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Ivan Lucas

Ivan Lucas

 Jornalista/Radialista

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COREIA DO SUL - A Samsung lançou o Galaxy Z Flip 5 com uma grande novidade: uma tela externa bem maior. Não só isso, o celular conta com uma nova dobradiça que fecha “de verdade” e traz mais poder de desempenho.

A empresa é líder nesse segmento, mas vê agora uma competição mais acirrada. Um exemplo claro disso é o Motorola Razr 40 Ultra que chegou primeiro ao mercado brasileiro com uma “telona” no lado de fora.

Depois de pouco mais de uma semana usando o novo Z Flip 5, eu diria que eles acertaram em vários pontos. Mas a evolução não é das mais impactantes em comparação com o Z Flip 4.

 

Design clásico, só que melhor

O Galaxy Z Flip 5 é, facilmente, um dos celulares mais bonitos que a Samsung tem no seu catálogo. E que fique claro: ele é praticamente igual ao último modelo, que também já era muito bonito. Mas a Samsung corrigiu um problema das últimas gerações e eliminou o espaço que ficava no meio dos celulares quando estavam fechados. Essa é uma das grandes mudanças do celular.

Ele traz uma nova dobradiça que promete ser mais resistente e mantém o suporte para ficar fixo em diferentes posições. A grande sacada é que, quando você dobra para o formato compacto, o celular fecha "de verdade" e não fica com um espaço ali no meio.

Em tese, ao reduzir esse espaço, o celular pode ficar menos suscetível a danos a longo prazo. Tomamos como exemplo um Galaxy Z Flip 3 que acabou ficando com a película — que vem de fábrica e não deve ser removida — deteriorada exatamente no ponto de dobra. Dessa forma, pequenos detritos e sujeiras entraram no espaço entre ela e a tela, o que pode certamente gera preocupação.

Não só pela estética, a mudança no design deixou o celular 2 mm mais fino. E também impede que algo entre no espaço e possa danificar a tela, já que não existe proteção contra poeira, no geral — mas ele segue com proteção IPX8 contra água.

Mantendo as laterais mais retas e os cantos curvos, o Z Flip 5 também continua com uma estética dividida em duas cores. Há a parte espelhada, da tela, e a inferior — além da moldura de alumínio com o logo da Samsung no meio.

Ele está disponível nas cores verde claro, grafite, creme e rosa. Na loja online da Samsung, há as cores exclusivas cinza, azul, verde e amarelo. Vale notar que algumas opções mudam não só a cor da parte traseira, mas também da moldura.

E esse formato de concha, é claro, deve continuar fazendo sucesso nessa linha. É muito tranquilo levar ele no bolso ou até mesmo na mochila, até porque ele fica muito compacto quando está fechado. Mas em bolsos apertados isso pode ser um um problema.

 

A famosa tela externa

O principal destaque do Z Flip 5 é a sua tela externa. Ela é bem maior que a do último modelo, algo que a Samsung precisava fazer já neste ano. E eu digo "precisava" porque a Motorola já lançou o Razr 40 Ultra por aqui, enquanto a Oppo lançou o Find N2 Flip no mercado global.

Essa tendência já era esperada, mas isso não quer dizer que ela chegou sem nenhuma surpresa. Para efeito de comparação, a nova tela conta com 3,4 polegadas de tamanho, enquanto o Z Flip 4 tem uma telinha pouco prática de 1,9”. Diferente do rival da Motorola, ela traz um recorte próximo das câmeras que fica menos imersivo na comparação direta, mas funciona muito bem.

Eu vou citar alguns exemplos que você consegue fazer nessa nova tela:

  • Utilizar widgets;
  • Ver atalhos rápidos de apps, como Uber e Maps;
  • Pausar ou trocar de música;
  • Controlar fones de ouvido;
  • Acessar aplicativos;
  • Personalizar essa tela externa;
  • Ter uma prévia da câmera muito mais funcional;
  • Digitar em um mini teclado completo (o que não é confortável);
  • Assistir a um vídeo longo, um episódio de série ou um filme (o que não é nada confortável);
  • Gravar mensagens de áudio no WhatsApp, Telegram ou no seu app de mensagem favorito.

 

Mas nem todos os aplicativos são compatíveis com essa nova tela. Lá nas "Configurações", nos "Recursos avançados", você pode abrir o menu "Labs" e selecionar os apps que quer ver na tela de fora. A lista é pequena justamente porque poucos são oficialmente compatíveis, o que também vai demandar uma maior colaboração da Samsung com as empresas e desenvolvedores.

Se você quiser abrir desde uma rede social até um Wild Rift ou um Call of Duty, você pode. Eu não recomendo, principalemente no caso dos jogos, mas você pode. Só é preciso ir lá na Galaxy Store e baixar o Good Lock. Aí, em seguida, você baixa uma extensão chamada GoodStar e depois pode configurar qualquer aplicativo para usar na tela externa.

É claro que vai depender e muito da praticidade, mas também da interface de usuário. Tem app que funciona bem demais, como um que eu uso para controlar alguns gadgets de casa inteligente. Mas vários não são otimizados ou mesmo recomendados.

Existe um ponto que chamou a minha atenção e não foi de um jeito positivo. A tela externa não acompanha o hardware da interna, chegando apenas na taxa de atualização de 60 Hz. Isso dá uma leve impressão de que a experiência de uso sofre uma "quebra" quando você sai de uma tela e vai para a outra — principalmente se for da maior para a menor.

Você pode até pensar que seria exagero da minha parte, e eu não concordo e nem discordo dessa afirmação. Mas a Motorola lançou o Razr 40 Ultra com taxa de 144 Hz na sua tela externa, então impossível não era.

Talvez a Samsung tenha feito isso para não deixar o celular ainda mais caro do que já é. Mas será que uma taxa variável na nova tela não seria uma boa opção para poupar bateria? Isso porque ela é fixa em 60 Hz, inclusive no modo de tela sempre ligada — que é muito prático, por sinal.

Agora, uma dica boa para quem comprar o Z Flip 5: o celular vem configurado por padrão para desbloquear somente a tela interna usando o leitor de digitais. Ou seja, para fazer isso você precisa acessar os ajustes de biometria e ativar essa opção para a tela externa. Mas você também tem a opção de dar dois toquinhos na tela e, depois, fazer o desbloqueio.

Eu quase deixei passar, mas o Z Flip 5 também tem uma tela interna, que inclusive é a principal. Mas, aqui, as mudanças foram bem mais tímidas. Ele traz as mesmas 6,7 polegadas do Z Flip 4 em um painel AMOLED de resolução Full HD+.

E, é claro, ainda existe aquele vinco ali no meio da tela quando ela está aberta. Você só percebe que ele está ali quando passa o dedo ou dependendo do ângulo. Ou se prestar muita atenção. Nada que incomode ou atrapalhe, eu só achei legal ressaltar por aqui.

Nos meus testes, o Z Flip 5 manteve a taxa de atualização variável de 24 até 120 Hz, dependendo da atividade. E também a alta qualidade na reprodução e fidelidade de cores. A grande mudança é que ele atinge até 1.200 nits de brilho, com um pico de 1.750 nits. É fácil perceber isso quando você está em um dia bem ensolarado e consegue ler sem problemas algo no celular.

Se a gente colocar em perspectiva, a tela principal do Z Flip 5 é somente 0,1 polegada menor que a do S23 Ultra. Mas eles não são nada parecidos. A proporção de 22:9 do celular dobrável faz com que ele seja muito mais esticado. Isso também não é novidade.

 

Desempenho e bateria

A Samsung tem batido na tecla de que o Z Flip 5 é um S23, só que em um formato dobrável. Em grande parte, a "culpa" disso é do processador. O novo dobrável traz o Snapdragon 8 Gen 2 for Galaxy, que promete não só alto desempenho, mas também economia de bateria. Ele ainda conta com 8 GB de RAM e 256 GB ou 512 GB de armazenamento.

Na prática o desempenho do celular é, sim, muito bom. Se você quiser rodar jogos pesados ele vai fazer isso tranquilamente; se você quiser uma multitarefa mais prática também vai conseguir. Funciona tudo muito liso: desde a navegação mais casual, até o uso para trabalhar.

Ele só me pareceu esquentar um pouco mais que o S23 Ultra quando eu estava jogando ou filmando por muito tempo. Talvez, mais uma vez, por causa do tamanho compacto.

A parte boa, por outro lado, é que ele deve ser atualizado até o Android 17 e conta com cinco anos de atualizações de segurança. Isso é um tempo bem confortável de funcionamento.

Já a bateria dele continua com 3.700 mAh de capacidade, mas a Samsung garante que você consegue passar mais tempo com o celular ligado. O que não deixa de ser verdade, mas eu não achei a autonomia impressionante.

Em um uso regular, sem jogar por muito tempo ou sem assistir a tantos vídeos, eu consegui uma média de 5h a 6h de tela ligada por dia. Já em uso mais intenso ele pode precisar de uma carga antes do dia terminar.

Em testes mais diretos, consumindo conteúdo de vídeo por streaming e jogando alguns games por 1h (cada), conseguimos as seguintes médias de uso (com brilho de tela em 50%):

  • Straming de vídeo: -7% após 1h;
  • Jogos: -16% após 1h.

Ainda estamos falando de um celular muito compacto que vai lidar muito bem com tarefas do cotidiano, ou seja, ele entrega uma bateria confortável dentro desses parâmetros. Em nenhum dos dias de testes, por exemplo, eu cheguei ao final com algo perto dos 30% de energia sobrando, o que não dá muita margem para usá-lo até o começo da manhã do dia seguinte. Vale ressaltar, também, que ele continua com o carregador de 25 W na caixa.

 

As câmeras melhoraram muito?

Não existe um salto de câmeras entre o Z Flip 4 e o Z Flip 5, mas isso não significa que ele faça fotos ruins. O celular continua com dois sensores de 12 MP, sendo o principal com estabilização óptica de imagem (OIS) e o ultra-angular. Já as selfies são capturadas por um sensor de 10 MP.

A vantagem do formato flip é utilizar as câmeras principais para fazer selfies, tendo em vista que ele pode virar uma espécie de tripé com uma telinha de retorno para você ver o enquadramento e afins. Além disso, é mais prático para fazer até videochamadas.

Assim, com um hardware de câmeras não muito poderoso, o Z Flip 5 tem um salto maior, talvez, no processamento dessas imagens. As cores são bem saturadas, o alcance dinâmico também é muito bom e as fotografias ficam com um ótimo nível de detalhes e mantêm as texturas dos objetos e cenários.

Os vídeos também são favorecidos com o formato do celular. Você pode usá-lo como uma espécie de câmera de mão e isso pode ajudar em algumas ocasiões, mas vale notar que a estabilização óptica só está disponível no sensor principal. Ainda assim, o celular pode fazer filmagens em 4K com até 60 fps.

Mas, apesar da evolução também tímida, o celular da Samsung acerta muito bem na qualidade das fotos e vídeos. Até mesmo em ambientes noturnos ele consegue deixar os objetos mais nítidos, ainda que com ruído aparente.

 

Porém, vale destacar que esse não é um conjunto de câmeras muito versátil. O zoom digital não faz nenhuma mágica, logo, a falta de um sensor telefoto contribui com essa percepção. Se o seu foco é fotografia e, com isso, ter mais opções, eu diria que apostar no S23 Ultra ou no iPhone 14 Pro é mais recomendado.

 

Vale a pena?

Vale a pena comprar o Galaxy Z Flip 5? Sim, vale. Mas com ressalvas. Principalmente porque esse é um celular dobrável, e celulares dobráveis ainda são caros. Esse aqui custa de R$ 8 (256 GB) ou R$ 9 mil (512 GB) dependendo do armazenamento. Ou seja: se estiver mesmo interessado nele, espere por uma promoção ou redução de preço.

Também vale destacar um outro ponto. A bateria dele é satisfatória, mas eu não diria que é recomendada para quem precisa do celular para trabalhar o dia inteiro. Isso não é uma exclusividade da Samsung: o Razr 40 Ultra pode ganhar no hardware das telas, mas perde no desempenho geral, por exemplo, e também não tem uma autonomia muito prolongada.

Mas eu também diria que, se você quer apostar em um celular flip, esse aqui pode ser a melhor opção ao aliar um hardware poderoso e a tela externa. O primeiro ponto, é claro, está diretamente relacionado ao desempenho; e o segundo porque, de fato, a nova tela é bem prática e não está ali só de enfeite.

 

 

Wellington Arruda / TecMundo

BUENOS AIRES - A confiança no peso argentino caiu para novos patamares nesta quarta-feira, com a moeda chegando a 780 pesos por dólar no popular mercado negro, no qual os poupadores estão dispostos a pagar mais do que duas vezes a taxa oficial, agora fixada em 350 pesos por dólar.

O peso, em dificuldades há muito tempo e administrado por controles de capitais há anos, despencou esta semana após um resultado chocante nas eleições primárias levantar a possibilidade de que um economista libertário radical vença a eleição presidencial de outubro. As famílias correram para converter seus pesos em dólares, em busca de uma forma mais estável de proteger suas economias.

Na segunda-feira, o banco central desvalorizou a taxa de câmbio oficial em cerca de 18% e elevou a taxa básica de juros para 118% para proteger o peso e conter a inflação, que já está em mais de 113%, espremendo a poupança e os salários da população.

“A demanda por dólares continua sustentada, com as pessoas procurando se proteger e cada vez mais preocupadas com a aceleração da inflação após a desvalorização”, disse o economista Gustavo Ber, citando um “clima de incerteza política e econômica”.

A eleição primária de domingo terminou com o outsider Javier Milei, que prometeu dolarizar a economia e eventualmente acabar com o banco central, com a maior parcela de votos. O candidato enfrentará uma disputa em três vias na eleição geral de 22 de outubro.

Com o peso caindo, o governo tentou estabilizar a moeda local, reduzindo acesso a alguns mercados paralelos de câmbio, fechando o cerco em torno de negociantes informais de moedas nas esquinas e começando a discutir um teto para o preço da carne para conter a inflação.

O analista Salvador Vitelli, no entanto, disse que, apesar das novas medidas, mais uma desvalorização é esperada, mesmo depois de o banco central fixar a taxa de câmbio oficial em 350 pesos por dólar até a eleição.

“O mercado não parece acreditar que eles serão capazes de manter essa taxa de câmbio até outubro”, disse.

Os preços futuros do peso no atacado, um reflexo das expectativas sobre a provável trajetória do seu valor, mostram 460 pesos por dólar para outubro, 629 até o fim do ano e 890 até julho de 2024.

Milei, que recebeu 30% dos votos em eleições primárias abertas no domingo, enfrentará o bloco conservador de oposição de Patricia Bullrich, que ficou em 28%, e a coalizão peronista liderada pelo ministrado da Economia, Sergio Massa, que recebeu 27%.

Analistas veem uma inclinação a uma política econômica mais rígida, independente de quem vencer, embora qualquer novo presidente precise lidar com grandes desafios para estabilizar a economia, em meio a inflação de três dígitos, reservas escassas e um frágil acordo de empréstimo de 44 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional.

A promessa de dolarização de Milei, alguns acrescentaram, também estava levando mais pessoas a se livrarem de seus pesos, embora seja muito difícil de ser aplicada no curto prazo.

 

 

Reportagem de Walter Bianchi, Jorge Otaola e Lucinda Elliott / REUTERS

EQUADOR - O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador aprovou na noite desta quarta-feira (16), por unanimidade, o nome do candidato que vai substituir o centrista Fernando Villavicencio, assassinado na semana passada em Quito. O jornalista Christian Zurita será o novo candidato do movimento Construye nas eleições presidenciais de domingo (20).

“Por unanimidade, e com base no relatório submetido à nossa apreciação, validamos a candidatura presidencial” de Christian Zurita, “patrocinada pelo movimento Construye”, anunciou a presidente da CNE, Diana Atamaint, na plataforma X (antigo Twitter).

Antes de dar sinal verde a Zurita, de 53 anos, o CNE rejeitou um recurso feito pelo partido socialista Revolucion Ciudadana (Revolução Cidadã), do ex-presidente equatoriano Rafael Correa (2007-2017), que se opôs à candidatura do jornalista.

O Revolução Cidadã afirmou que Zurita era militante do partido de centro-direita Renovación Total (Reto) e que, portanto, não poderia concorrer pelo partido de centro Construye nas eleições presidenciais. O jornalista alegou que a assinatura de um documento que o ligava ao Reto era falsa. A comissão concordou e aceitou o pedido de "nulidade", disse Atamaint à imprensa.

"A impugnação apresentada à sua candidatura foi rejeitada, pelo o candidato não ser filiado a qualquer organização política. Assim, a sua candidatura foi aprovada, após verificação do cumprimento das condições previstas na lei eleitoral em vigor", informou a presidente da CNE.

 

Cédulas já estavam impressas

No dia das eleições, porém, é o rosto de Villavicencio que aparecerá nas cédulas, e não o de Zurita, já que o material já tinha sido impresso, indicou a CNE.

"O correismo tenta novamente nos silenciar, o que confirma o seu temor da nossa candidatura", havia declarado anteriormente o partido Construye, no X.

Antes de ser baleado, ao deixar um centro esportivo onde havia realizado um comício na zona norte da capital equatoriana, Villavicencio era o segundo colocado nas pesquisas de intenções de voto, com 12,5%, atrás da candidata da bancada do ex-presidente Correa, Luisa González (24%), conforme a mais recente pesquisa do Instituto Cedatos.

Depois do crime, o presidente Guillermo Lasso decretou estado de emergência por 60 dias em todo o país, o que lhe permite mobilizar as Forças Armadas nas ruas para garantir a realização das eleições.

O Equador tem enfrentado, nos últimos anos, um aumento do crime relacionado ao tráfico de drogas, o que quase dobrou a taxa de homicídios para 25 por 100.000 habitantes em 2022. Massacres ocorridos em prisões deixaram mais de 430 detentos mortos desde 2021.

 

 

Com informações da AFP

RFI

 

EUA - Uma corte federal de apelações dos Estados Unidos impôs na quarta-feira (16) limites ao uso de uma pílula abortiva amplamente comercializada no país, mas sua decisão ficou em suspenso enquanto a Suprema Corte decide se analisa o caso.

Tomada por um painel de três juízes da Corte de Apelações do Quinto Circuito, com sede em Nova Orleans, estado da Louisiana (sul), a decisão limita o uso da mifepristona às primeiras sete semanas de gravidez, em vez de dez, e proíbe a sua distribuição pelo correio.

Também pede que a pílula, utilizada em mais da metade dos abortos nos Estados Unidos, seja receitada por um médico. Apesar da decisão do painel de juízes conservadores, dois dos quais foram indicados pelo ex-presidente Donald Trump, o medicamento será mantido no mercado por enquanto.

Apesar de seu prolongado uso e validação médica no país, grupos antiaborto tentam proibir a mifepristona, alegando que a mesma não é segura.

Trata-se da mais recente disputa na batalha pelos direitos reprodutivos nos Estados Unidos. Em uma audiência em maio, os três juízes rejeitaram os argumentos do governo para que a decisão sobre a permissão do uso do medicamento ficasse com a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), que aprovou o seu uso há mais de duas décadas.

A FDA evitou emitir comentários sobre essa decisão, alegando que se trata de um processo que está em andamento.

Para a organização feminista Women’s March, essa decisão “está claramente baseada nos pontos de vista antiaborto de ativistas judiciais de extrema direita”. O grupo pediu à Suprema Corte que “proteja a mifepristona”.

O caso resulta da decisão de um juiz conservador de um tribunal distrital do Texas, que, inicialmente, proibiu o uso da mifepristona. Em seguida, um Tribunal do Quinto Circuito vetou essa proibição, ainda que tenha imposto restrições de acesso ao medicamento. Depois, o tema seguiu para a Suprema Corte, onde os conservadores têm maioria de 6-3.

A Suprema Corte manteve temporariamente o acesso à mifepristona, congelou as decisões dos tribunais inferiores e devolveu o caso ao Quinto Circuito, cuja última decisão também permanecerá em suspenso até que a mais alta corte do país decida se analisará o caso.

Esse seria o processo sobre aborto mais significativo a chegar à Suprema Corte desde que o tribunal anulou o direito constitucional ao procedimento em junho do ano passado.

 

– Consenso sobre segurança –

Para a ONG Centro de Direitos Reprodutivos (CRR, sigla em inglês), há um consenso científico sobre a segurança e eficácia da mifepristona. “O aborto com medicamentos é usado em mais da metade de todos os casos nos Estados Unidos, e a imposição de restrições obsoletas e não científicas irá prejudicar milhões de gestantes mais vulneráveis”, ressaltou.

A CRR apoia 13 mulheres que processaram o estado do Texas porque não tiveram autorização para abortar, apesar de a gestação ter colocado em risco a sua vida ou de que o feto não sobreviveria.

O aborto era considerado um direito nos Estados Unidos, mas a Suprema Corte o reverteu no ano passado, levando mais de uma dezena de estados a proibir, penalizar ou restringir esse procedimento.

Katie Daniel, diretora do grupo antiaborto Susan B. Anthony Pro-Life America, saudou a decisão do tribunal: “A FDA ignorou a ciência e suas próprias regras quando aprovou esse plano imprudente dos democratas de ‘aborto pelo correio’. Não descansaremos até que a FDA e a indústria do aborto, movida pelo lucro, prestem contas pelo sofrimento que causaram a mulheres e meninas, bem como pela morte de incontáveis crianças que iriam nascer.”

“A mifepristona ainda está disponível segundo a regulação existente, mas essa decisão está completamente arraigada na ideologia política e na ciência lixo”, manifestou o grupo de pesquisas para a Promoção de Novos Padrões em Saúde Reprodutiva.

A mifepristona é um dos componentes de um tratamento composto por dois medicamentos, que pode ser usado nas primeiras dez semanas de gravidez. O remédio tem um longo histórico de segurança e a FDA estima que 5,6 milhões de americanas tenham usado a pílula para interromper gestações desde que foi aprovada no ano 2000.

 

 

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