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ISRAEL - Bombardeios israelenses na Faixa de Gaza ao longo de terça-feira (14) deixaram mais de 80 mortos, anunciou o grupo terrorista Hamas. A ofensiva sobre Rafah continua, apesar de esforços dos Estados Unidos de dissuadir Tel Aviv de lançar uma grande operação terrestre na cidade do sul do território palestino.

Na madrugada, testemunhas relataram ataques em várias regiões de Gaza, incluindo Rafah, onde quase 1,4 milhão de palestinos se aglomeram, a grande maioria de deslocados internos.

Com os 82 mortos divulgados nesta terça, subiu para 35.173 o número de mortos, na maioria civis, desde o início da guerra, informou o Ministério da Saúde do Hamas.

Desse total, 24.686 já tiveram suas identidades checadas e confirmadas pelo ministério até o dia 30 de abril: 7.797 crianças (32%), 4.959 mulheres (20%), 10.006 homens (40%) e 1.924 idosos (8%), de acordo com o Ocha (Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários).

Há combates no leste de Rafah, onde as tropas israelenses entraram com tanques em 7 de maio e tomaram o posto de fronteira homônimo, por onde entrava boa parte da ajuda humanitária aos civis palestinos. Segundo o Qatar, um dos países que fazem a mediação diplomática entre Israel e Hamas, Gaza não recebe nenhum comboio com mantimentos desde o dia 9.

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O Exército israelense ordenou a saída de civis da área leste da cidade no dia 6; desde então, de acordo com a ONU, quase 450 mil foram deslocados.

"Os ataques aéreos são contínuos. É muito assustador. Estou com medo pelos meus filhos", disse à AFP Hadil Radwane, 32, deslocado do oeste de Rafah. Moradores dessa região de Rafah disseram mais tarde que podiam ver colunas de fumaça subindo dos bairros a leste.

No norte de Gaza, os palestinos também foram orientados a deixar algumas áreas após a retomada dos combates, especialmente em Jabalia e na Cidade de Gaza, onde, segundo Tel Aviv, o Hamas está tentando "repor suas capacidades militares".

Israel tem dito que pretende continuar a avançar sobre Rafah mesmo sem o apoio de seus aliados, dizendo que a operação é necessária para eliminar os terroristas remanescentes do Hamas.

Após o ataque de 7 de Outubro, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, prometeu destruir a facção, que tomou o poder em Gaza em 2007.

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) informou que realizará audiências na quinta (16) e sexta-feira (17) para avaliar um novo pedido da África do Sul a favor de se adotar medidas de emergência contra a incursão em Rafah.

 

 

POR FOLHAPRESS

ISRAEL - O Exército de Israel avançou, na segunda-feira (13), em áreas do norte da Faixa de Gaza nas quais Tel Aviv havia comemorado o desmantelamento do Hamas alguns meses atrás. A movimentação é uma mostra de que o grupo terrorista que liderou os ataques de 7 de outubro está se reagrupando em algumas dessas regiões.

A Força Aérea de Israel afirmou na rede social X ter atingido 120 alvos no território palestino no último dia, citando a cidade de Jabalia e o bairro Al-Zeitoun, um subúrbio a leste da Cidade de Gaza. Ambas as localidades ficam no norte.

Tel Aviv alega que a retomada dos combates na região sempre fez parte de seus planos para impedir que os combatentes retornassem. Os palestinos, por sua vez, dizem que a necessidade de retornar a campos de batalha anteriores é a prova de que os objetivos militares de Israel são inatingíveis.

Em Jabalia, o maior dos oito campos de refugiados de Gaza construídos há 75 anos para abrigar palestinos expulsos do território que hoje é Israel, autoridades de saúde ligadas ao Hamas disseram ter recuperado 20 corpos após ataques aéreos noturnos.

Ali, moradores fugiram de suas casas carregando sacolas em ruas cheias de destroços. Eles afirmaram à agência de notícias Reuters que projéteis de tanques estavam caindo no centro do campo e ataques aéreos haviam destruído casas.

De acordo com a UNRWA, agência da ONU para refugiados palestinos, hoje a Faixa de Gaza tem 1,7 milhão de deslocados internos, o que representa 75% da população do território, formado por cerca de 2 milhões de habitantes. Segundo o órgão, 360 mil pessoas já fugiram de Rafah, no sul, desde que Israel começou a ordenar a desocupação de parte da cidade.

Nessa região na fronteira com o Egito que é refúgio para mais de 1 milhão de palestinos, os moradores dizem que bombardeios aéreos e terrestres estão se intensificando e tanques bloquearam um trecho de uma das principais estradas de Gaza, a Salah al-Din.

Apesar da preocupação de organizações humanitárias e da comunidade internacional, Israel estendeu a ordem de retirada direcionada ao leste da cidade na semana passada para moradores de áreas centrais nos últimos dias.

A oposição ao plano de invadir a região inclui até aliados históricos, como os Estados Unidos. Neste domingo, o secretário do departamento de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que a guerra matou mais civis do que membros do Hamas e que uma operação em Rafah não eliminará o grupo terrorista. "Vimos o Hamas voltar às áreas que Israel libertou no norte", afirmou o funcionário americano à emissora NBC.

Segundo autoridades de Gaza, território controlado pelo Hamas desde 2007, mais de 35 mil pessoas, incluindo quase 8.000 crianças e 5.000 mulheres, foram mortas desde o início da ofensiva. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, justificou a alta mortandade em uma entrevista ao podcast Call Me Back nesta segunda dizendo que praticamente metade dos mortos eram combatentes do Hamas, e a outra metade, civis.

Os que sobrevivem encaram uma catástrofe humanitária. De acordo com dados reunidos pelo escritório de ajuda humanitária da ONU (Ocha, na sigla em inglês), 1,1 milhão de pessoas passam fome no território atualmente. A entrada de mantimentos no território está ainda mais limitada desde o início da guerra devido aos bloqueios de Israel.

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Após o ataque do Hamas, Gaza ficou duas semanas sem receber nenhum caminhão de ajuda humanitária antes de parte das fronteiras serem reabertas com a pressão internacional. Na última semana, o território voltou a ficar isolado por pelo menos quatro dias depois de o Hamas atacar o posto de Kerem Shalom e Tel Aviv tomar a passagem de Rafah. No domingo (12), o Exército de Israel disse ter aberto a passagem de Erez, no norte do território.

Segundo o site Axios, Israel propôs, na semana passada, que a Autoridade Palestina enviasse representantes para coordenar a passagem de Rafah. A informação sobre o órgão que governa a Cisjordânia, outro território palestino ocupado por Tel Aviv, é atribuída pelo site a quatro funcionários americanos.

A falta de ajuda por fazer hospitais pararem de operar em breve, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. "Estamos a poucas horas do colapso do sistema de saúde na Faixa de Gaza devido à falta de combustível", afirmou a pasta nesta segunda. Na véspera, o Ministério da Defesa de Israel disse que havia transferido 266 mil litros de combustível para necessidades humanitárias.

Na segunda, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que mais de 1.000 membros do Hamas recebem atendimento médico em hospitais de seu país. O líder não considera o grupo uma organização terrorista, ao contrário de Israel, EUA e União Europeia. "Pelo contrário, o Hamas é uma organização de resistência", afirmou o político.

Segundo o Ocha, pelo menos 260 humanitários foram mortos na guerra. Nesta segunda, um funcionário das Nações Unidas morreu e outro ficou ferido após um veículo ser alvejado durante uma viagem a um hospital de Rafah, em um incidente ainda não esclarecido. "O secretário-geral reitera o seu apelo urgente a um cessar-fogo humanitário imediato e à libertação de todos os reféns", afirmou um porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

 

 

POR FOLHAPRESS

RAFAH - Dezenas de palestinos foram mortos durante a madrugada em Rafah, a cidade mais ao sul da Faixa de Gaza, e no norte do enclave devido a ataques militares israelenses, conforme fontes médicas citadas por agências locais.

Em Rafah, as forças militares israelenses tomaram, em uma ofensiva lançada em 07 de maio, as zonas da passagem para o Egito e do ponto de Kerem Shalom, para Israel, bem como outros 31 quilômetros quadrados de onde a população foi mandada retirar-se um dia antes.

Os aviões israelenses voltaram a atacar as zonas em torno do posto fronteiriço de Rafah, que permanece encerrado, disparando projéteis contra os bairros orientais de Al-Shuweika e Al-Jeneina, enquanto a força naval também utilizou metralhadoras contra as zonas ocidentais da cidade de Rafah, informou a agência palestina Wafa.

No bairro de Zeitun, no norte de Gaza, pelo menos 10 casas foram bombardeadas perto da mesquita Hasan Al Banna e da Universidade de Gaza, deslocando milhares de pessoas que se abrigavam nas escolas.

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"Dezenas de pessoas foram mortas na sequência dos bombardeamentos dos aviões de guerra ocupantes", indicou a Wafa.

O número total de mortos desde o início da guerra em Gaza, em 07 de outubro de 2023, é de 34.844, segundo a contagem das autoridades palestinas, enquanto pelo menos 78.404 pessoas ficaram feridas.

Além disso, milhares de corpos ainda estão enterrados sob os escombros e não podem ser alcançados pelas equipes de resgate.

Israel declarou guerra ao movimento Hamas após um ataque surpresa em território israelense que fez cerca de 1.200 mortos e mais de 200 sequestrados em 7 de outubro.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ISRAEL - O exército israelense anunciou nesta terça-feira que assumiu o "controle operacional" da parte da Faixa de Gaza da passagem fronteiriça com o Egito em Rafah, localizada no sul do enclave.

A passagem de Rafah, ao sul da cidade de Gaza, foi ocupada por tanques israelenses que pertencem a uma brigada blindada, conforme relatado pelas Forças de Defesa de Israel e pelas autoridades palestinas.

Imagens divulgadas pela mídia israelense mostram a bandeira de Israel erguida no lado de Gaza da fronteira.

O exército israelense afirmou que decidiu assumir o controle da passagem após receber informações de que ela estava sendo "usada para fins terroristas" pelo movimento islâmico palestino Hamas, embora sem apresentar provas.

As forças israelenses alegaram anteriormente que o Hamas havia usado a área ao redor da fronteira para lançar dezenas de mísseis que resultaram na morte de quatro soldados israelenses perto de Kerem Shalom, que conecta o sudeste de Gaza ao território israelense.

Wael Abu Omar, porta-voz da agência responsável pelas fronteiras no governo da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas desde 2007, disse que a passagem de Rafah, principal entrada de ajuda humanitária, estava fechada.

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"Toda a área oeste de Rafah tornou-se uma zona de operações desde ontem (segunda-feira). Os bombardeios não cessaram", disse Abu Omar, acrescentando que o pessoal da fronteira fugiu devido à ofensiva israelense.

Na noite de segunda-feira, o exército israelense informou ter matado 20 militantes do Hamas em "ataques direcionados" na área leste de Rafah, onde foram descobertas três redes de túneis do grupo islâmico.

O Gabinete de Guerra israelense, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, anunciou na segunda-feira que decidiu continuar a ofensiva em Rafah, ao mesmo tempo em que concordou em prosseguir com as negociações para um cessar-fogo com o Hamas.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ISRAEL - Cresce o temor de uma escalada bélica no Oriente Médio, entre Israel e Irã.

Após vários de seus altos comandantes militares morrerem em um ataque contra o consulado do país em Damasco, atribuído a Israel, o Irã prometeu uma resposta.

Nas ruas de Israel, a tensão com uma retaliação iraniana aumentou nas últimas horas. Alguns cidadãos já se apressam para garantir água e outros itens básicos.

Além disso, o Exército suspendeu todas as dispensas de soldados, e os serviços de GPS foram bloqueados para atrapalhar a navegação de drones e mísseis intrusos.

Esse é o mais recente episódio de uma inimizade já antiga.

Israel e Irã estão há anos em uma rivalidade sangrenta que virou uma das principais fontes de instabilidade no Oriente Médio e cuja intensidade varia de acordo com o momento geopolítico.

Para Teerã, Israel não tem o direito de existir. Os governantes iranianos consideram o país o "pequeno Satanás", o aliado no Oriente Médio dos Estados Unidos, que chamam de "grande Satanás", e querem que ambos desapareçam da região.

Já Israel acusa o Irã de financiar grupos "terroristas" e de realizar ataques contra seus interesses, movidos pelo antissemitismo dos aiatolás.

A rivalidade entre os "arqui-inimigos" já fez um grande número de mortos, muitas vezes em ações secretas em que nenhum dos governos admite sua responsabilidade.

E a guerra em Gaza só fez as coisas piorarem.

 

Como começou a rivalidade entre Israel e Irã

As relações entre Israel e o Irã foram bastante cordiais até 1979, quando a chamada Revolução Islâmica dos aiatolás conquistou o poder em Teerã.

E embora tenha se oposto ao plano de fatiamento da Palestina que resultou na criação do Estado de Israel em 1948, o Irã foi o segundo país islâmico a reconhecer Israel, depois do Egito.

O Irã era uma monarquia na qual reinavam os xás da dinastia Pahlavi e um dos principais aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio. Assim, o fundador de Israel e seu primeiro chefe de governo, David Ben-Gurion, procurou e conseguiu a amizade iraniana como forma de combater a rejeição do novo Estado judeu de seus vizinhos árabes.

Mas a Revolução de Ruhollah Khomeini, em 1979, derrubou o xá e impôs uma república islâmica que se apresentava como defensora dos oprimidos e tinha como principais marcas a rejeição ao "imperialismo" americano e a Israel.

O novo regime dos aiatolás rompeu as relações com Israel, deixou de reconhecer a validade do passaporte de seus cidadãos e tomou posse da embaixada israelense em Teerã para cedê-la à Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que então liderava a luta por um Estado palestino, contra o governo israelense.

Alí Vaez, diretor do Programa para o Irã do International Crisis Group, um centro de análise, disse à BBC Mundo que "a aversão a Israel foi um pilar do novo regime iraniano porque muitos de seus líderes haviam treinado e participado de ações de guerrilha com palestinos em lugares como o Líbano e tinham uma grande simpatia por eles".

Mas além disso, acredita Vaez, "o novo Irã queria se projetar como uma potência pan-islâmica e levantou a causa palestina contra Israel, que os países muçulmanos árabes tinham abandonado".

Assim, Khomeini começou a reivindicar a causa palestina como sua própria. E grandes manifestações pró-Palestina, com apoio oficial, tornaram-se habituais em Teerã.

Vaez explica que "em Israel a hostilidade ao Irã só começou mais tarde, na década de 1990, porque antes o Iraque de Saddam Hussein era percebido como uma maior ameaça regional."

Tanto é que o governo israelense foi um dos mediadores que tornou possível o chamado Irã-Contra, o programa pelo qual os Estados Unidos desviaram armamento para o Irã, para que usassem na guerra contra o vizinho Iraque, entre 1980 e 1988.

Mas, com o tempo, Israel começou a ver no Irã um dos principais perigos para sua existência. E a rivalidade entre os dois passou das palavras para os fatos.

 

Uma 'guerra nas sombras'

Vaez observa que, enfrentando também a Arábia Saudita, outra grande potência regional, e consciente de que o Irã é persa e xiita em um mundo islâmico maioritariamente sunita e árabe, "o regime iraniano percebeu seu isolamento e começou a desenvolver uma estratégia destinada a evitar que seus inimigos pudessem um dia atacá-lo em seu próprio território".

Assim, proliferou uma rede de organizações alinhadas a Teerã que realizavam ações armadas favoráveis aos seus interesses. A libanesa Hezbollah, listada como terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia, é a mais proeminente. Hoje, o chamado "Eixo da Resistência" iraniano se estende pelo Líbano, Síria, Iraque e Iêmen.

Israel não ficou de braços cruzados e trocou com o Irã e seus aliados ataques e outras ações hostis, muitas vezes em outros países, onde financia e apoia grupos armados que combatem os pró-iranianos.

O estado da relação entre o Irã e Israel foi descrito como uma "guerra nas sombras", na qual ambos já realizaram ataques mútuos sem que, em muitos casos, nenhum dos governos tenha admitido oficialmente sua participação.

Em 1992 o grupo Jihad Islâmico, próximo ao Irã, atacou a embaixada israelense em Buenos Aires, provocando 29 mortes. Pouco antes, o líder do Hezbollah, Abbas al-Musawi, tinha sido assassinado, em um atentado amplamente atribuído aos serviços de inteligência de Israel.

Para Israel, sempre foi uma obsessão minar o programa nuclear iraniano e evitar que chegue o dia em que os aiatolás tenham armas nucleares.

Em Israel não se acredita que o programa nuclear iraniano tenha apenas fins civis. E é amplamente aceito que foram os serviços israelenses que, em colaboração com os Estados Unidos, desenvolveram o vírus de computador Stuxnet, que causou sérios danos às instalações nucleares iranianas na primeira década de 2000.

Teerã também denunciou a inteligência israelense como responsável pelos atentados contra alguns dos principais cientistas encarregados de seu programa nuclear.

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O caso mais conhecedio foi o assassinato em 2020 de Mohsen Fakhrizadeh, considerado o principal responsável pelo programa. Mas o governo israelense nunca aceitou seu envolvimento nas mortes de cientistas iranianos.

Israel, juntamente com seus aliados ocidentais, acusam o Irã de estar por trás dos ataques com drones e foguetes sofridos por seu território, bem como de ter realizado vários ataques cibernéticos.

Outro motivo de confronto foi a guerra civil desencadeada na Síria a partir de 2011. A inteligência ocidental aponta que o Irã enviou dinheiro, armas e instrutores para apoiar as forças do presidente Bashar Al-Assad contra os insurgentes que tentavam derrubá-lo. Isso disparou o alerta em Israel, que acredita que a vizinha Síria é uma das principais rotas por onde os iranianos enviam armamentos e equipamentos para o Hezbollah no Líbano.

De acordo com o portal de inteligência americano Stratfor, tanto Israel quanto o Irã realizaram ações na Síria destinadas a dissuadir o outro de lançar um ataque em larga escala.

Em 2021, a "guerra nas sombras" chegou ao mar quando Israel apontou o Irã como responsável pelos ataques contra navios israelenses no Golfo de Omã. E o Irã, por sua vez, acusou Israel de atacar seus navios no Mar Vermelho.

 

Como estão as coisas agora

Desde os ataques de 7 de outubro de 2023 realizados pelo Hamas contra Israel, e a ofensiva militar massiva lançada pelo Exército israelense em Gaza em resposta, analistas e governos de todo o mundo expressam preocupação de que o conflito possa provocar uma reação em cadeia na região, e um confronto aberto e direto entre iranianos e israelenses.

Os conflitos entre forças israelenses e milicianos supostamente ligados ao Hezbollah na fronteira com o Líbano aumentaram nos últimos meses. Os choques com manifestantes palestinos nos territórios ocupados da Cisjordânia também.

Até agora, tanto Irã quanto Israel vinham evitando elevar a hostilidade e os combates em grande escala.

Para Vaez, “a ironia é que ninguém quer um conflito em grande escala agora. Israel está há seis meses em sua devastadora guerra contra o Hamas em Gaza, que afetou muito negativamente sua reputação no cenário internacional e o deixou mais isolado do que nunca. Com essa missão ainda por concluir, ela teria que encarar o Irã, que é um ator estatal e, portanto, muito mais poderoso do que o Hamas".

"O Irã, por sua vez, tem muitos problemas econômicos e seu governo sofre uma crise de legitimidade interna", depois de meses de protestos liderados por mulheres, fartas de restrições religiosas. Assim, o país também não está nas melhores condições para se colocar contra uma potência militar como Israel, que, presume-se, contaria com o apoio dos EUA em caso de guerra declarada.

Mas o ataque à sua sede diplomática em Damasco, que deixou 13 mortos, incluindo alguns dos mais proeminentes altos comandantes iranianos, como o general da Guarda Revolucionária Mohammad Reza Zahedi e seu adjunto, Hadi Hajriahimi, bateu forte em Teerã.

O Ministério das Relações Exteriores iraniano prometeu "um castigo ao agressor" e seu embaixador na Síria, Hossein Akbari, anunciou que a resposta será "decisiva".

Desde então, analistas de inteligência, jornalistas e diplomatas especulam sobre qual pode ser a réplica do Irã, com comentários que prenunciam um bombardeio com drones, ou um ataque cibernético ou naval, ou tudo isso ao mesmo tempo.

As condições que desencorajam israelenses e iranianos de entrar em uma espiral violenta não mudaram, mas ainda assim muitos em Israel estão convencidos de que o golpe dos aiatolás chegará em questão de horas.

Seja como e quando for, pode-se apostar que não será o último episódio desta longa troca.

 

 

 

Guillermo D. Olmo - BBC News Mundo

WASHINGTON - O presidente Joe Biden alertou o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu que a continuidade do apoio dos EUA depende de Tel Aviv tomar ações "específicas, concretas e mensuráveis" para lidar com ataques a civis, sofrimento humanitário e a segurança de trabalhadores humanitários em Gaza.

Biden afirmou ainda a necessidade de um cessar-fogo imediato para estabilizar a região, proteger civis inocentes e combater a crise humanitária na Faixa de Gaza.

Questionado sobre o que isso significa, o secretário de Estado, Antony Blinken, afirmou a jornalistas em Bruxelas que "se não virmos as mudanças que precisamos ver [por Israel], haverá mudanças na nossa política".

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A conversa entre os líderes ocorre após Israel atacar um comboio de ajuda humanitária da ONG World Central Kitchen (WCK), matando sete pessoas, na última segunda. A Casa Branca se disse "indignada" com a operação, que também gerou protestos dentro e fora de Israel.

"O Presidente Biden enfatizou que os ataques contra trabalhadores humanitários e a situação humanitária em geral são inaceitáveis. Ele deixou claro a necessidade de Israel anunciar e implementar uma série de medidas específicas, concretas e mensuráveis para abordar o dano aos civis, o sofrimento humanitário e a segurança dos trabalhadores humanitários", afirmou a Casa Branca em nota sobre o telefonema.

 

 

POR FOLHAPRESS

GAZA - O Hamas, movimento terrorista palestino, emitiu pela primeira vez um pedido de desculpas à população de Gaza pelo sofrimento causado durante a guerra com Israel, em uma longa declaração publicada no domingo à noite na plataforma Telegram.

O comunicado reconhece as dificuldades enfrentadas pela população de Gaza devido ao conflito com o exército israelense, que começou quase seis meses atrás. O Hamas expressou sua intenção de continuar o conflito em busca da "vitória e liberdade" para os palestinos.

Na declaração de agradecimento ao povo da Faixa de Gaza, o Hamas admitiu o cansaço da população e mencionou medidas que tentou implementar para amenizar as dificuldades, como controle de preços em meio à agressão em curso.

O movimento também afirmou estar dialogando com várias partes da sociedade de Gaza, incluindo outros grupos armados, comitês populares e famílias, para resolver os problemas causados pela ocupação.

As necessidades humanitárias em Gaza são enormes, com o território já sofrendo com o bloqueio israelense desde 2006, além da pobreza e desemprego. A ajuda humanitária está sendo enviada, e grande parte da população foi deslocada para o sul, próximo à fronteira com o Egito.

Nos últimos meses, líderes do Hamas, como Khaled Mechaal, ex-chefe do gabinete político do movimento, afirmaram que sacrifícios são necessários para a libertação dos palestinos.

A guerra foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas a partir de Gaza contra Israel em outubro, resultando em cerca de 1.200 mortes, a maioria civis, de acordo com dados oficiais israelenses. Em retaliação, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma ofensiva que resultou em milhares de mortes, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.

O Hamas, que governa Gaza desde 2007, é considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo Israel, Estados Unidos e União Europeia.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

EUA - Os Estados Unidos disseram na quinta-feira (7) que a crise no Haiti tem proporções humanitárias "que exigem uma resposta global" da mesma forma como a comunidade internacional tem se mobilizado na Faixa de Gaza e na Ucrânia.

As declarações foram dadas pelo chefe da diplomacia americana para América Latina, Brian Nichols, em meio à escalada de violência provocada por gangues que ameaçam uma guerra civil caso Henry não renuncie. "Acelerar a implantação de uma missão internacional de apoio às forças de segurança do país é crucial", disse Nichols.

O Secretário de Estado, Anthony Blinken, disse ter conversado com o premiê Ariel Henry e ter pedido uma transição "urgente" de poder. O governo do Haiti afirmou na quinta que vai prorrogar por um mês o estado de emergência na capital, Porto Príncipe, e a ONU declarou que o sistema de saúde do país caribenho está próximo do colapso.

Segundo as Nações Unidas, falta pessoal, equipamento médico, remédios e sangue para transfusão e tratamento de pessoas baleadas. O porto da capital, principal porta de entrada de mercadorias no país, suspendeu as atividades depois de sofrer um ataque e ser saqueado por homens armados.

A ONU disse que há suprimentos travados na zona portuária, e que o sistema de transporte marítimo da própria organização é o único meio de entregar comida e remédios à capital.

Os Médicos Sem Fronteiras afirmaram na quinta que, somente em um bairro de Porto Príncipe, pelo menos 2.300 pessoas morreram por conta da violência armada em 2023. A ONG afirmou que os números provavelmente estão subnotificados.

O estado de emergência vai até o dia 3 de abril, e inclui um toque de recolher entre 18h e 5h. O governo disse que o objetivo é "reestabelecer a ordem" e retomar o controle da situação. A medida proíbe qualquer protesto e permite que forças de segurança usem "todos os meios legais" para prender quem desrespeitar o toque de recolher.

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Jimmy Cherizer, conhecido como Barbecue (churrasco, em inglês) e líder de uma aliança de gangues haitianas, disse em uma entrevista coletiva na terça (5) que, se Henry não renunciar e se a comunidade internacional continuar a apoiá-lo, vai iniciar uma "guerra civil que vai terminar em genocídio".

Henry continua fora do país, em Porto Rico, território dos EUA. O premiê estava no Quênia quando a crise atual começou –no domingo (3), gangues libertaram cerca de 4 mil presos de um presídio em Porto Príncipe, e desde então entraram em confronto com forças de segurança em pontos chave da capital, como o aeroporto e a academia de polícia.

Ao tentar retornar, Henry teve o pouso recusado pela República Dominicana, país que divide a Ilha de Santo Domingo com o Haiti, e seu paradeiro foi desconhecido entre a segunda (4) e a terça até que o governo americano revelou que ele estava em Porto Rico.

Os EUA haviam dito na quarta (6) que não pediriam a renúncia de Henry, mas que esperavam que ele "facilite" uma transição de poder que garanta a realização de eleições. O premiê está no poder desde 2021, quando sucedeu o presidente Jovenel Moïse, assassinado em casa por mercenários colombianos em um crime ainda sem explicação.

O próprio Henry é acusado de envolvimento na morte pelo primeiro-ministro anterior, Claude Joseph, e pela viúva de Moïse, Martine. Ambos estão exilados nos EUA. A Justiça do Haiti, por outro lado, acusou formalmente Joseph e Martine pelo assassinato de Moïse e pediu a prisão dos dois no último dia 19. Joseph diz que Henry utiliza o Judiciário para perseguir opositores "em um clássico golpe de Estado".

Quando a crise atual começou, Henry estava no Quênia, negociando um acordo de segurança apoiado pela ONU que prevê o envio de milhares de policiais quenianos e de outros países africanos ao Haiti para reforçar o combate ao crime organizado. O plano havia sido aprovado pelo parlamento do país africano em novembro do ano passado, mas caiu por terra quando o Supremo Tribunal do Quênia declarou o envio de agentes inconstitucional.

A Justiça queniana entendeu que o governo de Henry não é legítimo e que as leis haitianas e quenianas são diferentes demais para possibilitar a atuação dos policiais. O governo do Quênia prometeu trabalhar para ultrapassar esse obstáculo, mas ainda não há prazo para o envio dos agentes.

 

 

POR FOLHAPRESS

GAZA - No inicio da semana uma porta-voz da UNICEF informou à agência Lusa ter testemunhado situações terríveis na Faixa de Gaza, onde milhares de crianças perderam a vida devido à fome e doenças, enquanto outras estão à beira da morte.

Entrevistada a partir de Lisboa, Tess Ingram, porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), compartilhou sua experiência desde Amã (Jordânia), onde está atualmente baseada, após uma semana de trabalho no sul e centro da Faixa de Gaza.

"A situação das crianças na Faixa de Gaza é inacreditável. Pelas notícias que vemos e lemos, e pelas imagens que vemos, todos sabemos que é uma situação terrível. Mas quando se vê ao vivo e se fala com as pessoas sobre o que elas suportaram ao longo de 120 dias de guerra, isso faz-nos compreender que se trata de algo que está a tirar às pessoas a sua esperança, a sua dignidade e a sua segurança", enfatizou.

Ingram, nascida na Austrália há 33 anos, destacou que as pessoas estão vivendo em condições "muito inseguras", não apenas devido a bombardeios e tiros, mas também devido à crise humanitária no local. As crianças, grávidas e mulheres que acabaram de dar à luz são os grupos mais afetados.

"As crianças não estão a receber alimentos suficientes para comer. Quase não têm acesso a água potável. Vivem ao frio, debaixo de lonas de plástico. Conheci crianças que não tinham sapatos nem casacos, num período que é agora o mês de inverno", explicou.

"Muitas crianças estão exaustas. Têm fome, estão traumatizadas com o que viram e estão doentes porque estão a beber água contaminada, não estão vestidas adequadamente, estão expostas aos elementos e a viver muitas vezes em espaços muito lotados onde é muito fácil a propagação de doenças. Não há lugar para uma criança e não há lugar seguro na Faixa de Gaza para onde estas crianças possam ir", continuou.

Para as mães grávidas e seus recém-nascidos, Ingram afirmou que tudo se torna particularmente assustador, pois trazer uma nova vida ao mundo deveria ser um momento de alegria, mas para essas famílias, é um momento de medo.

"Conheci uma mulher que tinha ficado enterrada debaixo dos escombros enquanto estava grávida. Conheci outra cujo marido tinha ficado soterrado debaixo dos escombros. Conheci outra ainda que me disse que não comeu durante duas semanas inteiras da sua gravidez porque não conseguiu arranjar comida suficiente para partilhar com a família", continuou.

Segundo a porta-voz da UNICEF, a situação nos hospitais também é crítica, com falta de pessoal, recursos médicos e condições inadequadas para dar à luz. "Não há medicamentos suficientes, não há camas suficientes. Por isso, as mulheres têm medo do que possa acontecer quando chegar a altura de dar à luz. Quando o bebé nasce, há o desafio adicional de ter de sair rapidamente do hospital porque há uma grande procura de recursos no hospital. E levar um recém-nascido para casa, que não é a casa a que estamos habituados, mas uma tenda na rua onde podemos não ter roupa, leite ou cobertores para esse bebé", acrescentou.

Ingram, na UNICEF há três anos, visitou o hospital dos Emirados, em Rafah (próximo da fronteira com o Egito), uma das principais maternidades ainda existentes na Faixa de Gaza, e o de Nassau, em Khan Yunes (centro).

"O número de mortos atingiu os milhares. Sabemos que milhares de crianças foram mortas e outras milhares ficaram feridas. Há meses que apelamos a um cessar-fogo humanitário imediato e duradouro para tentar pôr termo a este número crescente de mortos e feridos, bem como à destruição de infraestruturas civis importantes, como escolas e hospitais", lamentou.

Para a porta-voz da UNICEF, há uma "enorme necessidade" de bens básicos para sobreviver, como cobertores, abrigos, água potável, medicamentos, produtos nutricionais e kits de higiene, mas a distribuição é difícil devido às interrupções nas telecomunicações, falta de caminhões e combustível, danos nas estradas e ao perigo causado pelas hostilidades em curso.

Ingram acredita que um cessar-fogo a curto prazo poderia trazer um "breve alívio" às crianças de Gaza, mas o que é necessário é um cessar-fogo duradouro.

"Em primeiro lugar, as crianças de Gaza e de Israel precisam de paz. Isto tem de acabar. Em segundo lugar, as agências de ajuda humanitária, como a UNICEF, precisam de tempo e de espaço para levar a ajuda necessária para apoiar e proteger a população da Faixa de Gaza", concluiu.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

 JERUSALÉM - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apresentou um plano de "dia seguinte" para Gaza, sua primeira proposta oficial para o fim da guerra no território palestino comandado pelo Hamas.

De acordo com o documento, apresentado aos membros do gabinete de segurança de Israel na quinta-feira e visto pela Reuters na sexta-feira, Israel manteria o controle de segurança sobre todas as terras a oeste da Jordânia, incluindo a Cisjordânia ocupada e Gaza -- territórios onde os palestinos querem criar um Estado independente.

Nas metas de longo prazo listadas, Netanyahu rejeita o "reconhecimento unilateral" de um Estado palestino. Ele diz que um acordo com os palestinos só será alcançado por meio de negociações diretas entre os dois lados -- mas não mencionou quem representaria o lado palestino.

Em Gaza, Netanyahu descreve a desmilitarização e a desradicalização como metas a serem alcançadas em médio prazo. Ele não detalha quando esse estágio intermediário começaria ou quanto tempo duraria. Mas ele condiciona a reabilitação da Faixa de Gaza, grande parte da qual foi destruída pela ofensiva de Israel, à sua completa desmilitarização.

Netanyahu propõe que Israel esteja presente na fronteira entre Gaza e Egito, no sul do enclave, e coopere com o Egito e os Estados Unidos nessa área para impedir tentativas de contrabando, inclusive na passagem de Rafah.

Para substituir o domínio do Hamas em Gaza e, ao mesmo tempo, manter a ordem pública, Netanyahu sugere trabalhar com representantes locais "que não sejam afiliados a países ou grupos terroristas e que não sejam apoiados financeiramente por eles".

Ele pede o fechamento da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para os refugiados palestinos, a UNRWA, e sua substituição por outros grupos de ajuda internacional.

"O documento de princípios do primeiro-ministro reflete o amplo consenso público em relação aos objetivos da guerra e à substituição do governo do Hamas em Gaza por uma alternativa civil", disse uma declaração do gabinete do primeiro-ministro.

O documento foi distribuído aos membros do gabinete de segurança para iniciar uma discussão sobre o assunto.

A guerra foi desencadeada por um ataque liderado pelo Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, no qual 1.200 pessoas foram mortas e 253 foram feitas reféns, de acordo com dados das autoridades israelenses.

Jurando destruir o Hamas, Israel respondeu com um ataque aéreo e terrestre à Gaza que matou mais de 29.400 pessoas, de acordo com as autoridades de saúde palestinas. A ofensiva deslocou a maior parte da população do território e causou fome e doenças generalizadas.

O porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, Nabil Abu Rudeineh, disse à Reuters que a proposta de Netanyahu estava fadada ao fracasso, assim como qualquer plano israelense para mudar as realidades geográficas e demográficas de Gaza.

"Se o mundo está genuinamente interessado em ter segurança e estabilidade na região, ele deve acabar com a ocupação israelense das terras palestinas e reconhecer um Estado palestino independente com Jerusalém como sua capital", disse ele.

A guerra em Gaza reavivou os apelos internacionais -- incluindo o principal apoiador de Israel, os Estados Unidos -- para a chamada solução de dois Estados como o objetivo final para resolver o conflito israelense-palestino que já dura décadas. No entanto, vários políticos israelenses de alto escalão se opõem a isso.

A solução de dois Estados é, há muito tempo, uma política ocidental fundamental na região, mas houve pouco progresso na obtenção da condição de Estado palestino desde a assinatura dos Acordos de Oslo no início da década de 1990.

 

 

Reportagem de Henriette Chacar e Ali Sawafta / REUTERS

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