São Paulo/SP - O mapa do Brasil ficou novamente dividido em dois na apuração do primeiro turno das eleições presidenciais de 2018. De um lado, Jair Bolsonaro, o primeiro colocado, venceu em 17 Estados - em todos das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e na maior parte da região Norte. De outro, Fernando Haddad, em segundo lugar, liderou em 8 dos 9 Estados do Nordeste e no Pará, no Norte.
O único Estado do país que ficou fora dessa polarização foi o Ceará, onde Ciro Gomes ficou em primeiro lugar.
Esta é a quarta eleição presidencial seguida em que o mapa do Brasil fica dividido entre duas cores. Até 2002, a maioria dos Estados votava de forma semelhante.
Já a partir de 2006, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputou a reeleição, as regiões passaram a votar de forma diferente. Naquele ano, o PT liderou em todo o Nordeste, parte da região Norte, Minas Gerais e Rio de Janeiro, entre outros. Já o PSDB esteve à frente em São Paulo, no Centro-Oeste e em parte do Sul e do Norte. Em linhas gerais, esse padrão se manteve até 2014.
A principal diferença neste ano foi a substituição do PSDB pelo PSL, partido ao qual Jair Bolsonaro se filiou em março. A segunda mudança mais importante foi a redução da área de influência do PT. Nas eleições de 2014, o partido venceu em 15 Estados; em 2010, em 18. Nesta, foram apenas 9 Estados.
A BBC News Brasil mostra abaixo alguns gráficos que ajudam a entender o peso de cada região do país na votação dos candidatos a presidente neste primeiro turno.
1) De onde vieram os votos dos três primeiros colocados
A grande maioria dos votos de Jair Bolsonaro, 68%, teve origem no Sul e Sudeste. São 10 pontos percentuais a mais do que o peso dessas regiões no eleitorado brasileiro - ou seja, 58% dos eleitores do país vêm dessas duas regiões.
Já o desempenho do candidato no Nordeste foi baixo. Ali, o militar reformado conquistou 15% dos seus votos, quando a região representa 27% do eleitorado.
No caso de Haddad, o cenário é o oposto. De todos os votos no candidato, 46% foram no Nordeste. É mais do que o petista obteve nas regiões Sul e Sudeste juntas, 38%.
No caso de Ciro Gomes, de cada 100 votos que o candidato recebeu, 41 vieram do Sudeste e 36 do Nordeste. As demais regiões tiveram pouco peso na sua votação.
O gráfico abaixo mostra o percentual de votos dos três primeiros colocados no primeiro turno, decomposto por região. A primeira barra mostra os 46% de Jair Bolsonaro; a segunda, os 29% de Fernando Haddad; e a terceira, os 12,5% de Ciro Gomes.
Repare que, no caso de Bolsonaro, a faixa azul (Sudeste) é a mais representativa. Para Haddad, a faixa vermelha (Nordeste) é a maior. Note também que, apesar de Bolsonaro ter ido pior no Nordeste que em outras regiões, ainda assim obteve mais votos nordestinos que Ciro Gomes.
2) O número de votos que cada região deu para os três primeiros colocados
Outra forma de olhar para os números é pela quantidade de votos totais que cada região deu para cada candidato. A vantagem desse tipo de abordagem é que é mais fácil perceber o tamanho e o peso do eleitorado de cada região. O gráfico abaixo está dividido pelas cinco regiões. Cada cor representa um candidato e a altura de cada barra indica o total de votos.
O que mais chama a atenção é a votação de Bolsonaro no Sudeste, região que tem o maior número de eleitores do país. A distância do ex-capitão do Exército para Fernando Haddad no Sudeste é tão grande (15 milhões de votos a mais) que chega a superar a votação total do petista no Nordeste (14,5 milhões de votos).
Já a vantagem de Bolsonaro em relação a Haddad no Sul (cerca de 620 mil votos) é próxima à vantagem de Haddad em relação a Bolsonaro no Nordeste (em torno de 700 mil votos).
Na região Norte, por sua vez, a disputa entre Bolsonaro e Haddad foi mais acirrada.
3) O resultado da votação em cada região do Brasil
O resultado do primeiro turno foi 46% para Jair Bolsonaro, 29,3% para Fernando Haddad e 12,5% para Ciro Gomes. Veja abaixo qual foi a proporção para cada região do Brasil.
- Centro-Oeste: 58% Bolsonaro, 21% Haddad, 10% Ciro.
- Nordeste: 26% Bolsonaro, 51% Haddad, 17% Ciro.
- Norte: 43% Bolsonaro, 37% Haddad, 9% Ciro.
- Sudeste: 53% Bolsonaro, 19% Haddad, 12% Ciro.
- Sul: 57% Bolsonaro, 20% Haddad, 9% Ciro.
- Exterior: 59% Bolsonaro, 10% Haddad, 14% Ciro.
*Por: BBC NEWS
São Paulo/SP — A corrida eleitoral para governador de São Paulo surpreendeu com a disparada de Márcio França (PSB) para disputar o cargo com o ex-prefeito João Doria (PSDB).
Após o encerramento da apuração, as urnas mostram que o pessebista conquistou 21,48% dos votos válidos. Na liderança, está o tucano com 31,77%.
A disputa foi acirrada, e decidida com mais de 99% das urnas apuradas, entre o atual governador de SP e o ex-presidente da Fiesp, Paulo Skaf (MDB), que ficou com 21,13%.
A diferença, em números absolutos, entre os candidatos foi pouco maior do que de 700 mil votos.
*Por: Clara Cerioni/EXAME.com
Brasília/DF - Por volta das 20h50, com 95,57% das urnas apuradas, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) confirmou que Bolsonaro (PSL), 63 anos, e Haddad (PT), 55 anos, disputarão o 2º turno das eleições presidenciais.
O resultado parcial das urnas indica o militar com 46,70% dos votos, já confirmado como o mais votado. Em 2º lugar, garantido no 2º turno, está o petista com 28,37%.
Ciro Gomes (PDT) teve um desempenho melhor nas urnas do que apontavam as pesquisas, mas não o suficiente para alcançar a 2ª posição. Ficou com 12,52% dos votos válidos. Em 4º lugar ficou Geraldo Alckmin (PSDB) com 4,83%. Eis os resultados com 95,75% das urnas apuradas:
© Fornecido por Poder360 Jornalismo e Comunicação S/S LTDA.
O resultado das urnas confirma a tendência indicada pelas pesquisas de intenção de voto divulgadas nos últimos dias (veja no agregador de pesquisas do Poder360). Os candidatos de PSL e PT cresceram na última semana e se destacaram dos adversários.
Essa configuração quebra a polarização PT-PSDB que se consolidou em 1994 e se repetiu em todas as eleições presidenciais até a última, em 2014.
Bolsonaro liderou todas as pesquisas desde que a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva foi barrada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Com uma campanha centrada nas redes sociais e sem a estrutura tradicional dos maiores partidos, o militar ganhou força e abasteceu esperanças, inclusive, de vencer no 1º turno.
Fernando Haddad começou a campanha desconhecido da maior parte do eleitorado. Foi oficializado candidato à Presidência em 11 de setembro. Em menos de 1 mês, incorporou parte dos votos cativos de Lula e se consolidou em 2º lugar. Eis a curva de evolução dos candidatos nas pesquisas até a véspera da eleição:
© Fornecido por Poder360 Jornalismo e Comunicação S/S LTDA.
Geraldo Alckmin (PSDB) decepcionou. Dono da maior coligação, com 9 partidos, e do maior tempo de TV, não conseguiu decolar em nenhum momento da campanha. Sem sucesso, viu aliados se debandarem para o lado de Jair Bolsonaro, inclusive o PP gaúcho, de sua vice, Ana Amélia.
No fim, foi derrotado em seu próprio Estado, São Paulo, que já governou por 4 mandatos.
Candidatos nanicos
No bloco de candidatos que ficaram abaixo de 3% dos votos, o destaque foi João Amoêdo do partido Novo, que participa da sua 1ª eleição presidencial. O candidato superou em votos o MDB de Henrique Meirelles, candidato que mais gastou na campanha, o senador Alvaro Dias (Podemos) e a ex-ministra Marina Silva (Rede).
A candidata da Rede Sustentabilidade, que concorreu pela 3ª vez à Presidência foi a grande decepção. Teve seu pior desempenho, com 1% dos votos válidos –uma fração dos 21,32% que teve em 2014, quando foi candidata pelo PSB, e dos 19,33% em 2010, quando ainda era filiada ao PV.
A tendência de queda já aparecia nas últimas pesquisas. A candidata chegou a ter 16% das intenções de voto no começo do ano, mas a falta de estrutura partidária e 1 discurso que não colou junto ao eleitorado levaram à derrocada nas urnas.
À frente de Marina ainda ficou o candidato Cabo Daciolo (Patriota), que ganhou notoriedade por sua participação nos debates na TV aberta e por ter passado a maior parte da campanha em retiro em 1 monte no Rio de Janeiro.
*Por: PODER 360
*Foto Capa: Fábio Wilson Dias
São Carlos/SP - O vereador Paraná Filho (PSB), foi detido por duas vezes neste domingo (07), por crime eleitoral.
A primeira vez foi na madrugada de hoje, onde ele já tinha sido levado ao Plantão Policial por estar jogando santinhos em frente a algumas escolas. O candidato e sua namorada assinaram um termo circunstanciado e foram liberados.
Porém quase no início da tarde, o candidato do prefeito Airton Garcia (PSB), foi detido pela PM, na escola CAIC, no bairro Cidade Aracy, onde estaria fazendo boca de urna. Um vídeo que está nas redes sociais mostra os argumentos do vereador, porém acabou sendo conduzido à delegacia.
https://youtu.be/A1myEwrLL4c
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