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SÃO PAULO/SP - A massa de ar polar que atinge as regiões sul, sudeste, centro-oeste e norte do Brasil a partir desta quarta-feira deve causar temperaturas bem baixas. Em regiões de maior altitude, as mínimas ficarão entre -6°C e -8°C. E durante ao menos três dias, as máximas não devem passar de 10°C. No sul, meteorologistas preveem geadas.

Os efeitos na agricultura podem ser devastadores. Por mais que na região sul as culturas sejam apropriadas para climas mais frios, as temperaturas negativas previstas para os próximos dias podem prejudicar muito a produção. Tanto que cooperativas e outras instituições do setor têm divulgado práticas para proteger as culturas e minimizar as perdas.

Mesmo assim, o perigo é grande. Geadas anteriores já prejudicaram a produção. Só em regiões como Franca, em São Paulo, o prejuízo é estimado em 15%, de acordo com a Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo).

A situação é mais dramática se levarmos em conta que 84% das propriedades da região sul se enquadram na categoria agricultura familiar, de acordo com dados da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) de 2017. São esses os produtores mais afetados pelos eventos climáticos, e também aqueles que menos têm condições de contratar os seguros rurais.

A questão é delicada. Em 2019, por exemplo, as estimativas davam conta de que apenas 10% a 15% da área agrícola total tinha algum tipo de apólice de seguro no país. A região sul está à frente das outras justamente por conta da experiências anteriores com eventos climáticos mais extremos. Os recursos são poucos, a burocracia para contratar os seguros é grande e muitos agricultores pequenos, aqueles que mais sofrem quando perdem a produção, não são elegíveis, ou precisam se contentar com apólices que não cobrem todos os riscos.

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Ainda há muito para avançar. Quando anunciou o Plano Safra 2021-2022 há cerca de um mês, a ministra Tereza Cristina criticou os recursos destinados ao seguro agrícola: apenas R$ 1 bilhão, quando a previsão original era de R$ 1,3 bilhão. Se a ministra não está satisfeita, imagine os produtores afetados. A democratização dos seguros no campo é uma pauta urgente, e eventos como essa queda na temperatura só reforçam a necessidade de uma política mais inclusiva.

 

 

*Por: André Sollitto, Editor da DINHEIRO RURAL

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