Jornalista/Radialista
Museu de Arqueologia e Paleontologia fecha para dedetização e limpeza das caixas d’água
ARARAQUARA/SP - A Prefeitura Municipal informa que, nesta sexta-feira (07), o MAPA – Museu de Arqueologia e Paleontologia de Araraquara funcionará até às 14 horas e, depois deste horário, será fechado para a dedetização e também para a limpeza de suas caixas d’água.
O atendimento ao público será retomado na segunda-feira (10), das 09h às 17 horas. A Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Coordenadoria de Acervos e Patrimônio Histórico, comunica que, na próxima semana (dia 14), o Museu Histórico e Pedagógico Voluntários da Pátria e o CECRAD - Centro de Conservação e Restauração de Acervos Diversos também passarão pela dedetização e irão funcionar até às 14 horas.
O MAPA está localizado na Rua Voluntários da Pátria, 1485, na esquina da Avenida Portugal, região central da cidade.
SÃO PAULO/SP - Um sangramento no cérebro serviu como alerta para Sidney Magal. Em maio de 2023, o cantor foi internado no Hcor, em São Paulo, após passar mal durante um show em São José dos Campos. O diagnóstico foi de hipertensão arterial, uma condição que exige atenção, pois afeta um número crescente de pessoas. Para a revista Caras, a médica nutróloga Dra. Cibele Spinelli explica que a doença não tem cura e pode surgir por diversos fatores.
“A hipertensão arterial ocorre quando a pressão arterial sistólica é consistentemente igual ou superior a 130 mmHg e/ou a pressão arterial diastólica é igual ou superior a 80 mmHg, em medições realizadas em consultório”, afirma a especialista. Ela ressalta que a condição pode vir de fatores genéticos, ambientais e comportamentais, como consumo excessivo de sal, sedentarismo, obesidade, estresse e ingestão exagerada de álcool.
A médica afirma que não existe cura definitiva para o caso de Sidney Magal. Contudo, existe o controle da pressão alta com mudanças no estilo de vida e, se necessário, com remédios. Para quem convive com a condição, reduzir o consumo de sal, ter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas é essencial. No caso de Sidney Magal, ele pode precisar de medicament. Contudo, a especialista destaca que o controle de fatores de risco melhora a qualidade de vida.
Mayara Marques – FAMOSOS E CELEBRIDADES
SÃO PAULO/SP - Hidratação constante e toalha úmida por perto, recomenda a pesquisadora Tatiane Cristina Moraes de Sousa para enfrentar o calor intenso. Professora do Departamento de Epidemiologia do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), alerta para os impactos a curto e longo prazo na saúde humana em razão da alta das temperaturas registradas na cidade do Rio de Janeiro.
Somente nos dois primeiros meses do ano, mais de 5 mil pessoas já procuraram atendimento médico em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) em razão do calor excessivo, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS-RJ).
“Quando falamos dos impactos, temos que pensar primeiro na exposição, que é como aquela pessoa está exposta, por quantas horas, se está dentro de um ambiente ou não, se está a céu aberto, trabalhando”, avalia a professora.
Como efeitos imediatos da exposição ao calor, a pesquisadora cita sinais de exaustão e insolação, que, em casos mais graves ou quando não há tratamento adequado, podem provocar complicações em órgãos vitais.
“A pessoa pode ter desmaios, náuseas, diferentes sinais e sintomas que mostram que ela está se encaminhando para uma insolação. O risco final, que pode acontecer de imediato dependendo das condições, é a pessoa vir a óbito”, comenta, relembrando o caso da universitária Ana Clara Benevides Machado, que morreu devido à exaustão causada pelo calor durante um show da cantora Taylor Swift no Rio de Janeiro em 2023.
Além dos efeitos diretos da exposição ao sol, principalmente em dias de temperatura e sensação térmica elevadas, Sousa aponta para os efeitos a longo prazo. À Agência Brasil, a professora explica que a exposição ao calor intenso faz com que se exija mais esforço do organismo para se regular. “Nosso sistema cardiovascular e nosso sistema renal estão se esforçando mais para o nosso corpo voltar à temperatura em que o organismo funciona melhor, em torno de 37ºC, então, se expormos o nosso corpo a esse esforço por um longo período, também aumentamos a chance de aparecerem doenças crônicas”, diz.
Apesar das temperaturas recordes registradas na capital fluminense — na segunda-feira (17), a cidade atingiu máxima de 44ºC, maior temperatura desde 2024 —, a pesquisadora avalia que o calor excessivo não é um desafio apenas da cidade do Rio de Janeiro, mas um problema que precisa ser repensado por diferentes sistemas de gestão pública e pela sociedade.
“Hidratação, por exemplo, é essencial. A prefeitura municipal [do Rio de Janeiro] disponibilizou pela cidade diferentes pontos de hidratação gratuita, mas sabemos que interromper ou evitar essa exposição no horário de 11h às 15h é ideal, só que isso mexe, principalmente, com o trabalhador, isso mexe como construímos a nossa sociedade para os horários de trabalho”, reflete.
Segundo Sousa, os profissionais mais afetados são aqueles com vínculos informais de trabalho, especialmente entregadores e vendedores ambulantes, que dependem dos horários de maior movimento. “Como você vai garantir que esse vendedor não trabalhe nos horários de pico, se no carnaval, por exemplo, é o momento em que eles mais ganham?”, questiona.
Além da atividade desenvolvida, outro fator importante para compreender a situação de vulnerabilidade a que os trabalhadores estão submetidos é a idade, já que idosos, assim como crianças, são mais suscetíveis a problemas em decorrência do calor intenso. Muitos desses trabalhadores informais, avalia a pesquisadora, também apresentam quadros de hipertensão, diabete, doenças renais e cardíacas, que contribuem para uma situação de mal-estar.
Pensando, sobretudo, nos trabalhadores informais expostos ao sol por um longo período, a pesquisadora recomenda buscar áreas cobertas e ventiladas, usar chapéus o tempo inteiro e reconhecer o momento de encerrar a atividade para buscar ajuda. “Essa é uma coisa que o poder público vai ter que intensificar, é o acesso ao socorro, à assistência, o cuidado durante esse período”, explica a professora.
Outra recomendação que Sousa faz é sempre refrescar o corpo com água ou uma toalha molhada. Para ela, essas ações, no entanto, não podem ser restritas ao início deste ano: “Faltam ações concretas, mas isso não pode parar agora porque estamos no verão. São planejamentos, revisões que temos que ter para o próximo verão, para outros períodos que não imaginávamos que fossem ser tão quentes, mas serão”.
AGÊNCIA BRASIL
SÃO CARLOS/SP - O Espírito Santo (ES) é o estado brasileiro que apresenta uma incidência considerável de câncer de pele, isso porque uma parte significativa da população é constituída por imigrantes oriundos da Europa, principalmente alemães e pomeranos - povo de origem alemã que migrou para o Brasil no século XIX e descendentes de famílias que viviam na antiga Pomerânia, uma região que se estendia do norte da Polônia até a Alemanha -, e cujas características físicas destacam pele muito clara, por isso vulnerável aos raios solares.
Devido a esse fato, desde a década de 80 o Programa de Assistência Dermatológica e Cirúrgica (PAD) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) está realizando mutirões em muitas regiões do Estado -principalmente no interior – com a introdução de tratamentos através de técnicas convencionais. Contudo, embora essas ações sejam extremamente importantes, o certo é que se torna fundamental realizar inicialmente um diagnóstico com o intuito de saber se as lesões na pele das pessoas atendidas são benignas ou malignas, algo que, nesse caso, se torna complicado fazer nesses mesmos mutirões, já que a forma mais tradicional de diagnóstico desses casos é através da realização de biópsias.
Com o advento e consequente aprimoramento da Inteligência Artificial (IA) os médicos que colaboram nesses plantões lançaram a ideia de criar um banco de imagens que pudesse auxiliar no diagnóstico de cada paciente. Contatado para essa finalidade, coube ao Prof. Renato Krohling, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), a missão de desenvolver um aplicativo que pudesse albergar um banco de dados (imagens), treiná-lo e validá-lo. Resumidamente, bastaria bater uma foto da lesão através do celular e carregá-la no algoritmo do banco de dados para saber se essa lesão era benigna ou maligna. Esse banco de dados foi muito bem elaborado, já que, junto com a foto, aparecem várias outras informações, como a localização da lesão, a identificação do paciente e o seu fototipo, idade, etc.. Contudo, embora o desempenho desse algoritmo se tenha mostrado eficaz, o certo é que ela não conseguiu atingir um diagnóstico preciso, como o que é obtido por um especialista em dermatologia.
A colaboração do IFSC/USP com imagens de fluorescência
Para melhorar substancialmente o banco de dados, o Prof. Renato. Krohling pediu ajuda aos pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), atendendo a que esse grupo trabalha desde há muito tempo com a técnica de fluorescência, sendo que a partir daí se poderia criar um outro banco de imagens, desta vez de fluorescência, e que atualmente está ajudando – e muito – os médicos que participam nesse mutirão, já que dessa forma os diagnósticos se apresentam muito mais precisos.
Um trabalho publicado recentemente na revista científica “Photodiagnosis and Photodynamic Therapy” mostra que imagens de fluorescência obtidas com um smartphone conseguem trazer um ganho substancial em termos de precisão no diagnóstico de câncer de pele em cerca de 5%, conforme salienta o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Dr. Sebastião Pratavieira. “Ainda não chega a 100%, mas se formos comparar com os métodos atuais de processamento de imagem, isso está no que chamamos de “estado da arte” e é um método realmente que tem futuro. O que precisamos agora é aumentar esse banco de dados, de imagens, tanto de fluorescência quanto de luz branca. Consideramos que há potencial, visto que os algoritmos de IA estão se tornando mais avançados. Então, a ideia é poder ter uma imagem de luz branca e outra de fluorescência, e agregar esses dados que, certamente, irão chegar a um resultado cada vez melhor. Se efetivarmos isso em situações similares aquela que está ocorrendo no Estado do Espírito Santo, onde principalmente no interior do Estado existe um conjunto grande de populações sem que exista um médico dermatologista experiente a todo momento, isso é relevante pois dá um auxílio enorme no diagnóstico”, sublinha o pesquisador.
O convite à participação de dermatologistas
Contudo, outra finalidade – talvez uma das mais importantes – é motivar os dermatologistas interessados em contribuir com esse banco de imagens para que se dê um apoio eficaz a um maior número de populações atingidas pelo câncer de pele, até porque o IFSC/USP disponibilizará o equipamento de fluorescência (Lince) já existente comercialmente. “Vamos obter fotos de luz branca, de fluorescência, porque o primeiro passo é aumentar esse banco de dados. E, depois, a outra questão é a parte matemática em si, já que ao existir esse banco de dados podem-se testar novas ideias de algoritmos que, por si só, podem aumentar a porcentagem de sucesso no diagnóstico desse tipo de câncer”, finaliza o pesquisador.
O citado banco de dados é aberto ao público e pode ser acessado no artigo científico publicado na “Photodiagnosis and Photodynamic Therapy” -https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1572100024004988?via%3Dihub
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