Jornalista/Radialista
PIRACICABA/SP - A Polícia Militar inaugurou nesta quarta-feira (24) a Cabine Lilás de Piracicaba, que vai contemplar 52 municípios da região. O projeto, voltado ao atendimento especializado e humanizado para mulheres em casos de violência doméstica e familiar, funcionará no Centro de Operações da PM, localizado no bairro Jardim São Luiz.
O serviço está em fase de expansão em todo o interior do estado. Neste ano, já passou a funcionar nas áreas de São José do Rio Preto, Campinas, São José dos Campos, Bauru e Sorocaba.
“O nosso objetivo é facilitar e incentivar cada vez mais a denúncia e acolher a vítima em qualquer situação”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. “A Cabine Lilás centraliza em um único lugar todas as iniciativas do estado de proteção à mulher, como orientações de medidas protetivas, informações jurídicas, de atendimento à saúde, entre outras. É um serviço que salva vidas”, acrescentou.
O atendimento na Cabine Lilás é realizado exclusivamente por uma policial feminina. Durante uma semana, as agentes passam por treinamento na capital paulista, onde recebem instruções sobre direitos e redes de apoio às mulheres vítimas de agressão. A última turma foi formada no início deste mês.
Após a formação, as policiais são distribuídas para suas unidades de origem no interior do estado ou permanecem no próprio Copom da capital paulista, onde o serviço é oferecido desde março do ano passado. A previsão é que o serviço chegue a todas as regiões do interior até o final do ano.
O serviço funciona pelo número de emergência 190, da Polícia Militar. Na ligação, pode ser solicitado pelo atendente ou pela própria vítima, que é direcionada para uma sala reservada onde tem o tempo necessário para conversar, tirar dúvidas e receber informações sobre como se proteger naquele momento.
As vítimas passam a ter conhecimento sobre seus direitos e redes de apoio, como assistência jurídica gratuita, pensão alimentícia, guarda dos filhos, abrigos disponíveis, auxílio-aluguel e atendimento à saúde. Além disso, aprendem a usar os serviços do aplicativo SP Mulher Segura, do Governo de São Paulo.
Uma das funcionalidades do app é o registro do boletim de ocorrência sem sair de casa. O sistema também conta com o botão do pânico para casos de descumprimento de medidas protetivas pelo agressor. O aplicativo ainda oferece orientações sobre como acionar viaturas policiais em situações de ameaça ou violência.
A Cabine Lilás é mais uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo no combate à violência contra a mulher, seja ela física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial. O programa tem ajudado centenas de mulheres a interromper o ciclo da violência e denunciar o agressor.
Até agosto deste ano, foram realizados 11,1 mil atendimentos, com 66 prisões em flagrante por descumprimento de ordens judiciais.
SP por Todas
Para ampliar a visibilidade das políticas públicas para as mulheres, o Governo de São Paulo lançou no ano passado o movimento “São Paulo por Todas”. Entre as iniciativas estão o lançamento do aplicativo SP Mulher Segura e a criação de novas salas da Delegacia de Defesa da Mulher 24 horas.
Atualmente, o estado disponibiliza 142 DDMs territoriais – sendo que 18 funcionam 24 horas, e 170 salas DDM instaladas estrategicamente em plantões policiais, o que possibilita que a vítima seja atendida por videoconferência por uma equipe especializada.
SSP
SÃO PAULO/SP - O Palmeiras se aproximou dos R$ 60 milhões em premiação ao carimbar a vaga para a semifinal da Libertadores. Apenas o triunfo contra o River Plate rendeu R$ 12,2 milhões (2,3 milhões de dólares).
O QUE ACONTECEU
O Alviverde chegou 56,8 milhões, somando a premiação desde o começo da competição. É a quinta vez em seis anos que o clube paulista alcança a semifinal da competição continental.
A campanha perfeita na fase de grupos e a vaga nas oitavas garantiu ao Palmeiras 6,2 milhões de dólares - cerca de R$ 35,4 milhões. A quantia inclui o valor de participação na fase de grupos (US$ 3 milhões) somado ao bônus por cada uma das seis vitórias (US$ 330 mil por triunfo) e ao prêmio por avançar às oitavas (US$ 1,25 milhão).
A classificação para as quartas de final rendeu mais R$ 9,2 milhões (1,7 milhão de dólares). O time de Abel Ferreira eliminou o Universitário (PER) nas oitavas.
Caso avance à final, o Palmeiras garante, no mínimo, R$ 38,2 milhões - premiação ao vice-campeão. O campeão fatura R$ 131,2 milhões. O Alviverde enfrentará o vencedor de São Paulo e LDU (EQU) pela semifinal nos dias 22 e 29 de outubro.
por Folhapress
BRASÍLIA/DF - Em todo o país, 4,2 milhões de estudantes estão dois anos ou mais atrasados na escola. Eles representam 12,5% de todas as matrículas no Brasil. As informações são do Censo Escolar 2024, analisadas pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Apesar de ainda representarem uma importante parcela dos estudantes, os dados mostram que ao longo dos anos a distorção da relação idade-série vem diminuindo. Em 2023, eram 13,4% em atraso escolar.
A análise divulgada nesta quinta-feira (25) mostra que, apesar da melhora geral, o país ainda tem desafios no enfrentamento do atraso escolar. O Unicef aponta desigualdades principalmente quando se leva em consideração a raça/cor e gênero dos estudantes.
A distorção idade-série entre estudantes negros da educação básica é quase o dobro da registrada entre brancos, respectivamente 15,2% e 8,1%. O atraso também atinge mais meninos do que meninas, chega a 14,6% entre eles e a 10,3% entre elas.
Para a especialista de educação do Unicef no Brasil, Julia Ribeiro, o atraso escolar não deve ser visto como um fracasso unicamente do estudante, mas deve levar em consideração a conjuntura social e deve ser preocupação de diversos agentes, desde a família, aos governos, terceiro setor e comunidade escolar.
“Quando a gente fala em fracasso escolar, muitas vezes a gente responsabiliza o estudante, né? A gente precisa entender isso como uma cultura, como um conjunto de fatores que faz ou que contribui para que esses meninos e meninas comecem a reprovar, que eles entrem em uma situação de atraso escolar ou uma situação de distorção idade-série e fiquem mais propensos a abandonar a escola”, diz.
E complementa: “Quando o estudante entra em atraso escolar, ele passa a se sentir não pertencente à escola. Então, sobretudo, o convite que a gente faz é compreender que a situação singular acontece de forma diferente para os estudantes, acontece de forma diferente nos diferentes territórios. Então, compreender os motivos que estão por trás é algo que é fundamental. Para isso, é preciso ouvir os estudantes”.
Uma pesquisa realizada pelo Unicef e Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), em 2022, mostrou que 33% dos adolescentes acreditam que a escola não sabe nada sobre a sua vida e da sua família.
“A escola é o espaço que os estudantes passam mais tempo de sua vida, é um equipamento público que está presente em todos ou em quase todos os territórios. Então, ela é a política pública que está mais presente na vida dessas crianças e de suas famílias. Um terço dos estudantes dizerem que as escolas não sabem nada sobre sua vida e a vida de sua família é algo que é muito forte. Certamente para os estudantes que estão em um processo de desvinculação, se perceber não tão pertencente a esse espaço é algo muito significativo”, ressalta Ribeiro.
Como destacado por Ribeiro, uma das consequências mais preocupantes do atraso escolar é o abandono dos estudos. No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), embora os indicadores tenham melhorado ao longo dos últimos anos, muitos adultos (25 anos ou mais) ainda não têm ensino médio completo.
Em 2024, o país alcançou o maior percentual da série histórica, 56% da população adulta com ensino médio completo. Em 2016, início da série, eram 46,2%.
Maior escolaridade possibilita maior participação cidadã na sociedade, além de conferir melhores salários e melhores condições socioeconômicas.
De acordo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), ter um diploma de ensino superior no Brasil pode mais que dobrar o salário.
Para contribuir com governos e escolas, em parceria com o Instituto Claro e apoio da Fundação Itaú, o Unicef desenvolve a estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar, voltada para a elaboração, implementação e o monitoramento de políticas de enfrentamento da cultura de fracasso escolar nas redes públicas de ensino.
“Acreditamos na mudança e na transformação social por meio da educação e para alcançar esse objetivo é fundamental conhecer os desafios para estabelecer estratégias de enfrentamento. Trajetória de Sucesso Escolar do Unicef vem fazendo isso com excelência, oferecendo uma visão ampla do cenário atual e uma nova perspectiva para milhões de estudantes”, diz a diretora de Desenvolvimento Humano Organizacional, Cultura e Sustentabilidade da Claro e vice-presidente do Instituto Claro, Daniely Gomiero.
AGÊNCIA BRASIL
BRASÍLIA/DF - O Brasil não tem registros que relacionem o uso de paracetamol durante a gravidez com casos de autismo. É o que afirmou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na quarta-feira (24), depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citou a existência de ligação entre o uso de analgésico na gravidez e o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O caso ganhou repercussão no Brasil, sobretudo entre as mães de crianças com o diagnóstico de autismo. Pelas redes sociais ou em grupos de maternidade, relatos de preocupação e sentimento de culpa.
Para Rayanne Rodrigues, a preocupação maior foi com a “desinformação”. Estudante de Farmácia e mãe de uma criança com autismo nível dois de suporte, ela relata a empatia pelas mulheres que carregam o sentimento de culpa.
"Nós, como mães atípicas, ficamos preocupadas com o tamanho da desinformação que é repassada para frente. Uma mulher grávida já não tem um leque assim muito grande de medicamentos que pode ser tomado durante a gestação", afirmou
"Não é o meu caso, mas tem muitas mães que se culpam pelo filho ter o transtorno, ficam se perguntando o que elas fizeram de errado na gestação. E aí vem uma situação dessa e acaba culpabilizando mais ainda a mãe, sendo que nós não temos culpa. Vários fatores podem ocasionar o autismo", completou Rayanne.
Para tranquilizar a população, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, publicou nas redes sociais um recado sobre a falta de comprovação científica.
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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desmentiu, em suas redes sociais, a afirmação de que o uso de paracetamol durante a gravidez cause autismo nas crianças. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
"O Tylenol é causa do autismo? Mentira! Não existe nenhum estudo que comprove uma relação entre o paracetamol e o Tylenol com o autismo. Esse tipo de mentira coloca a sua vida e a vida do seu bebê em risco. A Organização Mundial de Saúde, a Anvisa, as principais agências internacionais de proteção à saúde, já deixaram claro: o paracetamol é medicação segura. Aliás, o autismo foi diagnosticado e identificado muito antes de existir paracetamol."
Após a declaração de Trump, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu uma nota relatando que “atualmente não há evidências científicas conclusivas que confirmem” a ligação do autismo e o paracetamol na gravidez. Na nota, a OMS também citou que nenhuma das muitas pesquisas sobre o assunto encontrou associação consistente.
A Agência de Medicamentos da União Europeia também disse que “atualmente não há novas evidências que exijam alterações nas recomendações atuais de uso” do medicamento pela instituição.
Apesar disso, a FDA dos Estados Unidos, agência reguladora equivalente à Anvisa no Brasil, anunciou ter começado o processo para modificar a bula do paracetamol no país, para refletir as supostas evidências, e informou que emitiu alerta para médicos dos Estados Unidos sobre o medicamento.
No Brasil, a Anvisa informa que o paracetamol é classificado em norma como medicamento de baixo risco e, por isso, faz parte da lista de produtos que não exigem receita médica. De acordo com a agência, a liberação de medicamentos no país segue "critérios técnicos e científicos rigorosos” para garantir qualidade, segurança e eficácia. Mesmo assim, esse tipo de remédio passa por monitoramento.
AGÊNCIA BRASIL
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