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Pesquisa tem foco em mulheres pretas e pardas e convida participantes de todo o País

 

SÃO CARLOS/SP - Um projeto de iniciação científica, desenvolvido no Departamento de Enfermagem (DEnf) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem como objetivo avaliar a autoeficácia na amamentação através da teoria da interseccionalidade. A expectativa é analisar quais fatores estão envolvidos no protagonismo da população negra em relação à amamentação, para além de questões socioeconômicas. A pesquisa convida pessoas voluntárias de todo o Brasil para preencherem um questionário eletrônico.
O trabalho é realizado pela graduanda em Enfermagem Lara Furlan Batista, sob orientação de Natália Sevilha Stofel, docente do DEnf, e tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). De acordo com Batista, a teoria da interseccionalidade identifica que as diversas formas de preconceito e desigualdades sociais direcionadas a um grupo social se somam gerando novas vivências e consequências para aqueles que sofrem essas violências. "Por exemplo, a vivência de um homem negro e de uma mulher negra são completamente diferentes, uma vez que a mulher, além do racismo, também está exposta ao machismo. O mesmo vale quando comparamos uma mulher negra e uma mulher branca, como a mulher branca não sofre racismo, a vivência dela em comparação a mulher negra será diferente, mesmo as duas estando sujeitas ao machismo", exemplifica a pesquisadora.
Para a estudante, a pesquisa é importante pois, ao analisar a autoeficácia da amamentação por meio da interseccionalidade, permitirá compreender como ela é afetada pelas diferentes vivências das pessoas que amamentam, facilitando a compreensão dos motivos pelos quais alguns grupos - mulheres pretas e pardas - amamentam mais e por mais tempo que outros. "O diferencial do estudo está relacionado com a procura de evidenciar que, embora a taxa de amamentação presente entre mulheres pretas e pardas seja maior, há controvérsia, uma vez que elas enfrentam violências e situações que comprometem a eficácia do aleitamento humano com mais frequência do que as mulheres brancas", destaca ela.
Dentre as questões que serão analisadas, estão as variáveis obstétricas - ocorrência de violência, complicações gestacionais, paridade, cirurgias que podem influenciar na amamentação, pré-natal etc; e as variáveis interseccionais - incluem idade, gênero, raça/cor, renda, situação laboral, estado civil, moradia, escolaridade, apoio familiar e orientação sexual. Nesse âmbito, Batista expõe que "as opressões sociais podem influenciar de diversas formas na amamentação, desde sua eficácia até na continuidade do ato. Tudo depende da situação em que a/o/e lactante se encontra".
Para desenvolver a pesquisa, estão sendo convidadas pessoas a partir de 18 anos que tenham amamentado nos últimos dois anos. Os participantes precisam apenas responder este questionário online (https://bit.ly/3IcYq9J), que leva cerca de oito minutos. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa dos Seres Humanos (CAAE: 55688522.6.0000.5504).

BRASÍLIA/DF - A edição 2023 da Semana Mundial da Amamentação quer chamar a atenção para as dificuldades vividas por pais e mães que precisam dividir o seu tempo entre trabalho e bebês ainda na fase de amamentação. Assim, a organizadora do evento - a Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno - defende a ampliação da licença maternidade remunerada e a adequação dos ambientes de trabalho para mães e bebês lactantes.

A semana mundial começa nesta terça-feira (1º de agosto) e vai até o dia 7 com o slogan Possibilitando a amamentação: fazendo a diferença para mães e pais que trabalham. Entre os objetivos,  está o de informar sobre as perspectivas dos pais trabalhadores com relação à amamentação e paternidade.

Pretende-se, também, criar bases para a adoção de licença remunerada e suporte nos locais de trabalho, de forma a facilitar a amamentação de bebês; envolver as pessoas e organizações para melhorar a colaboração e o apoio à amamentação no trabalho; e conscientizar sobre ações de melhoria das condições de trabalho e apoio relevante ao aleitamento materno.

Pandemia prejudicou gestantes

Em nota divulgada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da entidade, Rossiclei Pinheiro, diz que a pandemia de covid-19 prejudicou as mulheres grávidas, uma vez que aumentou o risco de desemprego e dificultou o acesso a serviços de saúde nas diferentes etapas da gestação.

Segundo ela, a edição deste ano pretende “ajudar e facilitar o desenvolvimento de ações para defender os direitos da mulher trabalhadora que amamenta”.

Entre as medidas defendidas pela SBP, figuram a defesa da licença-maternidade com duração de 180 dias; o incentivo à implantação de salas de apoio à amamentação nos locais de trabalho; disponibilização de creches nas empresas ou próximas ao local; e a extensão da licença-paternidade para 20 dias.

Rossiclei considera fundamental o envolvimento de governos, sistemas de saúde, empresas e comunidades nessa causa, visando a promoção da autonomia das famílias e a manutenção de ambientes favoráveis ao aleitamento materno nos mais diversos ambientes de trabalho.

“Pretendemos fazer um balanço das mudanças nas configurações do local de trabalho e nas normas parentais, identificando as interferências do home office e atividades extradomiciliares, ouvindo pais de diferentes regiões no país. As perspectivas e necessidades dos pais nos ajudarão a entender melhor como as políticas de apoio ao aleitamento materno e a legislação podem ajudá-los”, acrescenta.

A SBP coordena, também, o Agosto Dourado, mês dedicado a ações que visam estimular o aleitamento materno. Neste período, a entidade e suas afiliadas promovem medidas - presenciais e virtuais - para conscientizar a população sobre a importância da amamentação.

 

 

Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil

SÃO PAULO/SP - O aleitamento materno é a principal fonte de alimentação e de nutrientes da criança nos primeiros meses de vida, por isso a campanha Agosto Dourado tem como objetivo incentivar e conscientizar sobre a importância da amamentação. Já a cor dourada foi escolhida por relação ao padrão ouro de qualidade do leite materno na alimentação do bebê, definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O leite materno é a base da vida, indispensável para um recém-nascido, é recomendado como alimentação exclusiva até os 6 meses. Isso porque possui tudo o que a criança precisa, como água, proteínas, gorduras, vitaminas e açúcares necessários para o crescimento e desenvolvimento do bebê de forma saudável, devendo ser complementado com outros alimentos variados até os 2 anos de idade ou mais. Além disso, o aleitamento materno é capaz de reduzir a mortalidade em crianças menores de 5 anos por causas evitáveis em 13%, diminuir o risco de desenvolver hipertensão, diabetes, colesterol alto, obesidade na vida adulta, além de proteger de infecções respiratórias e alergias.

Mas os benefícios não são apenas para as crianças, a amamentação ajuda as mães na perda de peso pós parto, protege dos riscos contra câncer de mama e ovário, reduz a ansiedade e previne a anemia. Aumenta também o vínculo com a criança, que é muito importante para o desenvolvimento emocional, além de trazer segurança e estimular os demais sentidos do bebê, por conta do contato próximo com o corpo da mãe, estimulando sua observação e reconhecimento, com o calor, seu cheiro e o som dos batimentos cardíacos. 

O aleitamento materno é recomendado em livre demanda, ou seja, sempre que o bebê desejar. Essa é uma informação importante a se destacar, porque muitas mães acabam por pensar que seu leite está fraco, o que deixa o bebê com fome e chorando por um longo tempo. No entanto, não é isso o que acontece. Na realidade, o leite só é digerido muito rápido, o que faz com o bebê sinta fome muitas vezes, em um curto período de tempo.

Muito mais do que incentivar a importância da amamentação, o Agosto Dourado também destaca a importância de toda a rede de apoio à mãe.  Afinal, essa não é uma tarefa tão simples quanto aparenta, porque cada pessoa é um ser individual e tem suas dores e dificuldades, mas toda rede de apoio é necessária para o sucesso deste ato de amor.

Porém, mesmo com tanta relevância, ainda não temos bons indicadores de sucesso para comemorar. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, apenas 9% das crianças são beneficiadas com o aleitamento materno exclusivo durante os seis primeiros meses de vida. Números esses que nos dão indicativos da necessidade da campanha feita com veemência e da conscientização em prol da amamentação. Afinal, ainda temos muito a fazer em prol do aleitamento materno que não acontece em um cenário tão reluzente assim.

 

Sobre o Hospital HSANP

Produto de investimentos de um grupo de médicos e gestores especializados na área de saúde que possuem mais de 15 anos de experiência, sendo assim referência na Região Norte da Grande São Paulo, buscando ser um dos melhores hospitais de toda a cidade a servir à densa população dessa região, com profissionais da área de saúde e operadoras de assistência médica com toda comodidade, evitando deslocamentos arriscados.

 

 

*Por Dr. Leopoldo Cruz Vieira, ginecologista obstetra do HSANP

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