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Felino nascido em cativeiro no Parque Ecológico de São Carlos completou um ano de vida.

 

SÃO CARLOS/SP - Theodoro, a onça-macho, filho da Tabatinga com o Codajás, recebeu bolo de aniversário feito de carne moída, coração de frango e ração de gato, festa especial, com decoração e música de parabéns.

Exemplar da espécie Onça Pintada recebeu nome após votação popular e é um dos xodós do parque, referência nacional em educação ambiental e preservação da fauna e flora.

Ao Theodoro nossos parabéns e que a equipe do parque continue realizando este lindo trabalho.

A onça-pintada (português brasileiro) ou jaguar (português europeu) (nome científico: Panthera onça), também conhecida como onça-preta (no caso dos indivíduos melânicos), é uma espécie de mamífero carnívoro da família dos felídeos (Felidae) encontrada nas Américas. É o terceiro maior felino do mundo, após o tigre e o leão, e o maior do continente americano. Apesar da semelhança com o leopardo (Panthera pardus), a onça-pintada é evolutivamente mais próxima do leão (Panthera leo). Ocorre desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina, mas está extinta em diversas partes dessa região atualmente.

Nos Estados Unidos, por exemplo, está quase extinta desde o início do século XX, mas ainda ocorre em algumas áreas do Arizona, Novo México e Texas. É encontrada principalmente em ambientes de florestas tropicais, e geralmente não ocorre acima dos 1 200 m de altitude. A onça-pintada está fortemente associada à presença de água e é notável como um felino que gosta de nadar.

SÃO CARLOS/SP - A partir deste final de semana o filhote de onça pintada que nasceu no Parque Ecológico de São Carlos poderá ser visto no recinto definitivo junto com sua mãe, mas é importante lembrar que para garantir o máximo de bem-estar eles tem a opção de ficarem escondidos se quiserem.
Anunciado durante o mês de setembro, durante as comemorações dos 47 anos do Parque, esta oncinha foi um dos grandes sucessos nas redes sociais no mês e também uma grande vitória para a conservação dos animais desta espécie.
Nascida dos pais Codajás e Tabatinga, ambas onças resgatadas na região amazônica, este filhote já carrega a responsabilidade de contribuir com a preservação das onças pintadas junto ao grande programa de conservação nacional ao qual o Parque de São Carlos também é integrante há muitos anos.
“Este pequeno integrará a população de onças pintadas sob cuidados humanos que estão abrigadas em várias instituições no Brasil e a colaboração dele e do Parque Ecológico ajudará na busca da preservação desta espécie”, explica o diretor do Parque Ecológico, Fernando Magnani.
E neste final de semana, os visitantes além de poder conhecer a oncinha ainda poderão votar na escolha do nome dele, em cédulas que estarão disponíveis próximo aos recintos das onças. Dentre os nomes disponíveis para votação, estão nomes relacionados a cidade de São Carlos, mantendo a tradição dos pais Codajás e Tabatinga, que tem seus nomes referenciados as cidades amazônicas onde foram resgatados.
De acordo com o secretário de Agricultura e Abastecimento, Paraná Filho, “mais que um local de lazer, o Parque Ecológico reafirma a cada nascimento ou resgate de animais silvestres a importância do local junto a cidade e a comunidade, não é sem motivo que o local recebe tantos visitantes, recebendo mais de 145 mil até o mês de setembro, o que temos muito orgulho”, completa. 
Para entender melhor, o manejo da população de onças pintadas em cativeiro é orientado pelo Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Grandes Felinos – PAN Grandes Felinos, coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP, e o Parque Ecológico de São Carlos participa deste Plano Nacional, assim como outros Zoológicos que possuem a espécie e são membros da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil – AZAB.
Maior felino das Américas e o terceiro do mundo, depois do leão e do tigre. O seu corpo é mais robusto, musculoso e compacto com comprimento variando entre 1,10 a 2,40 metros, fora a cauda que pode chegar a 0,80 metros. O peso oscila entre 40 a 130kg, podendo um macho chegar a 150Kg.
A gestação dura em média 90 a 115 dias. Nasce de um a quatro filhotes, porém o mais comum são dois. Os filhotes nascem completamente cegos e totalmente dependentes da mãe. Com duas semanas de vida eles abrem os olhos.
Fundado em 09 de setembro de 1976, o Parque Ecológico de São Carlos se dedica as espécies sul-americanas - em especial as brasileiras - e possui um reconhecido trabalho de participação em programas multi-institucionais de preservação de espécies, além de realizar um extenso trabalho de educação ambiental, um dos pioneiros na cidade e que dura décadas.

SÃO CARLOS/SP - O presente de aniversário do Parque Ecológico de São Carlos chegou mais cedo. Às vésperas de completar 47 anos de fundação, comemorado no próximo sábado, dia 9 de setembro, o local celebra o nascimento de mais um filhote, e desta vez é do maior e mais famoso felino selvagem das Américas: a Onça Pintada. 
Este filhote, que tem pouco tempo de vida, já nasce com uma grande responsabilidade, explica o diretor do Parque Ecológico, Fernando Magnani. “As onças pintadas são felinos ameaçados no Brasil e nos países próximos onde ela ainda ocorre, é vítima da caça ilegal e do desmatamento, também vem sendo impactada por atropelamentos nas rodovias, mas sob cuidados humanos podemos ter uma população viável para futuros projetos de soltura ou reintrodução, e este pequeno faz parte deste processo”.
A população de onças pintadas em cativeiro é orientada pelo Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Grandes Felinos – PAN, coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP, e o Parque Ecológico de São Carlos participa deste Plano Nacional, assim como outros Zoológicos que possuem a espécie e são membros da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil – AZAB.
Maior felino das Américas e o terceiro do mundo, depois do leão e do tigre. O seu corpo é mais robusto, musculoso e compacto com comprimento variando entre 1,10 a 2,40 metros, fora a cauda que pode chegar a 0,80 metros. O peso oscila entre 40 a 130kg, podendo um macho chegar a 150Kg.
A gestação dura em média 90 a 115 dias. Nasce de um a quatro filhotes, porém o mais comum são dois. Os filhotes nascem completamente cegos e totalmente dependentes da mãe. Com duas semanas de vida eles abrem os olhos.
“Este nascimento indica que o investimento que a Prefeitura Municipal vem fazendo no Parque Ecológico está avançando para resultados positivos. Assim como a conservação de espécies de nossa fauna, o local desempenha um importante papel na educação ambiental e assim contribui ainda mais para um ambiente mais equilibrado para todos”, observa o secretário de Agricultura e Abastecimento, Paraná Filho.
Fundado em 9 de setembro de 1976, o Parque Ecológico de São Carlos se dedica as espécies sul-americanas - em especial as brasileiras - e possui um reconhecido trabalho de participação em programas multi-institucionais de preservação de espécies, além de realizar um extenso trabalho de educação ambiental, um dos pioneiros na cidade e que dura décadas.
O filhote de onça pintada ainda não pode ser visto diretamente, devido aos cuidados visando sua sobrevivência, mas a equipe do Parque Ecológico, preparou uma apresentação áudio visual na frente do recinto das onças para que as pessoas possam conhecer este “presentinho”. 
No último mês de agosto outros 12 animais de espécies diferentes nasceram no Parque Ecológico. Mico Leão Dourado, Emas, Sauim de Coleira, Anta, Alpaca e Cisnes já estão cuidando de seus filhotes, algumas destas espécies também são ameaçadas de extinção, como os sauins e os micos.

MANAUS/AM - Pesquisadores do Instituto Mamirauá vão aproveitar o período de chuvas na floresta amazônica para fazer o monitoramento de onças. Em março, o nível dos rios sobe e reduz a disponibilidade de terra para os felinos, que passam se abrigar nas árvores. 

São preparadas armadilhas com laços camufladas na folhagem para capturar os animais. As onças são imobilizadas para instalação de um colar que permite o monitoramento da localização por satélite. Assim, os grupos de pesquisa podem se aproximar em canoas e fazer um trabalho de observação dos animais, mais difícil de ser realizado nos períodos de seca.

A partir da observação e dos dados de movimentação, os pesquisadores terão mais informações para entender as necessidades ecológicas da onça-pintada da Amazônia.

O Instituto Mamirauá é uma organização social fomentada e supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

 

 

Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil

ÍNDIA - Primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, soltou guepardos africanos trazidos da Namíbia no Parque Nacional de Kuno, em polêmico projeto. Guepardo asiático foi declarado extinto nacionalmente há 60 anos.

Oito guepardos da Namíbia (cinco fêmeas e três machos) foram levados em um avião de carga especial para a Índia no sábado (17/09), como parte de ambicioso e polêmico projeto para reintroduzir à natureza o animal extinto no país.

Três dos animais foram soltos pelo primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, no Parque Nacional de Kuno, perto da cidade indiana de Gwalior. A aparição de Modi no novo santuário ao sul da capital Nova Délhi coincidiu com o 72º aniversário do político.

"Agradeço ao nosso país amigo Namíbia e ao governo de lá, cuja cooperação permitiu que os guepardos retornassem ao solo indiano depois de décadas", disse Modi.

No passado, a Índia era o lar de guepardos asiáticos, mas a espécie foi declarada extinta no país há 60 anos, em 1952. Também conhecido como chita, o guepardo é animal terrestre mais rápido do mundo.

 

Longa viagem

A viagem dos guepardos da Namíbia foi longa e cansativa. Primeiro, os animais foram transferidos por terra de um parque de caça até a capital Windhoek. De lá, embarcaram em um Boeing 747 fretado e pousaram em uma base aérea militar em Gwalior, na Índia, após um voo de 11 horas. Em seguida foram transportados para Kuno de helicóptero e, finalmente, soltos em um recinto de quarentena, onde serão monitorados.

Os guepardos africanos têm aparência muito semelhante aos asiáticos, mas algumas diferenças genéticas. No entanto, como o guepardo asiático permanece à beira da extinção, seus primos africanos são a melhor esperança para a Índia de reintroduzir o animal no país.

Embora críticos tenham alertado que os guepardos da Namíbia podem ter dificuldades para se adaptar ao habitat indiano, os organizadores do projeto permanecem confiantes.

"Os guepardos são muito adaptáveis ​​e estou assumindo que elas se adaptarão bem a este ambiente. Portanto, não tenho muitas preocupações", disse Laurie Marker, fundadora do Fundo de Conservação dos Guepardos, com sede na Namíbia.

 

Centenas de animais necessários

A jornada indiana para reintroduzir os guepardos na natureza começou há mais de uma década, com o "Projeto de introdução do guepardo africano na Índia", em 2009. No ano passado, o plano foi adiado devido à pandemia de covid-19.

"Para uma população geneticamente viável na Índia a longo prazo, será preciso ao menos 500 indivíduos", disse Vincent van der Merwe, gerente da Iniciativa de Metapopulação de Guepardos.

 

 

le (AFP, DPA)

dw.com

SÃO CARLOS/SP - Uma onça-parda foi vista, na noite do último domingo (14), no Damha I, um condomínio de luxo de São Carlos

Câmeras do circuito de segurança flagraram o animal passeando pela parte externa do condomínio. O animal não chegou a entrar no residencial na área em que ficam as casas e não houve relatos de moradores sobre ocorrências envolvendo o felino.

ONÇA-PARDA

É o segundo maior felino das Américas. A onça-parda, graças a sua alta capacidade de adaptação, ocorre em diversos biomas de norte a sul do continente, podendo viver tanto em florestas densas quanto em arredores de áreas urbanas.

VOTUPORANGA/SP - Uma onça-parda vista por moradores de Votuporanga desceu da mangueira plantada na rua Catarina Martins Lopes, no Jardim Alvorada e fugiu para uma reserva ambiental do município antes de ser capturada. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros na tarde de quinta-feira, 11. O felino estava escondido entre os galhos da mangueira e apareceu na manhã de quarta-feira, 10.

Quando a equipe chegou para fazer o resgate, o animal pulou da árvore e seguiu na direção de uma mata preservada atrás do Assary Clube. A onça-parda flagrada em Votuporanga aparentava ser de pequeno porte. Esses animais não oferecem risco para humanos e tendem a fugir quando encontrados.

O que provoca a aparição desses animais em áreas urbanizadas é a falta de alimentos em seu habitat natural e a intervenção humana por meio do desmatamento ilegal, a incursão deles nas cidades é mais comum entre indivíduos jovens.

Felinos dessa espécie estão distribuídos pelos biomas brasileiros e seu grau de vulnerabilidade depende do estágio de preservação da vegetação nativa em cada município. Em nível nacional, é classificada como "vulnerável" pela Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção do Ministério do Meio Ambiente. Sua população oficial no Brasil é de cerca de 3.500 indivíduos.

 

 

REGIÃOSP

JAÚ/SP - Uma onça parda morreu após ser atropelada na Rodovia Otávio Pacheco de Almeida (SP-255), no trecho que liga as cidades de Jaú a Barra Bonita/SP.

O acidente foi no km 162, e o animal silvestre foi localizado com as partes do corpo expostas após o atropelamento, mas os agentes informaram que não se sabe qual tipo de veículo teria atropelado o animal silvestre.

A concessionária retirou a onça do local e fez os procedimentos estabelecidos por lei ambiental.

RIO DE JANEIRO/RJ - Uma onça-parda foi registrada em uma área florestal em Maricá, na região dos Lagos, no Rio de Janeiro. O grande felino, que não aparecia na região há mais de 100 anos e era considerado localmente extinto, foi observado em câmeras de monitoramento do Refúgio de Vida Silvestre de Maricá (Revimar), uma unidade de conservação fluminense.

Onça-parda foi flagrada em região de Mata Atlântica; animal estava desaparecido do local há mais de 100 anos; registro foi feito por pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro

 

Ameaçada de extinção

Além da onça-parda (também conhecida como suçuarana), também foi registrado um gato maracajá, outro felino de grande porte comum da Mata Atlântica. Ambos os animais são raros na região e são considerados ameaçados de extinção por biólogos.

“A presença destes predadores de topo de cadeia em nossas áreas protegidas é um bioindicador da qualidade das nossas florestas. Nosso município possui mais de 50% de seu território inserido em Unidades de Conservação e esse acostamento através do trabalho de monitoramento realizado pela Prefeitura de Maricá vem coroar nossas ações”, afirmou o secretário de Cidade Sustentável, Helter Ferreira, em nota da comunicação da cidade.

A Revimar ocupa cerca de 25% do território de Maricá, que possui outros diversos ambientes de conservação do meio-ambiente. Por conta da boa preservação do local e graças ao monitoramento de vídeo das florestas, é possível ver que o espaço tem comportado a biodiversidade da Mata Atlântica.

“A onça parda e o gato maracajá estão ameaçados de extinção. A presença deles é para se comemorar, mas também para aumentarmos a vigilância e proteção. Estamos monitorando a fauna do Revimar 24 horas por dia. A equipe conta com profissionais da UERJ, da prefeitura das polícias”, explica Izar Aximoff, do Núcleo de Fotografia Cientifica Ambiental da UERJ.

“Esses animais não representam perigo para sociedade. Existe um pequeno risco para animais que são criados soltos no entorno do Revimar, como galinhas, porcos e bezerros por exemplo. Vamos iniciar campanha orientando esses proprietários a realizarem medidas que diminuam o risco de ataque como, por exemplo, a colocação de cercas elétricas e recolher os animais no período noturno. Na verdade, existem muitas presas para esses felinos dentro do Revimar e quem corre mais perigo são eles mesmos devido a caça”, completou o pesquisador.

 

 

Redação Hypeness

BRASÍLIA/DF - Divulgado no dia internacional da onça-pintada, o censo mapeou 564.425 hectares da região de fronteira entre o Brasil e na Argentina, que representa o maior núcleo remanescente de onças-pintadas na Mata Atlântica em nível mundial. Ao todo, foram instalados 215 pontos de amostragem nos dois países. Foram observadas mais de 693 mil imagens, sendo 2.523 fotografias de onças-pintadas adultas. Essa é a maior área já monitorada desde o início do censo em 1995.

O monitoramento desde ano aponta uma ligeira queda nos números absolutos na comparação com o resultado de 2018, quando a estimativa era de 84 a 125 (com média de 105) indivíduos no território. O estudo não registrava queda populacional desde 2005. Porém, essa situação não é considerada crítica pelos pesquisadores, mas desperta preocupação e alerta nas instituições e organizações que trabalham pela conservação da onça-pintada.

A caça, desmatamento, atropelamentos e redução de seu habitat são as principais ameaças da espécie. O dado mostra que apesar dos nossos esforços em atividades de pesquisa, conscientização, trabalhos em conjunto com as comunidades locais e articulações internacionais precisamos ir além para que estes animais sobrevivam. A onça-pintada é considerada uma espécie indicadora da qualidade da biodiversidade local. Portanto, o resultado deixa evidente que cuidar dessa espécie é cuidar da nossa própria qualidade de vida, comenta Felipe Feliciani, analista de conservação do WWF-Brasil.

A região do Corredor Verde entre Brasil e Argentina tem capacidade estimada para aproximadamente 250 onças-pintadas. Ou seja, há espaço para expansão das populações, completa Feliciani.

O Projeto Onças do Iguaçu desenvolve os trabalhos de pesquisa e conscientização no Brasil e de acordo com a coordenadora executiva do projeto, Yara Barros, o trabalho de conservação começa no controle das ameaças. Concentrar esforços nas ações de conservação no Corredor Verde vai aos poucos afastando a possibilidade de extinção local desse felino fantástico, mas o caminho é longo. Onde tem onça tem vida, e é orgulho e responsabilidade desta região manter uma população tão importante do maior carnívoro das Américas, comenta Barros.

Embora os números apresentem um alerta, o diretor geral da Fundação Vida Silvestre Argentina, Manuel Jaramillo, lembra que a situação já foi pior. É possível revertê-los, já que os primeiros levantamentos da espécie registraram entre 30 e 54 indivíduos. O mais importante agora é entender que precisamos dos esforços da comunidade, dos órgãos ambientais e do governo para continuar crescendo e assim se comprometendo a retomar a tendência de crescimento populacional da onça-pintada em um dos habitats de maior potencial para a espécie, diz Jaramillo.

Restam menos de 300 onças-pintadas em toda a Mata Atlântica e o Corredor Verde abriga cerca de um terço delas, e é a região com o habitat mais adequado para a espécie no bioma. No entanto, a conservação desses felinos depende de ações intensas e constantes de conservação. Assim, é imperativo que sejam mitigadas as ameaças à espécie na região, e que seja priorizada a manutenção da integridade do que resta se seu hábitat, além de aumento da conectividade com áreas adequadas.

 

História

Nos últimos 18 anos os projetos Yaguareté (Argentina) e Projeto Onças do Iguaçu monitoram a flutuação da população da espécie na região do Corredor Verde.

Entre 1990 e 1995 o pesquisador Peter Crawshaw, falecido neste ano, estimou que a região abrigava entre 400 e 800 onças-pintadas. Mas, no final da década passada, a população apresentou um declínio alarmante, e a estimativa em 2005 era de que em toda a área do Corredor Verde houvessem apenas cerca de 40 onças-pintadas, um cenário desanimador e preocupante. No Parque Nacional do Iguaçu, em 2009 estimavam-se entre 9 a 11 onças-pintadas, e a espécie estava perto da extinção local.

No entanto, nos últimos quinze anos observou-se uma tendência de importante crescimento da população. Em 2016 a população estimada para o Corredor Verde era de em média 90 animais (entre 71 e 107), e passou para 105 (entre 84 e 125) em 2018. Para o Parque Nacional do Iguaçu a estimativa média do Censo 2018 foi de 28 onças-pintadas (entre 23 e 34) e agora em 2020 voltou para 24 animais na média.

Segundo Yara Barros, o crescimento da população de onças-pintadas no Corredor Verde nos últimos 15 anos tem sido possível também graças a esforços a esforços coletivos numerosas instituições dos dois países se uniram em ações que envolvem desde fiscalização para redução das ameaças, como a caça, até ações de engajamento, coexistência, manejo e pesquisa. Outro fator foi a mudança no uso do solo: muitas propriedades que criavam gado agora se dedicam ao plantio de soja e milho, o que reduziu um pouco os conflitos, comenta Barros.

Na Mata Atlântica, a espécie segue criticamente ameaçada de extinção. A conservação da onça-pintada vai muito além da proteção uma única espécie. A conservação bem-sucedida dessa espécie é fundamental e mantém florestas, estoques de carbono, biodiversidade, disponibilidade hídrica e patrimônio nacional e cultural. Esses esforços não apenas protegem toda a vida selvagem em toda a paisagem da onça-pintada, mas ajudam a diversificar as oportunidades econômicas das comunidades locais e contribuem para a mitigação e adaptação das mudanças climáticas globais.

 

Paraguai

Pela primeira vez, o Paraguai fez um monitoramento do felino. Com a mesma metodologia utilizada por Argentina e Brasil, o trabalho de monitoramento foi realizado na Reserva Natural da Floresta Mbaracayú e na Reserva Natural do Morombí, próximas a fronteira do Brasil na região ao sul de Mato Grosso do Sul no Brasil, e o resultado foi de uma população de 12 onças-pintadas. Situação que mostra a necessidade de ações urgentes para reconectar as reservas, que incluem a restauração de florestas. A troca de experiências faz parte dos esforços trinacionais de conservação do WWF-Paraguai, WWF-Brasil e Fundación Vida Silvestre Argentina.

 

O censo

O estudo é desenvolvido via cooperação internacional entre o WWF-Brasil, Fundación Vida Silvestre Argentina, Parque Nacional do Iguaçu, Parque Nacional Iguazú, Projeto Onças do Iguaçu (Instituto Pró-carnívoros) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

As fotografias de onças obtidas nas 215 estações de monitoramento são separadas e individualizadas através de uma análise detalhada do padrão das manchas de cada onça, únicas em cada animal. Posteriormente, por meio de programas estatísticos, é feito um cruzamento de informações com base na quantidade de hectares que foram cobertos com a amostragem e na quantidade de onças-pintadas diferentes que foram cadastradas. Com base nessa análise estatística, é possível obter faixas populacionais que indicam o número mínimo e máximo de indivíduos que a população poderia ter, uma vez que por questões metodológicas e estatísticas da pesquisa não é possível obter dados exatos.

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