Jornalista/Radialista
SÃO CARLOS/SP - O Teatro Virtual de Imersão, com inauguração marcada para o dia 10 de outubro, com a presença do Reitor da USP, Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior e da Vice-Reitora, Profª Maria Arminda do Nascimento Arruda, dentre diversas outras autoridades, corresponde a um anseio de mais de uma década do Centro de Divulgação Científica e Cultural da USP (CDCC) que ora se concretiza e que contou com o apoio de todas as unidades do campus e, em especial, com o valioso auxílio do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).
O Teatro Virtual de Imersão é uma sala de projeção especial, cujo conteúdo a ser exibido não é projetado numa tela plana - como em uma sala de cinema comum -, mas em uma superfície semiesférica - um domo - que proporciona à plateia uma sensação de imersão no conteúdo mostrado.
Quando o Teatro Virtual é usado com conteúdo astronômico, ele é mais conhecido como planetário, equipamento de divulgação científica utilizado em todo o mundo e que completou cem anos em 2025. Os planetários inicialmente exibiam apenas o céu noturno, com os movimentos característicos da Esfera Celeste, com a inserção de planetas com seus movimentos e brilhos característicos. Com a tecnologia associada à era digital, o planetário foi além da Astronomia e pode exibir conteúdos das mais diversas áreas do conhecimento.
Sendo um anexo do Observatório Dietrich Schiel, do setor de Astronomia do CDCC, na Área-1 do Campus USP de São Carlos, a ênfase será, claro, na Astronomia.
No entanto, desde o projeto inicial, esse equipamento foi pensado como "multiusuário", o que significa que se pode pensá-lo como um instrumento do Campus ou mesmo de outros campi e até de universidades parceiras, para ser usado das mais diversas formas: desde o auxílio pedagógico em uma aula que necessite de visualização em três dimensões, passando por uma simulação de um resultado de pesquisa avançada, ou mesmo fazer uma apresentação artística tendo como fundo um céu estrelado ou com temática "espacial".
O Teatro Virtual de Imersão conta com um projetor cuja luminosidade atinge 10 mil lumens e tem resolução de 4k. A projeção se dá em uma tela inflável de forma côncava e semiesférica com 10 metros de diâmetro. Possui 44 poltronas com reclinações variadas, dispostas em arcos com fileiras: as que ficam à frente reclinam mais do que aquelas que se localizam nas fileiras de trás. A disposição das poltronas segue o modelo moderno, ou seja, não ficam voltadas para o centro da sala. O patamar onde ficam as poltronas é elevado, de forma a termos o horizonte da projeção próximo do público, o que proporciona maior sensação de imersão. A plateia dispõe de uma poltrona para pessoas obesas e pode receber até dois cadeirantes por sessão. O equipamento de projeção se alia a um sistema de som 5.1 para permitir que a imersão seja, também, sonora.
O Observatório Dietrich Schiel aguarda, a partir do próximo dia 10 de outubro, o início das atividades do Teatro Virtual, quando passará a oferecer sessões de cúpula para o público escolar durante a semana e para o público espontâneo aos finais de semana. Será uma continuidade e uma ampliação das atividades que o Observatório vem conduzindo nesses quase quarenta anos de existência.
Em 2026, serão comemorados os 40 anos da fundação do Observatório, pelo que o Teatro Virtual/Planetário vem como um presente de aniversário e uma oportunidade para que o CDCC/Observatório continue a oferecer uma opção de lazer e de divulgação científica de qualidade à comunidade local.
SÃO CARLOS/SP - Você já parou para pensar de onde vem a energia que acende a luz da sua casa, carrega o celular ou movimenta o motor de um carro? Tudo isso é possível graças a um fenômeno descoberto no século XIX por Michael Faraday: a chamada Lei de Faraday, que explica como o movimento de campos magnéticos pode gerar eletricidade.
Embora seja a base de tecnologias essenciais, como geradores, motores, transformadores, carregadores sem fio e até fogões de indução, essa lei costuma ser difícil de entender em sala de aula. Afinal, como visualizar algo que não podemos ver a olho nu, como o campo magnético ou a corrente elétrica?
Foi pensando nisso que pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) desenvolveram uma solução criativa e acessível: um aparelho simples, baseado em um pequeno chip chamado ESP32, capaz de mostrar em tempo real como a eletricidade nasce a partir da variação de um campo magnético.
A ciência na tela do computador
No experimento, os alunos acompanham os dados diretamente no Excel, um programa usado no dia a dia de muitas escolas e até mesmo em casa. À medida que o teste acontece, surgem gráficos que mostram como uma bobina (um enrolado de fio condutor) influencia a outra. Assim, fica claro: quando a corrente elétrica de uma bobina muda, o campo magnético também muda — e isso faz com que apareça eletricidade na segunda bobina.
De forma simples, os estudantes podem “ver a lei de Faraday em ação”, algo que antes ficava restrito a fórmulas no quadro e explicações abstratas.
Para os alunos mais novos, essa proposta tem um efeito imediato: desperta curiosidade e motivação. Ao verem a ciência acontecendo diante dos olhos, muitos passam a se interessar mais por física e tecnologia. Isso ajuda a combater a ideia de que essas matérias são difíceis ou inacessíveis.
Além disso, a experiência incentiva a aprendizagem ativa. Em vez de apenas decorar fórmulas, os jovens participam do processo, testam hipóteses, analisam resultados e entendem como a teoria se conecta ao mundo real. Esse tipo de aprendizado fortalece o raciocínio lógico, a criatividade e até a capacidade de resolver problemas no dia a dia.
Benefícios também para as escolas
Para as escolas, o experimento traz vantagens práticas. O sistema é barato, portátil e fácil de implementar, não exige laboratórios sofisticados nem equipamentos caros. Assim, instituições com menos recursos também podem oferecer aos alunos atividades experimentais de qualidade.
Outro ponto positivo é a integração com diferentes disciplinas. Professores de física, matemática e até tecnologia da informação podem usar o mesmo recurso para trabalhar conceitos de forma conjunta, dentro da proposta de ensino conhecida como STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).
Com isso, as escolas conseguem enriquecer suas aulas, modernizar o ensino e preparar melhor os estudantes para os desafios do futuro, incentivando vocações científicas e tecnológicas desde cedo.
Para os professores, a maior conquista está em transformar um conteúdo considerado complicado em algo palpável e intuitivo. Ao invés de apenas decorar conceitos, os alunos interagem com o fenômeno, enxergam os resultados na tela e entendem, de maneira prática, por que a eletricidade funciona daquele jeito.
O projeto, apoiado por agências como CAPES, FAPESP e CNPq, mostra que não é preciso equipamentos caros ou complexos para despertar o interesse dos jovens pela ciência. Com criatividade e ferramentas acessíveis, é possível transformar a forma de ensinar, aproximando a física do cotidiano e ajudando a formar uma nova geração de alunos mais curiosos, críticos e preparados para o mundo.
Assinam este artigo, publicado na revista científica internacional “Physics Education”: Bruno Trebbi, Jéssica F. M. dos Santos, Antenor Petrilli e Luiz Antonio de Oliveira Nunes.
Confira o artigo científico relativo a este estudo no link a seguir - https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1361-6552/ae03fe
SÃO CARLOS/SP - Essa receita deliciosa de bolinho de mandioca que o canal Gabriel Freitas está nos ensinando, além de ficar extremamente saborosa, é livre de glúten, fica com um sabor e textura únicos e é a opção ideal para qualquer ocasião. Siga o passo a passo, e faça, é top!
Para fazer bolinho de mandioca iremos precisar para a massa de, maisena, manteiga, sal, mandioca e cheiro verde. Para o recheio vamos precisar de maionese, calabresa frita, mussarela e presunto ralados, cebolinha verde e orégano. Para o empanamento iremos utilizar farinha de rosca ou farinha panko, ovos e óleo. Primeiramente vamos preparar a massa de mandioca e o recheio seguindo as instruções. Em seguida iremos modelar os bolinhos conforme o passo a passo, passar no ovo + leite, empanar na farinha de rosca ou farinha panko, fritar em óleo quente, deixar dourar de ambos os lados, retirar e remover o excesso de óleo em papel toalha. Depois disso é só saborear!
ANDRE HOLMO / RECEITA TODA HORA
SÃO PAULO/SP - A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo está disponibilizando, a partir desta sexta-feira (3), 2 mil novas ampolas de álcool etílico absoluto para o tratamento de pacientes com intoxicação por metanol. Além desse reforço, já havia 500 unidades em estoque nos serviços de referência do Estado, assegurando a manutenção de uma reserva adequada para atender necessidades assistenciais.
“As primeiras horas após a ingestão de bebida alcoólica contaminada são decisivas para salvar vidas e o Estado de São Paulo está preparado com estoque do antídoto contra intoxicação por metanol”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva.
A aquisição foi realizada pela Secretaria de Estado e destinada aos centros de referência estaduais: Hospital das Clínicas de Campinas, de Ribeirão Preto e de São Paulo. Conforme nota técnica do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo, compartilhada com os 645 municípios e equipamentos de saúde, para obtenção de ampolas de álcool etílico absoluto, os serviços de saúde devem entrar em contato com os centros de referência com cópia da ficha de notificação do caso relacionado ao consumo de metanol.
Além do antídoto, a rede estadual reforçou a estrutura laboratorial para confirmar a presença da substância no organismo. O novo protocolo do Estado prevê que as amostras de sangue ou urina coletadas em casos suspeitos sejam analisadas em até uma hora pelo Laboratório de Toxicologia Analítica Forense (LATOF) do Departamento de Química da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, por meio de cromatografia gasosa, método considerado padrão ouro para detecção de metanol. A coleta é feita nas unidades de saúde e o Instituto Adolfo Lutz coordena a logística de transporte das amostras até o laboratório.
De acordo com a Secretaria da Saúde, o Estado já confirmou, até esta quinta (2), 11 casos de intoxicação por metanol, incluindo um óbito. Para enfrentar a cenário, o governo paulista mantém um gabinete de crise e ações conjuntas entre as secretarias da Saúde, Segurança Pública, Fazenda e Justiça.
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