Jornalista/Radialista
Time foi com oito atletas e conseguiu 17 medalhas de ouro, 3 de prata e 2 de bronze
SÃO CARLOS/SP - A equipe paralímpica de atletismo de São Carlos fez bonito no Paresp (antigo Jogos Regionais) nesse final de semana. Após muito tempo a equipe voltou a competição oficial e apesar de muitos desfalques conseguiu 17 medalhas de ouro, 3 de prata e 2 de bronze. Na classificação final por equipe, o time são-carlense conseguiu o vice-campeonato. A competição aconteceu sábado, 21, no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo
Nesta competição a equipe comandada pelo técnico Altair Maradona Pereira pode inscrever 10 atletas masculinos e 10 femininos. Porém afirmou que a equipe foi formada por oito atletas masculinos. “Temos que trabalhar para que no próximo ano consigamos ir com o maior número de atletas para poder lutar pelo título de campeão geral por equipe. Temos totais condições e vamos com certeza fazer história no atletismo paralímpico de São Carlos”, disse, salientando que não levou atletas do sexo feminino e que também trabalha para poder formar atletas.
“Agradeço a todos os atletas que fizeram o melhor, a Secretaria de Esportes através do secretário Fernando Carvalho e principalmente ao diretor de Esportes e Rendimento, Fabiano Lourenço que deu total apoio e condições para que pudéssemos participar e representar muito bem nossa São Carlos”, finalizou.
RESULTADOS
Atletas
João Vazelli Junior - T46
Ouro nos 800m, 1500m e 5000m
José Roberto da Silva - T47
Ouro nos 100m, 200m e 400m
Tarcísio Tozetti - F57
Ouro no arremesso do peso, lançamento do dardo e disco
Florisvaldo Tomaz da Conceição - F54
Ouro no arremesso do peso, lançamento do dardo e disco
Raphael Barbosa - F55
Ouro no arremesso do peso, lançamento do dardo e disco
Maxuel Ferreira - T11
Ouro nos 100m
Elton Joaquim da Silva - F53
Ouro no arremesso do peso; Prata no lançamento do dardo e disco
Emerson Viveiros - F55
Prata no arremesso do peso; Bronze no lançamento do dardo e disco
SÃO CARLOS/SP - No início da tarde de domingo, uma mulher de 46 anos recorreu à Guarda Municipal de São Carlos após relatar que seu ex-marido, G.R.S., de 38 anos, estava na frente de sua residência no bairro Jardim Real, desrespeitando uma medida protetiva emitida contra ele.
A mulher, temendo por sua segurança, acionou as autoridades que rapidamente se deslocaram até o local. A equipe da Guarda Municipal conseguiu localizar o suspeito ainda nas proximidades da residência. Ele foi imediatamente detido e encaminhado à Central de Polícia Judiciária.
A medida protetiva em vigor tem como objetivo proteger vítimas de aproximações ou contatos indesejados por parte do ex-marido, em função de denúncias prévias de violência doméstica ou ameaças. O descumprimento de uma medida protetiva é considerado crime, nos termos do previsto na Lei Maria da Penha, podendo resultar em prisão.
Ex-primeira-dama fará agendas pela cidade, além de uma palestra aberta ao público
SÃO CARLOS/SP - O candidato a prefeito Netto Donato (PP) receberá, na próxima terça-feira (24/09), a visita da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em São Carlos. Ela virá acompanhada de outras autoridades, fará uma palestra e participará de eventos ao lado de Netto, confirmando seu apoio ao candidato na corrida pela Prefeitura.
Esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Michelle é mais uma personalidade conhecida nacionalmente a visitar Netto e declarar que está com ele nestas eleições. Anteriormente, o candidato já havia recebido a visita de cerca de dez deputados e senadores na cidade, mostrando a força de sua campanha e que São Carlos tem condições de voltar a ser respeitada politicamente no cenário nacional e estadual.
Michelle tem previsão de chegada em São Carlos às 18h, quando deve percorrer alguns trechos da cidade junto com Netto. Depois, às 18h30, e também acompanhada de Netto, ela se desloca à Oasis Eventos, onde palestra para apoiadores em evento aberto ao público.
Para Netto, a presença da ex-primeira-dama atesta que a campanha cresce a cada dia e dá claros sinais de que São Carlos voltará a ter espaço nos mais altos segmentos da política brasileira. “A vinda da Michelle representa o tamanho da nossa campanha. São tantas pessoas comparecendo e isso mostra que a nossa candidatura está ganhando corpo cada vez mais. A Michelle virá fazer um grande evento e a gente fica feliz porque teremos ainda mais apoio e incentivo por este grande projeto por São Carlos. É a força do povo são-carlense, representada em todo o Brasil, trazendo várias autoridades pra apoiar esta candidatura e que vai, nesta terça-feira, proporcionar uma grande festa para a cidade. Uma festa da democracia, da família e de todo são-carlense, e que convido todos a estarem presentes”, disse Netto.
BRASÍLIA/DF - No início do mês, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) anunciou a alteração de 53 locais de votação em dez municípios do estado, por questões relativas à segurança. A maioria dessas mudanças ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, mas há também modificações em Duque de Caxias, Belford Roxo, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Japeri, Itaguaí, Niterói, Itaboraí e Sapucaia. Em todo o estado, 171 mil eleitores foram afetados pelas alterações. A decisão, segundo o presidente do tribunal, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, foi motivada pelo fato de esses locais de votação estarem sujeitos a ações do crime organizado.
Para especialistas ouvidos pela Agência Brasil, a infiltração de grupos criminosos na política é uma das grandes ameaças das eleições municipais não só no estado do Rio, mas no país como um todo. Para garantir que seus candidatos sejam eleitos, essas organizações podem recorrer a violências, ameaças e coação contra adversários e também contra eleitores.
“É um processo que vem acontecendo no Brasil faz tempo, mas que é relativamente novo nas grandes metrópoles: o crime organizado aprendeu a trabalhar de dentro do Estado. Nos rincões do Brasil, sobretudo no Norte do Brasil, isso é mais antigo: um crime organizado que elege políticos e interfere no processo eleitoral. No Rio de Janeiro, em São Paulo, ou em João Pessoa, isso é mais novo”, explica o doutor em Ciências Policiais e Segurança Pública Alan Fernandes, pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Para ele, no dia da eleição, há um risco de coação, por esses grupos criminosos, contra eleitores, para que eles votem em determinado candidato ou mesmo deixem de comparecer aos locais de votação.
“O principal risco é o impedimento de comparecimento em determinadas zonas eleitorais. Em lugares que são dominados pela violência, pelo crime organizado, existem casos em que as pessoas são impedidas de comparecer ao local de votação, a depender do interesse político daquela facção. O segundo problema, nesses locais de votação, é a coação aos eleitores para que eles votem em determinado candidato de preferência daquele grupo armado”, afirma Fernandes.
No Rio de Janeiro, as milícias são um dos grupos armados que têm se aproveitado da política e da participação no Estado para fortalecer sua atuação. Em consequência, novas medidas vêm sendo tomadas pelos tribunais para garantir a lisura do processo eleitoral.
A proibição de uso de celulares e câmeras em cabines de votação, adotada em 2008, por exemplo, foi uma reação do TRE-RJ a informações de que traficantes e milicianos estavam obrigando eleitores a registrar seu voto na urna, para comprovar que estavam votando nos candidatos indicados pelos grupos criminosos. A medida acabou sendo adotada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para todos os estados nas eleições municipais daquele ano e, depois, incorporada à legislação eleitoral em 2009.
Miguel Carnevale, pesquisador do Grupo de Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Giel/UniRio), explica que essa atuação dos grupos criminosos sobre os eleitores é ainda mais forte nas eleições municipais.
“Você vê muito contato de vereadores com as comunidades e muita força do crime organizado [para a eleição de seus candidatos escolhidos]. Acredito que, para o Rio de Janeiro, a entrada do crime organizado para a política seja um tópico especialmente sensível. Isso afeta certas relações, cria laços clientelistas”, explica.
Pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Política e Violência da Universidade Federal Fluminense (Lepov/UFF), André Rodrigues afirma que as eleições municipais são sempre mais violentas do que as eleições estaduais e federais, de acordo com os estudos feitos pelo Lepov/UFF no Grande Rio e litoral sul fluminense. “São as eleições onde a gente vê mais interferência violenta na política”, afirma. “Há três mecanismos que os grupos criminosos adotam e que ameaçam as eleições: as ameaças veladas, como declarações explícitas de voto de alguém que controla uma localidade; a proibição de que alguns candidatos façam campanha em áreas de milícia ou de tráfico; e a eliminação violenta de opositores. Só na Baixada Fluminense, de 2015 para cá, a gente já contabilizou 60 assassinatos de pessoas implicadas na política local”.
Apesar de a maioria desses mecanismos ser usada no período de campanha, a coação de eleitores pode ocorrer também em dia de eleição, segundo Rodrigues. Por isso, ele acredita que a mudança de locais de votação é bem-vinda. “Isso não elimina os mecanismos de que eu falei, mas pelo menos pode criar um contexto, no dia [da votação], de maior segurança para os votantes, para que não tenham que votar exatamente no local onde aquele criminoso domina diretamente". Ele lembra que "na última eleição municipal, em Paraty e em Angra dos Reis, a gente ouviu muitos relatos de pessoas com pinta de miliciano, com tom ameaçador, se posicionando em frente à seção eleitoral”.
Mas não é apenas a participação do crime organizado que ameaça a segurança das eleições. Há casos de violência entre candidatos e entre eleitores por questões ideológicas, por exemplo.
O pesquisador Miguel Carnevale alerta que no mês de setembro, na reta final das campanhas de primeiro turno das eleições, é possível ver um acirramento das situações de violência eleitoral. “É quando esses números começam a aumentar, tanto a violência política como um todo, como a sua forma mais radical, que são os homicídios”.
Para ele, as redes sociais podem ter um papel de amplificação dessa violência eleitoral. “Você dá a chance para indivíduos com questões políticas problemáticas para expor tendências violentas. Você vê muitas ameaças nas redes sociais. As redes sociais são o principal foco para ofensas, sejam misóginas, racistas, LGBTfóbicas. É nesse espaço que se concentra esse tipo de crime. Violências psicológicas se dão majoritariamente por esse veículo”, destaca Carnevale.
Um levantamento trimestral do Giel/UniRio, chamado Observatório da Violência Política e Eleitoral, registrou, entre abril e junho deste ano, período anterior ao das campanhas eleitorais oficiais, 128 casos de violência contra lideranças partidárias em todo o país, mais que o dobro do trimestre anterior (59) e 24% maior do que o segundo trimestre de 2022 (103), quando ocorreram as eleições federais e estaduais.
As ameaças foram a principal ocorrência, mas pelo menos 25 assassinatos foram registrados, dos quais seis ocorreram no Rio, o estado com mais ocorrências. Os cargos políticos ligados à esfera municipal continuam sendo a categoria mais atingida, segundo o Observatório da Violência Política e Eleitoral.
Neste mês, o Ministério da Justiça e Segurança Pública estendeu o prazo de permanência de homens da Força Nacional de Segurança no estado do Rio de Janeiro por mais 90 dias, o que inclui as datas de campanha e votação.
A Secretaria Estadual de Segurança do Rio informou que a Polícia Militar está fechando seu planejamento operacional para os dias de votação e, em breve, divulgará à imprensa.
POR AGÊNCIA BRASIL
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