EUA - O presidente dos EUA, Joe Biden, participará de uma cúpula virtual dos países da Otan do Leste Europeu, realizada na capital romena, Bucareste, na segunda-feira, disse o presidente romeno Klaus Iohannis, com foco na segurança na região do Mar Negro e na Ucrânia.
A cimeira dos Bucareste Nove, um grupo de países europeus na extremidade oriental da OTAN, será organizada conjuntamente por Iohannis e pelo presidente da Polónia, Andrzej Duda, e visa coordenar as posições de segurança dos países da região.
"Fico feliz em dar as boas-vindas a Joe Biden no Bucharest9 Summit, que hospedo em Bucareste hoje", disse Iohannis em sua conta no Twitter.
"Junto com o presidente Andrzej Duda também daremos as boas-vindas a ... Jens Stoltenberg na preparação da Cúpula da OTAN, com foco nos laços transatlânticos, OTAN 2030, defesa e dissuasão no flanco oriental."
Biden, o Secretário-Geral da OTAN Jens Stoltenberg e os presidentes da Bulgária, República Tcheca, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia e Eslováquia farão videoconferências no encontro.
"Na ... declaração de que os nove vão publicar após a reunião, haverá a questão da segurança na região do Mar Negro e as questões de segurança relacionadas na Ucrânia", disse o chefe do Escritório de Segurança Nacional da Polônia, Pawel Soloch, a repórteres.
No início deste mês, Washington disse que poderia aumentar a ajuda de segurança para Kiev depois que a Rússia moveu tropas para perto de sua fronteira com a região oriental de Donbass, onde tropas ucranianas estão em conflito com separatistas apoiados por Moscou.
*Por: REUTERS
EUA - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu um aviso à China e a Rússia, 2 de seus maiores adversários, durante o 1° discurso ao Congresso nesta 4ª feira (28.abr.2021). O democrata acusou a China de realizar práticas comerciais desleais e disse que as ações do presidente Vladimir Putin terão consequências.
“Deixei muito claro para o presidente Putin que, embora não busquemos uma escalada, suas ações têm consequências”, afirmou o democrata. A declaração vem na esteira da imposição de sanções econômicas dos Estados Unidos à Rússia depois que um relatório da inteligência dos EUA apontou a interferência russa nas eleições norte-americanas de 2020 e ataques cibernéticos atribuídos a Moscou. Putin respondeu à medida expulsando diplomatas norte-americanos.
“Eu respondi de forma direta e proporcional à interferência da Rússia em nossas eleições e ataques cibernéticos em nosso governo e empresas –e eles fizeram as duas coisas e eu respondi”, disse Biden
A relação entre os 2 líderes têm se estremecido. Em março, Joe Biden disse que o Kremlin é um “assassino”. Putin respondeu e falou que Biden “não quer melhorar as relações” com a Rússia. Neste mês, o presidente norte-americano telefonou para o russo e propôs uma reunião para discutir “todas as questões” envolvendo os países.
A China também foi alvo de alfinetadas. Joe Biden afirmou que o país tem práticas comerciais desleais. “Os Estados Unidos enfrentarão práticas comerciais injustas que prejudicam os trabalhadores e as indústrias americanas, como subsídios para empresas estatais e o roubo de tecnologias e propriedade intelectual americanas”.
O democrata Biden afirmou que disse ao presidente da China, Xi Jinping, que os EUA defenderão os direitos humanos e a democracia. “A América não vai desistir de nosso compromisso com os direitos humanos e as liberdades fundamentais. Nenhum presidente norte-americano responsável pode permanecer em silêncio quando os direitos humanos básicos são violados. Um presidente tem que representar a essência do nosso país”, disse.
“Eu também disse ao presidente Xi que manteremos uma forte presença militar no Indo-Pacífico, assim como fazemos com a Otan na Europa –não para iniciar o conflito mas para prevenir o conflito”, disse Biden.
Assista à íntegra do discurso ao Congresso:
*Por: Beatriz Roscoe / PODER360
EUA - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deseja reverter os cortes fiscais que seu antecessor Donald Trump concedeu aos mais ricos para financiar um plano de gastos para beneficiar a classe média, informou nesta quarta-feira uma fonte do governo.
Biden aproveitará o discurso no Congresso programado para a noite para revelar seu Plano para as Famílias Americanas de 1,8 trilhão de dólares, que será financiado com o fim dos benefícios fiscais adotados por Trump e das brechas que permitem aos mais ricos pagar menos, afirmou a mesma fonte.
“O presidente vai propor uma série de medidas para assegurar que os mais ricos paguem os impostos correspondentes, resguardando ao mesmo tempo que ninguém que receba menos de 400.000 dólares por ano sofra um aumento de impostos”, afirmou o alto funcionário do governo que pediu anonimato.
O plano vai exigir a aprovação de um Congresso muito dividido, com uma leve maioria democrata, mas que não garante a tramitação dos projetos.
Um dos eixos é o investimento na edução da pré-escola, creches, ensino superior e outras questões pontuais que, segundo o governo, representam a base para a reconstrução da classe média do país.
O projeto vislumbra um corte fiscal de 800 bilhões de dólares para as pessoas de baixa renda, além de um um trilhão de dólares para investimentos.
Para o alto funcionário, o plano vai gerar uma “economia forte e inclusiva para o futuro”.
Para o governo, o objetivo dos cortes fiscais é reduzir a pobreza infantil e diminuir o preço das creches, para permitir que as mulheres permaneçam na força de trabalho.
Desta maneira seria formada uma “força de trabalho mais ampla, mais produtiva e mais saudável”.
O plano provavelmente será rejeitado pelos republicanos no Congresso, mas a Casa Branca acredita na aprovação com o potencial apoio e pressão dos eleitores.
Com a reforma, os mais ricos pagariam uma taxa de imposto de renda de até 39,6%, o que acabaria com o corte aprovado por Trump.
O plano também pretende acabar com as brechas e isenções fiscais para a renda de capital, o que permitirá arrecadar bilhões de dólares, segundo a Casa Branca.
Para o governo, a medida será suficiente para pagar os quase dois trilhões de dólares de gastos do programa de 15 anos, que pretende, segundo a administração democrata, tornar o país mais justo.
“Estas reformas pretendem fundamentalmente tornar mais justo o código fiscal”, disse a fonte da Casa Branca.
*Por: ISTOÉ
RÚSSIA - O presidente russo Vladimir Putin e seu homólogo americano Joe Biden podem se reunir em junho, informou a agência de notícias RIA no domingo, citando um assessor do Kremlin, em meio a tensões latentes entre Moscou e o Ocidente.
O assessor de política externa, Yuri Ushakov, disse que ainda não foi tomada uma decisão definitiva sobre a reunião.
"Tomaremos uma decisão dependendo de muitos fatores", disse Ushakov, que foi o embaixador russo nos Estados Unidos de 1998 a 2008.
Separadamente, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, citado pela RIA, disse no domingo que a proposta de Biden para o encontro foi recebida "positivamente" e agora está sendo considerada.
O jornal russo Kommersant, citando fontes não identificadas, disse que Biden ofereceu a Putin um encontro entre 15 e 16 de junho em um país europeu.
O Kremlin não respondeu imediatamente a um pedido de comentários da Reuters.
Putin e o então presidente dos EUA, Donald Trump, realizaram um encontro em Helsinque em julho de 2018.
No início deste mês, Biden pediu a Putin que reduzisse as tensões provocadas por um aumento militar russo na fronteira com a Ucrânia e propôs uma cúpula para lidar com uma série de disputas.
O Kremlin disse na época que uma cúpula dependeria do comportamento dos EUA, supostamente dizendo a Washington para descartar um plano para impor novas sanções à Rússia.
Os laços Rússia-EUA tiveram um novo revés no pós-Guerra Fria no mês passado, depois que Biden concordou quando questionado em uma entrevista se ele pensava que Putin era um "assassino" e Moscou chamou de volta seu embaixador em Washington para consultas.
(Reportagem adicional de Tom Balmforth)
*Por Vladimir Soldatkin / REUTERS
EUA - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na quarta-feira (14) que começará a retirar tropas do Afeganistão em 1º de maio para encerrar a guerra mais longa de seu país, rejeitando os apelos para que as forças norte-americanas permaneçam para garantir uma resolução pacífica para o conflito interno afegão.
Em um discurso na Casa Branca, Biden estabeleceu a meta de retirar todos os 2.500 soldados no Afeganistão até 11 de setembro. Ao sair de cena sem uma vitória clara, os EUA se abrem a críticas de que uma retirada representa uma confissão de fracasso de fato para a estratégia militar norte-americana.
"Isto nunca foi concebido como uma empreitada multigeracional. Fomos atacados. Fomos à guerra com objetivos claros. Atingimos estes objetivos", disse Biden, observando que o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, foi morto por forças dos EUA em 2011 e dizendo que a organização foi "degradada" no Afeganistão. "E é hora de encerrar a guerra sem fim".
O dia 11 de setembro será uma data altamente simbólica, marcando exatamente 20 anos dos ataques da Al Qaeda nos EUA que levaram o então presidente George W. Bush a iniciar o conflito.
Biden contemplava uma retirada em 1º de maio determinada por seu antecessor republicano, Donald Trump, mas disse que a retirada final começará neste dia e terminará em 11 de setembro.
"Sou agora o quarto presidente americano a presidir uma presença de tropas americanas no Afeganistão. Dois republicanos. Dois democratas. Não passarei esta responsabilidade a um quinto."
Uma coalizão de tropas lideradas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão deixará o país em coordenação com um plano de retirada dos Estados Unidos até 11 de setembro, disse o principal diplomata de Washington nesta quarta-feira, antes do anúncio formal do fim de duas décadas de combates.
Cerca de 7 mil militares, principalmente de países da Otan que não os EUA, mas também de Austrália, da Nova Zelândia e da Geórgia, superam as tropas norte-americanas de 2.500 efetivos no Afeganistão, mas ainda dependem de apoio aéreo, planejamento e liderança dos EUA para sua missão de treinamento.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse em Bruxelas que é hora de os aliados da Otan cumprirem o mantra segundo o qual foram ao Afeganistão juntos e partirão juntos.
"Estou aqui para trabalhar estreitamente com nossos aliados, com o secretário-geral [da Otan], com base no princípio que estabelecemos desde o início: chegar juntos, nos adaptar juntos e sair juntos", disse Blinken em um pronunciamento televisionado na sede da Otan.
*Por Phil Stewart e Steve Holland - Repórteres da Reuters
EUA - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu na segunda-feira (12) que os protestos contra a morte de um homem negro de 20 anos baleado pela polícia em Minnesota sejam pacíficos, e defendeu uma investigação completa do incidente.
Um vídeo mostrou Daunte Wright sendo baleado no domingo (11) na cidade de Brooklyn Center, em Minnesota, a poucos quilômetros de onde está sendo realizado o julgamento do ex-policial de Mineápolis, também em Minesota, Derek Chauvin, acusado de assassinar outro homem negro, George Floyd, no ano passado.
"É realmente uma coisa trágica o que aconteceu, mas acho que temos que esperar e ver o que a investigação mostrará", disse Biden a repórteres na Casa Branca. "Enquanto isso, quero deixar claro novamente: não há absolutamente nenhuma justificativa --nenhuma-- para saques, nenhuma justificativa para a violência. Protestos pacíficos, compreensíveis."
O chefe da polícia de Brooklyn Center, Tim Gannon, afirmou na segunda-feira que o incidente pareceu ter sido uma "descarga acidental" de uma policial que sacou sua arma em vez do taser (dispositivo não-letal) durante uma discussão após uma blitz de trânsito.
Biden disse que uma investigação será necessária para esclarecer os fatos. Ele acrescentou a repórteres que não tinha falado com a família de Wright, mas estendeu suas orações a eles e disse que entendia a raiva, a dor e o trauma na comunidade negra por causa dos incidentes repetidos de assassinatos por policiais.
Recursos federais estão sendo disponibilizados para ajudar a manter a paz e a calma, declarou Biden.
O incidente ocorreu no momento em que o governo Biden desistiu de uma promessa de campanha de criar rapidamente uma comissão de supervisão da polícia dos EUA, depois que uma autoridade sênior disse que o governo concluiu que o melhor seria uma lei para punir os policiais que usam força excessiva.
Os tumultos em Brooklyn Center ocorreram horas antes do reinício do julgamento do ex-policial Derek Chauvin. As manifestações foram reprimidas pela polícia local, que disparou gás lacrimogêneo e balas de borracha nos manifestantes que protestavam contra a morte de Wright, enquanto estes lançaram pedras, sacos de lixo e garrafas de água contra a polícia.
O prefeito ordenou um toque de recolher até as 6h e o superintendente de escolas local disse que o distrito recorreria ao ensino virtual nesta segunda-feira "por excesso de zelo".
O governador do Minnesota, Tim Walz, disse em um comunicado que está monitorando os tumultos "enquanto nosso Estado lamenta mais uma vida de um homem negro tirada pelas forças da lei".
A mãe da vítima, Katie Wright, disse a repórteres que o filho lhe telefonou na tarde de domingo para dizer que a polícia o havia parado por ter desodorizadores pendurados no espelho retrovisor, o que é ilegal no estado de Minnesota. Ela disse que pôde ouvir um policial falar ao filho para que saísse do carro.
"Ouvi uma briga, e ouvi policiais dizendo 'Daunte, não corra'", contou ela, em prantos. A ligação terminou, e quando ela ligou de volta, a namorada do filho atendeu e disse que ele estava morto no banco do motorista.
Em um comunicado, a polícia disse que os policiais pararam um homem por uma infração de trânsito pouco antes das 14h e descobriram que ele tinha um mandado de prisão pendente.
Quando a polícia tentou prendê-lo, ele voltou para o carro. Um policial atirou no homem, que não foi identificado no comunicado. O homem dirigiu vários quarteirões antes de atingir outro veículo e morrer no local.
* Com informações da Reuters
*Por Agência Brasil
EUA - Joe Biden está mais uma vez aumentando suas metas de vacinação. O presidente americano anunciou na terça-feira (6) que todos os adultos no país poderão ser vacinados contra a Covid-19 a partir de 19 de abril, quase duas semanas antes do previsto. A Califórnia vai suspender as medidas restritivas vinculadas à pandemia a partir de 15 de junho.
Até o final de maio, a grande maioria dos adultos americanos terá recebido uma primeira dose da vacina, diz Joe Biden. “Esse sucesso vai salvar vidas e permitir ao país retomar uma vida normal mais cedo”, acrescentou o ocupante da Casa Branca.
Vários estados já suspenderam as restrições para o acesso ao precioso imunizante e o presidente pretende generalizar a medida em nível federal duas semanas antes do previsto: “Até 19 de abril, em qualquer lugar deste país, qualquer adulto com idade superior a 18 anos pode ser vacinado. Sem regras confusas, sem restrições confusas", garantiu.
Mas Joe Biden continua a pedir que os americanos sejam extremamente cuidadosos. “A luta não acabou. Esse progresso pelo qual temos lutado para alcançar pode ser revertido. Agora não é hora de desistir. Ainda temos muito trabalho a fazer. Ainda estamos em uma corrida de vida ou morte contra esse vírus."
E como sempre que fala sobre a pandemia, o presidente tirou do bolso uma pequena nota em que faz a contagem das vítimas do coronavírus nos Estados Unidos. E para lançar a cifra do dia: 554.064 mortos.
Definida para alguns dias antes do início de verão na ensolarada Califórnia, a promessa do governador Gavin Newsom de reabrir a economia traz esperanças depois de mais de um ano de restrições para frear a propagação da Covid-19.
“A taxa de mortalidade está caindo, a contaminação está se estabilizando. Se mantivermos esse ritmo, estamos confiantes de que poderemos reabrir nossa economia a partir de 15 de junho. Mas isso com a condição de continuarmos usando a máscara e permanecermos vigilantes. Assim podemos ver a luz no fim do túnel", afirmou.
Se a Califórnia está começando a ver o fim do túnel, é graças à vacinação massiva e rápida de sua população. O estado acaba de ultrapassar a marca de 20 milhões de doses de vacina ministradas e o ritmo continua aumentando.
Até o final de abril, serão 30 milhões de doses e, em dois meses, as autoridades acreditam ter distribuído a primeira injeção para toda a população adulta. Um recorde no país para o estado que foi o primeiro a confinar sua economia e o mais afetado pelo coronavírus, com quase 60 mil mortes.
*Por: RFI
EUA - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, propôs nesta quarta-feira um uso abrangente do poder do governo para remodelar a maior economia do mundo e fazer frente à ascensão da China com um plano de mais de 2 trilhões de dólares que rapidamente esbarrou em resistência política.
A proposta de Biden tem como objetivo colocar o setor corporativo dos EUA como financiador de projetos que coloquem milhões de norte-americanos para trabalhar em obras de infraestrutura como estradas, bem como no combate à mudança climática e na promoção de serviços sociais, como atendimento aos idosos.
"É um investimento único em uma geração na América, diferente de tudo que já vimos ou fizemos", disse Biden em um evento em Pittsburgh. "É grande, sim. É ousado, sim. E podemos fazer isso."
A segunda proposta legislativa de Biden na casa dos multitrilhões de dólares em seus dois meses no cargo oferece suporte a uma economia abalada pela pandemia do coronavírus. Também promete fortalecer sindicatos e a resiliência do país às mudanças climáticas, objetivos progressistas há muito buscados.
Outra proposta econômica que Biden anunciará em abril pode acrescentar outros 2 trilhões ao custo do projeto.
Juntamente a seu pacote de alívio ao coronavírus recentemente promulgado e que tem valor de 1,9 trilhão de dólares, o plano de infraestrutura de Biden daria ao governo federal um papel maior na economia dos EUA do que tem tido em gerações, respondendo por 20% ou mais da produção anual.
O esforço prepara o terreno para o próximo conflito partidário no Congresso, onde parlamentares concordam amplamente que investimentos de capital são necessários, mas estão divididos quanto ao tamanho total do pacote e a inclusão de programas tradicionalmente vistos como serviços sociais.
A proposta do presidente foi recebida com frieza por conservadores e grandes grupos empresariais.
"Se haverá aumentos massivos de impostos e outros trilhões adicionados à dívida nacional, não é provável", disse o senador republicano Mitch McConnell, do Kentucky, o líder da minoria, um dia depois de Biden telefonar para informar-lhe sobre a proposta.
PAGANDO POR ISSO
Biden está ignorando uma promessa de campanha de aumentar os impostos para indivíduos ricos, pelo menos por enquanto, sem nenhum dos aumentos esperados na alíquota mais alta do imposto de renda ou na taxa sobre ganhos de capital.
O plano, em vez disso, aumentaria a alíquota do imposto corporativo de 21% para 28% e mudaria o código tributário para fechar brechas que permitem que empresas transfiram lucros para o exterior, de acordo com um documento informativo de 25 páginas divulgado pela Casa Branca.
Biden disse que o objetivo não é "atingir" os ricos, mas lidar com as divisões e desigualdades agravadas pela pandemia.
O plano estenderia o custo dos projetos por um período de oito anos e visa pagar por tudo isso em 15 anos, sem aumentar a dívida do país no longo prazo, disse um importante funcionário do governo.
Neil Bradley, vice-presidente executivo e diretor de políticas do maior grupo comercial do país, a Câmara de Comércio dos EUA, disse que, embora a organização compartilhe do senso de urgência de Biden na infraestrutura, seu plano está "perigosamente equivocado".
"Nós nos opomos fortemente aos aumentos gerais de impostos propostos pelo governo, que vão desacelerar a recuperação econômica e tornar os EUA menos competitivos globalmente --exatamente o oposto das metas do plano de infraestrutura", disse Bradley.
O plano inclui 621 bilhões de dólares para reconstruir a infraestrutura, como estradas, pontes, rodovias e portos, e um investimento histórico de 174 bilhões de dólares no mercado de veículos elétricos que define a meta de uma rede nacional de recarga até 2030.
A equipe de Biden acredita que um esforço dirigido pelo governo para fortalecer a economia pode tornar mais fácil competir com o aumento da concorrência e com uma ameaça à segurança nacional representada pela China.
Funcionários do governo também expressam seus objetivos no texto do projeto de combate à desigualdade econômica criada pela discriminação racial --um dos pontos, por exemplo, prevê lidar com a poluição do ar que afeta comunidades negras e hispânicas perto de portos ou usinas de energia.
O governo quer que o Congresso separe 400 bilhões de dólares para investimento na expansão do acesso a cuidados comunitários para norte-americanos idosos e pessoas com deficiência. A ideia é alcançar trabalhadores "mal remunerados e desvalorizados" dessa indústria, que são desproporcionalmente mulheres não brancas.
Há ainda 213 bilhões de dólares destinados a construção e reforma de casas sustentáveis e acessíveis, juntamente a centenas de bilhões de dólares para apoio ao setor manufatureiro dos EUA, reforço da rede elétrica do país, aprovação da banda larga de alta velocidade em todo o país e renovação dos sistemas de água para garantir água potável limpa.
SEGUNDO PACOTE LEGISLATIVO A CAMINHO
Biden está avançando com o projeto de lei enquanto tenta cumprir promessas de fornecer vacinas contra a Covid suficientes para todos os adultos até o fim de maio. A Casa Branca também está lidando com um aumento no número de migrantes na fronteira sul e com as consequências de uma série de tiroteios em massa.
O plano é uma das pernas da agenda "Construir Melhor" e um segundo pacote legislativo deve ser encaminhado em algumas semanas.
A expectativa é que o texto inclua expansão na cobertura do seguro saúde, extensão de benefícios fiscais infantis e licença familiar e médica remunerada, entre outros esforços voltados às famílias.
A presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, sinalizou que espera aprovar o plano de infraestrutura até 4 de julho, embora esse prazo possa facilmente ser descumprido, conforme os democratas, com maioria restrita na Câmara e no Senado, buscam obter um acordo em torno dos detalhes da proposta.
A disputa já começou, enquanto aliados pressionam pela inclusão de suas prioridades e republicanos sinalizam preocupações iniciais com o tamanho e o escopo do pacote.
Democratas moderados disseram que o pacote deveria ser mais direcionado a projetos tradicionais de infraestrutura para atrair votos republicanos, buscando um retorno à formulação de políticas bipartidárias.
Congressistas liberais querem enfrentar a mudança climática e a desigualdade econômica com recursos que reflitam o tamanho desses desafios.
*Por Jarrett Renshaw e Steve Holland / REUTERS
EUA - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quinta-feira que as projeções econômicas estão melhorando graças à recente aprovação de seu pacote de alívio à pandemia, de 1,9 trilhão de dólares, e a maioria dos economistas agora projeta que o crescimento neste ano ultrapasse 6%.
"Desde que aprovamos o Plano de Socorro Americano, estamos começando a ver novos sinais de esperança em nossa economia", disse Biden durante sua primeira entrevista coletiva desde que assumiu o cargo em janeiro.
"Desde que foi aprovado, a maioria... dos analistas econômicos aumentou significativamente suas projeções sobre o crescimento econômico que vai ocorrer este ano. Eles agora projetam que ultrapassará 6% de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto)."
Na verdade, isso pode subestimar a rapidez com que a economia pode crescer este ano, à medida que a distribuição das vacinas contra a Covid-19 ganha velocidade, permitindo maior liberdade de movimento e atividade, e à medida que o projeto de lei de estímulo eleva os gastos do consumidor.
Na semana passada, autoridades do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) sinalizaram esperar um crescimento de 6,5% neste ano, o que se alcançado registraria a expansão mais rápida desde os anos 1980, e alguns analistas do setor privado projetaram que a economia crescerá mais de 7% este ano.
Isso marcaria um aumento expressivo após a contração de 3,5% sofrida em 2020, a queda anual mais acentuada em mais de sete décadas.
Biden, um democrata em primeiro mandato, também apontou sinais de recuperação do mercado de trabalho. O número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego caiu para menos de 700 mil pela primeira vez desde que a pandemia desencadeou uma recessão profunda há cerca de um ano.
"Ainda nesta manhã, soubemos que o número de pessoas que se inscreveram no auxílio-desemprego semanal caiu em quase 100 mil", disse ele. "Ainda há muitos norte-americanos desempregados, muitas famílias sofrendo e ainda temos muito trabalho a fazer, mas posso dizer ao povo que a ajuda está aqui e a esperança está a caminho."
*Por Dan Burns / REUTERS
EUA - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na 5ª feira (11) que todos os adultos do país estarão elegíveis para receber a vacina contra covid-19 a partir de 1º de maio. Também afirmou que o país terá vacina para todos os norte-americanos até o fim de maio.
O democrata fez o anúncio em seu 1º pronunciamento em horário nobre, no mesmo dia em que completou 1 ano desde que a OMS declarou a pandemia de covid-19.
De acordo com o presidente, seu governo tem como meta atingir 100 milhões de doses aplicadas no 60º dia de gestão, ou seja, daqui a 10 dias. Durante a campanha, a promessa era bater a marca no 100º dia.
Biden afirmou que quando assumiu a Casa Branca, em 20 de janeiro, somente 8% das pessoas acima dos 65 anos haviam recebido ao menos uma dose da vacina. ”Hoje, este número está em 65%”, disse.
Também nesta 5ª, o democrata sancionou o pacote de estímulo econômico de US$ 1,9 trilhão. O “American Rescue Plan” ou “Plano de Resgate Norte-americano” inclui o pagamento de um auxílio de US$ 1.400 e de seguro-desemprego de US$ 300 por semana para 9,5 milhões de pessoas até setembro. Também inclui US$ 350 bilhões em ajuda a Estados e municípios endividados.
O democrata falou sobre os impactos da pandemia nos Estados Unidos no último ano. “Todos perdemos algo. Foi um sofrimento coletivo, um sacrifício coletivo”, declarou. Relembrou o número de mortos registrados no país e ressaltou que a quantidade é superior à de vítimas norte-americanas da 1ª Guerra Mundial, da 2ª Guerra Mundial, da Guerra do Vietnã e do atentado de 11 de setembro combinados.
O presidente caracterizou o momento atual como o período “mais escuro e mais difícil” que os Estados Unidos já atravessaram. Endereçou mensagens de esperança à população: “Encontrar luz na escuridão é uma coisa muito norte-americana a se fazer, talvez a coisa mais norte-americana a se fazer”.
“Estamos ligados pela dor, mas também estamos ligados pela esperança e pela possibilidade de dias melhores à frente”, disse.
O presidente disse que “se todos fizerem sua parte”, a retomada de encontros sociais e confraternizações poderá acontecer no dia da Independência dos Estados Unidos, em 4 de julho.
*Por: Beatriz Roscoe / PODER360
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.