo – inevitavelmente derreterá à medida que a camada de gelo reage às mudanças que já ocorreram.

O aumento do nível do mar a partir desse gelo derretido ocorrerá “independentemente de qualquer caminho climático futuro previsível neste século”, de acordo com o principal autor Jason Box, cientista do Serviço Geológico da Dinamarca e da Groenlândia. “Esta água já está tecnicamente debaixo da ponte.”

Embora os autores não especifiquem uma linha do tempo, eles preveem que a mudança no nível do mar pode ocorrer entre agora e o final do século.

A pesquisa foi apenas para estimar um mínimo, ou “um limite inferior muito conservador”, de aumento do nível do mar devido ao derretimento na Groenlândia, “e no evento virtualmente certo de que o clima continua aquecendo, o comprometimento do nível do mar só cresce”, disse Box.

Mantos de gelo maciços podem derreter rapidamente quando a temperatura do ar está quente, mas a água oceânica mais quente também está erodindo a camada ao redor das bordas.

As descobertas vêm logo após um relatório de aumento do nível do mar em 2022 divulgado no início deste ano pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, que descobriu que as costas dos EUA podem esperar 25 a 30 centímetros de aumento do nível do mar nos próximos 30 anos. Isso fará com que as inundações da maré alta ocorram com mais de 10 vezes mais frequência e permitirão que as tempestades se espalhem mais para o interior, de acordo com o relatório.https://www.istoedinheiro.com.br/

A Groenlândia contém gelo suficiente para que, se tudo derretesse, poderia elevar o nível do mar em cerca de 7 metros ao redor do mundo. Pesquisadores apontam que um aumento do nível do mar de 6 metros não significa que ele aumentará uniformemente em todo o mundo, deixando alguns lugares devastados enquanto o nível do mar cai em outros.

À medida que lugares como a Groenlândia perdem gelo, por exemplo, eles também perdem a atração gravitacional do gelo sobre a água, o que significa que o nível do mar da Groenlândia está caindo à medida que o nível aumenta em outros lugares, disse William Colgan, pesquisador sênior do Serviço Geológico da Dinamarca e da Groenlândia.

“Será muito difícil se adaptar a uma mudança tão rápida”, disse Colgan, de pé na geleira Jakobshavn, na Groenlândia, onde o fiorde está cheio de gelo que se desprendeu da geleira.

Antes da mudança climática causada pelo homem, temperaturas próximas a 0 grau Celsius na Groenlândia eram desconhecidas. Mas desde a década de 1980, a região aqueceu cerca de 1,5 grau por década – quatro vezes mais rápido que o ritmo global – tornando ainda mais provável que as temperaturas ultrapassem o limite de derretimento.

Vários dias de clima excepcionalmente quente no norte da Groenlândia provocaram recentemente um rápido derretimento, com temperaturas em torno de 60 graus – 10 graus mais quentes do que o normal para esta época do ano, disseram cientistas.

A quantidade de gelo que derreteu na Groenlândia apenas entre 15 e 17 de julho – 6 bilhões de toneladas de água por dia – seria suficiente para encher 7,2 milhões de piscinas olímpicas, segundo dados do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos EUA.

Cientistas globais disseram que as tendências nas quais as mudanças climáticas estão se acelerando são bastante claras e que, a menos que as emissões sejam contidas imediatamente, muitos outros eventos extremos de derretimento continuarão a ocorrer com mais intensidade e frequência.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

EUA - Um terço dos tubarões, raias (ou arraias) e quimeras do mundo está sob ameaça de extinção, causada principalmente pela pesca. A informação é o resultado de um grande painel científico com especialistas do mundo inteiro, reunidos em torno do Projeto de Tendências Globais sobre Tubarões (GSTP, na sigla em inglês). Os resultados da pesquisa foram publicados recentemente em um artigo na revista Current Biology.

Esses três tipos de peixes formam um único grupo, chamado de condrictes, caracterizados por serem cartilaginosos. Os especialistas analisaram individualmente as 1.199 espécies conhecidas do trio e, a partir de uma longa lista de fatores, classificaram 391 (32%) como apresentando risco de extinção.

Há oito anos, o mesmo estudo havia sido realizado pela União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), entidade responsável por analisar o status de cada espécie no meio ambiente. Na época, 17,4% das espécies estavam ameaçadas.

A constatação de que, em um período tão curto, o percentual de espécies ameaçadas quase dobrou acendeu um sinal vermelho para os especialistas. Esse novo trabalho chama a atenção para o fato de que estamos caminhando para uma possível extinção em massa dos tubarões, diz a Profª Patricia Charvet, do Programa de Pós-Graduação em Sistemática, Uso e Conservação da Biodiversidade da UFC. A Profª Patricia foi a única brasileira a assinar o artigo da Current Biology.

 

COMO É REALIZADO O ESTUDO

No trabalho, os especialistas realizaram uma revisão geral das pesquisas científicas sobre os condrictes (a classe na qual estão tubarões, raias e quimeras) e, a partir de inúmeros critérios, classificam as espécies em sete categorias, por ordem de avaliação do risco de extinção (Baixa preocupação, Quase ameaçados, Vulnerável, Ameaçado, Criticamente ameaçado, Extinto na Natureza e Extinto). Para ser considerada ameaçada de extinção, a espécie precisa ser enquadrada entre as categorias vulnerável, ameaçada ou criticamente ameaçada.

No caso de a espécie possuir informações muito escassas, elas eram classificadas em uma categoria à parte chamada de Deficiente de dados. Considerando essa escassez de informações, os pesquisadores estimam que o total de espécies ameaçadas pode chegar a 37,5%, caso as espécies sobre as quais não se tem dados suficientes sigam o padrão das categorizadas.

O estudo apontou que as ameaças atingem mais duramente as raias (41% das espécies) e os tubarões (35,9%). Já as quimeras, que tendem a habitar águas profundas, são as que menos sofrem com esse tipo de ameaça (9,3%). As espécies de águas tropicais e subtropicais são as mais ameaçadas: nada menos que três quartos delas estão em risco. Três espécies, inclusive, não são registradas há décadas e já aparecem como provavelmente extintas.

O agravamento da situação aponta para um quadro com impactos que vão além da sobrevivência dos próprios tubarões e raias. Esses peixes a maioria deles, predadores têm um papel fundamental na manutenção, na ciclagem de nutrientes e no bem-estar do ecossistema marinho e, em alguns casos, também de água doce, explica a Profª Patricia Charvet.

Por conta disso, diz, os tubarões e raias têm importância fundamental no equilíbrio marinho. Os mares não são apenas lugar de produção de alimentos, mas também de produção de oxigênio. A partir do momento em que se ameaça esse equilíbrio, coloca-se em risco até o bem-estar da própria espécie humana, completa.

 

PESCA, O GRANDE VILÃO

O estudo não abre margem para dúvidas: a grande vilã dessa história é a pesca. Praticamente todos os elasmobrânquios (99,6%) estão ameaçados pela pesca, ainda que outros fatores como a destruição dos habitats para fins de desenvolvimento, poluição e aquecimento global também os afete.

A Profª Patricia Charvet lembra que tubarões e raias são bastante suscetíveis à pesca porque têm crescimento lento, maturidade sexual tardia e deixam poucos descendentes. Ao mesmo tempo, pesquisas anteriores publicadas pela revista Marine Policy já haviam estimado que entre 6,4% a 7,9% da população total de tubarões é morta por ano, devido à pesca. A matemática, portanto, é bem simples. Estamos retirando da natureza uma quantidade maior desses peixes do que ela consegue repor, resume a professora. Ou seja, a pesca dos condrictes tem ocorrido em sua grande maioria de maneira não sustentável.

No relatório, o Brasil é citado algumas vezes, sempre como sinal de grande preocupação devido ao alto número de espécies ameaçadas e até de espécies já extintas localmente. Há um motivo para isso. O País é um dos maiores consumidores de carne de raias e tubarões, estes últimos vendidos sob o genérico nome de cação já houve inclusive campanhas para que as pessoas saibam o que estão consumindo.

A estimativa da Sociedade Brasileira de Elasmobrânquios (SBEEL) é de que o País produza 20 mil toneladas de carne de raia e tubarão por ano e importe a mesma quantidade. Além das questões ambientais, o consumo desse tipo de carne pode provocar problemas de saúde a longo prazo.

Por ocuparem níveis mais altos da cadeia trófica marinha, a carne de tubarões está entre os pescados com maior concentração de metais pesados, como mercúrio e arsênio, informou a SBEEL, por meio de nota. Essas substâncias têm efeito cumulativo e, quando ingeridas por longo prazo, podem prejudicar quem as consome com certa regularidade.

EUA - Enterros em bolas de recife é um método desenvolvido pela empresa Eternal Reefs em conjunto com a Reef Ball Foundation e Reef Innovations. A técnica consiste na mistura de concreto com cinzas humanas para a formação de bolas perfuradas que são instaladas em ecossistemas marinhos para a restauração de corais.

Vista como uma alternativa eco-friendly para os enterros convencionais, o método promete restaurar ambientes marinhos que foram degradados pelos seres humanos. Dessa forma, a empresa promete que esses enterros são feitos a partir da morte para criar vida.

Porém, é necessário se questionar se esses enterros em bolas de recife são realmente sustentáveis.

 

Como são feitos

Após o interesse pelos enterros em bolas de recife, o corpo da pessoa é encaminhado para uma casa de cremação, onde suas cinzas são recolhidas. Depois disso, as cinzas são misturadas com concreto de pH neutro para formar as tais bolas de recife.

Essas bolas são redirecionadas para o fundo do mar em torno dos Estados Unidos, e então, as coordenadas em GPS são divulgadas com os entes queridos da pessoa.

 

Possíveis impactos

Os enterros em bolas de recife são feitos a partir da cremação, um método de serviço funerário onde o corpo é reduzido a cinzas com ajuda do fogo. A cremação sozinha não é sustentável, uma vez que apenas um serviço é responsável pela produção de cerca de 400 kg de dióxido de carbono. O método também libera outros gases poluentes, incluindo o mercúrio e a dioxina.

Além disso, os enterros em bolas de recife também contam com uma mistura de concreto, que é considerado um dos materiais mais destrutivos do planeta. A produção do concreto, por exemplo, é responsável por 4-8% de todas as emissões de CO2 do mundo.

Embora o material seja feito de modo que, dentro do oceano, não vai danificar o ecossistema, sua produção ainda tem efeitos adversos no meio ambiente.

Assim, parece que esse tipo de serviço funerário combina os dois aspectos mais poluentes tanto da cremação como do enterro convencional. Combinando a emissão de CO2 da cremação e da produção de concreto, é impossível ver o método como 100% sustentável.

 

Pontos positivos

Afinal, por que os enterros em bolas de recife são vistos como eco-friendly? Pelo o que foi visto, eles estão longe de ser alternativas sustentáveis, considerando o dano causado pelo seu processo. Porém, algumas pessoas defendem o método por conta de seus efeitos positivos a longo prazo.

As bolas de recife, quando instaladas no fundo do mar, são capazes de virar novos ecossistemas. Elas são responsáveis pela proteção e abrigo de diversas espécies de corais, invertebrados e diversas espécies de peixes.

 

Como diminuir o impacto da cremação

É impossível reverter os danos causados pela indústria do concreto, porém, na cremação, existem alguns tipos de intervenções onde os impactos podem ser reduzidos.

Existem algumas pequenas soluções para as pessoas que desejam planejar um serviço funerário pensando no meio ambiente. Entre elas estão a utilização de um caixão biodegradável feito de papelão ou madeira bio, sem alças de metal. É possível, também, vestir o corpo com roupas de materiais biodegradáveis como algodão.

 

 

Equipe eCycle

HOLANDA - Alunos da Universidade Veiga de Almeida (UVA) e da Universidade de Ciências Aplicadas de Roterdã, na Holanda, uniram-se para pensar soluções para proteger o Rio de Janeiro da elevação do nível do mar provocada pelas mudanças climáticas. Os estudantes projetaram uma barragem de 9,5 quilômetros de extensão por 11 metros de altura, a ser implantada na Ponte Rio-Niterói, que ajudaria a evitar a inundação de parte dos municípios do Rio de Janeiro, incluindo o Aeroporto Internacional Tom Jobim-Riogaleão, Duque de Caxias, Magé, Guapimirim, Itaboraí e São Gonçalo.

O projeto é baseado em modelagem elaborada pelo Climate Central, organização sem fins lucrativos sediada nos Estados Unidos, e prevê um cenário crítico de mudanças climáticas, com aumento de 3 metros do nível do mar.

A UVA foi a única universidade brasileira a participar do desafio Protecting Delta Cities: International Student Challenge, promovido pela universidade holandesa. A iniciativa teve por objetivo estimular jovens pesquisadores de nove países a pensar em alternativas para proteger cidades localizadas em deltas e regiões litorâneas de um aumento de 3 metros do nível do mar. A lista das cidades potencialmente atingidas incluía o Rio de Janeiro; Nova Iorque, nos Estados Unidos; Durban, na África do Sul; e Taipei, na ilha de Taiwan.

Segundo Viviane Japiassú, professora dos cursos de graduação em Engenharia Ambiental e Mestrado Profissional em Ciências do Meio Ambiente da Universidade Veiga de Almeida e coordenadora do projeto Que Chuva É Essa?, na Holanda, a Universidade de Roterdã selecionou grupos de alunos para trabalhar sobre cada cidade. Estes uniram-se aos alunos da UVA em reuniões semanais, durante um mês, para elaborar uma proposta para a Baía de Guanabara.

As soluções formuladas pelos grupos foram apresentadas em um seminário realizado em novembro deste ano.

Viabilização

“A ideia é dar continuidade à colaboração, para ver como viabilizar a proposta e adequar algumas limitações que possam aparecer”, disse Viviane à Agência Brasil. Na semana que vem, o grupo da UVA terá uma reunião com representantes da prefeitura do Rio para falar sobre a proposta e os caminhos para viabilizar ou readequar o projeto.

De acordo com a professora, as cidades que estão na área costeira brasileira vão sofrer muito com o aumento do nível do mar.

Os alunos da Veiga de Almeida focaram o projeto na Baía de Guanabara, levando em conta a grande expertise da Holanda na construção de barragens marítimas. Todos os estudantes holandeses que participaram do desafio cursam engenharia civil, enquanto a maioria dos alunos da UVA estudam engenharia ambiental e apenas um, engenharia elétrica. O grupo teve ainda participação de estudante do mestrado profissional em ciências do meio ambiente, que integra o projeto de pesquisa e extensão Que Chuva É Essa?, que desenvolve estudos e ações voltados para a redução de riscos de desastres associados a chuvas extremas no Rio.

“O tempo todo a gente focou na importância socioambiental da Baía de Guanabara”, disse Viviane. A professora explicou que a solução não poderia se restringir a fechar a Baía de Guanabara. A opção pela implantação de uma barragem na ponte, e não na entrada da baía, objetivou permitir a circulação de navios no Porto do Rio, facilitando o tráfego marítimo de grandes embarcações, além de preservar o ecossistema local, que tem importância socioeconômica para comunidades do entorno, como a de pescadores artesanais.

“Uma vez que a gente consiga reter a elevação nesse ponto, protegerá também os municípios e o Aeroporto do Galeão, que seria inundado com esses 3 metros de elevação do mar”, explicou a professora.

Energia

O projeto dos estudantes prevê ainda a instalação de painéis solares na barragem capazes de gerar mais de 80 megawatts/hora de energia por dia, o suficiente para abastecer mais de 14 mil residências da região ou para bombear mais de 2 mil litros de água da baía de volta para o mar. Outro potencial de geração de energia descrito no projeto viria do aproveitamento da vibração gerada pelos veículos ao passarem na Ponte Rio-Niterói.

Dois rapazes e cinco mulheres formavam o grupo da Universidade Veiga de Almeida, e a turma olandesa tinha somente rapazes. No total, a equipe contou com dez participantes.

Uma das estudantes cariocas que integram o grupo é Larissa Stankevicius, que cursa o 8º período de engenharia ambiental. Após o choque cultural inicial, o grupo passou a se encontrar toda semana, para desenvolver a solução, contou Larissa. Ela disse à Agência Brasil que é preciso dar continuidade ao projeto, para que este venha a ajudar de alguma maneira, se for possível.

RIO DE JANEIRO/RJ - Pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostra que o plástico é responsável por 70% dos resíduos encontrados nos mares brasileiros. Segundo o estudo, realizado durante 2020, o isopor é o segundo resíduo mais presente, com participação de 10%.

Os dados, divulgados no último dia 25, são do projeto Lixo Fora D’Água, da Abrelpe, iniciado em 2018. De acordo com o levantamento, os resíduos coletados nas orlas das praias têm cerca de 10% de sua origem in loco, ou seja, nas próprias praias. O restante (90%) é proveniente de outras áreas urbanas.

“Constatamos que os resíduos no mar são predominantemente itens de consumo domiciliar. E os fragmentos de plástico e isopor deteriorados, por exemplo, indicam origem distante da praia”, destaca o diretor presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho.

Segundo a pesquisa, em 2020 houve uma queda drástica da presença no mar de itens como bitucas de cigarro, canudos e copos descartáveis. Em contrapartida, itens como tampinhas e lacres de garrafas plásticas continuaram a ser encontrados com frequência. Outros materiais também chamaram atenção, como sacolas plásticas de comércios e supermercados, hastes flexíveis, garrafas PETs, isopor, calçados e até assentos de vaso sanitário.

 

 

Bruno Bocchini - Agência Brasil

*PLANETA

MUNDO - Atividades como perfurações de óleo, explosões e trânsito de navios estão trazendo sérios riscos ao equilíbrio da vida nos oceanos. É o que revelou um estudo divulgado nesta pela revista Science.

Uma cacofonia de ruído industrial está impedindo os animais marinhos de acasalar, de comer e até de fugir dos predadores, avisam os cientistas.

Os resultados do estudo, que se pautou por mais de 500 artigos, mostram que as atividades humanas estão alterando drasticamente a paisagem sonora subaquática.

Baleias, golfinhos e outros mamíferos aquáticos que dependem das vibrações sonoras para se orientarem, estão entre os mais afetados.

Não raro, indivíduos dessas espécies estão ensurdecendo e, consequentemente, se desorientando, vindo a encalhar em praias.

“Com efeito, até o estalar dos glaciares que derretem nos oceanos polares e o barulho da chuva a cair na superfície da água podem ser ouvidos no profundo oceano”, diz Carlos Duarte, o autor principal do estudo, cientista marinho na Universidade de Ciência e Tecnologia King Abdullah, na Arábia Saudita.

Isso dá uma ideia do quão impactante pode ser o ruído industrial provocado por motores e perfurações no fundo do mar.

“Estes ruídos e o seu impacto precisam de uma maior atenção dos cientistas e legisladores”, alerta o cientista.

Contudo, de acordo com Duarte, grande parte do ruído causado pelo ser humano deveria ser fácil de reduzir.

Por exemplo, medidas como a construção de hélices e cascos de navios mais silenciosos e o uso de técnicas de perfuração que não causem bolhas e vibrações na água podem reduzir a poluição sonora para metade.

Além disso, investir em mais energia renovável diminuiria a necessidade de perfurações de petróleo e gás.

Para endossar o quão importante é encarar o problema da poluição sonora nos oceanos, o estudo mostra que houve um ressurgimento da atividade marinha em abril de 2020, quando o ruído dos navios, normalmente mais alto perto da costa, diminuiu à medida que os países entraram em confinamento devido à pandemia de covid-19.

Por ser este um problema a nível transfronteiriço, os resultados da pesquisa mostram que para realmente reduzir a antrofonia (ruído humano) nos mares e almejar um futuro bem gerido, será necessária uma cooperação global entre todos os governos. Conseguiremos?

 

 

*Por: HARDCORE

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