Jornalista/Radialista
Prejuízo já é quase o montante do auxílio emergencial pago a cada mês pelo governo federal; em outubro, retração no faturamento foi de 32%
SÃO PAULO/SP - Do início da pandemia, em março, até o mês de outubro, o turismo brasileiro perdeu R$ 46,7 bilhões em faturamento, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O valor é quase o total que o governo federal despendeu para o pagamento mensal do auxílio emergencial (R$ 50 bilhões). Considerando o melhor momento da série histórica – o ano de 2013 –, e tirando a inflação do período, a queda nas receitas já chega a 38,5%.
Só em outubro, por exemplo, o setor faturou 32% a menos do que no mesmo mês do ano passado (R$ 9,8 bilhões). Em setembro, vale dizer, as receitas somaram R$ 8,6 bilhões – o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 2011.
Para a FecomercioSP, o cenário de prejuízos a cada mês deve continuar no futuro próximo: isso porque há muitos negócios sendo fechados e, por consequência, muitos postos de trabalho encerrados. Por outro lado, a valorização de ações de empresas de tecnologia que atuam no turismo na bolsa de valores de Nova York é uma demonstração de que o mercado aposta em inovações tecnológicas também neste setor.
Companhias aéreas puxam retração
A retração do turismo até agora é encabeçada novamente pelo setor de transporte aéreo, que já faturou 52,2% entre março e outubro em comparação ao mesmo período de 2019. Ele vem, contudo, amenizando suas quedas a cada mês: caiu 64,6% em setembro; 68,8% em agosto e 78,1% em julho. As companhias enfrentam um longo período de baixa demanda de procura e mesmo de assentos, segundo a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac): em outubro, a redução de lugares nos aviões foi de 41%.
Depois do setor aéreo, o maior prejuízo nos meses da pandemia foi registrado pelas atividades de hospedagem e alimentação, que faturaram 30,3% a menos entre março e outubro de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado. Esses resultados negativos impactam no turismo como um todo, já que a retração da demanda por quartos de hotéis, por exemplo, afeta a baixa procura por passagens aéreas.
No período analisado, houve diminuição de faturamento entre as atividades culturais, recreativas e esportivas (-27,2%), as locadoras de veículos, agências e operadoras de viagens (-15%) e o transporte rodoviário intermunicipal e interestadual (13,5%).
Como sobreviver à crise?
Recentemente, uma pesquisa da FecomercioSP mostrou que quase um terço das pessoas (31%) querem viajar depois que a pandemia acabar – o que indica uma demanda reprimida à espera de condições para se realizar. É com base neste número que a Entidade vê alguns caminhos para o setor em 2021.
O primeiro deles é que os empresários mantenham os canais digitais ativos desde já, não apenas para ofertar pacotes e destinos, mas também para que os clientes tenham uma comunicação clara dos novos protocolos de segurança do turismo.
Além disso, com as incertezas da crise atual, muitos turistas procuram por locais com flexibilidade de cancelamento ou remarcação, além de possibilidades de reembolsos. Adaptar as reservas e os fluxos a esta especificidade do mercado representa uma vantagem significativa para agora e para o cenário pós-pandemia.
Nota metodológica
O estudo é baseado nas informações da Pesquisa Anual de Serviços com dados atualizados com as variações da Pesquisa Mensal de Serviços, ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são atualizados mensalmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e foram escolhidas as atividades que tem relação total ou parcial com o turismo. Para as que têm relação parcial, foram utilizados dados de emprego ou de entidades específicas para realizar uma aproximação da participação do turismo no total.
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do PIB brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.
MUNDO - A lutadora Darina Madzyuk é a nova contratada do Bellator para integrar a categoria peso mosca (até 56.7 kg.). A russa, de 29 anos, ganhou notoriedade no mundo das lutas após nocautear um homem de 240 kg. em uma luta amadora na Rússia, no último dia 30. O fato chamou a atenção de Scott Coker, presidente da franquia, que acertou sua contratação. A informação do acordo foi divulgada pelo veículo norte-americano Barstool Sports
Em uma luta de exibição no evento russo intitulado ‘Problema Nosso’, Mazdyuk pesou 63kg para encarar o ‘youtuber’ Grigory Christayakov, com 240kg. No combate, a mulher venceu o oponente em menos de 90 segundos de ação. No solo, ela acertou vários socos na cabeça do homem e venceu o combate. O vídeo acabou sendo repercutido nas redes sociais em torno do mundo.
Aos 28 anos, Darina Mazdyuk iniciou sua carreira em 2019 e conta com um cartel de quatro vitórias e uma derrota. Por se tratar de uma exibição, o nocaute contra Christayakov não entrou em histórico profissional. Ela ainda não tem data de estreia na organização.
*Por: Igor Ribeiro / SUPER LUTAS
MUNDO - Em um ano onde a economia mundial enfraqueceu diante da pandemia e do isolamento social, uma moeda foi muito valorizada, o Bitcoin. A criptomoeda tem disparado, atingindo uma alta de mais de US$ 20.000 por moeda esta semana. Existem agora mais de US $ 350 bilhões em Bitcoins no mundo, uma valorização incrível por um dinheiro virtual que não valia basicamente nada uma década atrás.
O dinheiro digital foi inventado em 2009 por um misterioso entusiasta da matemática que usava o pseudônimo de Satoshi Nakamoto. Em 2013, o valor de um único Bitcoin havia subido para mais de US $ 100, em parte graças à sua popularidade nos mercados ilegais online.
Uma jornalista do The New York Times contou que há 10 anos promoveu um jantar para uma dezena de pessoas desconhecidas apenas para gastar seus bitcoins que acabara de comprar. A conta de mil dólares foi paga com 10 bitcoins, o equivalente a 200 mil dólares hoje.
Segundo o relato, a jornalista estava descrente naquela nova moeda e chegou a achar que estava enganando o restaurante ao fazer aquele pagamento. Com a valorização do Bitcoin, ela resolveu ligar neste mês para o local. Ficou sabendo que o dono e a esposa se aposentaram, em parte graças aos seus ganhos em criptomoedas.
*Por: ISTOÉ DINHEIRO
MUNDO - A revisão da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul foi prorrogada para o próximo ano, de acordo com comunicado conjunto dos presidentes dos países do bloco (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), divulgado na tarde desta última quarta-feira (15). Considerada uma prioridade dos países integrantes do bloco, a medida vem sendo discutida com mais frequência desde 2019.
"Durante o semestre, os Estados partes continuaram com o processo de revisão da Tarifa Externa Comum (TEC), com vistas a impulsionar a competitividade do bloco e uma maior integração às cadeias regionais e globais de valor. Manifestaram seu compromisso de continuar com os trabalhos de revisão da TEC. Nesse contexto, decidiu-se renovar o mandato para apresentação da proposta de revisão da proposta na matéria", informou o comunicado. Pela manhã, foi realizada, de forma virtual, a 57ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e países associados. Em seu discurso, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Mercosul é “um aliado na promoção da agenda de reformas estruturais” e um "instrumento crucial” para que seus integrantes alcancem o crescimento econômico sustentado.
A TEC é um conjunto de tarifas cobradas sobre a importação de produtos e serviços de empresas dos países membros do bloco e tem como base a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) para produtos e serviços. O seu objetivo é estimular a competitividade entre os países do bloco. A tarifa tem uma estrutura de 11 níveis de alíquotas que variam de 0% até 20%, aumentando de acordo com o maior valor agregado do bem.
No comunicado conjunto, os países do Mercosul destacaram avanços nas tratativas para adequação do setor automotivo à união aduaneira, nas discussões com vistas à harmonização das regras de rotulagem frontal de alimentos e também a conclusão das negociações de um acordo sobre comércio eletrônico, que estabelece um marco jurídico comum para o setor dentro do bloco.
Acordos comerciais
Em relação às negociações internacionais, o comunicado conjunto reafirmou o desejo comum dos países de encaminhar a assinatura do Acordo de Associação entre o Mercosul e a União Europeia (UE), "instando a superar os obstáculos que têm impedido a finalização de um processo de mais de 20 anos de esforço conjunto por um acordo amplo, equilibrado e ambicioso". Aprovado em junho do ano passado, o acordo ainda precisa ser ratificado pelos países da UE e do Mercosul. Entretanto, a ratificação do acordo tem sofrido resistência por integrantes do bloco no Parlamento Europeu, que criticam a atuação do governo em relação à política ambiental.
O comunicado também cita como prioridade o encaminhamento de acordos comerciais com Canadá, Coreia do Sul e Líbano, além da revisão legal do acordo já firmado com Associação Europeia de Livre Comércio (Efta), formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.
Pandemia
Sobre o enfrentamento da pandemia, o comunicado destacou o intercâmbio de informações entre os países integrantes do bloco, como normas nacionais adotadas, controle sanitário em fronteiras, a transferência de tecnologia e a concretização de acordos que permitam a disponibilidade de vacinas e outros insumos.
Outros temas
Os países do do bloco sul-americano ainda citaram, entre as discussões da 57ª Cúpula, a importância da criação da Biblioteca Virtual do Mercosul e os avanços registrados em relação à consolidação do Estatuto da Cidadania do Mercosul, previsto para ser finalizado no aniversário de 30 anos do bloco, celebrado em 2021. Os estados partes também expressaram, no comunicado, a vontade de avançar com o processo de adesão da Bolívia ao Mercosul, país que integra o bloco como associado, mas está em processo inclusão definitiva.
*Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
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