Jornalista/Radialista
No consolidado do primeiro semestre, o recuo tende a chegar a 20%, em razão do fechamento do comércio não essencial nos meses de março, abril e maio
SÃO PAULO/SP - Mesmo com a reabertura de parte das atividades em algumas regiões do Estado de São Paulo, anunciada recentemente pelo governador João Doria, a FecomercioSP estima queda de 33% no comércio varejista para o mês de junho. Assim, não deve haver muita procura para presentes no Dia dos Namorados, uma vez que também houve baixa na intenção de consumo das famílias. O prejuízo pode ultrapassar R$ 19 bilhões, comparado ao mesmo período no ano passado.
Já no primeiro semestre de 2020, o recuo deve ser de aproximadamente 20%, consequência do fechamento de parte do comércio não essencial nos meses de março, abril e maio. Nesse processo, considera-se também que a retomada gradual e faseada em junho, respeitando as condições regionais, deverá se dar de forma muito lenta, em que a grande parte do varejo não está operando de forma plena ao longo do mês, limitando, portanto, as vendas no Dia Dos Namorados.
O segmento de vestuário, que costuma apresentar altas em junho em virtude da compra de presentes para os namorados, tende a um recuo de 67% nas vendas e prejuízo de até R$ 3,5 bilhões. No acumulado do ano, a queda deve ser de 44%, refletindo também a baixa nas vendas no Dia das Mães.
O comércio varejista pode fechar 2020 com o pior desempenho de sua história. A FecomercioSP não espera uma recuperação rápida frente à crise, pois as famílias tiveram suas rendas encolhidas decorrentes das altas do desemprego e do endividamento, com a intenção de consumo drasticamente reduzida e focada apenas em produtos essenciais, como alimentos e remédios, tal como ocorreu na recessão de 2015/2016.
A estrutura do comércio varejista também voltará bem debilitada, com quadro reduzido de funcionários, endividamento, baixa liquidez e níveis de estoques inadequados.
Dicas aos empresários
A Federação orienta que os empreendedores busquem alternativas para manter a liquidez e o fluxo de caixa, com rigor para evitar endividamento e excesso. Para isso, recomenda-se fazer um levantamento de estoque, diminuir a margem de lucro e realizar promoções.
Para a possível reabertura anunciada, mesmo que de forma gradual, é o momento de pequenos comerciantes se unirem, compartilhando mailings e mercadorias por consignação. Além disso, existe a possibilidade realizar encomendas conjuntas com os fornecedores, a fim de chegar a preços mais atrativos.
Dados do início do ano não registraram impactos da pandemia do novo coronavírus; conjuntura atual, porém, aponta para uma piora dos níveis de insolvência causados pela Covid-19
ARARAQUARA/SP - O Indicador de Registro de Inadimplentes caiu 0,6% durante o primeiro trimestre do ano em Araraquara. No resultado interanual, a inadimplência registrou queda de 2,6%, enquanto nos dados mensais de março contra fevereiro, o índice cedeu 0,7%.
De acordo com o levantamento realizado pelo Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara, com base nos dados divulgados pela Boa Vista SCPC, o indicador relata o comportamento do mercado de crédito antes da pandemia de Covid-19 impactar o cenário econômico brasileiro, que vinha apresentando resultados positivos nos três primeiros meses de 2020.
Ainda em relação ao período, o indicador de recuperação de crédito subiu 0,4%. No valor interanual, a recuperação obteve queda de 3,8% e nos dados mensais de março contra fevereiro o índice cresceu 0,3%.
Indicadores de Inadimplência e Recuperação de Crédito – Araraquara
Fonte: Boa Vista (SCPC). Elaboração: Sincomercio Araraquara
Já os dados mais recentes divulgados para a região sudeste em abril evidenciam os primeiros sinais de retração econômica derivada da pandemia de Covid-19. A comparação mensal apresentou elevação de 5,2% da inadimplência. Na análise interanual, o indicador registrou aumento de 8,7% e, no acumulado de 2020 contra 2019, o número foi 2,2% maior.
Indicadores de Inadimplência e Recuperação de Crédito – Sudeste
Fonte: Boa Vista (SCPC). Elaboração: Sincomercio Araraquara
Cenário de incertezas
No começo de abril, a Boa Vista SCPC também promoveu uma pesquisa sobre os hábitos dos consumidores em meio à pandemia com aproximadamente 600 consumidores. Na amostra, a maioria dos entrevistados (52%) disse não ter condições de honrar todos os compromissos financeiros nesse momento e 80% já fizeram uma revisão do orçamento doméstico.
Questionados sobre por quanto tempo acreditam conseguir manter as contas em dia, 56% responderam que em até dois meses. Outros 12% afirmam ter fôlego entre três e quatro meses e 12% para mais de quatro meses. Os 20% restantes não souberam dizer por quanto tempo conseguem arcar com seus débitos.
Pesquisa sobre hábitos de consumo em meio à pandemia - Brasil
Fonte/Elaboração: Boa Vista (SCPC)
Esse elevado nível de incerteza frente à crise sanitária e política prejudica o desempenho da economia por tornar o futuro nebuloso. “Consequentemente, deterioram-se as expectativas das famílias que optam por evitar parte do consumo, dado que não existem garantias de manutenção da renda e do emprego no curto e médio prazo. O resultado é a retração no consumo e o agravamento da crise”, avalia Marcelo Cossalter, pesquisador do Sincomercio.
Com o auxílio emergencial que o governo federal destinou para a parcela mais vulnerável da população, garantindo uma renda básica, a meta é sustentar a demanda do mercado e amenizar os efeitos da crise sanitária sobre a economia. “E do ponto de vista do mercado de crédito, as sucessivas reduções da taxa básica de juros têm o propósito de permitir o financiamento das dívidas acumuladas tanto pelas empresas como pelas famílias e assim proporcionar maior capacidade de todos honrarem os compromissos financeiros”, ressalta João Delarissa, também pesquisador do Núcleo de Economia do sindicato.
Metodologia - O indicador de registro de inadimplência é elaborado a partir da quantidade de novos registros de dívidas vencidas e não pagas e o indicador de recuperação de crédito é elaborado a partir das exclusões de registros informadas à Boa Vista pelas empresas credoras.
Por efeito de uma alteração na disseminação dos indicadores regionais, por parte da Boa Vista (SCPC), os dados municipais passarão a ser divulgados trimestralmente e de forma agregada.
Serviço:
Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomercio)
Avenida São Paulo, 660 – Centro
Contato: (16) 3334-7070
IBATÉ/SP - Seguindo determinação do Ministério da Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde de Ibaté prorrogou a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe para até 30 de junho.
A terceira e última fase teve início no dia 11 de maio, com prioridade aos grupos formados por pessoas com deficiência, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas, professores e pessoas de 55 a 59 anos de idade.
A enfermeira chefe da Vigilância Epidemiológica, Paula Fiorani, conta que a meta era vacinar 10.274 pessoas dos grupos prioritários, sendo que, até o momento, foram vacinadas 70,85% das pessoas estimadas. “Diferentemente da meta nacional, aqui em Ibaté tivemos uma grande cobertura de vacinação contra a gripe influenza, restando apenas 29%”, explica.
Desde o início da vacinação, em 23 de março, no Brasil, 50 milhões de pessoas foram vacinadas, faltando ainda 28,3 milhões que ainda não receberam a vacina.
O secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário, “estamos com uma campanha em andamento e é fundamental que as pessoas que fazem parte dos grupos de risco, que ainda não se vacinaram, procurem os postos de saúde. Por conta do baixo alcance da meta nesses grupos prioritários, nós, em acordo com os estados e municípios, estamos prorrogando a campanha, de 5 para 30 de junho. É mais uma oportunidade para que os públicos de todas as fases, que ainda não se vacinaram, possam procurar de forma organizada as unidades de saúde”, explica.
A terceira e última fase foi dividida em duas etapas: a primeira ocorreu no período de 11 a 17 de maio, com foco nas pessoas com deficiência; crianças de seis meses a menores de seis anos; gestantes; e mães no pós-parto (até 45 dias). Nesta segunda etapa, que agora segue até o dia 30 de junho, estão os professores das escolas públicas e privadas, que devem apresentar o crachá funcional para comprovar o vínculo com alguma instituição; e os adultos de 55 a 59 anos de idade.
A vacina é importante para reduzir complicações e óbitos por influenza e não tem eficácia contra o novo coronavírus, porém, neste momento, irá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para a COVID-19, já que os sintomas são parecidos. E, ainda, ajuda a reduzir a procura por serviços de saúde.
SÃO CARLOS/SP - A vereadora Cidinha do Oncológico (PP) esteve reunida nesta quarta-feira (3) com o provedor da Santa Casa, Antonio Valério Morillas Jr.; o gerente de TI da Santa Casa, Paulo Segala; o secretário municipal de Saúde, Marcos Palermo; e a chefe de gabinete da Secretaria, Vanessa Barbuto, para divulgar a conquista de quase dois milhões de reais a para implantação de um sistema integrando todas as unidades de saúde pública no município (UPAs, UBSs, USFs, HU, Santa Casa e AME).
“Após diversos pedidos de emendas parlamentares enviados para o assessor parlamentar do deputado federal Guilherme Mussi (PP), Égio Jr., chegou aos cofres da Prefeitura R$1,2 milhão e estamos aguardando mais 400 mil reais em emendas parlamentares para implantação de um sistema informatizado integrando todas as unidades de saúde de São Carlos”, afirmou Cidinha.
A vereadora destacou que desde 2014 e como promessa de campanha tem lutado para que essa modernização fosse feita nas unidades de Saúde de São Carlos.
O sistema eletrônico deverá criar economia para os cofres públicos, administrando exames em duplicidade, pacientes que faltam em exames e consultas, dispensação de medicamentos e atendimentos em vários equipamentos de saúde, destacou Cidinha. Ele permite a possibilidade de manter os registros de pacientes por tempo indeterminado, facilitando a busca por data ou pelo médico responsável pelo prontuário e ainda evita erros de transcrição e legibilidade.
“Esse sistema é uma forma segura de guardar as informações do paciente e todo seu histórico médico, uma vez que não tem o mínimo perigo de perder esses dados”, argumentou a vereadora.
Além disso, é possível anexar outros materiais do paciente no sistema, como exames, anotações, possíveis intolerâncias que o paciente possa ter referente a algum tipo de remédio, entre outros. O sistema ainda possibilita a assinatura eletrônica do médico, garantindo a confiabilidade e continuidade ao tratamento.
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