Jornalista/Radialista
IBATÉ/SP - Quatro Guardas Civis Municipais de Ibaté participaram do Curso de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) Tático, realizado na cidade de Borborema (SP).
O treinamento, ministrado pelo instrutor Hericon, da GCM de Paulínia, teve duração de dois dias e reuniu 27 participantes, entre guardas municipais de Ibaté, Monte Alto e Borborema, além de alunos do curso de formação da GCM de Catanduva e agentes do sistema de administração penitenciária do Estado de São Paulo.
O APH Tático é voltado especialmente para profissionais de segurança pública que atuam em situações de risco. O curso aborda procedimentos de cobertura, retirada de vítimas em ambientes hostis, primeiros atendimentos emergenciais e transporte até o hospital, preparando os agentes para agir de maneira eficiente em ocorrências de combate ou em circunstâncias adversas.
A participação dos guardas de Ibaté reforça o compromisso da corporação com a constante capacitação de seus agentes. Neste ano, a GCM do município já havia treinado onze profissionais no curso de APH convencional, ampliando a qualificação da equipe para o pronto atendimento da população em situações de emergência.
ADAMANTINA/SP - Um caminhão carregado com quase oito toneladas de maconha foi interceptado pela Polícia Militar Rodoviária na rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, em Adamantina, no interior de São Paulo, na quinta-feira (25). Essa é a maior apreensão de drogas no semestre.
O flagrante aconteceu no decorrer da Operação Impacto, com apoio da Polícia Federal, por meio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco). A equipe realizava fiscalização, quando abordou um caminhão com placas de Santa Catarina.
O condutor aparentou estar nervoso com a presença dos policiais e deu informações desconexas, aumentando as suspeitas.
Durante a vistoria no veículo, policiais do 2° Batalhão de Polícia Militar Rodoviária encontraram centenas de tijolos de maconha escondidos em meio a uma carga de gesso. O total de entorpecente recolhido ultrapassou as 7,8 toneladas. Além da droga e do caminhão, o celular do motorista também foi apreendido.
Foi constatado que ele teria carregado o automóvel com as drogas em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, para levar até a cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
O homem foi encaminhado à Delegacia de Polícia Federal de Marília, onde permaneceu preso por tráfico de drogas.
SÃO CARLOS/SP - Um estudo internacional envolvendo pesquisadores da Texas A&M University (EUA) e do Instituto de Física de São Carlos IFSC/USP apresentou uma nova estratégia para acompanhar e prever como bactérias desenvolvem resistência a antibióticos ao longo do tempo.
A pesquisa, publicada na revista Antibiotics, mostra que a resistência bacteriana — problema crescente de saúde pública mundial — não deve ser vista apenas como um estado fixo, em que a bactéria é “resistente” ou “não resistente”. Pelo contrário, trata-se de um processo dinâmico e progressivo, que pode ser monitorado desde os primeiros sinais de adaptação das células.
Como funciona a técnica
Os cientistas utilizaram a espectroscopia no infravermelho (FTIR), um método capaz de identificar as “impressões digitais químicas” de biomoléculas presentes nas bactérias. Essas informações foram combinadas com algoritmos de inteligência artificial, que analisaram padrões e permitiram prever como os microrganismos reagem à exposição contínua a diferentes antibióticos.
No experimento, amostras da bactéria Staphylococcus aureus foram tratadas com três medicamentos comuns — azitromicina, oxacilina e trimetoprima/sulfametoxazol. Os pesquisadores coletaram dados em diferentes intervalos de tempo (24, 72 e 120 horas) e observaram mudanças graduais nos perfis bioquímicos das bactérias. Com a ajuda da inteligência artificial, foi possível identificar sinais precoces de resistência já nas primeiras 24 horas de contato com os fármacos, com índices de acerto que chegaram a 96%.
A resistência bacteriana acontece quando bactérias sofrem mutações genéticas ou adquirem genes de outras bactérias que as tornam capazes de sobreviver mesmo na presença de antibióticos. Isso significa que medicamentos antes eficazes passam a não funcionar mais.
Esse processo é favorecido pelo uso excessivo ou inadequado de antibióticos, como em tratamentos interrompidos antes do tempo recomendado ou no consumo de remédios sem prescrição médica. Outro fator de preocupação é o uso indiscriminado de antibióticos em animais de criação, que pode contribuir para a disseminação de bactérias resistentes no meio ambiente e nos alimentos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as chamadas “superbactérias” já causam mais de 1,2 milhão de mortes por ano no mundo. Infecções comuns — como as urinárias, respiratórias ou de pele — estão se tornando mais difíceis de tratar, e até mesmo procedimentos médicos de rotina, como cirurgias ou quimioterapia, podem se tornar arriscados se os antibióticos perderem eficácia.
Impacto da nova descoberta
Segundo os autores, o estudo aponta para uma mudança de paradigma no combate às infecções. Hoje, médicos muitas vezes só conseguem identificar a resistência quando ela já está plenamente estabelecida, limitando as opções de tratamento. A nova abordagem permitiria detectar precocemente os primeiros sinais de adaptação bacteriana, ajudando a escolher terapias mais eficazes e personalizadas antes que a resistência se consolide.
O avanço apresentado pelo grupo de pesquisa pode abrir caminho para sistemas de diagnóstico rápido em hospitais, capazes de guiar o tratamento em tempo real e reduzir o uso indiscriminado de antibióticos. Embora ainda precise ser testada em larga escala, a técnica se mostra promissora para o futuro da medicina personalizada, que busca oferecer a cada paciente um tratamento sob medida, com mais eficácia e menos riscos.
O uso consciente dos antibióticos é fundamental para que esses medicamentos continuem eficazes no futuro. Especialistas recomendam alguns cuidados simples:
Nunca use antibióticos sem prescrição médica. A automedicação aumenta o risco de selecionar bactérias resistentes.
Siga corretamente o tratamento prescrito. Interromper antes da hora ou tomar doses fora do horário enfraquece o efeito do remédio.
Não compartilhe antibióticos. Cada tratamento é indicado para um caso específico.
Não insista em antibióticos para gripes ou resfriados. Essas doenças são causadas por vírus, contra os quais os antibióticos não funcionam.
Mantenha boas práticas de higiene. Lavar as mãos, preparar bem os alimentos e manter a vacinação em dia ajudam a reduzir o risco de infecções e a necessidade de antibióticos.
Assinam este estudo os pesquisadores: Mitchell Bonner, Claudia Barrera Patino, Andrew Ramos Borsatto, Jennifer Soares,
Kate Blanco e Vanderlei Salvador Bagnato.
Confira o artigo científico sobre este assunto, publicado na revista internacional “Antibiotics” no link - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2025/09/antibiotics-14-00831-v2.pdf
Farinha, tomate e batata recuam; carnes continuam como maior peso do orçamento, segundo pesquisa do IEMB-Acirp
RIBEIRÃO PRETO/SP - A pesquisa mensal do custo da cesta básica da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) apontou nova redução em setembro de 2025.
O levantamento, realizado pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB-Acirp), mostrou que o valor médio da cesta foi de R$ 709,63, queda de 1,91% em relação a agosto, quando o conjunto de alimentos custava R$ 723,47
A coleta foi realizada em 18 de setembro, em 10 supermercados/hipermercados e 4 padarias distribuídas pelas regiões Norte, Leste, Oeste, Sul e Central da cidade.
De acordo com os pesquisadores do instituto, a redução está associada principalmente à ampla oferta de trigo e ao avanço da colheita de hortaliças, que aumentaram a disponibilidade no mercado e pressionaram os preços para baixo.
Itens em destaque
A farinha de trigo apresentou o maior recuo, de -23,09%, seguida pelo tomate (-13,02%) e pela batata inglesa (-9,78%). O movimento foi impulsionado pela colheita da safra de inverno e pela entrada de maiores volumes no atacado paulista.
Diferenças regionais
O estudo também revelou variações significativas entre as regiões de Ribeirão Preto. A região Central registrou o maior custo da cesta, de R$787,76, enquanto a zona Norte apresentou o menor valor, de R$669,14. As demais regiões apresentaram os seguintes valores: Leste (R$711,32), Oeste (R$669,24) e Sul (R$761,15).
Impacto no bolso do consumidor
As carnes seguem como o maior peso no orçamento, representando 44,44% do custo da cesta, seguidas por frutas e legumes (22,19%), farináceos (20,85%), laticínios (6,19%), leguminosas (3,27%), cereais (2,16%) e óleos (0,91%).
Com base no salário mínimo líquido de R$1.403,85, um trabalhador ribeirão-pretano comprometeu 50,55% de sua renda apenas com a cesta básica em setembro. Para a aquisição dos itens, foram necessárias 111,21 horas de trabalho, 2h17 a menos do que no mês anterior.
Segundo Lucas Ribeiro, analista do IEMB-Acirp, o resultado mostra uma pressão de oferta no curto prazo. “A desinflação observada decorre de condições de oferta mais favoráveis, refletindo o arrefecimento das pressões de preços de curto prazo nos alimentos”, destaca Ribeiro.
Metodologia
O levantamento do IEMB-Acirp segue o Decreto Lei nº 399/1938, que estabelece os itens e quantidades mínimas para suprir as necessidades nutricionais mensais de um adulto.
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