Jornalista/Radialista
Finalista da série Bronze do Campeonato da APV foi conhecido somente no “golden set” que terminou em 29/27
SÃO CARLOS/SP - Não importa o vencedor. A certeza é que São Carlos estará muito bem representava na final da série Bronze na categoria infantil feminino do Campeonato da APV, cujo adversário será Araraquara.
Quem terá o privilégio de representar a cidade será a AVS/Smec que venceu o São Carlos após duas eletrizantes partidas que teve ainda um “golden set” para fazer do segundo encontro, um “teste para cardíaco”. E com direito a uma parcial de 29 a 27 e mais 32 minutos de emoção e adrenalina.
A semifinal poderia se transformar em um filme. Tudo começa pela rivalidade esportiva entre os dois times e APV proporcionar um clássico são-carlense para definir apenas um vencedor.
No primeiro jogo, no ginásio municipal de esportes José Eduardo Gregoracci, no Jardim Santa Felícia, a AVS/Smec levou a melhor e venceu por 3 sets a 1, parciais de 31/29, 25/21, 21/25 e 25/15. No segundo jogo, realizado na noite de segunda-feira, 28, no ginásio de esportes João Marigo Sobrinho, Ginasião, o Clube deu o troco e venceu pelo mesmo placar, com parciais de 25/21, 17/25, 25/23 e 25/14 em 1h41.
Como manda o regulamento da APV, para definir o finalista, devido ao empate após duas partidas, foi necessário o golden set e as comandadas do técnico Zé Sérgio levaram a melhor e venceram por 29 a 27.
“Estamos classificados para as finais da Bronze e vamos enfrentar Araraquara. No Ginasião foi um jogão, sem palavras para descrever, muitos ralis, nervosismo, adrenalina, ginásio lotado, impressionante o volume de jogo”, disse Zé Sérgio, elogiando o empenho das atletas.
“Foi um teste para cardíaco. O São Carlos Clube estava para vencer a partida e salvamos uma bola que até agora não acredito e depois a nossa equipe conseguiu fazer o ponto. Isso quando estava 27 a 26 para as adversárias no golden set”, disse, emocionado. “Foi uma partida decidida nos detalhes”, finalizou.
Arbitragem de Alessandra Borges e Agnaldo Basílio. Apontador: Narciso Borges.
São Carlos Clube: Isabela A., Isabela S., Rafaela, Bruna, Tayna, Ana, Helena, Giovana, Maria, Beatriz, Manuela, Laura e Manu. Técnica: Sandra.
AVS/Smec: Lívia, Giovana, Emily, Ana, Karyna, Lara, Isadora, Clara, Lavínia, Tatieli, Mariana, Gabi, Raysa e Letícia. Técnico: Zé Sérgio.
Obra apresenta noções contemporâneas de reconhecimento e identidade, abordando consensos e contradições
SÃO CARLOS/SP - A questão da diversidade está na ordem do dia, sendo elogiada, incentivada ou rejeitada. Ela está na boca do povo, mas também no nome de setores de empresas, em campanhas publicitárias, nas declarações de movimentos sociais, na propaganda de partidos políticos, no título de produções acadêmicas e por aí vai. Mas como pensar conceitualmente sobre diversidade superando o senso comum?
A pergunta é feita e discutida por Guilherme Barbacovi Libardi, pesquisador de pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som (PPGIS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em seu livro "Diversidade, Reconhecimento e Identidade: notas teóricas a partir da Comunicação".
A obra, segundo o autor, é uma contribuição às pessoas que pretendem enveredar pelo debate da "diversidade" a partir de uma mirada interdisciplinar, mas com foco na sua dimensão midiática. "Trata de uma exploração teórica e histórica do termo, revelando sua aproximação com noções contemporâneas de reconhecimento e identidade, abordando consensos e contradições. Ao mesmo tempo, enfatiza o papel da mídia como mediadora importante e indispensável na produção da diversidade. Assim, o livro oferece uma fonte de pesquisa introdutória àqueles e àquelas que pretendem enfrentar essas questões desde um ponto de vista crítico e interdisciplinar", destaca Libardi.
O livro, disponível em formato físico, pode ser adquirido pelos sites da Amazon (https://a.co/d/6UnXq5q) e da editora Appris (https://bit.ly/4fgrnQC).
Sobre o autor
O livro é fruto da tese de doutorado do autor, intitulada "Os sentidos da diversidade no Brasil polarizado: impasses e afinidades entre minorias progressistas e conservadoras", desenvolvida na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), entre 2017 e 2021. Atualmente, Libardi investiga audiências conservadoras e suas práticas de consumo no streaming, com supervisão da professora do Departamento de Artes e Comunicação (DAC) da UFSCar, Suzana Reck Miranda.
Guilherme Libardi é bacharel em Comunicação Social pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e doutor em Comunicação pela UFRGS. Também atua como professor permanente do PPGIS/UFSCar. Sua pesquisa orienta-se por uma abordagem sociocultural para compreender as relações entre mídia, cultura e política. Interessa-se especificamente pelas temáticas relacionadas à diversidade e às práticas de uso de tecnologias e de recepção midiática mobilizadas pelas novas direitas brasileiras.
ARARAQUARA/SP - Em entrevista concedida a ao Jornal da Morada, o prefeito Edinho reafirmou seu compromisso com Araraquara e destacou, mais uma vez, que encerra seu quarto mandato no dia 31 de dezembro deixando R$ 308 milhões – recursos provenientes de convênios com o governo federal – para que a próxima gestão municipal, do prefeito eleito Luis Claudio Lapena Barreto, possa executar obras nas áreas de educação, saúde, assistência social, esporte e combate às enchentes.
“A eleição acabou, os palanques foram desmontados e agora nós temos um desafio pela frente, que é a cidade não perder esse momento tão favorável que ela está vivendo hoje. Eu estou deixando para o Lapena R$ 308 milhões para ele executar obras importantes para a nossa população, fora as que já estamos executando e vão ficar, que se aproximam de R$ 80 milhões. São R$ 308 milhões em convênios, alguns já assinados e outros que ainda serão assinados, que eu fui para Brasília, conversei com o governo federal e estou trabalhando agora para que absolutamente tudo seja mantido”, afirmou Edinho. “Com esses R$ 308 milhões, mesmo que o prefeito eleito não assine uma única Ordem de Serviço, mesmo assim ele será o prefeito que mais vai inaugurar obras na história de Araraquara”, acrescentou.
Edinho também destacou que continua conversando com grandes empresas que o procuraram demonstrando interesse em se instalar em Araraquara. “Estive inclusive com representantes de duas multinacionais, semana passada, no BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], e reforcei o interesse da cidade nos investimentos. Disse a eles que nada mudou. Eu vou continuar trabalhando, vou me dedicar, e para isso, é importante fazermos uma boa transição de governo”, salientou Edinho.
Por meio de Portaria, a Prefeitura designou, no último dia 15, a Comissão de Transição de Mandato, formada por dois representantes do governo atual e outros dois representantes do candidato eleito, que já iniciaram as reuniões.
“Precisamos colocar o interesse do povo de Araraquara acima de quaisquer interesses. A partir de janeiro, o Lapena vai ter que governar e eu, como liderança política, vou ter que continuar ajudando a cidade. Essa vai ser minha postura”, ressaltou.
O prefeito também relembrou dois grandes desafios enfrentados na sua última gestão, que foi a pandemia de Covid-19, que demandou investimentos da Prefeitura na ordem de R$ 122 milhões em recursos próprios, e também a maior tragédia climática registrada na cidade na sua história recente; as chuvas fortes de dezembro de 2022, que provocaram prejuízos e problemas de toda ordem à população e, que, além dos recursos dos governos federal e estadual, também exigiu a Prefeitura também teve que gastar recursos públicos.
“Governar uma cidade é quebrar pedra todos os dias. Gostaria de ter feito mais, mas sei que estou entregando a cidade no melhor momento da sua história. Enfrentamos e vencemos esses desafios e hoje estamos avançando, com muitas obras em execução e outras já encaminhadas. Essa obra de macrodrenagem, na Via Expressa, com a liberação de R$ 143 milhões do governo federal, nós jamais faríamos com recursos próprios. Nós vamos resolver o problema das enchentes; é uma obra para duas gerações futuras usufruírem”, pontuou.
Encerrando a entrevista, ao ser questionado a respeito do endividamento da Prefeitura, Edinho foi categórico. “Os números não mentem. Enfrentei a pandemia, e, depois da pandemia, no ano passado, fechei com superávit. Esse ano, vou fechar com superávit de novo. Quero voltar aqui e aprofundar todos os números, mostrar que estou deixando a Prefeitura numa situação muito melhor do que a que eu encontrei. Precisamos desmistificar, mostrar a verdade, desmontar os palanques e realmente fazer a melhor transição de governo possível, pelo bem da população”, concluiu o prefeito Edinho.
PORTAL MORADA
Cenário econômico interrompe ciclo de crescimento iniciado em 2016; estado segue como maior mercado e distribuidor do setor no Brasil
SÃO PAULO/SP - Após quase dobrar de tamanho em doze meses, o mercado do e-commerce paulista encolheu pela primeira vez em sete anos, com queda de 1,6% entre 2022 e 2023, movimentando R$ 67 bilhões ante R$ 68,1 bilhões no ano anterior, segundo dados de um grande estudo sobre o setor produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com divulgação do Sindicato do Comércio Varejista de São Carlos e Região (Sincomercio).
Na análise da Entidade, alguns aspectos econômicos impediram a manutenção da sequência de altas, iniciada em 2016 — desde a conjuntura econômica, marcada pela inadimplência (24% das famílias da capital do estado conviveram com contas atrasadas no primeiro semestre de 2023) aos juros altos, que encareceram a tomada de crédito pelos consumidores.
Ainda assim, os dados são positivos: desde 2021, as vendas do comércio eletrônico no estado de São Paulo estão acima da casa dos R$ 60 bilhões, sustentando o nível alcançado durante a crise sanitária, quando o varejo como um todo precisou se deslocar com mais força para o universo online.
O levantamento da FecomercioSP ainda mostra que o estado é o maior mercado consumidor de produtos no setor, assim como é de onde sai a maior parte das vendas para outras unidades federativas, levando em conta apenas transações realizadas por empresas sediadas no Brasil e entre empresas e consumidores. Em 2023, 32% de toda a movimentação do setor, em nível nacional, foi realizada em São Paulo. Em outras palavras, de cada R$ 100 que circularam pelo comércio eletrônico do País, R$ 33 passaram pelo mercado consumidor paulista.
Da mesma forma, São Paulo é o maior emissor de produtos comprados online no País, em uma posição ainda mais determinante: um a cada dois itens intercambiados no e-commerce brasileiro sai do estado. Em termos porcentuais, esse volume chega a 48,5%.
O estudo foi produzido com base em uma série de relatórios de transações de notas fiscais do Observatório do Comércio Eletrônico Nacional — ligado ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Serviços e Comércio (MDIC) —, no IBGE e em números coletados pela própria FecomercioSP.
PARTICIPAÇÃO EM RELAÇÃO AO VAREJO FÍSICO CAI
No cenário nacional, o e-commerce se estabilizou, mas em São Paulo perdeu espaço em 2023. Segundo a FecomercioSP, a participação do setor caiu 0,3 ponto porcentual (p.p.) — de 6,2%, em 2022, para 5,9%.
Para a FecomercioSP, esse fato se explica não apenas pela conjuntura, mas também pela própria elevação do varejo físico paulista nesse período. O setor vem sendo bastante estimulado pela renda do Agronegócio, que, em 2023, registrou safras recordes em várias culturas, como a do açúcar.
Ainda assim, os números indicam uma estabilidade da posição alcançada pelo comércio eletrônico durante a pandemia de covid-19. Fatores que, antes, exerciam um papel decisivo no reforço da preferência dos consumidores pelo varejo físico — como o longo prazo de entrega dos produtos comprados online, a insegurança em disponibilizar dados bancários na internet e o próprio acesso da população à modalidade do cartão de crédito — foram superados. As empresas do e-commerce diminuíram substancialmente esses intervalos logísticos, às vezes entregando os itens no mesmo dia da compra, e criaram estruturas financeiras mais confiáveis para pagamentos. Em paralelo, o cartão assumiu lugar importante no orçamento das famílias brasileiras.
DINHEIRO DE DENTRO E DE FORA
O estudo da FecomercioSP ainda aponta que, dos R$ 67 bilhões das compras online realizadas pelos paulistas em 2023, grande parte (65,8%) diz respeito ao consumo interno, isto é, do próprio Estado. São R$ 44,1 bilhões em vendas feitas por empresas paulistas para consumidores também paulistas. Com isso, sobra um espaço de 34,2% (ou R$ 22,9 bilhões, em 2023) para transações com outros Estados — a chamada operação interestadual.
Dito de outra forma, como São Paulo é o maior mercado consumidor do e-commerce brasileiro, é relevante estar localizado perto da região para alavancar as vendas do setor. É o que explica a posição de Minas Gerais no ranking, por exemplo: além de ter o segundo maior mercado consumidor online do País, com 11,3% de participação nas movimentações, as empresas do comércio eletrônico estabelecidas no Estado mineiro venderam um total de R$ 7,2 bilhões para os paulistas, no ano passado. Espírito Santo (R$ 4,5 bilhões) e Santa Catarina (R$ 3,7 bilhões) completam a lista.
E, assim como no restante do Brasil, o smartphone é o produto campeão de vendas em São Paulo. No ano passado, foram R$ 3,2 bilhões em compras só desse tipo de item, seguindo pelos livros e impressos semelhantes (R$ 1,7 bilhão), pelas geladeiras (R$ 1,6 bilhão) e pelos computadores (R$ 1,3 bilhão).
A FecomercioSP vem trabalhando para ajudar empreendedores atuantes no universo online a ampliar os canais de venda, por meio de orientações de como estruturar e-commerces e uma série de guias sobre formas de administrar, gerenciar e manejar fluxos de estoques e de caixas. Levando em conta que boa parte dos negócios do comércio eletrônico é formada por Pequenas e Médias Empresas (PMEs), esse é um assunto prioritário na agenda da Entidade.
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