Jornalista/Radialista
HOUSTON - A venda do First Republic Bank para o JPMorgan, na maior falência bancária nos Estados Unidos desde a crise financeira de 2008, trouxe certo alívio para os investidores, mas não espantou o temor de que mais bancos americanos possam estar com problemas, em meio a novos aumentos de juros no país, segundo analistas em Nova York. Um dos indícios foi a forte queda de ações de alguns bancos menores na terça-feira, 2, como o PacWest Bancorp, que encerrou o dia em baixa de 28%, e o Western Alliance, com recuo de 15%.
Um termômetro do setor, o índice SPDR S&P Regional Banking ETF, que reúne ações de bancos regionais, fechou o dia em baixa de 6,3%. Com os papéis despencando, as negociações de bancos menores em Nova York tiveram de ser suspensas várias vezes ao longo do pregão.
Em Wall Street, analistas dizem que a solução para o First Republic, o terceiro banco a quebrar nos EUA desde março, vendido para o JP em um leilão no fim de semana, resolve um problema de curto prazo, que ameaçava a estabilidade do sistema financeiro americano, mas não impede que outros bancos venham a pedir socorro. Só em poucas semanas de março, o First Republic teve saques de US$ 100 bilhões.
“A fragilidade de hoje nas ações dos bancos americanos é consistente com a visão de que o longo tempo que se levou para lidar decisivamente com First Republic e a destruição de valor que isso implicou garantem um prêmio de risco adicional”, avaliou o principal conselheiro econômico da Allianz, Mohamed El-Erian, ao comentar a piora das ações dos bancos americanos de terça-feira.
O vice-presidente e diretor associado para bancos da FactSet, Sean Ryan, gostou do negócio, que teve a participação de outros três bancos além do JP, incluindo o PNC. “No geral, isso é muito bom para a saúde da indústria; bancos zumbis criam um empecilho para todo o sistema financeiro”, disse ele.
Nova quebra
O CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, disse na teleconferência com investidores após a aquisição do First Republic que a solução para o caso praticamente resolve a crise bancária americana, embora “um outro pequeno banco” possa quebrar.
Como pano de fundo, a expectativa de mais subidas de juros nos EUA, o que poderia levar a novas saídas de depósitos dos bancos, além de pressionar seus balanços. Já nesta semana, o consenso em Wall Street é que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve elevar as taxas em mais 0,25 ponto porcentual.
O megainvestidor de Wall Street, Bill Ackman, fez novo alerta sobre o impacto da subida de juros nos EUA para o sistema bancário local. Em março, na esteira do fechamento de três bancos, ele já havia alertado que se o processo de aperto monetário não fosse pausado, mais choques ocorreriam.
“Eu reitero o que eu disse. Quando os juros dos MMF (money market funds, na sigla em inglês, os fundos de investimento mais líquidos dos EUA) atingirem 5% na quinta-feira, quem não vai sacar os seus recursos dos bancos locais?”, questionou Ackman, em referência ao impacto da elevação dos juros na decisão dos investidores de onde investir.
Banqueiros cautelosos
Os próprios banqueiros de Wall Street já haviam antecipado na recente divulgação de resultados que não havia uma “crise” no sistema americano, mas que mais dominós da indústria poderiam sofrer abalos e virem a cair. “Não estamos em uma crise bancária. Mas tivemos uma e pode ainda ter uma crise em alguns bancos”, disse o CEO do Morgan Stanley, James Gorman, em conversa recente com investidores e analistas.
Entre os analistas, os estrategistas da gestora Riverfront, Chris Konstantinos e Kaetlin Collins, avaliam que a ação dos reguladores americanos conseguiu conter o risco sistêmico, mas não devem evitar uma desaceleração no crédito, especialmente para menores empresas e o setor imobiliário. A maior cautela dos bancos para emprestar pode ajudar a piorar os resultados dos bancos pela frente e deve afetar a atividade econômica.
O economista-chefe para os EUA da Capital Economics, Paul Ashworth, alerta que a demanda de bancos pela janela de redesconto do Fed, uma forma de tomar empréstimos oficiais do banco central, continua “extremamente elevada”. Ainda há uma fuga de depósitos, especialmente dos bancos menores, enquanto os juros avançam e levam investidores a buscarem alternativas que oferecem retorno mais alto, como fundos de investimento.
Nesse ambiente, o governo americano, que teve de intervir nos três bancos que faliram desde março, pode ter de mudar regras para o setor. A Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), o fundo garantidor de crédito dos EUA, revelou um conjunto de propostas de reformas das regras sobre seguros que protegem depósitos em bancos no país. A agência pode ampliar o limite de proteção de depósitos especificamente para empresas e pode remover o teto para a garantia aos valores depositados nas instituições financeiras, atualmente em US$ 250 mil.
por Altamiro Silva Junior, Aline Bronzati e André Marinho / ESTADÃO
ARARAQUARA/SP - A tentativa de compra de uma motocicleta acabou dando um prejuízo para um homem de 36 anos, isso porque ele foi vítima da lábia de um estelionatário, na cidade de Araraquara.
O fato, segundo o rapaz, teria ocorrido na manhã de terça-feira (2). Na delegacia, ele disse que negociou a moto após visualizar uma publicação na internet.
A vítima entrou em contato com o anunciante e uma pessoa respondeu dizendo ser a esposa do proprietário da moto. Pouco depois, o suposto vendedor entrou em contrato com o comprador e deu detalhes sobre a moto e o motivo da venda.
Durante a conversa, o homem disse que a moto era de seu cunhado, mas ele a estaria “passando” pra frente, pelo motivo do cunhado não conseguir pagar a motocicleta.
Apesar da conversa toda truncada, o golpista conseguiu convencer a vítima a se deslocar até o endereço do verdadeiro proprietário da moto. Depois de ver a motocicleta e não comentar sobre o “intermediário”, o comprador fez um PIX de R$ 2 mil.
O verdadeiro dono da moto não recebeu esse primeiro PIX e então alertou para o rapaz não fazer mais nenhuma transferência, porém, a vítima não se atentou e fez mais dois PIX, totalizando um prejuízo de R$ 5.100,00. Após as transferências, o golpista bloqueou o número e o rapaz não conseguiu mais contato.
Na delegacia o caso foi registrado como Estelionato e deve ser apurado.
ARAÇATUBA/SP - Um homem foi preso suspeito de estuprar o enteado de 10 anos, na cidade de Araçatuba. A prisão ocorreu no último sábado (29) no Jardim Águas Claras.
Segundo a Polícia Militar, uma equipe em patrulhamento viu o homem sendo contido por vários moradores. Questionados, eles contaram aos policiais sobre o suposto crime.
Conforme a PM, os moradores disseram que uma criança do bairro havia contado para um vizinho que tinha sido estuprada pelo padrasto duas vezes. Segundo a polícia, o menino disse que o homem esperava a companheira sair de casa para estuprá-lo.
O homem de 37 anos foi preso em flagrante e um boletim de ocorrência por estupro de vulnerável foi registrado. Na delegacia, a mãe da vítima disse que não viu nenhum dos abusos. O Conselho Tutelar foi acionado.
O criminoso foi encaminhado para o presídio de Penápolis (SP). Ele já tem passagens pela polícia e responde processo por estuprar o filho, de 12 anos.
A Polícia Civil vai investigar o caso.
Entorpecentes foram apreendidos entre agosto e dezembro de 2022
ARAÇARIGUAMA/SP - Policiais do Departamento de Investigações Sobre Narcóticos (Denarc) fizeram a incineração de quase quatro toneladas de entorpecentes na manhã de terça-feira (2), em Araçariguama.
A destruição dos entorpecentes, acompanhada por agentes do Ministério Público e da Vigilância Sanitária, aconteceu na instalação de uma siderúrgica da região.
As drogas incineradas foram apreendidas pelas polícias Civil e Militar no período entre agosto e dezembro de 2022, em todo o estado.
Aumento nas apreensões
O tráfico de drogas é combatido com empenho pelas forças policiais do estado. No primeiro trimestre de 2023, mais de 43 toneladas de entorpecentes foram apreendidas. O número representa aumento de 26,3% em comparação com o mesmo período de 2022, que registrou 34 toneladas.
O mês de março registrou aumento ainda maior, de 42,5%: foram 16,3 toneladas de drogas retiradas das ruas, contra 11,4 em março do ano passado.
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